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DEUTSCH-BRASILIANISCHE GESELLSCHAFT E.V. SOCIEDADE BRASIL-ALEMANHA 1|2008 47. JAHRGANG ANO 47 7,50 · R$ 16,- ISSN 0949-541X www.topicos.de Avenida Prestes Maia 911, São Paulo

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DEUTSCH-BRASILIANISCHE GESELLSCHAFT E.V.SOCIEDADE BRASIL-ALEMANHA

1|200847. JAHRGANG

ANO 47

€ 7,50 · R$ 16,-

ISSN 0949-541X

www.topicos.de

Avenida Prestes Maia 911, São Paulo

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Tópicos 1|2008 3

EDITORIAL

Liebe Leserinnen,Liebe Leser,

Avenida Prestes Maia 911, São Paulo: Wollen Sie sich überzeu-gen, ob es die Hausbesetzer auf unserem Titelbild wirklich gibt,dann müssen Sie dort vorbeischauen – oder aber die Ausstellungvon Julio Bittencourt in der Berliner Cicero Galerie für politischeFotografie besuchen. Bittencourt – Jahrgang 1980 – gehört zurSpitzengruppe moderner, kritischer Fotografen.

Weiter kultureller Höhepunkt: Der „Goldene Bär“ der BerlinerFilmfestspiele für den Streifen „Tropa de Elite“ des RegisseursJosé Padilha – der den Kampf einer Sondereinheit der Rio-Polizeigegen die Drogen- und Gewaltkriminalität schildert Er wurdeschon vom brasilianischen Publikum mit großem Beifall aufge-nommen und fand nun das einhellige Lob der Berliner Jury.

Beeindruckend immer wieder, wie brasilianische Schriftsteller,Künstler und Filmemacher die soziale Realität und zugleich diemenschliche Dimension ihres Landes in grelles Licht rücken –weit entfernt von der in anderen Ländern gepflegten Schönfärbe-rei.

Beeindruckend aber auch die wirtschaftliche Realität Brasiliens:Das Wachstum setzt sich dynamisch fort. Seine positiven Wir-kungen bekommt auch die Masse der weniger Begüterten zuspüren. Ein Kommentator schrieb: “Lula - Vater der Armen, Mut-ter der Banker”.

Tópicos dankt Bundesumweltminister Sigmar Gabriel für seineVorschau auf die VN-Konferenz über Biodiversität, deren Gast-geber er im Mai in Bonn sein wird.

Bundeskanzlerin Angela Merkel wird ebenfalls im Mai Brasilienoffiziell besuchen, um den vergangenes Jahr begonnenen Dialogmit Staatspräsident Luiz Inácio Lula da Silva fortzusetzen und diedeutsch-brasilianischen Beziehungen voranzubringen. Tópicosbringt einen Ausblick auf diesen Besuch und wird in der nächstenNummer aus erster Hand berichten.

Mir bleibt heute die angenehme Pflicht, allen zu danken, die dieseNummer von Tópicos möglich gemacht haben, unseren Autorenund Fotografen, unseren traditionellen und neuen Inserenten,unseren Freunden in den Hauptstädten und nicht zuletzt Ihnen,unseren treuen Mitgliedern und Abonnenten.

Ich wünsche Ihnen lohnende Lektüre!

Avenida Prestes Maia, 911, São Paulo: quem não acredita queos sem-teto estampados na capa desta edição realmente exi-stem, precisa visitar este endereço na metrópole brasileira oudar um giro pela exposição de Júlio Bittencourt na GaleriaCícero para Fotografia Política, em Berlim. Nascido em 1980,Bittencourt pertence a um seleto grupo de fotógrafos moder-nos, críticos.

Outro destaque cultural: O Urso de Ouro da Berlinale para ofilme “Tropa de Elite”, do diretor José Padilha – que retrata aluta do assim chamado comando especial da polícia do Riocontra a violência e a criminalidade ligadas às drogas. Ele já foimuito aplaudido pelo público brasileiro e recebeu agora o elo-gio unânime do júri em Berlim.

É impressionante como escritores, artistas e diretores de cine-ma brasileiros sempre de novo colocam a realidade social e, aomesmo tempo, a dimensão humana de seu país em foco – semenfeitar, como costuma ocorrer em outros países.

Mas é impressionante também a realidade econômica do Bra-sil. A economia continua crescendo de forma dinâmica. Seusefeitos positivos são percebidos também pela população menosfavorecida. Um analista, porém, escreveu: “Lula – pai dos pob-res, mãe dos banqueiros”.

Tópicos agradece ao ministro alemão do Meio Ambiente, Sig-mar Gabriel, por seu artigo sobre a Conferência da ONU sobreBiodiversidade, da qual ele será anfitrião em maio próximo, emBonn.

Também em maio, a chanceler federal Angela Merkel fará umavisita oficial ao Brasil, para dar continuidade ao diálogo inicia-do no ano passado com o presidente Luiz Inácio Lula da Silvae fazer avançar as relações teuto-brasileiras. Tópicos traz agen-da dessa viagem e a cobrirá em primeira mão na próximaedição.

Resta-me o agradável dever de agradecer a todos que viabiliza-ram esta edição: aos nossos autores e fotógrafos, aos nossostradicionais e novos anunciantes, aos nossos amigos nas capi-tais federais e, não por último, a vocês, nossos fiéis sócios eassinantes.

Desejo-lhes uma proveitosa leitura!

Prezados leitores

1 | 2005 2 | 2005 1 | 2006 2 | 2006 3 | 2006

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POLITIK | POLÍTICA

6 Das globale Netz des Lebens sichern – Deutschland im Fokus7 Merkels Reise nach Brasilien8 Politik und Wirtschaft im Wahljahr12 Sustentabilidade é a palavra do momento14 Den Mauerfall für brasilianische Leser übersetzt15 Sechs Tage, sieben Nächte brasilianischer UN Diplomat...16 Rio de Paz: Für den Frieden

WIRTSCHAFT | ECONOMIA

18 Auf dem Weg nach Öldorado20 Biokraftstoffnormung in Deutschland und die Zusammenarbeit

mit Brasilien22 Coronéis e barões24 Investieren in Deutschland? 26 Fleischstreit: Gesundheitliche Bedenken oder Protektionismus?

KULTUR | CULTURA

27 Hans Günter Flieg28 Goldener Bären für Tropa de Elite31 Brasilianische Filmemacher in der Botschaft 32 Mutum – ein filmischer Dialog mit Miguel e Miguelim 34 Olga Benário: Der Traum vom Richtigen und Guten 36 Vom Politikum zum Kunstwerk 38 Himmlische Kartographie in Stuttgart

LITERATUR | LITERATURA

39 Das Fotobuch Rooms von Lina Kim 40 João Guimarães Rosa: 40 anos de encantamento 41 Sistema político brasileiro: uma introdução 42 Gilberto Freire: Tradicionalista e aristocrata

Ausgabe 1 | 2008

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Tópicos 1|20084

INHALT | ÍNDICE

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Tópicos 1|2008 5

INHALT | ÍNDICE

LANDESKUNDE | CONHECENDO O BRASIL

44 Brasiliana Wimaria

46 Niemeyer: Was der Beton heute beherrscht, ist die Kurve

48 Der portugiesische Hof im fernen Brasilien

50 2009, o Ano da Amazônia no mundo do turismo

51 Brasiliens neue Heilige

54 Blaukraut-Marsch auf Sägemehl

MUSIK | MÚSICA

55 Brasilianische Lebensart live in Deutschland

57 Paraíba Meu Amor erzählt Gegenwart und Zukunft des Forró

58 Renato Borghetti: Todo o processo de criação do novo clipe

foi feito na própria natureza

60 Zwei Opern-"Italiener" aus Brasilien

DBG NEWS | NOTÍCIAS DA DBG

61 Blumenau-Ausstellung in Berlin

62 Deutschland - ein Wintermärchen

62 Memorian an Prof. Dr. Manfred Abelein

63 Brasilien am Elbhang

LAZ NEWS | NOTÍCIAS DO LAZ

64 Die Landwirtschaftschule

der Fundação Santa Angela - ein Erfolgsbericht

65 In Conceição de Macabu geht es voran

RUBRIKEN | SEÇÕES

3 Editorial

4 Inhalt

66 Impressum, Autoren

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Tópicos 1|20086

UMWELT | MEIO AMBIENTE

dazu soll eine finanzielle Unterstüt-zung angeboten werden. Darüberhinaus setze ich mich dafür ein, Kri-terien für die Auswahl schutzwürdi-ger Hochsee-Gebiete zu verabschie-den, um die große Lücke im welt-weiten Netz, die auf der hohen Seenoch klafft, zu schließen.

In Vorbereitung auf die Konferenzhat die Bundesregierung am 7.November 2007 eine nationale Stra-tegie zur biologischen Vielfalt ver-abschiedet. Diese dient einerseitsder Umsetzung der CBD in Deutsch-land, beinhaltet andererseits aberauch den deutschen Beitrag für denSchutz und die nachhaltige Nutzungder globalen Vielfalt.

Wir befinden uns auf einem gutenWeg. Ich bin zuversichtlich, dassDeutschland entscheidend dazu bei-tragen wird, bei der 9. Vertragsstaa-tenkonferenz der CBD wirksameMaßnahmen gegen die anhaltendeZerstörung der biologischen Vielfaltzu beschließen.

Die biologische Vielfalt ist derReichtum der gesamtenMenschheit. Doch trotz viel-

facher nationaler und internationalerGegenmaßnahmen schwindet dieBiodiversität weltweit in einem dra-matischen Ausmaß. Der Verlust derVielfalt von Arten, Genen und Öko-systemen ist Besorgnis erregend.Nicht nur aufgrund des Eigenwertesder Natur, sondern auch, weil wirt-schaftliche Aspekte zunehmend einebedeutende Rolle spielen. Die Viel-falt der Natur liefert Nahrung, Trink-wasser, fruchtbare Böden und Medi-kamente, schützt vor Naturkatastro-phen und reguliert das globaleKlima. Die biologische Vielfaltbesitzt auch ein enormes Speicher-potenzial für Kohlenstoff. Etwa 25Prozent der globalen Treibhausgas-Emissionen werden durch die Zer-störung natürlicher Ökosysteme wieMoore und Wälder verursacht.

Wenn wir die globale biologischeVielfalt schützen und nachhaltig nut-zen, sichern wir damit unsere eige-nen Lebensgrundlagen, sorgen dafür,dass auch zukünftige Generationenihre Entwicklungschance behaltenund leisten einen entscheidendenBeitrag zum Klimaschutz. Genaudarum geht es bei der 9. Vertrags-staatenkonferenz des Übereinkom-mens über die biologische Vielfalt(CBD), die vom 19. bis 30. Mai 2008in Bonn stattfindet. Mit der Einla-dung der Vertragsstaaten nachDeutschland möchte ich eine neueDynamik in die globale Biodiver-sitätspolitik bringen. Deutschlandgenießt international hohes Ansehenals eine treibende Kraft im Bemühen

um einen weltweit nachhaltigenSchutz der Biodiversität - diese Posi-tion möchte ich nutzen und stärken.

Als einen zentralen Verhandlungs-punkt der Konferenz sehe ich diegerechte Beteiligung der Herkunfts-länder genetischer Ressourcen anden Vorteilen an, die aus der Nut-zung dieser Ressourcen entstehen -zumeist Entwicklungs- und Schwel-lenländer. Weiterhin wird es daraufankommen, zusätzliche innovativeFinanzierungsinstrumente für denSchutz und die nachhaltige Nutzungder biologischen Vielfalt zu schaf-fen. Denn mangelnde Finanzierunggilt als einer der Hauptgründe fürdie unzureichende Umsetzung derCBD. Der Schutz der biologischenVielfalt der Wälder muss verbessertund ein übergreifendes globalesNetz von Schutzgebieten an Landund auf dem Meer eingerichtet wer-den. Wir wollen die Staaten dazueinladen, Beiträge für die Vervoll-ständigung des globalen Schutzge-bietsnetzes zu leisten. Im Gegenzug

Das globale Netz des Lebens sichern - Deutschland im Fokus

VON BUNDESUMWELTMINISTER SIGMAR GABRIEL

Vom 19. bis 30. Mai 2008 findet in Bonn die 9. Vertragsstaatenkonferenz des Übereinkommens über die biologische Vielfaltstatt, unmittelbar davor – vom 12. bis 16. Mai – tagen zum vierten Mal die Vertragsparteien des Cartagena-Protokolls überdie biologische Sicherheit. Über 5000 Delegierte aus aller Welt werden in die ehemalige Bundeshauptstadt kommen, umüber Schutz und Erhalt von Arten und Lebensräumen, eine nachhaltige Nutzung biologischer Vielfalt, aber auch über einegerechtere Verteilung von Zugang und Nutzen zu diskutieren. Mit der Einladung der Vertragsstaaten nach Deutschlandmöchte Bundesumweltminister Sigmar Gabriel eine neue Dynamik in die globale Biodiversitätspolitik bringen, wie er im fol-genden Tópicos-Beitrag schildert.

Bundesumweltminister Sigmar Gabriel

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Tópicos 1|2008

POLITIK | POLÍTICA

Merkels Reise nach Brasilien

deglieder sind der wachsende Han-delsaustausch (2006: +13%) und dasstarke Engagement der deutschenWirtschaft. Allein im Großraum SãoPaulo erzeugen rund 1000 Unterneh-men mit deutscher Beteiligung 15%der brasilianischen Industrieproduk-tion und beschäftigen über 230.000Menschen.

Die Bundeskanzlerin trägt demRechnung, indem sie sowohl Brasí-lia als auch São Paulo besuchenwird: In der Hauptstadt werden diepolitischen Gespräche mit Staatsprä-sident Lula und weiteren Persönlich-keiten im Vordergrund stehen.Dabei wird es um Themen der bila-teralen Beziehungen, aber auch umeine Vielzahl von regionalen undinternationalen Fragen von gemein-samem Interesse gehen.

In São Paulo wird der Fokus desBesuchs auf die Wirtschaftsbezie-hungen zwischen den beiden Län-dern gelenkt, wozu auch der Aus-tausch mit brasilianischen und deut-schen Firmenvertretern gehörenwird. Darüber hinaus wird die Bun-deskanzlerin auch bestrebt sein, denKontakt mit der Zivilgesellschaft zusuchen und für ein vertieftes Ver-ständnis Brasiliens zu nutzen.

Mit ihrem Besuch in Brasili-en folgt die Bundeskanzle-rin einer Einladung von

Staatspräsident Luiz Inácio Lula daSilva aus dem Dezember 2006. Sieknüpft damit an die Gespräche an,die Sie mit dem Präsidenten beimG8-Gipfel in Heiligendamm im Juni2007 und bei der UNO in New Yorkim September 2007 geführt hat.

Hintergrund des Besuchs der Bun-deskanzlerin ist die gewachsene glo-bale Bedeutung Brasiliens, die sichauch in einer aktiveren internationa-len Politik des Landes widerspiegelt.Bekanntlich bewirbt sich Brasilien –wie Deutschland – um einen Ständi-gen Sitz im UNO-Sicherheitsrat undzeigt mit der Führung der UNO-Friedensmission auf Haiti Profil inder internationalen Sicherheitspoli-tik.

In Südamerika selbst ist Brasilien,geleitet vom Gestaltungswillen Prä-sident Lulas und einer fähigenDiplomatie, in den letzten Jahrenzum einflussreichsten Akteurgeworden. Seine Schüsselstellungwird untermauert durch gefestigteinnere Stabilität und hohe ökonomi-sche Zuwachsraten. Brasiliens Zielist eine stärkere Integration derRegion, damit die Vorteile politi-scher Stabilität und wachsendenWohlstandes allen Ländern und Völ-kern zugute kommen können.

Brasiliens Reichtum an Biodiver-sität und die Bedeutung seinesRegenwaldes für das Weltklima

machen es zudem zu einem derwichtigsten Spieler auf dem Feld derinternationalen Umweltpolitik.Gleichzeitig sorgen die Größe seinerVolkswirtschaft – heute schon Num-mer 10 der internationalen Rangliste– sowie sein immenser Rohstoff-reichtum und zunehmend der dyna-mische Binnenmarkt dafür, dassBrasilien auch eine große und weiterwachsende Rolle in der Weltwirt-schaft spielt.

Dadurch ist Brasilien auch fürDeutschland zu einem immer bedeu-tenderem Partner geworden: Aufmultilateraler Ebene zeigt sich diesbei den Welthandelsverhandlungen,im Dialog der acht führenden Indu-strieländer (G-8) mit den großenSchwellenländern („Heiligendamm-Prozess“) und in dem StrategischenDialog, den die Europäische Unionmit Brasilien aufgenommen hat.

In den beiderseitigen Beziehungenverbinden Deutschland und Brasili-en eine seit den frühen Jahren deut-scher Einwanderung gewachseneFreundschaft sowie eine zukunftsge-wandte Strategische Partnerschaft,die sich in vielen Gemeinsamkeitenauf dem Felde der internationalenPolitik ausprägt. Wichtige Bin-

Vom 13. bis 20. Mai wird Bundeskanzlerin Angela Mer-

kel, begleitet von einer hochrangigen Wirtschaftsdele-

gation, eine große Lateinamerikareise unternehmen:

Brasilien als Schwergewicht der Region steht an

ihrem Anfang. Weiterer Höhepunkt wird das Gipfel-

treffen der EU mit den Staaten Lateinamerikas und der

Karibik in Lima sein. Die Bundeskanzlerin wird

anschließend Kolumbien und Mexiko besuchen.

Begrüßung auf dem

roten Teppich

© B

PA

(dm / uk)7

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Tópicos 1|20088

POLITIK | POLÍTICA

Treibende Kraft – das ist die Ironiedes Ganzen – war die PSDB, Parteides früheren Präsidenten Cardoso, derdiese Steuer selbst Mitte der 1990erJahre als Teil des „Plano Real“ einge-führt hatte.

Dieses Ergebnis bedeutete eineherbe Niederlage für die Regierungund für Lula persönlich. Der Wegfallvon CPMF bedeutet einen Einnahme-verlust rund 40 Mrd. R$ (ca. 15 Mrd.)– der Haushalt 2008 ist mit einerSteuererhöhung und günstigeren Ein-nahmeschätzungen soeben mühsamverabschiedet worden.

Hintergrund – Wahljahr 2008

Mit dem CPMF-Debakel warf dasWahljahr 2008 seinen Schatten vor-aus. Gewählt werden im Oktober alle

Die Politik köchelt auf Spar-flamme – obwohl in Parteizir-keln wichtige Weichen für das

Jahr gestellt werden. Die Wirtschaftverzeichnet „nur“ solide Fortschritte,also kein Grund zur Aufregung undkein Anlass für Schlagzeilen.

Inzwischen ist der Alltag zurückge-kehrt – Grund genug, die Perspekti-ven für 2008 näher auszuleuchten.

Ein kurzer Rückblick

2007 war das erste Jahr der zweitenAmtszeit von Präsident Luiz InácioLula da Silva – er war im Oktober2006 mit 61% der Stimmen wiederge-wählt worden. Er erfreut sich hoherBeliebtheit. Aber ein Problem seinerersten Amtszeit bestand fort: SeinePartei – die PT – gewann in Kammerund Senat keine Mehrheiten. Folgewar eine schwierige Koalitions- undKabinettsbildung.

Unsicherer Kantonist, vor allem imAbstimmverhalten, war und blieb diein sich gespaltene PMDB. Sie hattezunächst Schwierigkeiten, geeigneteMinisterkandidaten zu benennen.Dann lieferte sie in Person von Senat-spräsident Renan Calheiros den„Polit-Skandal des Jahres“: Sein Sei-tensprung mit Folgen führte - überquälende Untersuchungsausschüsse -zu seinem Rücktritt von diesem Spit-zenamt.

Die Parlamentsarbeit war auf die-sen Fall fokussiert – die im Wahl-kampf 2006 versprochenen, dringendnotwendigen politischen Reformenkamen nicht voran: Wahlrecht, Wahl-

kampffinanzierung, Parteientreue,Bürokratieabbau. Allerdings: Brasili-en ist durch den Stillstand im Parla-ment nicht „unregierbar“ – der Präsi-dent hat das Verordnungsrecht (Medi-da Provisória) und nutzt es weidlich.Nur: Es geht vor allem in Haushalts-fragen nicht ohne Parlament.

Debakel CPMF

Das war Ende 2007 Ansatzpunktder Opposition, eine brisante Debatteum die Verlängerung der „Scheck-steuer“ CPMF zu entfachen: DerErtrag dieser Steuer ist großteils fürdas öffentliche Gesundheitswesenszweckbestimmt. Statt nun mit der not-wendigen qualifizierten Mehrheit dieeinem „guten Zweck“ dienende Steu-er zu verlängern, lehnte dies dieOppositionsmehrheit im Senat ab.

Brasilien 2008

TEXT: DR. UWE KAESTNER

In den ersten Monaten eines Jahres herrscht in Brasilien die Leichtigkeit des Seins: Sommer, Ferien, Karneval, Strand, Samba, Mode, Tanz, Rhythmus, Lebensfreude pur.

Politik und Wirtschaft im Wahljahr

Die Opposition bemängelt die Verordnungsflut

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Tópicos 1|2008 9

POLITIK | POLÍTICA

Bürgermeister und Stadträte. Das hatnicht nur lokale Bedeutung: DieWahlen sind ein Stimmungstest fürdie Regierung Lula und können auchauf Bundesebene personelle Konse-quenzen haben, etwa wenn Ministerals Bürgermeister kandidieren.

Was bezweckte die Opposition,eine dem öffentlichen Gesundheits-wesen gewidmete Steuer zu kippen?Auf den ersten Blick mutet dies kon-traproduktiv an – werden doch auchvon ihr regierte Einzelstaaten undStädte durch Kürzungen betroffensein – und erscheint zynisch – geht esdoch zu Lasten der ärmsten Bevölke-rungsschichten.

Inzwischen hat die Opposition übri-gens ein weiteres Thema für parla-mentarische Untersuchungen gefun-den: den angeblichen Mißbrauch vonamtlichen Kreditkarten durch Regie-rungsmitglieder – auch hier ist aberein kontraproduktives Ergebnis, näm-lich peinliche Fragen für heutigeOppositions- und frühere Regierungs-mitglieder, nicht ausgeschlossen.

Aber so ist Innenpolitik im Wahl-jahr 2008: Man kämpft gegen dieangeblich zu hohe Steuerlast und Ver-schwendung der Regierung – und willin Wirklichkeit den populären Sozial-programmen Lulas die Mittel abgra-ben: Etwa „Bolsa Familia“, dieinzwischen 11 Mio. Familien - min-destens 45 Mio. Menschen - zugutekommt und sich, zusammen mit ande-ren Wohltaten, zunehmend alswählerwirksam erweist. Die heutigenOppositionsparteien haben nicht ver-

gessen, dass sie 2006 in ihren tradi-tionellen Hochburgen im Nordosten –Musterbeispiele Bahia und Pará –verloren, während die PT dort zulegteund Lula heute dort hohe Zustim-mungsraten erreicht – in seinem Hei-matstaat Pernambuco 70%.

Für die Regierung geht es natürlichdarum, ihre sozialen Hebel zu erhal-ten: So hat sie bereits verkündet, dasssie bei notwendigen Haushaltskür-zung die Mittel für Erziehung undGesundheit sowie für die Infrastruk-turinvestitionen – das Programm PAC– ausnehmen will..

Das gleiche soll für ein Paket zurVerbesserung der ÖffentlichenSicherheit gelten. Auf diesem Gebietsind angesichts der Drogen- undGewaltkriminalität energische Maß-nahmen dringend notwendig – und ineinzelnen Bundesstaaten wie Rio deJaneiro schon zum Teil erfolgreich.

Wie hart dabei vorgegangen wurdeund wird, schildert der auf der Berli-nale preisgekrönte Film „Tropa deElite“: Er zeigt eine Polizei-Sonder-einheit bei Einsätzen gegen Drogen-banden in Favelas. Das Filmpublikumin Rio spendete Beifall auf offenerSzene!

Wirtschaft – abgekoppelt

2007 war ein gutes Jahr für Brasili-ens Wirtschaft – 2008 verspricht, diepositiven Trends fortzusetzen. Diepolitischen Turbulenzen sind, andersals früher, nicht auf die Wirtschaftdurchgeschlagen, im Gegenteil: Die

Börse legte über das Gesamtjahrrekordverdächtig zu. Auch die US-Finanzkrise hat, soweit bisher fest-steht, in Brasilien noch keine Banken-Schieflagen erzeugt.

Bekanntlich hatte Lula – entgegenmanchen Erwartungen – schon in derersten Amtszeit die eher konservativeWirtschaftspolitik seines VorgängersCardoso fortgesetzt. Die Erfolge inStabilisierung und Haushaltskonsoli-dierung gaben ihm recht.

In der zweiten Amtszeit ist nun einProgramm zur Beschleunigung desWachstums (PAC) sein „Flaggschiff“:Es zielt auf Investitionen in die Infra-struktur und soll zusätzliche Arbeits-plätze schaffen.

In der Tat: Ein Programm wie PACist überfällig. Für Straßen, Häfen,Eisenbahnen, Flughäfen ist ein gewal-tiger Investitionsschub nötig, sonstdroht hier eine Wachstumsbremse.Das gleiche gilt für die Energie-Erzeugung: In der ersten AmtszeitLulas hat der Bau neuer Kraftwerkenicht mit dem WirtschaftswachstumSchritt gehalten. Immerhin wurdenjetzt der Ausbau des KKW Angra dosReis sowie neue Wasserkraftprojekteam Rio Madeira in Angriff genom-men. Soweit das Bedenkliche.

Auf breiter Front hingegen steht diebrasilianische Wirtschaft gut bis sehrgut da. Die Grunddaten können sichsehen lassen:

• Das Wachstum ist höher als dieInflation – kein anderes Zahlenbild

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Tópicos 1|200810

POLITIK | POLÍTICA

verdeutlicht besser den Abstand vonheute zu 1990, als eine vierstelligeInflation einem Null-Wachstumgegenüberstand. • 2007 wuchs die Wirtschaft um5,4%, die Prognose für 2008 ist4,5%. Die Inflation lag 2007 bei4,5%, Vorausschauen für 2008gehen von etwas höheren Ziffern aus– auch in Brasilien haben dieLebensmittelpreise zugelegt.• Das Zinsniveau sinkt: Lag der Zen-tralbankzins (SELIC) bei Amtsan-tritt Lulas 2003 bei 27%, so ist erjetzt auf 11,25% gesunken. • Keine Währung der Welt hat sogegenüber dem US$ gewonnen wieder Real; in der Amtszeit Lulas hatsich sein Außenwert mehr als ver-doppelt – von 3,85 auf 1,72 Real • Trotz dieses für Exporte ungünsti-gen Wechselkurses boomt die Aus-fuhr, vor allem der sog. „Commodi-ties“: Eisenerz/Stahl, Soja, Mais,Zucker/Ethanol, Baumwolle,Fleisch/Geflügel, aber auch vonFlugzeugen und Kfz. Neuer Groß-kunde ist China. Etwas rückläufigist der Export mancher Industriegü-ter, natürlich auch wegen der Billig-Konkurrenz aus Asien• Die Binnennachfrage gleicht bis-her die industriellen Exportverlustemehr als aus – ablesbar am deutlichgestiegenen Kfz-Absatz und an derNachfrage nach Konsumentenkredi-ten

• Der Handelsbilanzüberschussbetrug 2007 etwa 40 Mrd. US$,2008 sollen es 32 Mrd. US$ werden.Hintergrund sind steigende Einfuh-ren von Investitionsgütern, um denBinnenmarkt abzudecken• Dessen Chancen sehen natürlichauch Auslandsinvestoren: 2007 leg-ten sie 30 Mrd. US$ an, für 2008liegt die Prognose auf mindestensgleicher Höhe – und deutsche Inve-storen sind wieder dabei: Thyssen-Krupp, Hamburg-Süd, Continental.• Die Währungsreserven lagen Ende2007 bei 190 Mrd. US$ – höher alsdie Außenschuld. Brasilien ist erst-mals in seiner Geschichte internatio-nales Gläubigerland. • Die gute Wirtschaftsentwicklunghat zu mehr Arbeitsplätzen geführt –allein im formellen Sektor 2007eine Steigerung um 1,6. Mio – aufgeschätzt 30 Mio. Die Arbeitslosig-keit erreichte hier im Januar 2008mit rund 8% einen neuen Tiefst-stand. Auch informelle Jobs nahmenin ähnlicher Größenordnung zu. • Dies hat Geld unter die Leutegebracht: So lief das Weihnachts-geschäft glänzend. Damit ist diesoziale Frage zwar nur gelindert,aber viele Menschen sehen: Es gibtauch für sie eine Perspektive.• Nicht zuletzt: Brasilien ist seitAnfang 2007 Selbstversorger mitErdöl – in Zeiten explodierenderRohölpreise ein Plus, das gar nicht

hoch genug eingeschätzt werdenkann. Ende 2007 wurde der Fundeines neuen großen „off-shore“-Fel-des „Tupi“ bekannt gegeben: Daswürde, wenn erschlossen, Brasilienerlauben, sogar unter den erdölex-portierenden Länder eine Rolle zuspielen. Soeben ist in der Bucht vonSantos ein neues Gasfeld entdecktworden.• Dies alles sind positive Vorzeichenauch für die deutsch-brasilianischenWirtschaftsbeziehungen – Handels-austausch und Investitionen legenzu. Die Deutsch-BrasilianischenWirtschaftstage sind und bleibenhoch attraktiv. 2007 wurde in Blu-menau ein Teilnehmerrekord aufge-stellt: 1400 Personen. Im August2008 wird Köln Gastgeber sein.

Ausblick 2008

Was erwartet uns 2008 in Brasilien?In Kurzform:

• ein politisch bewegtes Wahljahr,nicht geeignet für Reformfortschrit-te• weitere wirtschaftliche Erfolge, inZahlen vielleicht nicht ganz so gutwie 2007• auf sozialem Felde eine zähe, aberdoch spürbare Aufwärtsbewegung.

Brasilianer sind optimistisch!Eine Umfrage zum Jahresendebelegt dies: von immerhin 17.000Befragten erwarten 41%, dass 2008noch besser wird als 2007 – 11%erwarten ein gleich gutes Ergebnis –und 27% befürchten Verschlechte-rungen. Also doppelt so viele Opti-misten wie Pessimisten!

Brasilianer sind optimistisch.„Jammern auf hohem Niveau“ istnicht Teil ihres Nationalcharakters.Dabei gibt es viele Gründe zu Kla-gen, aber man stellt sie nicht in denMittelpunkt, sondern meistert dastägliche Leben mit „Jeito“.

Und man sollte nicht übersehen:Der Kitt der Gesellschaft – oder dasVentil für Frust – funktioniert: Kul-tur, Musik, Fußball, Karneval –diese Themen also doch nicht nurtropikalistisch-triviales Sommer-theater, sondern staatstragend!

Die Bankenchefs freuen sich über satte Gewinne

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Tópicos 1|2008 11

POLITIK | POLÍTICA

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Tópicos 1|200812

POLITIK | POLÍTICA

Esse cenário hoje é outro. Devidoà globalização e à conseqüentemaior rapidez das informações, asexternalidades de um setor e/ou deuma empresa estão cada vez maisvisíveis à sociedade global, que setornou muito poderosa nas últimasdécadas. Isso ocorreu devido aoempoderamento por parte de todosos grupos sociais nas últimas déca-das, principalmente através deONGs que, na Conferência da ONUsobre Meio Ambiente e Desenvolvi-mento em 1992, no Rio de Janeiro,no fórum das organizações nãogovernamentais e movimentossociais, tiveram reconhecida suaimportância, tanto que a partir daíadquiriram força suficiente para a

Devido a essa nova tendência,a InWent – resultado dafusão, em 2002, da Socieda-

de Carl Duisberg e da FundaçãoAlemã para o DesenvolvimentoInternacional –, através do Centro deGerenciamento Sustentável da Uni-versidade de Lüneburg e com finan-ciamento do Ministério alemão daCooperação Econômica (BMZ), ofe-rece um MBA em DesenvolvimentoSustentável.

Os participantes, 20 profissionaislatino-americanos naturais do Bra-sil, do Peru, do Chile, do México, daCosta Rica e da Colômbia, estudar-am na Alemanha por um ano, alémde terem desenvolvido projetos quedizem respeito a sustentabilidade emempresas alemãs dos mais diversoscampos de atuação.

Segundo Achim Steiner, diretorgeral do Pnuma (Programa dasNações Unidas para o MeioAmbiente), 5% das exportaçõesalemãs são de produtos relacionadosà tecnologia de meio ambiente, oque retrata a responsabilidade doempresariado alemão. Considerandoque a sustentabilidade tem comomaior desaf io a integração dosaspectos sociais, ambientais eeconômicos, relacionados a assuntosde responsabilidade socioambientala Alemanha tem muito a nos ofere-cer.

Essa transferência de conhecimen-to pode se dar através da transferên-cia de tecnologia, ou então, como é onosso caso, da inserção de profissio-

nais em suas instituições e realida-des, tendo essas pessoas a oportu-nidade de acumular discussões econhecimento técnico, podendofomentar medidas para melhorar asustentabilidade empresarial emseus países.

É insofismável a necessidade doalinhamento empresarial às questõessocioambientais para a manutençãoe melhoria de sua competitividade.Em 1962, John F. Kennedy proferiuas seguintes palavras que ecoam atéhoje: “Os consumidores compõem omaior grupo econômico. Mas,simultaneamente, eles constituem oúnico grupo de significado socialque muitas vezes nem é ouvido”.

Sustentabilidade é a palavra do momento

TEXTO: CARLO PEREIRA*

Com diferentes percepções e entendimentos, todo mundo se arrisca hoje em definir o termo. E as empresas, por conseqüência, se engajam nessa nova, porém definitiva demanda do mercado.

Carlo Linkevieius Pereira, MBA em Desenvolvimento Sustentável e Mestre em Ciências pela Universidade de São Paulo, é consultor na área de biocombustíveis e atualmente desenvolve um projeto relacionado à certificação da sustentabilidade de biomassa.

International Leadership Training (ILT) Nachhaltigkeitsmanagement

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Tópicos 1|2008 13

participação a posteriori da agendade organismos multilaterais e degovernos. Por isso têm hoje grandeimportância no direcionamentoeconômico através de suas pon-derações socioambientais. Conse-qüentemente, o nível de conscien-tização por parte dos stakeholders[todos os segmentos que influen-ciam ou são influenciados por umaorganização] aumentou as exigên-cias por processos, assim como porcondutas ambientalmente corretas,socialmente justas e culturalmenteaceitas.

Portanto, as liderançasempresariais já perceberam que ado-tar normas e diretrizes, como as daISO, SA8000, GRI (sigla em inglêsque signif ica Global Reporting

Initiative), não é uma estratégiaapenas para nichos mercadológicose, sim, um ponto fundamental para agarantia da competitividadeempresarial. Para tanto, há umademanda real por profissionais espe-cializados em assuntos relacionadosà sustentabilidade.

Ainda, poucos cursos são ofereci-dos nessa área na América Latina.Por isso, alguns profissionais prefe-rem buscar esse conhecimento empaíses como a Alemanha. Pude per-ceber claramente essa transferência,mas não como sendo unilateral(norte-sul) e, sim, um intercâmbiode conhecimento e experiênciasentre ambas as partes. Além da parteteórica do MBA em Desenvolvimen-to Sustentável, participamos de vári-

os seminários e discussões sobre otema.

Acrescente-se a isso o fato de ter-mos trabalhado por quatro meses emempresas alemãs e o contato quetivemos com as mais diversas insti-tuições para onde pudemos levar oknow-how que temos em nossocampo de atuação, assim comonosso conhecimento sobre o merca-do e a cultura da América Latina.Algumas parcerias e negócios foramfirmados nesse período.

Por todos esses fatores acreditoque a Alemanha e o Brasil têm todasas condições para sinergicamentetrabalharem para que o desafio dasustentabilidade seja vencido.

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schen Dimensionen des Mauerfalls fürdie brasilianischen Leser zu “überset-zen“. Ich habe es vermieden, nur einekalte analytische Abhandlung zuschreiben, und habe versucht, meineeigenen Eindrücke mit einzubringen,um den Lesern ein bisschen dasGefühl zu vermitteln, welches in die-sem Moment auf den Strassen vonBerlin zu spüren war.

Wie hat sich der Berliner Mauerfall inBrasilien ausgewirkt?

Der Einfluss war immens, speziell aufdie Linke, die durch die schnellen Ent-wicklungen in Osteuropa überraschtwurde. Bis heute haben wir daran zukauen, die Konsequenzen des Mauer-falls zu verdauen. Es sollte nicht ver-gessen werden, dass in Brasilien dieKrise im Ostblock und der Mauerfallmit der Wahlkampagne von Lulazusammenfiel, der in dieser Zeit inseinem Wahlkampf für den Sozialis-mus geworben hat.

Wie wurde der Diskurs der Linkenerneuert?

Das ist eine große Diskussion, dienoch nicht richtig begonnen wurde.Viele haben ihre leninistische Sichtder Diktatur des Proletariats aufgege-ben, aber sie sind trotzdem der revolu-tionären Linken treu geblieben. Ande-re sind in das „ kapitalistische Lager“übergelaufen, mit der Begründung,dass das Ende der Geschichte erreichtsei und der Kapitalismus den Endsiegdavongetragen habe. Ich denke, dassein Grossteil der PT, auch Lula, sichnach dem Vorbild der europäischenSozialdemokratie auf eine Kollabora-tion mit der Bourgousie eingelassenhat. Es handelt sich um eine Debatte,die noch in vollem Gange ist und dieauch nicht so bald beendet sein wird.

Tópicos: Welches Bild hatten Sie vonder DDR?

José Arbex: Für mich stellte die DDRdas erfolgreichste Land des Ostblocksdar, auch wenn man die Sowjetunioneinbezieht. Aber ich empfand dieAtmosphäre dort immer als sehr ange-spannt, sicher hing es mit der Zeitzusammen, in der ich das Land ken-nen lernte.

Wann waren Sie in der DDR?

Ich bin zwischen 1988 und 1990mehrmals dort gewesen. In dieser Zeiterlebte ich nicht nur den BerlinerMauerfall hautnah, sondern auch diegesellschaftliche Krisensituation, diesich in der Ausreiseproblematikäußerte. Ich war auf der historischenPressekonferenz am 9.11.1989, aufder Günther Schabowski die Mau-eröffnung verkündete.

Welche Erinnerungen haben Sie anden Mauerfall und wie interpretieren

Sie dieses Ereignis nach fast 18 Jah-ren?

Ich habe zwei Betrachtungsweisen:Die erste ist eher auf der persönlichenEbene, noch heute lösen die Erinne-rungen an alles, was geschehen ist,und was ich erlebt habe, große Emo-tionen in mir aus. Auf der anderenSeite sehe ich das Thema auch voneiner analytischen und politischenSeite. Ich versuche die Gründe derKrise des Sozialismus zu verstehen,die zu seinem Ende geführt haben,und den Prozess, der die momentaneHegemonie des Kapitalismus hervor-gerufen haben.

Was symbolisierte dieses Ereignis, alses stattfand, und was bedeutet es heutefür Sie?

Ja, meine politische Einstellung hatsich sehr verändert durch ein Ereignisvon so großer historischer Bedeutung.Ich habe verstanden, wie wichtig diegemeinsamen Interessen der Gemein-schaft sind, die im Alltag zusammen-leben und gemeinsame Träume haben,die nicht von dem jeweiligen ideologi-schen System abhängen, sondern vorallem von ihren intimsten und persön-lichsten Wünschen. Zum Beispielmusste ich mit Erschrecken feststel-len, dass viele Ostdeutsche sich langefür Bananen und z.B. auch für Porno-videos anstellten. Außerdem habe ichfestgestellt, welche Illusionen Macht-haber haben können. Kurz vor demMauerfall sagte Erich Honecker noch,dass der Sozialismus in Deutschlandnoch 1000 Jahre bestehen würde.

Wie hat die brasilianische Presse überdas Ereignis berichtet?

Ich, als Korrespondent vor Ort, habeversucht, die persönlichen und politi-

Den Mauerfall für brasilianische Leser übersetzt

DAS INTERVIEW FÜHRTE: EVELYN SCHREIBER

Im Tópicos-Interview erzählt der brasilianischer Journalist und Schriftsteller José Arbex, wie er als Korrespondent den Fall der Berliner Mauer erlebt hat und welche Auswirkungen dieses Ereignis auf die brasilianische Politik hatte.

Am 9. November 1989

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Hat der Berliner Mauerfall Einflussauf die brasilianischen Wahlen 1989gehabt?

Es wurde durch dieses Ereignis einegewisse Zerstreuung der Linken pro-

voziert, aber es ist kein entscheidenderPunkt gewesen. In Teilen der Mittel-schicht wurde eine gewisse Angst aus-gelöst, denn sie dachten, dass der SiegLulas für Brasilien Rückschritt undChaos bedeuten würde.

José Arbex Júnior ist Autor derBücher Showjournalismus – Nach-richten als Spektakel (Infotainment)und Der Schurken-Journalismus, dieim Verlag Casa Amarela veröffent-licht wurden. Er arbeitete mehrereJahre für die Folha de São Paulo.Heute ist er u.a. Professor für Jorna-lismus an der Pontifícia UniversidadeCatólica de São Paulo (PUC-SP).

Außerdem ist er Verleger der Zeit-schrift Caros Amigos (Verlag CasaAmarela), eine der wichtigsten linkenZeitschriften in Brasilien. Er produ-zierte das Video 10 anos sem Murozum 10. Jahrestag des Mauerfalls mitdem die Komplexität des Themas denbrasilianischen Jugendlichen nahegebracht werden soll.

José Arbex Júnior

Jubelnde Menschen drängen sich auf der Mauer vor dem Brandenburger Tor

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Sechs Tage, sieben Nächte brasilianischer UN Diplomat...Mitte April wird es wieder soweit sein und 2000 Studenten ausder ganzen Welt werden sich in New York versammeln um dieArbeit der UN zu simulieren. Jede Studentendelegation reprä-sentiert ein Land und zwar so realistisch wie möglich. Brasili-en wird in diesem Jahr, ganz im Sinne der deutsch-brasiliani-schen Gesellschaft, von einer deutschen Studentengrupperepräsentiert. Elf ambitionierte Studenten des gemeinnützigenVereins Model United Nations Association Munich (MUNAM)e.V. bereiten sich nun fast ein halbes Jahr darauf vor.

Als im November 2007 die Länderzuteilung bekannt gegebenwurde, war die Freude besonders groß, da die Münchner Delega-tion in dieser Form das erste Mal an der New Yorker Konferenzteilnimmt und Newcomer oftmals mit kleineren Staaten auf demdiplomatischen Parkett debütieren. „Brasilien war einer unsererFavoriten. Wir hatten natürlich darauf gehofft, aber nicht wirklichdamit gerechnet.“, so Simone Mitterhuber.

Gemeinsam mit Julia Sandbrand und Candy Rietig stellte sie dasProjekt „MUNAM goes NMUN“ alleine auf die Beine. Simoneund Julia haben die Organisation der Gruppe übernommen, vonder Anmeldung über den Flug bis zur Hotelreservierung undbemühen sich, die großen und kleinen Probleme „ihrer“ Delega-tes zu lösen. Candy betreut die inhaltliche Vorbereitung. Dabeilegt sie Wert darauf, dass die Delegation nicht als „Spaßfraktion“gesehen wird, sondern mit den Gruppen, die sich direkt an derUniversität vorbereiten, mithalten kann. „Wir sind kein Seminar,es gibt keinen Notendruck. Aber wer gut vorbereitet ist, hat vielmehr von der gesamten Konferenz.“

Wie läuft nun die Vorbereitung ohne die Aufsicht eines Profes-sors? Die spezielle Vorbereitung auf Brasilien ist bis jetzt in Formvon drei Essays geschehen. Dabei hat jeder Delegate ein speziel-les Thema, je nachdem in welchem Fachausschuss der UN er sitzt.Einen Eindruck über die Entwicklung Brasiliens 2008 erhielt ein

Teil der Delegation beim Vortrag von Botschafter a.D. Dr. UweKaestner. Ebenso wie dieser war eine Vortragsreihe von PD Dr.Ursula Prutsch, die Amerikanistik an der LMU lehrt, Teil derinhaltlichen Vorbereitung. Prutsch, selbst Brasilien-Fan, hattediese Vorträge extra für die Delegation konzipiert. „Erstens beein-drucken mich das Engagement und die Neugier der Studierenden,zweitens freue ich mich, wenn ich Wissen über das riesige Landmit all seiner sozialen und kulturellen Vielschichtigkeit undWidersprüchlichkeit vermitteln kann und gleichzeitig Stereoty-pen von stets Samba tanzenden Tropenbewohnern aufzubrechenvermag.“

Doch mit der inhaltlichen Vorbereitung ist es nicht getan, da inNew York alles streng nach diplomatischen Verhaltensregelnabläuft. Um einen Fauxpas zu vermeiden, ist es wichtig, dassjeder weiß, wann er was wie sagen darf.

Mit Sorge betrachtet Julia die Finanzierung des Projekts: nachdem jetzigen Stand muss alles aus eigener Tasche bezahlt werden.„Ich finde es schade, dass unsere Bemühungen um Sponsoren bisjetzt keinen Erfolg hatten.“ Trotz dieses kleinen Wermutstropfensist und bleibt die Vorfreude groß. Alle fiebern der Ankunft in NewYork entgegen. Fiebern Sie mit unter: www.munam.de.

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uswärtigen A

mt

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kreative und friedliche Veranstaltun-gen durchzuführen, das öffentlicheBewusstsein zu stärken und derGesellschaft dabei zu helfen, die Men-schenrechte in Brasilien zu verwirkli-chen. Zu den Zielen der Vereinigunggehört, neben dem allgemeinenKampf für Menschenrechte und dieöffentliche Sicherheit, insbesondereauch die Verbesserung der individuel-len Lebensverhältnisse.

Diese Themen sollen durch Öffent-lichkeitsarbeit, Großveranstaltungenund friedliche Demonstrationen ver-breitet und der Bevölkerung nahegebracht werden. Durch Investitionenin eine qualitativ höherwertige Ausbil-dung von Kindern der ärmsten Famili-en sollen soziale Unterschiede ausge-glichen und durch die Mobilisierung

Die Aktionen der Bürgerschaftgegen die zitierten Missständesind vielfältig: Dort wo die

Regierung keine passende Problemlö-sungsstrategie hat oder diese nichthinreichend ist, versuchen oft einzelneGruppen der Zivilgesellschaft denSchwierigkeiten durch freiwillige undehrenamtliche Aktivitäten eigenver-antwortlich zu begegnen.

Bekannteste Beispiele sind die bra-silianischen Nichtregierungsorganisa-tionen und die Berufsbildungszentrengegen Armut und Bildungslücken, wieCAMPO oder Viva Rio. Aber auchgegen Gewalt gibt es Bürgerinitiati-ven. Dabei ist es eigentlich nicht ganztreffend von einem Kampf gegenGewalt zu sprechen, denn Konflikthal-tung gibt es freilich schon genug. Vielstimmiger scheint es, die Aktionen alsBemühungen für bessere Bildung, fürgerechtere soziale Verhältnisse und indiesem Fall für den Frieden zubezeichnen.

Genau darin liegt der Ansatz derFriedensorganisation „Rio de Paz“(www.riodepaz.org.br), welche sichals Teil der „Bewegung für den Frie-den“ begreift, die nicht nur in Brasili-en, sondern auch weltweit zum Tragenkommt.

“Rio de Paz” gibt es seit Anfang2007. Damals wurde die Bewegunggegründet durch Präsident AntônioCarlos Costa und seine Mitstreiter alsReaktion auf die jüngste Gewaltwellein der cidade maravilhosa, bei der 19Menschen ums Leben kamen. AchtBürger wurden bei diesem schreckli-

chen Dezemberereignis in einem Lini-enbus lebendig verbrannt.

Die Bewegung versteht sich alspolitisch, religiös und institutionellneutrale Organisation, als Vereinigungvon Personen, die an der Verteidigungder Menschenrechte interessiert sind.Sie hat sich ganz unabhängig von jeg-lichem Lobbyismus schwerpunkt-mäßig der Verbesserung der Öffentli-chen Sicherheit verschrieben. Dies istauch dringend notwendig, werdendoch in Rio de Janeiro im Durch-schnitt täglich 17 Menschen Todes-opfer von Gewaltverbrechen.

Die Bewegung ist unabhängig vonstaatlichen Institutionen oder Parteienund nimmt keinerlei finanzielleUnterstützung an. Ihre Mission ist es

Für den FriedenBrasilien 2008 – ein Land im wirtschaftlichen Aufschwung: Investitionen, Wachstum, neue Technologien. Aber es gibtauch Problemzonen: Große soziale und regionale Unterschiede, fehlende Infrastruktur, stockende politische und elekto-rale Reformpläne und nicht zuletzt die Gewalt in Großstädten wie São Paulo und Rio de Janeiro. Fast täglich wird in dennationalen Nachrichten von den Auseinandersetzungen der Polizei mit dem organisierten Verbrechen, von einzelnenGewaltdelikten wie Überfällen mit Todesfolge oder Morden berichtet. Das Gesamtbild ist beängstigend. In den letztenzehn Jahren wurden alleine in Rio de Janeiro 500.000 Menschen (Todes-)Opfer der Gewalt. Aber Brasilien wäre nichtBrasilien, wenn es nicht Menschen geben würde, der sich gegen diese Missstände auflehnte. Dies geschieht auch imFalle der wachsenden Gewalt: Hier hat sich die Organisation “Rio de Paz” zuletzt Profil gezeigt.

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.riodepaz.org.br

Protest gegen die Gewalt am Strand von Rio...

TEXT: JORG WABER

Rio de Paz:

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Tópicos 1|2008

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nationaler Presse ein großes Echofand. So wurde unter anderem imGlobo und im Globo Reporter darüberberichtet. Neben lokalen Protestenträgt auch die Webseite der Bewe-gung, die über die aktuellen Todesop-fer in Rio de Janeiro aufklärt, zur Ver-breitung der Ziele der Gesellschaftbei. Außerdem können auf der Home-page alle Aktionen der Bundes-,Staats- und Stadtregierung in Rio deJaneiro, São Paulo, Minas Gerais,Porto Alegre und Pernambuco einge-sehen werden. “Rio de Paz” organi-

der Öffentlichkeit die Gewalt einge-dämmt werden. Auf der Internetseiteder Organisation heißt es zu den Zielen:

“Desenvolver ações organizadas,pacíficas, democráticas e práticas,com o propósito de avivar a consciên-cia do cidadão e ajudar a sociedade ase envolver nas iniciativas pela preser-vação da vida, da paz e da justiça.”

Im Vordergrund steht vor allem eineBewusstseinsveränderung der Bürger,dass es durchaus möglich ist, den

aktuellen (Gewalt-)zustand zu über-winden und ein friedlicheres Zusam-menleben in der Gesellschaft zuermöglichen. In diesen Rahmen fallenauch die Bemühungen um größere,soziale, ethnische und gesetzlicheGerechtigkeit in einer demokratischenGesellschaft. Auch wenn die Bewe-gung ihren Hauptsitz und Aktionsraumin Rio de Janeiro hat, ist sie dennocheine gesamtbrasilianische Vereinigungmit Vertretern in wichtigen StädtenBrasiliens, wie Recife, São Paulo,Porto Alegre oder Belo Horizonte.

In nur wenigen Monaten nach ihrerGründung konnte “Rio da Paz” schoneinige erfolgreiche Veranstaltungenrealisieren. 2007 gab es eine großeKundgebung an der Copacabana, diesowohl in nationaler, als auch in inter-

sierte zudem Foren und Debatten zuröffentlichen Sicherheit, auf denen überaktuelle Themen diskutiert werdenkann.

Nicht nur die Resonanz der Medienzeigt die Auswirkungen der Aktionen.Immer mehr Menschen möchten sichfreiwillig an der Bewegung beteiligen.Die Mitgliederzahlen haben sich seitMitte 2007 fast verdoppelt. Dies zeigtaber auch, dass das Thema Gewalt inganz Brasilien ein hoch aktuelles ist.

Vor diesem Hintergrund soll einmultikommunales Dokument unter-zeichnet werden, welches einen Planzur Friedenssicherung aufstellt.Neben der durch die Medien undÖffentlichkeit honorierten Qualitätder Veranstaltungen kann sich auch

die Quantität sehen lassen: Alleine2007 wurden fünfzehn Kundgebungenund Manifestationen realisiert undauch für 2008 sind etliche geplant.

Obwohl die Bewegung gut anlief,braucht, jede Gesellschaft ein eigenesErkennungszeichen, um sich bessereinprägen zu können. Dies ist im Falleder “Rio da Paz” der Marco da Bar-bárie, der solange Symbol der Gewaltund des Todes bleibt, bis die Todeszah-len auf ein Niveau vergleichbarerGroßstädte gesunken sind. Insgesamt

muss geschlussfolgert werden, dass“Rio de Paz” in nur einem Jahr seinerExistenz eine erhebliche Resonanz inMedien und Öffentlichkeit fand undsomit zur Bewusstseinsbildung dermöglichen Gewaltreduzierung beitrug.

Die Entwicklung zeigt, dass eineÜberwindung der Gewalt durch denWertewandel einer Gesellschaft mög-lich werden könnte. Und dennoch: Eswartet noch viel Arbeit auf die Bewe-gung. Zu deren Erleichterung trägtvielleicht der erste Internetdiskussi-onsblock zum Thema öffentlicheSicherheit bei: Mudeomundo(www.mudeomundo.com.br), in demzu aktuellen Fragen in diesem BereichStellung bezogen werden kann, ver-zeichnet ebenfalls zunehmende Benut-zerzahlen.

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.riodepaz.org.br

... und in der Innenstadt

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Auch Kinder machen mit

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Auf dem Weg nach Öldorado

Alle halbe Stunde fährt heutzu-tage ein Bus von Rio nachMacaé. Und zweimal am Tag

schicken regionale Fluglinien kleinePropellermaschinen in die 180 Kilo-meter nordöstlich vom Zuckerhutgelegene Hafenstadt in der Bucht vonCampos. Der Aufwand lohnt sich fürdie Transport-Unternehmen: Tausen-de von Ingenieuren und Facharbeiternder Ölindustrie pendeln ständig zwi-schen Macaé und anderen Teilen Bra-siliens hin und her - ihr Anteil an derGesamtbevölkerung der Stadt machtinzwischen knapp zehn Prozent aus.Die Wohlhabenderen von ihnen habenHäuser oder Apartments in Macaégekauft bzw. gemietet, und ihre Fami-lien reizt ein Abstecher in die Ein-kaufszentren, Kinos, Theater undMuseen von Rio oder Niteroi. Dassorgt für reges Hin und Her auf derStraße und in der Luft.

* * *

Bürgermeister Riverton Mussiregiert Macaé seit seinem Amtsantrittim Januar 2005 hinter den Mauerneiner futuristischen Trutzburg ausBeton, Stahl und Glas. Viele seinerKollegen in ganz Brasilien beneiden

den "tucano" insgeheim wohl oftwegen seines üppigen Kriegsschatzes,kann er seinen 156 000 Mitbürgerndoch ständig neue öffentliche Wohlta-ten aus einem 715 Mio. Real (275Mio. Euro) schweren Gemeindehaus-halt spendieren. Sein Vorgänger Sil-vio Lopes weihte bereits Anfang 2004das für 48 Mio. Real gebaute Städti-sche Krankenhaus ein, dessenhochmoderne Einrichtungen sichsogar Präsident Lula zeigen ließ. Derehemalige Turnlehrer Mussi zog einJahr später nach mit der Eröffnungeines imposanten Ausbildungszen-trums für Profi-Sportler, wo Volley-ball-, Basketball- und Hallenfußball-Mannschaften aus allen Teilen desLandes für nationale und internatio-nale Wettkämpfe trainieren. Undschon stehen neue Projekte auf demPlan: Bau von drei weiteren Klärwer-ken, Asphaltierung von über 50Straßen im Stadtzentrum, Verbreite-rung der (vorerst) einzigen Brückeüber den Rio Macaé im Hafenviertel,Anlage eines Autobahnrings, Sozial-bauprogramme, kostenlose Beförde-rung von Minderbetuchten in öffentli-chen Verkehrsmitteln während derStoßzeit, Berufsschulen und Sportsta-dion - die Kette der Vorhaben reißt

nicht ab und dürfte auch von MussisNachfolgern weitergespannt werden.

* * *

Man kann sie von Macaé aus nichtsehen, denn die dem Festland nächst-gelegenen Plattformen ankern etwa 80Kilometer vor der Küste der Stadt, dieam weitesten entfernten sogar 180Kilometer. Von den rund 60 Bohrplatt-formen schöpfen einige das"Schwarze Gold" in 200 Metern Tiefe,andere in 2 000 Metern und mehr.Jeden Tag sprudeln aus etwa 1 000Bohrlöchern heute im Schnitt 1,5 Mil-lionen Barrel Rohöl (ein Barrel fasst160 Liter) und damit umgerechnetetwa 280 000 Euro in die Kasse desStadtkämmerers. Die Offshore-Indu-strie von Macaé (einschliesslich ihrerZulieferer an Land) beschäftigt mitt-lerweile gut 40 000 Personen oder

TEXT: LORENZ WINTER

Erdöl und Erdgas machten Macaé zur reichen Stadt.Doch viele seiner Bürger leben noch vom Prinzip Hoffnung.

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laudia Barreto

Vom Ölterminal aus versorgen diese Schiffe die Bohrplattformen draussen auf hoher See

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WIRTSCHAFT | ECONOMIA

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etwa die Hälfte der lokalen Erwerbs-bevölkerung - allein schon angesichtsdieser Zahl wirkt der Begriff "Öldor-ado" keineswegs übertrieben.Anfangs glaubten sogar Fachleute, dasÖlfieber in der Bucht von Camposwerde entweder gar nicht erst richtigausbrechen oder doch nur für kurzeZeit dauern. Aber seit 1985 entdeckteder Petrobras-Konzern praktisch allezwei Jahre ein neues Ölfeld unter demMeeresboden, und beim derzeitigenFördertempo würden die Gesamtre-serven für mindestens 30 Jahre rei-chen.

* * *

Trotz Ölfieber, Neubauwelle undPendlerstrom hat sich Macaé den Cha-rakter einer Kleinstadt und manchidyllisches Fleckchen bewahrt. Schautman vom 100 Meter hohen Outeiro deSant'Ana, neben der ehemaligenJesuitenkirche, auf den Ort hinunter,ist gerade mal ein Dutzend weitver-streuter Hochhäuser zu erkennen. DieMasse der Gebäude duckt sich dage-gen eng an den Boden. Durch das Ver-kehrsgewühl am Busbahnhof zockeltein Eselsgespann, sein Besitzer schafftfrische Bananen zum Wochenmarkt.Wand an Wand hausen das Cyber-Café und der Umbanda-Laden, derauch allerlei Candomblé-Zauber feil-bietet. Vor den Toren der Stadt weidenKühe, Pferde und Schafe; Silberreiherund Aasgeier stöbern in den Mangro-vensümpfen des Rio Macaé nach Nah-rung. Irgendwo im blauen Nachmit-tagsdunst ahnt man das gebirgige Hin-

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laudia Barreto

terland des Distrikts mit seinen Wan-derpfaden und Wasserfällen.

* * *

Es gibt in Macaé ein Kino, drei Thea-ter, zwei Bibliotheken und ein Museum,lernen wir während einer Rundfahrtdurch den Ort, doch das Leben spieltsich vor allem daheim ab: auf der geka-chelten Terrasse mit ihren Korbmöbeln,den überbordenden Blumentöpfen,einem Grillkamin und der Hängematte.Wäsche flattert auf der Leine, ein Wel-lensittich tschilpt vergnügt, danebenragt durchs Fenster ein Paar nackterKinderbeine - Knabe und Vogel auchhinter Gittern "feliz da vida". Schongegen neun Uhr abends rührt sich in derkilometerlangen Fußgängerzone desZentrums so gut wie nichts mehr, nurdie eine oder andere Pizzeria bewirtetnoch eine Handvoll junger Leute. In derStehkneipe an der Praça WashingtonLuiz verfolgen Fischer nach Feierabendbeim traditionellen "chopinho" imFernsehen ein Fussballspiel oder dasjüngste Tele-Novela-Kapitel. Einenguten Espresso bekommt der Gast zudieser Stunde nur noch im Theater-Café, ganz hinten in der Galeria Hin-denburgo Olivi, an deren beiden Tisch-en ein Trüppchen von Künstlern undIntellektuellen Gott und die Weltseziert.

* * *

Stefan Zweig schrieb über Brasilienals Land der Zukunft, aber er meinte

damit nicht eine Zukunft aus Stahl-werken, Autofabriken und Ölplattfor-men. Macaé fühlt sich als Stadt mitZukunft und denkt dabei tatsächlichvor allem an technisch-wirtschaftli-che Erfolge - aber nicht nur. Forscherder Vargas-Stiftung bezeichnetenMacaé kürzlich als die Stadt mit derneuntbesten Lebensqualität in Brasili-en, und der von der UNO ertüftelteIndex Humaner Entwicklung (IDH)beträgt heute 0,80 (bei einem mögli-chen Höchstwert von 1,00). Zu die-sem Ergebnis trugen beispielsweisedie niedrige Kindersterblichkeit undeine geringe Analphabetenquote inder Stadt bei. Eine einzige Fernseh-sendung über das "Öldorado" amAtlantik genügt, um Tausende vonBrasilianern aus allen Himmelsrich-tungen herbeizulocken, die am ver-sprochenen Reichtum teilhabenmöchten. Aussicht auf Beschäftigungin der Ölindustrie haben sie mangelsFachkenntnis nicht, aber das wissensie selber wohl am besten. Doch eineprekäre Unterkunft und ein schlechtbezahlter Job wirken immer nochattraktiver als die wirtschaftlicheMisere daheim. Das sieht auch dasRathaus so: Statt die Bewohner derersten Favelas von Macaé wieder fort-zuschicken, organisiert es Schnellkur-se im Kochen und Kellnern, Schnei-dern und Frisieren, um die randstän-digen Neubürger baldmöglichst ein-zugliedern. Denn das Prinzip Hoff-nung, von dem Macaé heute nochweitgehend lebt, soll eben auch für siegelten.

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runo Cam

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Tagsüber Lebenszentrum, nachts wie ausgestorben: die Fussgängerzone in der Rua Direita von Macaé

Tópicos 1|2008

WIRTSCHAFT | ECONOMIA

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Stadtzentrum mit Brücke über den Rio Macaé

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Tópicos 1|2008

WIRTSCHAFT | ECONOMIA

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Das DIN Deutsches Institut fürNormung e. V. versteht sichals Dienstleister für die deut-

sche Wirtschaft. Über die Gremiendes DIN erhalten Unternehmen undandere interessierte Kreise Zugang zuden Gremien der europäischen undinternationalen Normungsorganisatio-nen CEN, CENELEC, ETSI, ISO undIEC.

Das DIN ist der Runde Tisch füralle an der Normung Beteiligten.Unternehmensvertreter treffen hierauf ihre Kunden, ihre Zulieferer undWettbewerber, aber auch Vertreter vonPrüfinstituten, Behörden oder aus derWissenschaft. Unternehmen profitie-ren also unter anderem deshalb voneiner Teilnahme, weil sie Auskünfteüber die Interessenslagen und denWissensstand aller Beteiligtenbekommen.

Mehr als 80 Prozent der Aktivitätendes DIN werden heute europäischoder weltweit abgewickelt. Die ver-bleibenden nationalen DIN-Normenwerden häufig als Vorlagen für dieinternationale Normung genutzt.

Das DIN vertritt die Normungsin-teressen Deutschlands als Mitgliedim Europäischen Komitee für Nor-mung (CEN). Im EuropäischenKomitee für Elektrotechnische Nor-mung (CENELEC) sowie in ETSIwird Deutschland durch den Nor-menausschuss DKE Deutsche Kom-mission Elektrotechnik ElektronikInformationstechnik im DIN undVDE vertreten. Europäische Normenmüssen von den derzeit 30 Mitglieds-ländern von CEN und CENELECübernommen werden. Gleichzeitigmüssen entgegenstehende nationale

Normen, sofern vorhanden, zurück-gezogen werden. Deshalb ist einerechtzeitige und qualifizierte Vertre-tung nationaler Interessen oft vonentscheidender Bedeutung.

Das DIN ist außerdem Mitglied inder International Organization forStandardization (ISO). In der Inter-national Electrotechnical Commissi-on (IEC) bildet die DKE das Natio-nale Komitee.

Internationale Normen sind für denglobalen Markt ein Bezugsrahmenund eine gemeinsame technischeSprache zwischen Handelspartnern.Sie tragen zum Abbau von Handels-hemmnissen bei. Internationale Han-delsabkommen können mit Hilfe vonNormen erfolgreich umgesetzt wer-den. Internationale Normen lieferntechnische Lösungen für den Schutzvon Gesundheit, Sicherheit und

Umwelt und tragen somit zur Dere-gulierung bei.

Biokraftstoffe in Deutschland

Deutschland hat ein besondersgroßes Interesse am Einsatz von Bio-kraftstoffen, denn als Vorreiter im Kli-maschutz haben wir uns zu einererheblichen CO2-Reduktion ver-pflichtet. Gleichzeitig ist eine großeZahl von Fahrzeugen mit Verbren-nungsmotor in Deutschland zugelas-sen. Deutschland ist außerdem vommotorisierten (Transit-) Warenverkehrinnerhalb Europas in besonderemMaße betroffen. Für die deutschenProduzenten besonders leistungsstar-ker Fahrzeuge ist die CO2-MinderungZiel und besondere Herausforderung.

Die Spezifikationen für Kraftstoffewerden bestimmt durch die Anforde-rungen an Umweltschutz, Verbrau-

Mehr als 80 Prozent der Aktivitäten des DIN werden heute europäisch oder weltweit abgewickelt.Der aktuelle Stand der Kooperation mit Brasilien wurde am 20. Februar bei den Deutsch-Brasilianischen Expertengesprächen der Agrobusiness-Initiative vorgestellt.

Biokraftstoffnormung in Deutschland und die Zusammenarbeit mit Brasilien

TEXT: DIPL.-ING. RÜDIGER MARQUARDT*

* Dipl.-Ing. Rüdiger Marquardt - Innovation und Standardisierung, DIN Deutsches Institut für Normung e. V.

Der Hauptsitz des DIN in Berlin

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Tópicos 1|2008

WIRTSCHAFT | ECONOMIA

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cherschutz und den problemfreienKraftstoffeinsatz im Fahrzeug.Umweltschutz und Verbraucherschutzwerden gesetzlich festgelegt, z. B. inder European Fuel Directive mit denausfüllenden Technischen Normenund im Biokraftstoff-Quotengesetz.Die Technischen Funktionen werdenausschließlich in Normen geregelt. InNormen werden außerdem die gesetz-lichen Regelungen zum Umwelt- undGesundheitsschutz weiter spezifiziert.

Biodiesel

Die Produktionskapazität für Bio-kraftstoffe aus Pflanzenölen beträgtzurzeit ca. 10 % bis 15 % des Jahres-verbrauchs in Deutschland.

Deutschland ist zusammen mit sei-nen europäischen Nachbarn führendbeim Angebot von Biodiesel:

• B 100 (reiner Biodiesel nach DINEN 14214:2003-11 Kraftstoffe fürKraftfahrzeuge - Fettsäure-Methyle-ster (FAME) für Dieselmotoren -Anforderungen und Prüfverfahren“),Neuausgabe in Vorbereitung, • B 5, Beimischung nach DIN EN14214:2003-11 (allen mineralischenDieselkraftstoffen wird 5 % Bio-Die-sel beigemischt nach Biokraftstoff-Quotengesetz),• B 7 steht vor der Einführung (7 %Bio-Diesel-Beimischung, EntwurfDIN 51628: 2008-01 „Kraftstoffe fürKraftfahrzeuge - Anforderungen undPrüfverfahren - Dieselkraftstoff B7“)• Vorbereitung der Nachhaltigkeits-verordnung für Biokraftstoffe inErgänzung des Biokraftstoff-Quo-tengesetzes (betrifft Importe und hei-mische Produktion und soll nachhal-tige Produktion sicherstellen).

Die Erfüllung der politischen Vorga-be, 10 % Biodiesel beizumischen,wird aus technischen Gründenzunächst nur durch die Zugabe vonweiteren 3 % hydrierten Biodiesels zuB7 erreichbar sein.

Ethanol

Ethanol als Kraftstoff konnte sich inDeutschland flächendeckend nochnicht durchsetzen. Bisher ist die Bei-mischung von 5 % Ethanol zu Super

95 durch die Spezifikationen abge-deckt (DIN EN 228:2004-03), ohnedass diese Grenzen erreicht werden.Außerdem ist eine Reihe von Techni-schen Normen bereits als Entwurferschienen:

• E DIN 51625:2007-10 „Kraftstof-fe für Kraftfahrzeuge - Ethanol-kraftstoff - Anforderungen undPrüfverfahren“ (E 85)• E DIN 51626-1:2008-01 „Kraft-stoffe für Kraftfahrzeuge - Anforde-rungen und Prüfverfahren - Teil 1:Ottokraftstoff E10“ • E DIN 51626-2:2008-01 „Kraft-stoffe für Kraftfahrzeuge - Anforde-rungen und Prüfverfahren - Teil 2:Ottokraftstoff E5“

Insgesamt wird die Einführung vonEthanol (als Alkohol) in Deutschlandbei dem großen Bestand hochwertigerkonventioneller Fahrzeuge wegen deshohen Dampfdruckes, der großenKorrosionsgefahr insbesondere beiAluminiumbauteilen und zusätzlichnotwendiger Logistikleistungen alsnicht unproblematisch bewertet. AlsBestandsschutzsorte für E10-ungeeig-nete Fahrzeuge wurde daher E5 (bis-her Super Plus) vorgesehen. DieseMaßnahme hat zu erheblichen Diskus-sionen im politischen Raum geführt,da die Zahl der betroffenen Fahrzeugebisher nur ungefähr bekannt ist.

E85 ist vorgesehen für die nun auchin Deutschland angebotenen FlexibleFuel Vehicle (FFV). In Europa lieferba-re Fahrzeuge stammen z. B. von VW,

Ford und anderen. Die Zahl der E85-Tankstellen wird auf ca. 300 geschätzt.Eine deutliche Erweiterung des Ange-botes wird mit der Verabschiedung derendgültigen Norm erwartet.

Zusammenarbeit

Das Tripartite Project ABNT –ASTM – CEN, ein Projekt, das zwi-schen der Europäischen Kommission,der brasilianischen und der US-ameri-kanischen Regierung zur Entwicklungdes Marktes für Biokraftstoffe verein-bart wurde, hat Ende des Jahres 2007ein Weißbuch zur internationalen Kom-patibilität von Biokraftstoffnormenvorgelegt. Das Weißbuch wird in einemnächsten Schritt mit Vertretern vonChina, Indien und Südafrika diskutiert.

Die Normungsinstitute sind angehal-ten, die Ergebnisse zu berücksichtigenund im Rahmen des wirtschaftlich Ver-tretbaren eine Angleichung der techni-schen Spezifikationen einzuleiten. AusSicht des DIN sollten die Ergebnissenun international im ISO/TC 28„Mineralölerzeugnisse und Schmier-stoffe“ diskutiert und in InternationaleNormen umgesetzt werden.

Neben der Erarbeitung TechnischerSpezifikationen wird zurzeit eineZusammenarbeit zwischen den Nor-mungsinstituten Brasiliens (ABNT)und Deutschlands (DIN) zur Sicherstel-lung der Nachhaltigkeit von Biokraft-stoffen geprüft. Ein erster Schritt warder Abschluss eines Kooperationsab-kommens im Februar dieses Jahres.

Direktor Dr.-Ing. T. Bahke und ABN-Präsident Dr. Pedro Buzatto Costa nach der Unterzeichung des Kooperationsabkommens zwischen ABNT und DIN

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Tópicos 1|200822

WIRTSCHAFT | ECONOMIA

Assim o denominou Caio Prado Jr,economista e grande historiador. Asprimeiras descobertas de ouro emMinas Gerais se fizeram em 1696.Até então, predominara a economiaaçucareira do Nordeste. A fulguranteascensão das minas, cujo auge ocor-reu em 1750, amorteceu o latifúndiocanavieiro.

Gigantesco foi o deslocamento dapopulação rumo aos veios de OuroPreto. Em poucas décadas, um quin-to da população brasileira - 600 milpessoas - povoa novo território.Junto, migra a mão-de-obra escrava.Nesse contexto, em 1763, a capital setransfere de Salvador para o Rio deJaneiro.

Mas o ciclo da mineração exigiacomida, e isso despertou a produçãolocal de alimentos. Começa assim ase formar a pequena agricultura,destinada ao mercado interno, espal-hada do Sudeste ao Sul. Arroz, fei-jão, milho brotam nos campos maispróximos. Dos pampas gaúchoschega a carne charqueada. Animaisde trabalho - cavalos, asininos emuares - se criam para garantir osucesso no transporte das jazidas.

Passado o apogeu, a crise se instalano último quarto do século 18. Nessemesmo período, a revolução industri-al avança na Europa. Entre tantasnovidades, uma descoberta é decisi-va naquele momento da economiarural brasileira: a invenção, em 1787,do tear mecânico. A tecelagem daInglaterra começa a demandar algo-dão. Sorte do Brasil.

Enfraquecido o mercado local,devido à decadência mineradora,surge excelente alternativa externa.Em pouco tempo, a cotonicultura seespalha, ocupando terras e braços

desde o Maranhão até Porto Alegre.O boom do algodão, todavia, écurto. Quando Napoleão avançasobre a península ibérica, o mercadomundial já declinara, influenciadopela volumosa produção norte-ame-ricana.

Em resumo, na virada do século18, o Brasil enfraquecera o coroneldo sertão. Por sua vez, restavam esfa-celadas as Intendências das MinasGerais, ávidas por arrecadar a "quin-ta" do ouro. As "derramas", queforçosamente arrecadavam tributossobre a mineração, atritaram súditoscom Coroa. Tiradentes acaba enfor-cado em 1792.

Ao adentrar o novo século, a Colô-nia conta 3 milhões de habitantes,um terço dos quais constituído deescravos. Sem pólo econômicodominante, espalham-se as ativida-des produtivas. A velha economia

colonial cede às novas forças dodesenvolvimento. Nesse momento D.João VI atraca no Rio de Janeiro,abrindo as cortinas da nova época.

Veja o caso da pecuária. Num pri-meiro momento, a criação tradicio-nal, instalada no sertão nordestinodurante o ciclo do açúcar, avançoupara o vale do S. Francisco. Assenta-se na Bahia e, depois, ultrapassa ogrande rio para ocupar o Piauí,transpõe o Parnaíba e invade oMaranhão. Mais tarde, porém, com amineração, a pecuária se fortalece nacapitania do Rio Grande. Caio Pradoinforma que, em 1793, as estânciasgaúchas venderam 13 mil arrobas decharque. Uma década após, o volumealcançara 600 mil arrobas. Um saltonotável.

Essa fase de renascimento da agro-pecuária brasileira começa a questio-nar a escravidão. Do mundo exterior

Como era a agricultura do Brasil em 1808? Há 200 anos, quando aqui aportou a família Real,capengava a mineração. A economia colonial deslocava seu eixo dinâmico, do Nordeste,para o Centro-Sul. Um processo de renascimento agrícola.

Coronéis e barões

TEXT: DR. XICO GRAZIANO*

Coronéis de Muriaé, Minas Gerais, em 1915

* Xico Graziano foi presidente do Incra e hoje é Secretário do Meio Ambiente do Estado de São Paulo

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Tópicos 1|2008

WIRTSCHAFT | ECONOMIA

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faísca um estímulo aos abolicioni-stas. A Inglaterra, em 1807, encerrao tráfico negreiro de suas colônias.Na diplomacia e nos mares, forte-mente, os ingleses combatem o vilcomércio de braços. Uma luz contraa escuridão.

Vai demorar, no Brasil, até chegarà abolição. Mas, isso é importante,nas entranhas da nova economia quesurge, longe da antiga dominaçãonordestina, nascia, espalhado nasmúltiplas atividades agropastoris, ogerme da independência e da liber-dade. Aqui entra o café.

A economia cafeeira será a grandesensação do século 18. Se quisesse,a família Real poderia tomar umcafezinho logo ao chegar. Afinal,cultura que, dentro de pouco, iriacomandar a economia nacional haviasido introduzida no país em 1727.

Porém, embora cultivada alhures,não assumira valor comercial. Ariqueza do café adormecia, latente,como que aguardando a decadênciada mineração. A ruína do ouroliberou a energia do café.

Em 1796, no porto do Rio deJaneiro se exportaram, via Portugal,8.495 arrobas da apreciada bebida.Tal quantidade subira para 82.245arrobas em 1806. Daí pra frente ocrescimento foi extraordinário. Nascircunvizinhanças do Rio de Janeiroos cafeeiros encontraram boasituação de cultivo. Barões do cafésubstituem coronéis do açúcar.

Em 1815, quando o duque de Wel-lington derrota Napoleão na famosabatalha de Waterloo, as matas nativasda Tijuca estavam dizimadas. Esgo-tados os morros cariocas, pelo Valedo Paraíba os cafezais seguiram sua

marcha vitoriosa. Em 1822, no gritoda Independência, a província de SãoPaulo já lidera a produção. Cresce anova burguesia paulista, associada aonegócios do café.

Era, todavia, apenas o começo deum grande ciclo econômico, bemtestemunhado por D Pedro II. O prín-cipe regente cresce acompanhando a"onda verde", que do Paraíba seguepara Campinas, desbrava as terrasroxas e ruma para Ribeirão Preto,capital mundial do "ouro verde" nofinal do século 19. Cafezais na fren-te, ferrovia atrás. Com o porto deSantos, São Paulo assume a locomo-tiva do país.

A História, vista à distância,parece fácil. A família Real, certa-mente, não tinha idéia desses aconte-cimentos. Nunca ninguém relatou,sequer, se apreciavam café.

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Tópicos 1|200824

WIRTSCHAFT | ECONOMIA

Investieren in Deutschland?

Globalisierung ist einer derwichtigsten Wirtschaftstreiberunserer Zeit. Durch den tech-

nologischen Wandel und wirtschaftli-chen Umbruch verdichtet sich die glo-bale Verflechtung und gegenseitigeAbhängigkeit. Dieser Trend spiegeltsich auch deutlich in den globalenMerger&Acquisition-Statistiken:Mehr als 40 % aller Unternehmens-käufe und Fusionen weltweit gehenmittlerweile über die Landesgrenzenhinweg – Tendenz: steigend. Noch aus-geprägter ist der Trend in Deutschland.Hier sind in fast zwei Drittel allerTransaktionen ausländische Firmeninvolviert; vor zwei Jahren waren esknapp 58 %. Obwohl das deutscheEngagement in neuen Märkten zu denausländischen Investoren in Deutsch-land noch in einem Verhältnis von 2 zu1 steht, kann man bei uns ein steigen-des Engagement aus den Wachstums-regionen der Welt, vor allem auch ausSchwellenländern beobachten. Indienund China vorn

Unternehmen aus China und Indienhaben sich dank der wirtschaftlichenErfolge ihrer Heimatmärkte zu beacht-lichen Spielern im globalen Wettbe-

werb entwickelt. In den letzten dreiJahren wurden laut offiziellen Datenrund 70 Übernahmen deutscher Unter-nehmen aus Schwellenländern reali-siert, knapp ein Viertel aus Indien undweitere 15 % aus China. Danebenengagierte sich eine Vielzahl vonUnternehmen aus anderen Schwellen-ländern von Bahrein bis Singapur inDeutschland. Die Unternehmen ausBrasilien, die sich in ähnlicher Weiseengagieren könnten, sind leider nochnicht bis Deutschland vorgestoßen.

Warum in Deutschland investieren?

Deutsche Firmen – insbesonderemittelständische Unternehmen mitbegehrenswertem technischem Know-how – befinden sich schon lange imFadenkreuz von Investoren aus denWachstumsmärkten. Zunächst warenvor allem strategische Güter wie Tech-nologien und Patente der Grund füreine Investition. Inzwischen liegt dasHauptaugenmerk auf der Erschließungwesteuropäischer Märkte. Auch dieBrückenfunktion Deutschlands inRichtung Osteuropa spielt eine großeRolle.

Dementsprechend rangiert „Zugangzu einer neuen geographischen Regi-on“ als herausragendes Motiv fürUnternehmenskäufe aus Schwellen-ländern, gefolgt von „Verbesserungder Wettbewerbsstellung“, ganz oben.Nur noch 18 % der Befragten nannten„Zugriff auf Technologie“ als wichtig-stes Motiv für eine Akquisition inDeutschland.

Mittelständler im Fokus

Meistens sind es finanziell gesunde,inhabergeführte Mittelständler, die fürInvestoren als Übernahmeziele attrak-tiv sind. Solche Übernahmen finden zu70 % statt. Den Ausschlag für den Ver-kauf geben vor allem Probleme beider Nachfolgeregelung sowie man-gelnde Ressourcen für die weitereExpansion.

Branchen von besonderem Interessesind die Fertigungsindustrie, der Auto-mobil- sowie der Technologiesektor,aber auch Textil- und Lebensmittel-hersteller sowie Einzelhandelsketten.Unternehmen in der Größenordnungvon weniger als 10 bis 50 Millionen

TEXT: DIETER GARLIK

Lohnt sich für brasilianische Unternehmer ein Engagement in Deutschland? Wo gibt es Chancen?Was ist zu beachten? Wie steht es mit der Konkurrenz aus Schwellenländern? Hier die Antwort aus der Sicht eines großen internationalen Wirtschaftsprüfungsunternehmens.

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Tópicos 1|2008 25

WIRTSCHAFT | ECONOMIA

Euro stellen den Hauptteil solcherTransaktionen dar. Den Investorenaus den Schwellenländern eröffnetsich damit ein interessantes Spielfeld:Allein in dieser Größenordnung gibtes laut offiziellen Daten rund 3.500deutsche Privatunternehmen in denzuvor genannten Industrien.

Erwartungen - Ergebnisse

Trotz hoher Erwartungen ist Erfolgbeim Unternehmenskauf nicht garan-tiert. In einer Befragung gab nurknapp die Hälfte der Führungskräftean, dass mehr als die Hälfte ihrerDeals den erwarteten Erfolg auch imfestgelegten Zeitrahmen erreichthätte. Regionale Feinheiten sowiekulturelle und sprachliche Unterschie-de erschweren den Zielfindungspro-zess und machen Verhandlungenschwierig. Da der erste Kontakt häu-fig entscheidend ist, ist es besonderswichtig, diesen zu meistern. Auch dieIntegrationsphase kann bei grenzüber-schreitenden Firmenkäufen entmuti-gend sein, weil in ihr die Brücken zwi-schen verschiedenen Kulturengeschlagen werden.

Es ist daher nicht verwunderlich,dass 27 % der befragten Manager dieÜberwindung kultureller Hürden alsden Ausschlag gebenden Erfolgsfak-tor ihrer Transaktionen bezeichneten.Dies folgte knapp hinter dem Integra-tionsthema Nummer 1: Bindung vonSchlüsselpersonal, das von 29 % derBefragten genannt wurde.

Dass kulturelle Integration geradebei Transaktionen aus Schwellenlän-dern als besonders wichtig angesehenwird, ist selbstverständlich. TrotzAnnäherung in den letzten Jahren sinddie Differenzen zwischen den Firmen-kulturen der Schwellenländer unddeutscher Firmenkultur nach wie vorbedeutend. Um diese Hürden zu über-winden, sollten eventuelle Unsicher-heiten schon im Zuge der Vertragsver-handlungen durch offene Diskussio-nen zwischen den Führungskräften derjeweiligen Unternehmen angespro-chen werden. Am besten beinhaltetdieser Dialog auch einen Besuch derUnternehmensführung im zukünftigenPartnerbetrieb und den Austauschdetaillierter Pläne für die Integrations-phase.

Lehren für die Zukunft

Folgende Punkte sollten beachtetwerden, um grenzüberschreitende Fir-menzusammenschlüsse zum Erfolg zuführen:• Eine langfristige Perspektive habenund vorausplanen; eine kurzfristigeStrategie verhindert meist das Erzielenbester Resultate,• Übernahme von finanziell gesundenFirmen mit einem etablierten Kunden-bestand und zuverlässigen Lieferanten,• Firmen im Privatbesitz bieten sichan; vor allem jene, die aufgrund man-gelnder Ressourcen nicht ihr Potentialausschöpfen können oder Problemebei der Nachfolgeregelung haben,• Lokale M&A-Berater kennen die

Kultur und können helfen, sich imMarkt zu positionieren,• Die Änderung der Besitzverhältnisseso bald als möglich mit Schlüsselkun-den und Lieferanten besprechen; siesind entscheidend für den Erfolg desUnternehmens,• Lösungen für eventuelle Problemebei der Integration (wie zum Beispielmögliche kulturelle Konflikte oderSchwierigkeiten bei der Integrationder Berichtssysteme) vorzeitig erarbei-ten; sie können über die Zukunft derInvestition entscheiden,• Schlüsselpersonal soll, wenn mög-lich, für mindestens drei Jahre gehal-ten werden; Führungspersonal desZielunternehmens sollte so bald alsmöglich in den Prozess eingebundenwerden, um mehr über die neuenEigentümer zu lernen.

Chancen für Brasilien

Ein besonderer Vorteil für brasiliani-sche Unternehmen zum Eintritt aufden deutschen Markt ist zum Beispielder Wechselkurs des Reals zum Euro,der günstig wie nie zuvor ist undwomit sehr günstige Preise erzielt wer-den können. Die Zusammenarbeit zwi-schen brasilianischen und deutschenUnternehmen hat sich bereits seit über100 Jahren bewährt. Zwar hauptsäch-lich in Brasilien, aber kann dies auchumgekehrt funktionieren? GelungeneBeispiele zeigen, dass es geht!

Und das Überraschungsmomentkann genutzt werden: Die brasiliani-schen Unternehmen können den Deut-schen zeigen, dass Brasilien weit mehrist als Kaffee, Samba und Pelé.

Zusammenfassung

Das Interesse von Unternehmen ausSchwellenländern an Deutschlandwächst – daran besteht kein Zweifel.Jedoch kann man nicht von einem„Ausverkauf“ deutscher Unternehmensprechen. Der Wandel der Schwellen-länder zu Zugpferden der globalenWirtschaft führt zu immer mehr Vernet-zung internationaler Wirtschaftsbezie-hungen – und davon profitieren deut-sche Unternehmen genauso wie die deraufstrebenden Schwellenländer.

Frankfurt, das Tor für viele Deutschland-Investoren

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Tópicos 1|200826

WIRTSCHAFT | ECONOMIA

Tópicos: Wie sehen Sie das EU-Embar-go gegen brasilianisches Fleisch, dasinzwischen teilweise wieder aufgeho-ben wurde?

Pratini de Moraes: Es ist hauptsäch-lich ein bürokratisches Problem, dassdurch einen von Produzenten ausIrland angezettelten Handelskrieg ver-ursacht wurde mit dem Ziel, denFleischpreis in Europa zu erhöhen, wassie zum Teil auch erreicht haben.

Brasilien hat ursprünglich 2.681Betriebe für den Fleischexport in dieEU vorgeschlagen. Brüssel möchtehöchstens 300 akzeptieren. Reicht das?

Brasilien liefert jährlich rund 400.000Tonnen Fleisch nach Europa. Es ist dergrößte Lieferant außerhalb des EU-Marktes. Um den europäischenImportbedarf zu decken, muss dasLand 11 Millionen Rinder schlachten.Dafür sind 300 oder auch 1000 Betrie-be zu wenig. Brasilien hat 5 Millionenlandwirtschaftliche Betriebe – auf 3Millionen davon werden Rindergezüchtet. Mindestens 25.000 kontrol-lierte Betriebe produzieren Fleisch. DieZahl 300 wurde willkürlich festgelegtund macht für Brasilien keinen Sinn.

Wie groß ist der Verlust für die brasilia-nischen Exporteure, wenn die EU nichtnachgibt?

Das Embargo betrifft Frischfleisch-Exporte im Wert von einer MilliardeDollar pro Jahr. Dadurch werden circa4.500 Arbeitsplätze in der Produktions-kette der Viehzucht, der Schlachthöfeund der Transportunternehmenbedroht. Es ist ein großer Verlust fürBrasilien, aber wenn das Problem imnächsten halben Jahr nicht endgültig

gelöst wird, hoffen wir, dieses Fleischteilweise auf dem brasilianischen Markoder auf anderen Märkte verkaufen zukönnen, da Brasilien Fleisch an 184Länder liefert.

Gibt es Lücken in der Kontrolle derbrasilianischen Fleischproduktion?

Da Brasilien ein Land mit kontinenta-ler Dimension ist, gibt es bei der Rin-derzucht für die Milchproduktion – imNordosten oder im Amazonas – nichtdie gleiche Kontrolle wie im Südostenoder im Mittelwesten, wo sich dergrößte Teil der Rindviehproduktionkonzentriert. Es ist unmöglich, dieNormen für die gesundheitliche Kon-trolle in einem so großen Land zu ver-einheitlichen. In Brasilien gibt esRegionen mit der derzeit besten Rin-derzüchtung und den besten Schlacht-höfen der Welt. Leider wird dies vonder EU nicht anerkannt.

Brüssel hat angeblich Angst, die Maul-und Klauenseuche könnte in die EUimportiert werden. Ist diese Angstberechtigt?

Es gibt keinen Fall von Maul- undKlauenseuche in Brasilien. Nur dasmöchte die EU nicht glauben. Übrigensden letzten MKS-Fall gab es in Eng-land Mitte 2006. Der letzte Fall dieserKrankheit in Brasilien wurde im Okto-ber 2005 an der Grenze zu Paraguayfestgestellt. Heute werden oft technischnicht haltbare Argumente als Protektio-nismus-Instrumente genutzt. WasEuropa und zum Teil auch die USAund Japan tun, das nennt sich sanitärerProtektionismus. Um ihre Rinderher-den und ihre Handelsinteressen zuschützen, erfinden sie gesundheitlicheBedenken. Es besteht überhaupt kein

Risiko, dass brasilianisches Fleischvom MKS-Virus befallen ist. Brasilienexportiert seit 60 Jahren Fleisch nachEuropa. Von den MKS-Fällen, die inEuropa vorkamen, stammte in keinemFall das Virus aus brasilianischemFleisch.

Wenn es ein Fall von Protektionismusist, sollte er dann vor die WTOgebracht werden, wie es die brasiliani-sche Regierung bereits erwägt?

Das Problem ist, dass die Behandlungsolcher Fragen bei der WTO sehr langedauert. Und ich denke, unsere Prioritätbezüglich WTO sollte sein, die Welt-handelsorganisation zu retten. Dennangesichts des Stillstandes und desmöglichen Scheiterns der Doha-Rundedroht sogar der WTO das Aus. Ichwürde dem Abschluss der Doha-RundeVorrang geben und danach einen Panelberufen, um den Missbrauch vonsanitären Maßnahmen für den Handel-sprotektionismus zu analysieren. Heutesind die Handelsbarrieren nicht-tarifä-rer Art. Wenn diese Mode um sichgreift, könnte Brasilien auch zurück-schlagen. Das ist aber nicht dieLösung. Wir müssen einen Kompro-miss finden.

Die Europäischen Union hat 2007 rund 430.000 Tonnen Rindfleisch importiert – den größten Teil davon aus Brasili-en. Am 1. Februar 2008 wurde dieser Import gestoppt. Nun überprüfen die EU-Behörden rund 200 Rindviehbetriebe,die Brasília für eine Wiederaufnahme der Ausfuhren vorgeschlagen hat. Eine frühere Liste mit 2.681 Betrieben hattefür Ärger in Brüssel gesorgt.Im Tópicos-Interview erklärt Marcus Vinicius Pratini de Moraes, ehemaliger Landwirtschaftsminister und Präsidentdes Verbandes der brasilianischen Fleischexport-Industrie (Abiec),worum es in diesem Streit wirklich geht.

Fleischstreit:

Gesundheitliche Bedenken oder Protektionismus?

DAS INTERVIEW FÜHRTE: GERALDO HOFFMANN

Marcus Vinícius Pratini de Moraes, presidente da Associação Brasileira das Indústrias

Brasileiras Exportadoras de Carne (Abiec)

© A

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Tópicos 1|2008 27

KULTUR | CULTURA

Hans Günter FliegDokumentarfotografie aus Brasilien (1940 – 1970)

Die Kunstsammlungen Chemnitzzeigen erstmals in Deutschland eineumfassende, retrospektiv angelegteAusstellung des bedeutenden brasi-lianischen DokumentarfotografenHans Günter Flieg. Die Ausstellungmit rund 120 Werken aus den Jahren1940 bis 1970 wird im Rahmen der17. Tage der Jüdischen KulturChemnitz am 6. März 2008 eröffnetund ist vom 7. März bis zum 1. Juniin den Kunstsammlungen Chemnitzzu sehen.

Hans Günter Flieg wurde am 3.Juli 1923 in Chemnitz geboren. ImAlter von neun Jahren bekam er zuWeihnachten eine erste Kamerageschenkt, die seine Leidenschaftfür die Fotograf ie weckte. 1939nahm er an einem Fotokurs bei GreteKarplus teil, die Fotografin am Jüdi-schen Museum in Berlin war. Bereitsein halbes Jahr später musste er mitEltern und Bruder das nationalsozia-listische Deutschland verlassen. DieFamilie Flieg emigrierte nach Brasi-lien und wurde in São Paulo sess-haft. Hans Günter Flieg setzte dortseine Fotografen-Ausbildung mitLehrjahren bei Peter Scheier und derungarischen Fotografin Irene Lenthesowie Stationen in der CompanhiaLithográphica Ypiranga und derIndústria Gráfica L. Niccolini fort.Nach dem Ende des Zweiten Welt-krieges machte sich Hans GünterFlieg selbständig und entwickeltesich zu einem angesehenen Doku-mentarfotografen. Seine Foto-Archi-ve werden seit dem Jahr 2005 imInstituto Moreira Salles, Rio deJaneiro, aufbewahrt, einem privatenKulturinstitut, das die größte undwichtigste Fotograf ie-SammlungBrasiliens beherbergt. Bis heute lebtund arbeitet Hans Günter Flieg inSão Paulo, Deutschland hat er seitseiner Emigration im Jahr 1939 bis-her nie wieder besucht.

Die retrospektiv angelegte Aus-stellung der Kunstsammlungen

Chemnitz gibt erstmals einen Ein-blick in das Schaffen dieses bedeu-tenden brasilianischen Fotografendeutscher Herkunft und strebt einekunsthistorische Einordnung seinesWerkes an. Die Fotografie von HansGünter Flieg zeigt bei aller doku-mentarischen Lebensnähe die Suchenach der Typisierung des Bildmoti-vs. Fliegs Arbeiten dokumentierenden fortschreitenden gesellschaftli-chen Wandel Brasiliens hin zu einermodernen Industrienation anhand

von Porträts, Landschafts- undArchitekturaufnahmen, Darstellun-gen von Menschen im Arbeitsprozeßund in der Freizeit sowie Aufnahmenvon industriellen und privaten Inte-rieurs.

Die Ausstellung wurde in engerZusammenarbeit mit Hans GünterFlieg und Sergio Burgi vom Institu-to Moreira Salles, Rio de Janeiro,vorbereitet.

Kunstsammlungen Chemnitz, am Theaterplatz 1Öffnungszeiten: Di.-Fr. 12.00 - 19.00 Uhr, Sa., So. u. Feiertage 11.00 - 19.00 UhrÖffentliche Führungen: jeden Sa., So. u. Feiertag 17.00 UhrInfo: Tel.: 0371 / 488 44 23

7. März – 1. Juni 2008

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Favela und Asphalt

Tropa de Elite, der Wettbewerbsbei-trag, holte diesmal, zum ersten Malnach Central do Brasil von WalterSalles (1998), den Goldenen Bären.Das Filmereignis, in Brasilien vielund kontrovers diskutiert, sorgte auchin Berlin für Diskussion. Anders alsdie Jury fand die Filmkritik den Filmnicht überzeugend, zu schnelleSchnitte, zu wenig überlegt, eine zuwohlmeinende Haltung gegenüber derEliteeinheit der Polizei. Allerdings, soDer Tagesspiegel vom 12.Februar:„Der Elitepolizist Nascimento ist einkapitales Arschloch!“ Damit entkräf-tet die Kritik den viel gehörten Vor-wurf aus Brasilien, dass es ein faschi-stoider Film sei, der sich bedingungs-los auf die Seite der Polizei stelle.Regisseur Padilha ging es vor allemdarum, die Eliteeinheit der Militärpo-lizei zu dekonstruieren: Sie ist kor-rupt und foltert. Das ist in einerDemokratie nicht okay. Auch andereSektoren der brasilianischen Gesell-schaft bekommen in diesem Film ihrFett weg: die Drogenmafia, die Stu-denten der Mittelschicht, die mitihrem Drogenkonsum zu den Verhält-nissen beitragen, die Universitäten.

Die Geschichte des ElitepolizistenNascimento, der sich von seinemDienst in der Elitetruppe der Militär-

polizei BOPE (Batalhão de Ope-rações Especiais) zurückziehenmöchte, steht im Zentrum. Nascimen-to hat den Krieg mit der Drogenmafiain den Favelas von Rio de Janeiro satt,leidet unter burnout mit Panik-attacken und sucht einen Nachfolger,weil er sich seiner Familie widmenmöchte. Bis er diesen findet, mußnoch viel Blut fließen. Der Krieggegen die Drogenmafia ist grausam,und die Gewalt eskaliert auf beidenSeiten. Drogenbosse und Polizeischeuen vor Rachefeldzügen und Fol-

ter nicht zurück, um ihre Gegner zutöten. Eine Horrorvision von einerParallelgesellschaft in Brasilien, eineWelt, die vielen Brasilianern uner-schlossen ist, aber existiert. Institutio-nen zum Schutz des Rechtstaatesarbeiten mit Mitteln, die einer Demo-kratie nicht entsprechen: Korruptionund Folter. Regisseur Padilha entwirftein Horrorszenario von Gewalt undGegengewalt, das scheinbar ausweg-los ist. In der Tradition von Cidade deDeus von Fernando Meirelles undNotícias de uma guerra particular

Berlinale 2008:

Goldener Bär für Tropa de Elite

Brasilien war in vielen Sektionen der Berlinale vertreten. Das Verhältnis zwischen Favela undAsphalt wurde mehrfach thematisiert: Im Wettbewerb lief Tropa de Elite von José Padilha, derin Brasilien für mächtiges Aufsehen gesorgt hatte. Der Film hatte durch eine Raubkopie, dievor dem Filmstart in Umlauf gekommen war, heftige Diskussionen ausgelöst und ein Publi-kum erreicht, dass zu 66 Prozent normalerweise nicht ins Kino geht. In der Sektion Panora-ma war Maré, nossa história de amor von Lúcia Murat zu sehen, ein Musical, inspiriert von „Romeo und Julia“, mit demdie Regisseurin ihre Arbeit über das Verhältnis von Favela und Asphalt und den produktiven Beitrag der Favelabewoh-ner zur brasilianischen Kultur fortsetzt. Generation 14plus zeigte die letzte Episode der Serie Cidade dos Homens vonPaulo Morelli, die sich an Cidade de Deus orientiert, allerdings mit einem Ende, das im Gegensatz zu Fernando Meirel-les Drogenmafiaparabel Raum für Hoffnung lässt.

TEXT: DR. UTE HERMANNS

Tropa de Elite

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agner Moura, D

avid Prichard/T

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2008

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von João Moreira Salles zeichnet erein düsteres Bild von der Zukunft die-ses Kampfes, allerdings, so will es diebrasilianische Spielart des „Bad Lieu-tenant“, muss der vorläufige Siegerim brutalen Kampf von der Elitepoli-zei gestellt werden und bis zum bitte-ren Ende foltern und töten.

Die Kamera ist rasant schnell undinstabil, der Schnitt von DanielRezende bringt ein atemberaubendesTempo, dem der Zuschauer kaum fol-gen kann. Etwas weniger Schnellig-keit und mehr Konzept hätten demFilm gut getan, so die Stimmen derKritik.

Maré, nossa história de amor

Lúcia Murat hatte die Idee zu einemMusical, um ihre Arbeit über das Ver-hältnis von Favela und Asphalt fortzu-setzen. Bereits in Quase dois irmãos(2004) verweist sie auf die extremeMusikalität und Kreativität, dieBewohner der Favela mitbringen, undihre eigene Sprache, die auf die Mit-telschicht eine große Faszination aus-üben. In dieser West-Side-Story, dievon „Romeo und Julia“ inspiriert ist,versucht sie, den brasilianischen Bei-trag zum zeitgenössischen Tanz imHip Hop, Funk, Samba und Rap zuzeigen. Der Film erzählt die verbote-ne Liebe zwischen Analídia undJonathan. Beide „unterstehen“ ver-feindeten Drogenbanden. In einerTanzgruppe, die in einem Schuppen

auf neutralem Terrain stattfindet undvon der Ex-Ballerina Fernanda gelei-tet wird, lernen die beiden sich ken-nen und lieben. Fernanda will zwi-schen den Gangs vermitteln und suchtnach einer Möglichkeit für Analídiaund Jonathan, eine Tanzkarriereaußerhalb der Favela zu machen.Doch ihre Rechnung macht sie ohnedie Drogenbosse.

Die Kamera des Films ähnelt in derVorgehensweise einem Zeichner.Schnell werden Umrisse, Details skiz-ziert, die dann plötzlich einen dichtenFokus, einen szenischen Plot wieder-geben. Dann wirbelt die Kamera wie-der los, erfasst Wege, Stromleitungen,

Bruchteile von Häuserfassaden undDächern, bis wieder einmal Haltgemacht wird vor einer Begegnungzwischen Drogendealern und Analí-dia auf der Straße. Abgesehen von derGewalt, die den Alltag bestimmt, gibtes Szenen der Ruhe, der Beschäfti-gung mit Musik, Tanz, Literatur, diefür die Favelabewohner eine Auszeitvon ihren alltäglichen Lebensumstän-den und Problemen markieren. Nebender Gewalt gibt es durchaus Humorund Poesie in der Sprache und im Ver-halten der Favelados untereinander,wenngleich der Film kein gutes Endefindet.

Anders der Beitrag von PauloMorelli, der in Rio de Janeiro gefilmthat und in Cidade dos Homens diebrutalen Kämpfe der Drogenbosseuntereinander oder mit der Militärpo-lizei als Kulisse verwendet. Bei ihmallerdings steht die Freundschaft zwi-schen Laranjinha und Acerola im Vor-dergrund. Beide Jungen träumen voneiner besseren Zukunft, sie wollen dieFavela verlassen. Dazu gehört, dassLaranjinha bis zu seinem 18. Geburts-tag den Namen seines Vaters erfahrenmöchte, denn sein erster Personalaus-weis soll auf seinen richtigen Namenausgestellt werden. Acerolas Freundinzieht nach São Paulo, sie hat dorteinen Job gefunden. Acerola bleibtmit dem gemeinsamen Sohn Claytonzurück. Acerola akzeptiert seineVaterrolle zunächst nicht, wächst aberin die Rolle hinein, weil er seinem

Cidade dos Homens

Maré, nossa historia de amor

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ander aufwachsen. Der Film beein-druckt durch eine authentische Dar-stellung der Schauspieler, die meistAmateurschauspieler sind, und dasTempo, welches der entschleunigtenWahrnehmung des Kindes entspricht,das seine Umgebung intuitiv erfassenund verstehen lernt. Wie der AutorGuimarães Rosa lüftet die Regisseu-rin das Geheimnis nicht, ob ThiagosVater der leibliche Vater ist odernicht. Und sie ist die erste Regisseu-rin, die sich bei einer Verfilmungnicht an der Sprache des Autors ori-entiert.

Kurzfilme

Der Kurzfilm Drenica im Wettbe-werb von Anna Azevedo, ist ein Expe-rimentalfilm an einem Ort, wo Meer

und Schnee aufeinandertreffen. Erbasiert auf Erinnerungen und Träu-men blinder Menschen.

Der Vorfilm im Panorama Tá vonFelipe Stoll beschreibt humorvolltrocken das coming out zweierJugendlicher. In Café com Leite, inGeneration 14plus stellt der RegisseurDaniel Ribeiro die Beziehung eineshomosexuellen Paares auf die Probe,als die Eltern von Danilo bei einemAutounfall sterben und dieser seinenBruder Lucas nicht allein lassen will.Familienbande scheinen nicht immerbeziehungskompatibel zu sein.

Kulinarische Köstlichkeiten

Auch in der nun zweijährigen ReiheKulinarisches Kino ist Brasilien prä-sent: Einmal mit Mr. Bené goes toItaly, einem Film über Maniok vonManuel Lampreira Carvalho, undEstômago von Marcos Jorge. DieserFilm ist eine Parabel, wie man übergutes Essen an Einfluss und Machtgewinnen kann oder wie man mitgutem Essen nach dem Motto: „Liebegeht durch den Magen“ die Gunst derFrauen erobern kann. Zwei Etappenin Nonatos (João Miguel) Leben wer-den gezeigt: Einmal, wie er als Kochvon einer Imbissbude aufsteigt, undzum zweiten, wie er sich im Gefäng-nis mit seiner Kochkunst gegen härte-ste Widersacher (Babu Santana)bewährt. Der Erfolg gibt dem Regis-seur Recht: Gleich auf dem Filmfestin Rio de Janeiro 2007 gewann derFilm den Preis für die beste Regie,den besten Darsteller und den Publi-kumspreis.

Sohn die Chance geben möchte,anders als er es konnte, bei seinemVater aufzuwachsen. Laranjinhabekommt einen Tipp von seinerGroßmutter und findet seinen VaterHeraldo, der gerade aus dem Gefäng-nis kommt, wo er wegen Mordes ein-gesessen hat. Der Drogenboss in derFavela wechselt und Laranjinha undAcerola müssen untertauchen.Laranjinha kommt bei seinem VaterHeraldo unter, der jedoch gegen Ace-rola eine undefinierte Abneigunghegt. Acerola ist ganz auf sich gestelltund muss bei der Drogenbande vonMadrugadão mitmachen, um seineHaut zu retten. Dabei kommt er demGeheimnis von Heraldo auf die Spur.Am Ende gelingt es Acerola undLaranjinha, der Favela zu entkom-men, und Acerolas Sohn Clayton darfmitfliehen.

Kindheit, Jugend und das Erwachsenwerden

Die Sektion Generation Kplus zeig-te Mutum, eine Verfilmung von Gui-marães Rosas Miguel e Miguelim vonSandra Kogut. Die Regisseurin wan-dert auf der Grenze zwischen Doku-mentar- und Spielfilm. Sandra Kogutsiedelt ihren Film Mutum im Sertãovon Minas Gerais an. Es geht ihr umdas Nachempfinden von Kindheitüber Sinne, nicht über Sprache.Gezeigt wird das Familienleben imSertão, wo Thiago und Felipe mitein-

Mr. Bené Goes To Italy

Café com Leite

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aniel Tavares, Eduardo M

elo, Diego Torraca

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Brasilianische Filmemacher in der BotschaftTEXT: SASKIA VOGEL

Die 58. Berliner Filmfestspieleendeten mit einer Überra-schung: Vor 1600 geladenen

Gästen überreichte JurypräsidentCosta-Gavras im Berlinale Palast denGoldenen Bären an José Padilha undMarcos Prado, den Regisseur und denProduzenten des brasilianischenGewinnerfilms „Tropa de Elite“.Ausgezeichnet wurde die authenti-sche Geschichte über die Polizei-Eli-teeinheit BOPE, die vor einem Papst-besuch mit Maschinenpistolen in derHand in den Favelas von Rio deJaneiro „aufräumt“.

Wenige Tage vor der Preisverlei-hung am 16. Februar war José Padil-ha in der Brasilianischen Botschaft inBerlin-Mitte zu Gast. In Zusammen-arbeit mit der DBG hatte die Bot-schaft zu der traditionellenGesprächsrunde mit Filmschaffendenund internationalen Fachjournalisteneingeladen. Diese deutsch-brasiliani-sche Gemeinschaftsveranstaltung zurBerlinale hat von Jahr zu Jahr eingrößeres Publikum gefunden: Rund300 Interessierte kamen zu der simul-tan ins Deutsche übersetzten Veran-staltung, deren Moderation Fried-helm Teicke, Redakteur bei der Berli-ner Stadtzeitung Zitty, in souveränemPortugiesisch übernommen hatte.Begleitet wurde Padilha von WagnerMoura, einem der Hauptdarstellerdes Films.

„Tropa de Elite“ war schon zweiMonate vor seinem offiziellen

Kinostart ins Internet gelangt undbereits von rund 12 Millionen Men-schen als Raubkopie gesehen wor-den. Dennoch wurde der Film dieerfolgreichste Kinoproduktion 2007in Brasilien. Padilhas Spielfilmdebüthat eine breite Debatte entfacht,hochrangige Polizisten wollten ihngar verbieten lassen. Den Vorwurf,die BOPE idealisiert zu haben, weistPadilha definitiv zurück: „Ich habedie BOPE von 1997 gezeigt, in derArt, wie sie mir von Mitgliederngeschildert wurde. Dies bestätigenmeine Quellen bei der normalen Poli-zei, wie auch Drogendealer, die ichbefragt habe.“ Padilha wurde 1967 inRio de Janeiro geboren und lebt dort.Er ist damit Zeuge der täglichenGewalt in der Metropole.

Locker gekleidet mit buntem Schalund Wollmütze stellte sich Padilhader Diskussion in der Botschaft. DieSchuld für Korruption und Gewaltbei der Polizei von Rio liegt für Padil-

ha beim Staat, der miserable Löhnezahle und die Polizisten zu sehr ris-kanten Einsätzen zwinge. Dies seiaber nur einer der Gründe, betonte derRegisseur: „Die besser gestellten Mit-telklasse-Intellektuellen tragen eben-falls Verantwortung, da sie es ver-säumt haben, Drogengesetzgebungund die sozialen Gegensätze im Landin einer rationalen Form zu diskutie-ren.“

Bei der Gesprächsrunde ebenfallsanwesend waren die Regisseure undProduzenten der anderen brasiliani-schen Berlinale-Beiträge, wie SandraKogut vom Dokumentarfilm„Mutum“ aus dem Sertão, sowie dieProduzententeams der Filme „Maré -Nossa História de Amor“, „Cidadedos Homens“ und „Estômago“,außerdem verschiedener Kurzfilme.Zuletzt hatte 1998 der brasilianischeRegisseur Walter Salles den GoldenenBären für seinen Film „Central Stati-on“ („Central do Brasil“) erhalten.

Tropa de elite

padilha

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Mutumein filmischer Dialog mit Miguel e Miguelim

Im Tópicos-Interview erklärt die Regisseurin Sandra Kogut die Beziehung zwischen Ihrem Film Mutum und dem Werk von Guimarães Rosa (1908-1967).

DAS INTERVIEW FÜHRTE: DR. UTE HERMANNS

Tópicos: Viele Regisseure haben sichvon Guimarães Rosa inspirieren las-sen, was hat Sie an „Mutum“ faszi-niert?

Sandra Kogut: Als ich mich dazuentschlossen habe, den Film zu dre-hen, habe ich nicht daran gedacht,welche Werke des Autors schon ver-filmt waren. Vor ca. 12 Jahren habeich das Buch gelesen und dieGeschichte hat mich tief beeindruckt.Dass Guimarães Rosa der Autor war,stellte für mich zuerst ein Problemdar.

Warum?

Rosa gehört zu unseren großenSchriftstellern und ihn zu verfilmen,schien mir eine große Verantwortungzu sein. Immerhin handelte es sichum meinen ersten Spielfilm. Irgend-wann habe ich mir ein Herz gefasst,aber nur, weil mir die Geschichte ein-fach nicht aus dem Kopf ging. Ichverehre Guimarães Rosa. In diesemBuch spricht er so feinsinnig und sub-til von der Kindheit, dass ich glaubte,einiges wiederzuerkennen. Film istein ausgezeichnetes Medium, mitNuancen, mit kleinen Dingen umzu-gehen. Ich war überzeugt, wenn ichden richtigen Jungen kennenlernenwürde, dann könnte ich den Film dre-hen, den ich im Kopf hatte.

Wie hat Ihre Erfahrung aus demDokumentarfilm geholfen, diesenFilm zu drehen?

Der Dokumentarfilm ist nur unter-schwellig präsent, in der Art undWeise, wie ich an den Ort kam, wieich zu den Menschen eine Beziehungaufgebaut habe. Meine Art über Filmnachzudenken, wo die Kamera stehensollte, wird immer Ergebnis meinerBeziehung zu den Menschen und dem

sein, was sie in dieser Szene sagenwollen. Das ist mir wichtiger als denKamerastandort nach ästhetischenKriterien zu wählen. Es sind Erfah-rungen aus meiner Arbeit mit demDokumentarfilm. Aber, ehrlichgesagt, sogar im Dokumentarfilmwandere ich immer auf der Grenzezwischen Dokumentar- und Spiel-film.

Wie kommt das?

Ich denke immer, dass die MenschenDarsteller sind und ihre Geschichteerzählen wollen. Der Ort, an dem ichstehe, ist immer der Ort, wo diese bei-den Dinge zusammenkommen, undfür mich selbst ist es schwierig, daseine vom anderen deutlich zu unter-scheiden. Bei „Mutum“ habe ich vonAnfang an mit Amateurschauspielernarbeiten wollen. Ich wollte sehen, wasich in diesem Landstrich für Leutetreffen würde. In meinem Film solltendie Figuren nicht darstellen, was sieim Film sind, sondern ich wollte, dasssie das sind, was sie wirklich sind. Sie

sollten viel von sich einbringen. Wermit Schauspielern arbeitet, trifft sichmit ihnen auf halbem Weg. Der Film,ist immer ein Mix zwischen dem, wasman sich selbst gedacht hat, und dem,was sie sind.

Sie sind die erste Regisseurin, die sichentschließt, die literarische Sprachevon Guimarães Rosa nicht im Film zuverwenden. Warum?

Wer Guimarães Rosa für den Filmumsetzen will, der orientiert sichzunächst an seiner Sprache, dasscheint mir ein leichter Zugang zusein. Die Sprache ist einzigartig undwunderbar, für mich ist diese Sprachesehr sinnlich, fast eine Musik. Ichwollte einen Film über die Eindrückeund Gefühle aus der Kindheit, denndas ist die Art, in der Welt zu sein,wenn man Kind ist. Da läuft nicht vielüber Worte. Ein Kind nimmt dieDinge wahr, erfasst sie intuitiv. DerFilm hat nur wenige Dialoge. Ichglaube, dass wir Guimarães Rosa sehrtreu geblieben sind, obwohl wir einenanderen Weg als den der Wörterbeschritten haben.

Suzana Amaral sagte einmal überihren Film „Sternstunde“ (1984)nach Clarice Lispector, dass es zueinem bestimmten Zeitpunkt in derPhase der Adaptation notwendig sei,den Text zu vergessen, um eine eigeneForm zu finden, eine Geschichte inBildern zu erzählen. Wie sehen Siedas?

Da stimme ich voll zu. Als wir amDrehbuch gearbeitet haben, sagte ichzu Ana Luiza Martins Costa, derDrehbuchautorin: Ich will nicht insBuch schauen. Ich wollte nur mit mei-nen Erinnerungen arbeiten. Schließ-lich waren meine Erinnerungen derGrund für meinen Wunsch, diesen

Sandra Kogut

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r. Ute H

ermanns

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Film zu drehen. Ich halte den Film füreinen Dialog mit dem Buch. Ich glau-be nicht, dass „Adaptation“ der richti-ge Ausdruck ist. Ich glaube, es ist einGedankenaustausch, bei dem dasBuch Pate stand. Film und Buch sindso verschieden. Ich bin dem Weg derSinne gefolgt.

Der Film ist eine Darstellung des Ser-tão. Die Filmkritik spricht davon,dass die Regisseure von heute keinerevolutionären Utopien vertreten,sondern versuchen, wie Archäologendie Eigenarten der Bewohner zuerkunden und sie darzustellen, wie siesind. War das Ihre Absicht?

Nein, ich wollte einen Film überKindheit drehen. Im Sertão trifft manauf so viele Welten, die im Ver-schwinden begriffen sind. Das kannzu einer Nostalgie, einer Sehnsuchtführen. Ich aber wollte einen Film derGegenwart. Als ich durch den Sertãoreiste, stellte ich mir zu allererst dieFrage: Würde diese Geschichte ausden 50er Jahren sich heute nochereignen? Das wollte ich wissen.Diese Familie erlebt ja viele Dramen,weil sie so isoliert lebt. Ich stellte fest,dass die Geschichte auch heute nochmöglich ist, als ich den Vater und dieMutter gefunden hatte. Der Film istkein Dokumentarfilm und er willkeine reale Situation wiedergeben.Aber mein Film wird von dieser Rea-lität ernährt. Ich wollte ihn nah amLeben haben. Alles Vergangene, dasich hätte hervorholen müssen, hättemeine Bemühungen zerstört.

Wie haben Sie die Schauspieler aus-gesucht? Und wie haben Sie Thiagogefunden?

Ich war mich sicher, wenn ich nichtden passenden Jungen finden würde,würde ich den Film nicht drehen. Ichhab mich auf die Suche nach den Kin-dern gemacht und war überzeugt,dass die erste Begegnung mit mirgeschehen müsste. Ich wollte keinenMittler. In der ersten Begegnung miteinem Menschen baut man ein Ver-trauensverhältnis auf – oder nicht.Das ist der entscheidende Moment.Dann wollte ich die Kinder außerhalbihrer häuslichen Umgebung, alsonicht bei ihren Eltern, kennenlernen.

Also besuchte ich die Schulen aufdem Land. Wir hatten eine Liste. MitAna klapperte ich die Schulen ab undlernte einige Kinder kennen. Wirsahen sie uns genauer an, machten einpaar Tests. Ich wollte keine Erwar-tungshaltung erzeugen und erzähltenichts von einem Film. Ich sagte statt-dessen: Ich mache eine Studie überdie Kindheit im Sertão. Wir wählten25 Kinder aus, die wir zu einer Schau-spielwerkstatt einluden. Da war mirThiago bereits aufgefallen. Ich warbegeistert, er hatte einen so unglaubli-chen Blick, als wollte er sagen: Ichglaube nicht, dass die Dinge wirklichso sind, wie sie sind. In seinem Blicklag so großes Erstaunen, aber er warzugleich sehr offen. Es ist schwierig,ein nachdenkliches Kind mit reichemInnenleben zu finden, das einen Filmmachen will. Manchmal vertragensich solche Dinge nicht miteinander.Also musste ich ihn genauer kennen-lernen. Von Anfang an schien er mirder passende Junge zu sein und nacheiniger Zeit war ich mir sicher.

Und die anderen Schauspieler? Wie wurden sie ausgewählt?

Tests haben wir keine gemacht. Ichhab das ganze Filmvokabular wegge-lassen. Wir haben nicht nach SchemaF gearbeitet. Felipe haben wir auf derStraße kennengelernt, er spielte mitanderen Jungs. Er fiel mir auf. Bei den Erwachsenen war es anders.Wir sind herumgefahren und habenauch die Fazendas besucht. Wir mach-ten eine Schauspielwerkstatt mitErwachsenen und eine mit Menschenaller Altersgruppen, Schauspielern

und Amateurschauspielern. Das warwunderbar. Da die Schauspieler wus-sten, welche Codes für bestimmteÜbungen existierten, setzten sie sieein. Die Menschen aus der Gegend,die Kuhhirten und die Kinder wusstennicht so genau, wie sie sich verhaltensollten. Aber wenn sie mitmachten,dann machten sie alles ganz ehrlich.Ihre Tränen waren echt, ihr Lachenwar herzlich. Die Gruppen haben ein-ander geholfen. Das gefiel mir. Oftmerkt man einem Film an, welcherSchauspieler professionell arbeitetund welcher nicht. Sie mischen sichoft nicht richtig. Bei unserem Filmwar das anders.

Konnte Thiago schon reiten, odermusste er das erst lernen?

Thiagos Leben ist dem Leben im Filmsehr ähnlich. Gestern zum Beispielgab es ein Q&A. Er wurde gefragt:Was war das Schwierigste für Dich imFilm? Er antwortete: „Für mich wares am schwersten zu weinen. Allesandere kenne ich aus meinem Leben.“Er kann wirklich sehr gut reiten, dashaben schon viele Leute bemerkt. Erhilft seinem Vater zu Hause und ver-sorgt die Tiere. Er lebt in einem ähn-lichen Haus. Die Menschen solltenden Protagonisten aus dem Film ähn-lich sein, in ihrer Sensibilität, im All-tag, mit ihren Bräuchen. Alles, waswir sehen, bringen sie von sich ein:Sie sind diese Darsteller in diesenSituationen. Das ist Thiago, der trau-rig ist. Er muss das nicht spielen.

Vielen Dank für das Gespräch.

Mutum

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alisson Felipe Leal B

arroso, Thiago da Silva M

ariz

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Olga Benario wurde am 12.Februar 1908 in Münchengeboren. In Brasilien berei-

tete sie mit dem legendären Haupt-mann Luiz Carlos Prestes, im Volkder “Retter der Hoffnung” genannt,die Revolution vor. Nach dem Schei-tern des Aufstands wurde Olga Bena-rio 1936 von Diktator Getúlio Vargasnach Deutschland ausgeliefert. ImBerliner Frauengefängnis gebar sieim selben Jahr ihre Tochter Anita und1942, im Alter von nur 34 Jahren,wurde sie in der Gaskammer des KZBernburg ermordet.

Zum 100. Geburtstag von OlgaBenario war am 11. Februar in derSeidlvilla (www.seidlvilla.de) eineGedenkveranstaltung mit Eröffnungeiner Ausstellung (bis 15.3.) über dasLeben dieser ungewöhnlichen Frau.Drei Referenten stellten Olga Bena-rios Leben in seinen geschichtlichenZusammenhang: Olga BenariosTochter, die brasilianische Historike-rin Anita Leocádia Prestes, Dr.

Anna-Jutta Pietsch von derGeschichtswerkstatt NS-Vergangen-heit in Schwabing und FriedbertMühldorfer von der Vereinigung derVerfolgten des Naziregimes. AnitaLeocádia Prestes sprach über diewidersprüchliche brasilianische Poli-tik der 1930er Jahre und über diePerson des Getúlio Vargas, der sich1930 an die Spitze des brasiliani-schen Staates putschte und sichlange Zeit bestens mit den deutschenNazis verstand. Anna-Jutta Pietscherinnerte an das Schicksal der Fami-lie Benario und der anderen jüdi-schen Bewohner des Hauses an derJakob-Klarstraße 1. Dabei zitiertesie aus dem neuen Buch “Schwabingzwischen 1933 und 1945”, das imMärz im Münchner Volkverlagerschienen ist.

Wer heute die Jakob-Klarstraße imMünchner Stadtviertel Schwabingpassiert, sieht ein frisch verputztes,schmuckes Jugendstilhaus. Es ist dieHausnummer 1: das Haus, in dem

Olga Benario aufgewachsen ist, unddas seit 1915 ihren Eltern gehörte.Das Haus macht heute noch Ein-druck. Olga Benario hat es verlassen,um in Berlin für die Kommunisten zuarbeiten. “Was mag die Tochter auseinem wohlsituierten, jüdischen Hauszu diesem radikalen Schritt bewogenhaben?”, fragte Anna-Jutta Pietsch.Die Mutter, Bankierstochter und feineGesellschaftsdame, habe Olgas Inter-esse an sozialen Fragen nicht geweckt– wohl aber der Vater: Er war Rechts-anwalt, Schriftsteller und Sozialde-mokrat. Ohne Honorar verteidigte erviele sozial schlecht gestellte Man-danten. Die Prozessakten des Vaterswaren Olgas erste politische Lektüre.So habe das Mädchen früh einen Ein-blick in die Ungerechtigkeiten derGesellschaft bekommen, sagte Anna-Jutta Pietsch.

Über die allgemeinen gesellschaft-lichen Verhältnisse hinaus wurde fürOlga Benario noch eine weitere Tatsa-che prägend: Sie stammte aus einer

Was ist das für ein Mädchen, das als 15-Jährige in die

kommunistische Partei eintritt und mit 17 ihr Elternhaus in

München verlässt, um mit demFreund nach Berlin zu ziehen -

ein Mädchen, das mit 20 perSteckbrief gesucht wird, weil es

den Freund aus dem BerlinerGefängnis Moabit befreit hat?

Galip Iyitanir, der 2004 den Film“Ein Leben für die Revolution”

gedreht hat, nennt Olga Benario“die bekannteste deutsche Frau in

Brasilien”. In Westdeutschland ist sie noch nahezu unbekannt.

Die Münchener Seidl-Villa widmet ihr eine Ausstellung

TEXT: GISELA DÜRSELEN

Olga Benario: deutsche Jüdin und

brasilianische Revolutionärin

Der Traum vom Richtigen und GutenDer Traum vom Richtigen und Guten

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jüdischen Familie – und Münchenwar von Anfang an Zentrum derNSDAP. “Die Ortsgruppe Schwabingwar mit 500 Mitgliedern die größtealler Münchner Sektionen. Die Rech-ten beherrschten immer mehr dieStraße”, sagte Anna Jutta Pietsch. DasHaus Jakob-Klar Straße 1 habe ab1941 als “Judenhaus” fungiert – mitteilweise über 30 jüdischen Bewoh-nern, nachdem es diesen verbotenwar, in “arischen Häusern” zu leben.Nach dem Verkauf des Hauses imJahr 1942 hätten die Nationalsoziali-sten Olgas kränklicher Mutter – wievielen anderen wohlhabenden Juden –einen “Heimplatz” in Theresienstadtverkauft – für den beachtlichen Preisvon 11.000 Reichsmark.

Anita Leocádia Prestes war erst 14Monate alt, als die Nazis sie ihrerMutter weggenommen haben. WasOlga Benario lange nicht wusste:Tochter Anita war in Sicherheit, denndie Nazis hatten sie der Großmutteraus Brasilien übergeben, der Muttervon Luiz Carlos Prestes. “Warumwurde Olga Benario ohne Anklage,ohne ordentlichen Prozess, perGeheimdekret, im Morgengrauen vonder brasilianischen Regierung anDeutschland ausgeliefert?”, fragteAnita Leocádia Prestes bei derGedenkfeier und wies darauf hin,dass Schwangere nach brasiliani-schem Gesetz nicht ausgeliefert wer-den dürfen.

Olga sei zu jener Zeit nicht die ein-zige gewesen, die ausgeliefert wordensei: Zwischen 1930 und 1945 warenes laut Anita Prestes rund 750 Perso-nen verschiedener Nationalitäten,hauptsächlich Juden. Die Historikerinwies auf die widersprüchlichen Facet-ten des Diktators Getúlio Vargas hin:Einerseits habe er die industrielle Ent-wicklung Brasiliens vorangetriebenund sogar fortschrittliche Arbeitsge-setze geschaffen; andererseits habeVargas eine Außenpolitik der Annähe-rung an Nazi-Deutschland betrieben.Erst nach Ausbruch des Krieges habeVargas seine alten Verbindungen auf-gegeben und sich um eine Annähe-rung an die Vereinigten Staatenbemüht. Die Auslieferung Olga Bena-rios fand laut Anita Prestes noch zujenem Zeitpunkt statt, da die pro-

nazideutschen Kräfte innerhalb derRegierung Vargas das Sagen hatten.

Was war das also für eine Frau,deren Leben so kompliziert war, dieihren Traum von Gleichheit und Soli-darität träumte und dabei zum Opfereiner rassistischen Ideologie wurde?Die Referenten kamen zu demSchluss, das menschliche Leben seinicht ohne den geschichtlichen Rah-men zu verstehen. Jüdische Jugendli-che im Deutschland der 20er Jahrehätten nur zwei Perspektiven gehabt,zitierte Anna-Jutta Pietsch aus denErinnerungen von Franz Feuchtwan-ger, Vetter des Schriftstellers LionFeuchtwanger: Sich entweder demZionismus oder dem Kommunismuszuzuwenden.

“Ist es verwunderlich, dass vieleJugendliche sich für den Kommunis-mus entschieden, der am schnellstenund radikalsten gegen die Nazis auf-getreten ist?”, fragte Friedbert Mühl-dorfer. So irreal und abenteuerlichdie Thesen der KPD auch gewesenseien: Maßstäbe von heute könntennicht auf damals übertragen werden.“Jeder, der sich den Faschisten entge-gen gestellt hat, verdient unsere Wür-digung, unabhängig von seiner politi-schen Einstellung. Es waren viel zuwenige”, betonte Mühldorfer. Inihrem letzten Brief an die Familie,kurz vor dem Transport in die Gas-kammer, erklärte Olga Benario ihrEngagement so: “Ich habe für dasRichtige, das Gute, das Beste auf derWelt gekämpft.

Ausstellung

Prof. Anita Leocádia Prestes

Jakob Klarstr. 1

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Auf der Vernissage der Bittencourt-Ausstellung

derte sich zusehends, und die Krimi-nalitätsrate stieg in manchen Gebietender Altstadt drastisch an. Erst in den90er Jahren ergriff die Stadtverwal-tung ernstzunehmende Gegenmaß-nahmen. Es wurden Konzepte zurRevitalisierung der Altstadt ausgear-beitet und umgesetzt, manche mitErfolg. Das bekannteste ist der Kom-plex um die Bahnhöfe Luz und JúlioPrestes, die das Aushängeschild derKlassischen Musik in der Stadt, dieSala São Paulo, und das neue Spra-chenmuseum beherbergen.

Weniger rühmlich und deutlichweniger elitär liest sich die Geschich-te einzelner Gebäude, wie die desEdifício Prestes Maia, das längst zumPolitikum geworden ist und die Ambi-valenz der ganzen Situation verdeut-licht. Noch vor etwa acht Jahren stan-den allein im Verwaltungsbezirk Sé,also im zentralsten Innenstadtbereich,etwa 4500 Immobilien leer, undgleichzeitig fehlte bezahlbarer Wohn-raum in der gesamten Stadt. Zu die-sem Leerstand gehörte das Edifício

Prestes Maia, das nun Hauptgegen-stand von Júlio Bittencourts Projektist. Oder besser: Es sind die Bewoh-ner, die ihn interessieren und denen ersich sensibel und mit höflicherDistanz mittels seiner Kamera nähert.Man sieht es auf den Fotografien. DerBetrachter blickt frontal auf die zumTeil verhangenen oder zugestelltenFenster, die gerade noch eine Lückelassen für die jeweils portraitierte Per-son. Diese zeigt sich meist in ihrerbesten Pose, zwischen einfachen Vor-hängen oder als Gardinen fungieren-den Laken, die zur Seite geschobenwurden und das Fenster fast zur Thea-terbühne werden lassen. Auf dieFrage, wie er Zugang zu diesen Men-schen fand, die schließlich die Haupt-personen seiner Arbeit wurden, ant-wortete der Künstler:

„Foi através de uma amiga jornali-sta que fiquei sabendo do edifício e deseus moradores. Iniciei o projeto visi-tando o prédio diversas vezes porsemana para conhecer as pessoas etentar fazer com que elas se acostu-

Ein Baby in den kräftigen Armenseiner Mutter, ein Blumen-strauß vor der stattlichen Brust

der melancholisch dreinblickendenjungen Frau, auch Paare oder Männerwerden gerahmt von den Fenstern desEdifício Prestes Maia, bekannter alsdie vertikale Favela São Paulos. Siesind Teil des Fotoprojektes In a Win-dow of Prestes Maia 911 Building (imOriginal: Numa Janela do EdifícioPrestes Maia 911) von Júlio Bitten-court, einem jungen Fotokünstler, derin São Paulo aufgewachsen ist unddiese Stadt mit ihren sozialen Proble-men von klein auf bis heute erlebt. Einbesonders brisanter Brennpunkt derStadt ist dieses Ed. Prestes Maia mitder Hausnummer 911, dessen etwa1.700 Bewohner „größtenteils sehrarm sind; die meisten sind Arbeiter,die sich zur Obdachlosenbewegungdes Stadtzentrums MSCT (Movimen-to Sem-Teto de Centro) zusammenge-schlossen haben“, wie Julio Bitten-court erklärt.

Das Gebäude selbst befindet sich inder Altstadt São Paulos, einst moder-nes Geschäftszentrum der Stadt, indem Banken und Versicherungenihren Hauptsitz hatten. Industriefir-men, die etwas auf sich hielten, grün-deten dort noch in den 50ern ihre Zen-tralverwaltungen, und schließlich gabes auch für die damalige Zeit schickeAppartementhochhäuser.

Dies liegt allerdings Jahrzehntezurück. Die großen Firmen und Ban-ken zogen sich spätestens in den 70ernaus der Innenstadt zurück, zunächst indie Avenida Paulista, dann in neu aus-gewiesene Geschäftszentren. DerBeginn des stadtinneren Zerfalls warlängst markiert. Viele Geschäfts- undWohnhäuser standen plötzlich leer,manche wurden billig vermietet,andere wurden irgendwann abgerissenoder besetzt. Die Sozialstruktur verän-

Vom Politikum zum Kunstwerk

Fensterportraits von Júlio Bittencourt in der Berliner Cicero-Galerie

TEXT: MARTINA MERKLINGER

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KULTUR | CULTURA

der besonderen Gebäudesituationüberhaupt erreichte:

„… fotografei o maior número pos-sível. Não era fácil fotografar, poisdemandava que as pessoas que esti-vessem em casa e eu precisava entrarno apartamento da frente, em outropara fotografar, e quase nunca conse-guia com que duas famílias que vives-sem frente a frente estivessem em casano mesmo momento. Fotografei semp-re nos fins de semana, pois a chancede isso acontecer era maior. Emmédia, eu passava de 8 a 10 horas pordia para geralmente fazer duas, trêsfotos. Muitas vezes, voltava com umaou nenhuma.”

Ergebnis waren 45 Fotografien, dieer in einer Ausstellung im Kulturzen-trum der Itaú-Bank so inszenierte,dass aus den fertig abgezogenen Foto-grafien praktisch ein neues „Gebäu-de“ entstand: Foto an Foto, in einemüberdimensionalen Leuchtkastenneben- und übereinander angebracht,

vermittelt es ein Gefühl der Enge, aberauch der solidarischen Einheit und desZusammenhalts. Dagegen betont eineklassische Hängung, für die sich dieCicero-Galerie entschied, den Portrait-charakter jeder einzelnen Fotografie.Die 45 Bilder wurden auf ein einheit-liches Format von 70x100cm gebrachtund in eine Reihe gehängt. So zierensie die weißen Galeriewände in Mitte,Teil der ‚hippen’ Berliner Altstadt. Wirblicken dort in die Gesichter von ein-zelnen Menschen, die räumlich undsozial weit weg von uns sind, erfreuenuns an ihrer zufriedenen Ausstrahlungund ahnen nur, welche Konflikte inihrer direkten Umgebung auszutragensind.

massem com a minha presença.Durante cerca de três meses fiz isso,além de definir um padrão estéticoantes de iniciar o trabalho, como queluz procurar, tonalidade, enquadra-mento e equipamento a ser utilizado.E, meio que sem perceber, no finaldeste tempo, já conhecia boa partedas mil e tantas pessoas que lá viviam.

A fotografia veio somente depois.Quanto à aproximação ‘pessoal’,acredito que ter vivido e viajado pordiversos países ajudou bastante. Naverdade, minha vida sempre passoupor adaptações a lugares, culturas,línguas e obviamente a pessoas. Nãohouve grande dificuldade para ‘ent-rar’ no prédio e nas casas dessas pes-soas, só demandou um certo cuidado erespeito. Feito isso, acredito sempreque o mesmo volta pra você.”

Für das insgesamt anderthalb Jahredauernde Projekt wählte er seine Pro-tagonisten nicht gezielt aus, sondernarbeitete mit denen, die er aufgrund

„In a window of Prestes Maia 911“Cicero-Galerie für politische Fotografie22. Februar bis 12. April 2008Öffnungszeiten: Di-Fr 12-19 Uhr, Sa 11-16 Uhr Rosenthaler Straße 38, 1. HH, D-10178 BerlinTel: +49 (30) 700 [email protected]

Das Edifício Prestes Maia 911 war einmal eines der modernsten Wohnhäuser der Stadt... Es handelt sich um zwei sich gegenüber-liegende Gebäudetrakte, deren Anordnung es schließlich ermöglichte, dass Julio Bittencourt sozusagen auf Augenhöhe und frontalin das andere Fenster fotografieren konnte. Das Haus wurde 2002 von mehr als 460 obdachlosen Familien besetzt, was der Stadt-verwaltung ein Dorn im Auge ist und weshalb das Gebäude immer wieder geräumt werden soll. Gleichzeitig ist es immer wiederObjekt für Künstler, Sozialarbeiter und Journalisten. Erst im Februar letzten Jahres initiierte José Celso Martinez Corrêa, auch inDeutschland bekannter als Zé Celso (do Teatro Oficina), eine mehrtägige Theateraktion mit diversen Performances vor Ort. Ebensowurden bereits einige Dokumentarfilme gedreht, von denen die Cicero-Galerie eine Auswahl in ihrem Rahmenprogramm zeigt.

Edifício Prestes Maia 911

heißt der thematische Rahmen der Cicero-Galerie, in den Julio Bittencourts preisgekröntes Projekt In a Window of Prestes Maia 911Building eingebettet ist. Die Cicero-Galerie für politische Fotografie will mit dieser Ausstellungsreihe mehreren künstlerischen Posi-tionen Raum geben, die „die Beziehungen des Einzelnen zu seiner Heimat, seinem Land und seiner Nation beleuchten.“ São Paulo,das lange Zeit eine ausgesprochene Einwandererstadt gewesen ist und als solche vielen Menschen eine neue Heimat und oftZuflucht geboten hat, ist Schauplatz der Ausstellung, die den Auftakt dieser thematischen Reihe bildet. São Paulo war nicht nur ersteAnlaufstelle für europäische Einwanderer, die den Kaffeeboom im Paulistaner Hinterland ausnutzten. Auch fand als Folge der Indu-strialisierung in der Mitte des 20. Jahrhunderts eine starke Binnenmigration in Brasilien statt, bei der sich das schnell wachsendeSão Paulo als Magnet für Menschen aus ärmeren Regionen insbesondere dem Norden und Nordosten herauskristallisierte. Sie hieltviele Jahrzehnte an, und nicht immer war das Glück auf der Seite der Migranten. Das Edifício Prestes Maia 911 ist einer von vielenZeugen dieser Entwicklung, und trotz seines prekären Zustandes hält es sich wacker gegen den Strom.

Heimat 2008

Der 1980 in Brasília geborene Júlio Bittencourt wuchs in São Paulo und New York auf. Ohne ausgesprochenes Fotografiestudiumbegann er seine Fotografenkarriere in der Bildredaktion der renommierten Wirtschaftszeitung Valor Econômico in São Paulo, demzahlreiche Aufträge und eigene Projekte folgten. Mit Numa Janela do Edifício Prestes Maia 911 errang er im vergangenen Jahrden renommierten Oskar-Barnack-Preis, einer Auszeichnung für Fotojournalisten, mit der an den gleichnamigen Leica-Gründergedacht wird. In a Window of Prestes Maia 911 Building wird in diesem Jahr noch als Buchpublikation in vermutlich sieben Län-dern erscheinen.

Júlio Bittencourt

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KULTUR | CULTURA

Cristina Barroso in der SWR-Galerie

ist und malerisch die Welt kartiert.Überwiegend großformatige Lein-wände zeigen gemalte Kontinenteund einzelne Länderumrisse, aberauch Formen, die sich als ferneHimmelskörper darstellen. FeineLinien wie von einem überdimensio-nalen menschlichen Fingerabdrucklegen sich zuweilen zwischen undüber die Kontinente und beseelendie kartographischen Konstrukte,die ‚painted of soul’* nun die Gale-rie im SWR Funkhaus zieren.

Cristina Barroso wurde in SãoPaulo geboren und hat in den USAMalerei studiert. Studienreisen undAtelierstipendien brachten dieKünstlerin rund um den Globus, derschließlich zur Grundlage ihrerkünstlerischen Arbeit wurde. Inzwi-schen lebt und arbeitet Cristina Bar-roso in Stuttgart und nimmt von dortaus an Ausstellungen auf und außer-halb der deutsch-brasilianischenAchse teil.

Sie operiert mit Umrisslinienund Zahlen, mit Topographienund Geonamen, mit geologi-

schen genauso wie mit astronomi-schen Karten und bedient sich damitdes Instrumentariums der Kartogra-phen; hinzu kommen Pinsel undLeinwände, dem Werkzeug derKünstler und Maler. ‚Secret Map-ping’ heißt die neue Ausstellung vonCristina Barroso, die ab April in derStuttgarter SWR-Galerie zu sehen

Atelier Cristina Barroso

Himmlische Kartographie in Stuttgart

7. April 2008, 19 Uhr8. April bis 30. Juni 2008montags bis freitags 17 Uhr bis 20 UhrSWR Funkhaus, Neckarstr. 230, 70190 StuttgartKontakt: 0711 / [email protected]

Vernissage:

TEXT: MARTINA MERKLINGER

* Cees Noteboom über die Arbeiten von Cristina Barroso anlässlich einer Ausstellung in Köln

1958 in São Paulo geboren, lebt und arbei-tet in Stuttgart1983 Studienabschluss am San FranciscoArt Institute, San Francisco1983-92 Ateliers in San Francisco, SãoPaulo, Mailand und Berlinseit 1992 diverse Atelierstipendien undAuszeichnungen, darunter: Helmut Bau-mann Stipendium (Göppingen), Aktionsfo-rum Praterinsel (München), Villa Waldberta(Starnberg) und Schloss Plüschow inMecklenburg.

Einzelausstellungen (Auswahl)2007 Galerie im Heppächer (mit BrigitteDattler), Esslingen2005 Galerie Schüppenhauer, Köln2003 Paço das Artes, São Paulo/ GalerieHartl, Tübingen2002 Centro Universitário Maria Antonia,São Paulo2001 „Ortswechsel“ (mit Dani Eshet), IfAGalerie Stuttgart2000 Museu de Arte de Ribeirão Preto,

Ribeirão Preto1999 Galerie Ruta Correa, Freiburg; Labora-torium Praterinsel, München; GalerieSchüppenhauer, Köln1998 Städtische Kunstsammlungen, NeueGalerie im Höhmann-Haus, Augsburg1995 Galeria Millan, São Paulo; GalerieSchoen+Nalepa, Berlin1994 Dortmunder Kunstverein, Dortmund;Pinacoteca do Estado de São Paulo, SãoPaulo1990 Museu de Arte de São Paulo AssisChateaubriand, São Paulo; Galerie derStadt Esslingen Bahnwärterhaus, Esslin-gen1988 Galleria Circolo Bertold Brecht (mitMartinelli und Minelli), Mailand

Gruppenausstellungen (Auswahl)2006/07 “Zeichnungen“, Ausstellung derKünstlermitglieder 2006, Württembergi-scher Kunstverein, Stuttgart2006 “Sommerakzente”, GalerieSchoen+Nalepa, Berlin

2005 „Schaulager-Die Sammlung“, Kunst-halle Göppingen2004 „Helmut Baumann Stipendiaten“,Galerie Kränzl, Göppingen2003 „Brasilianische ZeitgenossischeKunst“, Brasilianische Botschaft, Berlin2002 „Rotation“, Brasilianische Botschaft,Berlin/ Galerie Schoen+Nalepa, Berlin2000 „Mujeres de las dos orillas“, Centro deCultura La Beneficência, Valencia1999 „Ars (dis)Symmetric '99“, Ernst Muse-um, Budapest; „Aequators“, Museu de ArteContemporânea, Chile1998 „Moto Migratório“, Museu de ArteContemporânea, São Paulo 1997 „Magie der Zahl in der Kunst des 20.Jahrhunderts“, Staatsgalerie Stuttgart1996 „Dialog-Experiência Alemãs“, Museude Arte Moderna, Rio de Janeiro1995 „New Brasilian Art“, October Gallery,London1991 „XXI Bienal Internacional de SãoPaulo“, São Paulo

Cristina Barroso

Telescópio, 2007

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LITERATUR | LITERATURA

Tópicos 1|2008 39

Kaserne. Das Wort hat keinenguten Klang. Kasernierung,kaserniert sein, das klingt

nach Gefangenschaft, nach Unter-werfung. In der Kaserne ist freierWille nicht gefragt, sondern dasGegenteil: Kompaniegeist. Dies giltim besonderen Maße für russischeKasernen. Vom bundesdeutschenSchlagwort „Kaserne 2000“ – Kaser-nen sollen heute wohnlicher, zivilerwerden – weiß man hier nichts.

Die Brasilianerin Lina Kim, die inSão Paulo und New York Kunst stu-dierte und heute in Berlin lebt, hatzwischen 2003 und 2006 nahe Berlinverlassene Räume ehemaliger

Sowjetkasernen in der DDR mit derGroßbildkamera fotografiert, was inihrer eigenen künstlerischen Biogra-fie Sinn macht: Schon früher hat sichdie 1965 geborene Künstlerin inihren Installationen mit Szenerienbeschäftigt, die an Bühnen erinner-ten, mit surrealen Gegenwelten, diesie nun in den aufgelassenen russi-schen Kasernen entdeckt.

Diese Räume sind surreal, weilihre ursprüngliche Bestimmung imLaufe der Zeit verloren gegangen –nicht mehr sichtbar ist. Die Orte sindnach Abzug der Roten Armee verlas-sen, dem Verfall preisgegeben, ver-ödet. Oft sind es nur noch Raum-

skelette, die übrig geblieben sind.Wände, der Boden, eingeschlageneFenster, etwas abgeblätterte Farbe,mehr nicht. Im Verfall, in diesemZwischenzustand, liegt Schönheit,das ist eine Lehre dieser Bilder. Eineandere ist: Das Medium der Fotogra-fie vermag es, jenen Zustand des„Noch immer, aber irgendwie schonnicht mehr“ am faszinierendsten zuvermitteln.

Lina Kim: Rooms. Deutsch und Eng-lisch. 128 Seiten. 110 farbige Abbil-dungen. Gebunden mit Schutzum-schlag. 300 mal 240 mm. ISBN 978-3-7913-4000-5. 39,95 Euro.

TEXT: MARC PESCHKE

Noch immer, aber irgendwie schon nicht mehr

Das Fotobuch “Rooms” von Lina Kim

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LITERATUR | LITERATURA

Em 40 anos de trato com osestudos literários, acreditei sin-ceramente que era o intérprete

a escolher a obra, mesmo que, nestaescolha, atuassem motivações deordem inconsciente.Até que (...) Gui-marães Rosa me persuadiu do oposto,ou seja , de que o autor é, em verda-de, o mestre do intérprete. Não é esteúltimo quem se prepara para adentrara obra , mas, ao contrário, é o intér-prete que , muitas vezes, é longa-mente, preparado, sem que elemesmo se perceba moldado para estefim, para a missão. (...)

Vocês sabiam que João GuimarãesRosa quando jovem colecionava inse-tos, borboletas, e estudava , auto-dida-ta, História Natural ? Pois era umavez João Guimarães Rosa, nascidoem Cordisburgo, estudante em BeloHorizonte, morador do Rio de Janeiro,cidadão cosmopolita e poliglota.Menino cercado de narrativas, curiosodesde cedo também por geografia epor línguas estrangeiras (como eu, quecomecei minha própria viagem atra-vés do mundo dos idiomas trilíngue,falando o guarani alternado com oespanhol da babá índia e com o por-tuguês de meus pais e mesmo perden-do este trilinguísmo do ponto de part-ida, não parei mais, estudando, alémdo inglês e do francês, o latim, oalemão e o hebraico).

Meu mestre me ensinou (...) que adiversidade das interpretações da obrade um escritor se deve não, funda-mentalmente, aos instrumentaisdiversos dos intérpretes, mas queestes já são consequência da diversi-dade da revelação (diria melhor, dodesvelamento ) entregue pelo autor aseus intérpretes. Pois o autor que criaa sua obra é também um elo, anterior,na cadeia da revelação escrita e, por-

tanto, ele entrega a outrem o que tam-bém recebeu, de outra forma, para quenão se rompa, não se interrompa acadeia transmissora até que ela chegueaté o último elo. (...)

Médico no interior, diplomata ser-vindo em postos fora do Brasil e den-tro dele, escritor dos maiores não sóno Brasil (onde, premiado, acadêmi-co, tem a obra infinitamente estuda-da) mas também além fronteiras(onde está traduzido, é lido e estuda-do, ele que foi , como sabemos, chefeda Divisão de outras fronteiras, estasgeográficas , no Itamarati), Gui-marães Rosa foi triádico em sua exi-stência entre nós.

Diferentemente dos lepidópteros,cujo ciclo vital passa por estágioscomuns a toda a espécie, GuimarãesRosa foi um singularíssimo reinven-tor de vida num pé de manacá chama-do Terra. Liberto do tempo e doespaço, ele continua a encantar-nos ea revelar-se ad infinitum, através desua vida e obra. (...)

É frequentemente citada a afirmati-va de Guimarães Rosa, ao término desua própria vida, de que se morre épara se provar que viveu, que, na ver-dade, se fica é encantado. Mas o queé , realmente, o encantamento? Magiae maravilha, sedução, invisibilização?Um dicionário nos entregará todosestes sentidos e, por proximidade, nosmostrará também que há algo deencantoar em encantar, apartar doconvívio, meter num canto, estar bemao lado, sem, no entanto, ser percebi-do.

Guimarães Rosa, 40 anos após a suatravessia maior, continua a maravil-har-nos e a estar conosco. Qual a

força deste número, 40, diferente , porexemplo, dos 39 ou dos 41, para ficar-mos apenas nos vizinhos mais próxi-mos ? No mundo bíblico, 40 dias foi aduração do dilúvio, como 40 anos foio tempo coletivo entre a geração dosjudeus que saíram da escravidão doEgito e a que possuiu a terra promet-ida, como quarenta dias foi o tempopessoal de Jesus de provação no deser-to, antes de dar início à sua missão.

Atentemos ao triênio roseano.Todos sabemos a importância dosanos de final 6 em sua obra: 1936 é oano de Magma (que só seria publica-do postumamente) receber o prêmioda ABL (Academia Brasileira deLetras); 46 marca a estréia do autorem livro, com Sagarana; o ano dou-rado de 1956 (início da presidência deseu colega médico e conterrâneo min-eiro o diamantinense Juscelino Kubit-schek de Oliveira) começa com apublicação de Corpo de baile, emjaneiro, e prossegue com a de GrandeSertão: veredas, em maio .Os 70 anosda premiação de Magma, os 60 dapublicação de Sagarana e, principal-mente, o cinquentenário do lançamen-to do Grande sertão: veredas fizeramde 2006 o primeiro ano do triênioroseano neste milênio.

Nosso novembro de 2007 assinalaos 40 anos de seu encantamento, desua travessia, enquanto que 2008 seráo ano do centenário do seu nascimen-to. Na verdade, Rosa começou a mor-rer na noite de sua posse na ABL, 16de novembro de 1967, consumando-seo processo três dias depois, na noitedo dia 19, em casa, no apartamento darua Francisco Otaviano próximo ondehoje é à igreja da Ressurreição, quasevizinho da rua Conselheiro --Lafayet-te, onde moro, no número 98, no sextoandar – que é a soma dos números do

TEXTO: MARIA CONSUELO CUNHA CAMPOS

João Guimarães Rosa

40 anos de encantamentoTópicos publica aqui um resumo da palestra que a professora Maria Con-suelo Cunha Campos realizou no Pen Clube do Brasil, no Rio de Janeiro,por ocasião dos 40 anos da morte de Guimarães Rosa.

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LITERATUR | LITERATURA

Tópicos 1|2008 41

dia do seu aniversário, 27 ao lado doano, 8, do seu nascimento e do mês, o6o do ano, junho, sendo que 601, onúmero do apto, é a idade, 60 anosmenos 1, 59, que ele tinha ao falecer .

Poucas pessoas percebem o sentidodeste triênio, que começou com o anodas datas redondas da maioria de suasobras, prosseguiu com a data redondade seu encantamento, para terminar a27 de junho de 2008 com o centenáriode seu nascimento.

Onde estava João Guimarães Rosaem julho de 1947? No Pantanal mato-grossense: Aquidauana, Ponta Porã ,onde nasci, em maio daquele mesmoano, portanto dois meses antes. Nafronteira brasileira com o Paraguai,ele que, depois, chefiará a Divisão deFronteiras do Itamarati.

A 19 de novembro de 1938, exata-mente 29 anos antes de sua morte,portanto, Guimarães Rosa escreve aseu tio Vicente Guimarães e, em pou-cas e certeiras palavras, assim desenhao retrato do povo alemão a menos de

um ano da eclosão da segunda grandeguerra: “este povo é pobre , conserva-dor e só interessa por carros blindadose divisões de bombardeiros.” Fluenteno idioma, profundo conhecedor dariquíssima cultura germânica, o escri-tor percebeu, como um profeta, omomento do eclipse da razão e da cul-tura alemãs. A “Noite dos cristais”,dez dias antes, de 9 para 10 de novem-bro, espécie de ensaio geral que dariainício ao Holocausto, e que passouem branco para o mundo, terá sido, aocontrário, devidamente percebida porele, diplomata estrangeiro que estavahá pouco tempo no país, em suadimensão pavorosa.

Assim como Guimarães Rosa con-struiu-se para construir sua obraliterária, para ser o autor dela, assimtambém seu leitor é convidado adeixar-se reinventar pela leitura destaobra. Um outro escritor mineiro,Autran Dourado, fala-nos na suaPoética de romance, matéria de car-pintaria, de leitores de viseiras subma-rinas, mergulhadores de águas profun-das, de muitas leituras de uma obra .

Esta imagem do submergir-se notexto como o mergulhador no mar, emtudo oposta à do crítico que tradicio-nalmente pretende contribuir para amaior inteligibilidade da obra me foi agrande lição do mestre.

Uma borboleta completou o ciclovital da larva: nada mais há além,senão a morte. Um ser humano, aocontrário, pode desvestir inúmerascrisálidas e metamorfosear-se emvárias borboletas, ao longo de umavida pois a reinvenção é como se nãoconhecesse limites.

A próxima vez que retomarem a lei-tura de algum dos livros de GuimarãesRosa sugiro-lhes que experimentem“esquecer” que a psicanálise nos dizque um texto fala para além da cons-ciência de seu autor e, consequente-mente, provem–no como guia nestaleitura!

Sistema político brasileiro: uma introduçãoColetânea que desvenda o sistema político brasileiro tem nova edição revista e ampliada.

Sistema político brasileiro: umaintrodução, organizado porLúcia Avelar e Antônio Octávio

Cintra e publicado pela Editora Unespe Fundação Konrad Adenauer, é umafonte de informações objetivas enecessárias para que o cidadão brasi-leiro possa participar mais ativamentee ter uma postura consciente emrelação à política nacional. Agora olivro, que teve uma ótima acolhida,chega à sua segunda edição, após serrevisado e ampliado pelos autores eorganizadores.

Há também novos capítulos abor-dando o sistema eleitoral e outro sobreas agências de regulação. Eles se jun-tam às análises que explicam os fun-damentos e o funcionamento das insti-tuições políticas brasileiras. Todas elas

modificadas para estarem atualizadascom os estudos mais recentes de cadatema.

Os artigos abordam os processosque determinam as tomadas dedecisões políticas, a forma como osinteresses regionais integram o pro-cesso político da União e como osinteresses e opiniões da população setransformam em alternativas políticas.Os temas variam desde a influênciados veículos de comunicação demassa na política até o debate sobre ainserção do sistema político brasileirono contexto geopolítico internacional.

A segunda edição de Sistema políti-co brasileiro: uma introdução vemconsolidar o seu intuito inicial de ofe-recer de forma acessível, sem exigir

conhecimentos prévios de ciênciaspolíticas, textos introdutórios queexpliquem as instituições políticasbrasileiras. Um aprimoramento destaferramenta que procura auxiliar naconsolidação da nossa cidadania, ofe-recendo aos estudantes e ao públicoleigo informações claras e precisasdas instituições nacionais, mas semsubestimar a sua complexidade.

InfoTítulo: Sistema político brasileiro: uma introdução - 2ª ediçãoAutor: Lúcia Avelar e Antônio Octávio Cintra(organizadores)Fundação Konrad Adenauer e Editora UnespNúmero de páginas: 496Formato: 19,5 x 26 cmPreço: R$ 68,00ISBNs: 978-85-7504-108-6 e 978-85-7139-753-8Data de publicação: 2007

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Aobra de Gilberto Freyre, vai-e-volta, ganha novas interpre-tações. Revisitado por muitos

sociólogos e historiadores, Freyre -depois de anos de estudos em univer-sidades dos Estados Unidos e da Euro-pa - centra seu olhar para o Brasil. Umpaís em construção, que passava doImpério para a República de formadesordenada. Talvez, anárquica.

Muitos intelectuais brasileiros ten-taram interpretar o Brasil com olhosestrangeiros. Não é o caso de Freyre.Agora, nos 20 anos da morte do autorde “Casa-Grande & Senzala”, umestudo promete muita polêmica - “Gil-berto Freyre: Uma Biografia Cultural”(Editora Record, 714 páginas, R$80,00), do antropólogo RodríguesLarreta e do professor de Letras Guil-lermo Giucci, ambos nascidos no Uru-guai.

O livro percorre os anos de juventu-de de Freyre (1900-1936), traça mui-tos aspectos de sua formação culturale suas principais contribuiçõessociológicas. Mas a obra vai maisalém: mostra um Freyre em conflitocom as culturas por onde passou -Estados Unidos e Europa; conta asexperiências homoeróticas de Freyre -“quando na Alemanha ele deixariamastubar-se por um belo adolescentenas ruas escuras de Berlim”. O objetodos dois autores, no entanto, são osestudos de Freyre, seus mestres e ami-gos. O sociólogo aprendeu que a pre-sença de uma democracia étnica leva auma democracia social.

Freyre, afinal, percorreu os difíceismeandros de uma nação que saía dosistema escravista durante o Impériopara a aventura da modernidade. Paraisso, os autores utilizaram os própriostextos de Freyre - os principais livros,ensaios, artigos e sua correspondênciasão analisadas em detalhes. Dos Esta-

dos Unidos seus primeiros mestres -“A cultura americana encontra-se naalma nacional, não nas galerias de artee nos livros estrangeiros. Quandoaprenderemos a ser orgulhosos? Só oorgulho é criativo”. Lição que trouxe,mais tarde, para seus estudos sobre oBrasil. Entre outras lições, GilbertoFreyre aprendeu que a “força de inter-pretação pessoal supõe não aceitar oreal como um dado, mas reconhecê-locomo uma fabricação”. Tanto nosEstados Unidos, quanto na Europa,Freyre conviveu com importantesintelectuais, que formaram um grandee sólido mosaico para a construção desua obra.

Mudanças

Os anos 20 eram de muitasmudanças no mundo. Mudanças queafetaram profundamente o jovem bra-sileiro dos trópicos, mas nunca abala-ram sua fé na tradição. A biografiacultural de Freyre percorre todas essastransformações, os passos de Freyrepela América do Norte e pelo VelhoMundo. Do estrangeiro, Freyre escre-via suas impressões para o “Diário dePernambuco”: relatos repletos deinterpretações, quase todas comparati-vas. Escrevia aos amigos brasileiros -Oliveira Lima, Manuel Bandeira eJosé Lins do Rego, principalmente.Sempre se referia a Franz Boas, umdos seus mais influentes professo-res.“Apesar do horizonte científico deseu projeto e da aparência positivistade suas pesquisas, repletas de detalhese descrições precisas de objetivos, aperspectiva de Boas situa-se no con-texto cultural da época e no âmbito deuma sensibilidade moderna com aqual Freyre tem fortes elos”, dizem osautores, apontando que no estilo doalquimista nietzschiano, capaz de des-cobrir ouro nos materiais mais abjetos,Freyre ausculta a escravidão para nelaencontrar a singularidade humana:

— Os escravos, em geral, não seasfafavam nos trabalhos domésticos.Era assim tanto nas casas-grandes dosengenhos e fazendas como nos gran-des sobrados igualmente patriarcaisdas cidades. É verdade que, nos mea-dos do século passado, a propagandaantiescravista britânica muito comen-tou o “cruel tratamento dos escravos”no Brasil. Mais tarde, esses sombrioscomentários ingleses foram repetidosno Brasil por oradores brasileiros con-trários ao cativeiro - entre eles Joa-quim Nabuco e Rui Barbosa - homensinflamados pelo idealismo liberal eburguês (...) A linguagem empregadapor tais oradores foi tão enfaticamentepersuasiva que o brasileiro médio dehoje ainda acredita ter sido a escravi-dão no Brasil, toda ela, realmentecruel. Na verdade, a escravidão noBrasil agrário-patriarcal pouco teve decruel. O escravo brasileiro levava, nosmeados do século XIX, vida quase deanjo, se compararmos sua sorte com ados operários ingleses, ou mesmo coma dos operários do continente europeu,dos mesmos meados do século passa-do.

Idéias como as relações de trabalhono Brasil Império não foram nadasimpáticas aos intérpretes do Brasil daépoca. E não eram poucos. Freyrecomeçou a semear em solo brasileirouma gama de inimigos. Como tambémsua visão sobre as condutas sexuaisnos tempos do Império, consorciadas

TEXTO: JOSÉ ANDERSON SANDES *

Tradicionalista e aristocrataGilberto Freyre: uma biografia cultural´lança luzes sobre os anos de formação do autor

Gilberto Freyre quando jovem: nova biografiadetalha anos de formação intelectual do autor

© R

eprodução

* Editor do Caderno 3 do Diário do Nordeste

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43Tópicos 1|2008

à escravidão. “Existiam haréns dis-farçados, constituídos por jovensmulatas à disposição dos patrões e deseus filhos. A paixão dos brasileirospelas mulheres não conhece freios”,grafou.

O estudo de Freyre destaca asrotinas diárias dos escravos e dos sen-hores do engenho, descrevendo cuida-dosamente detalhes da vida material,como os alimentos e os mobiliários. Apreocupação com as doenças e com ahigiene assina o interesse pelas articu-lações ecológicas no contexto social.Sem falar na religião, que acompanha-va os brasileiros em suas festas e lhespermitia reconciliar-se com a dor domundo, ajudando-os a morrer.

Freyre também combateu, no campodas idéias, os modernistas - era umtradicionalista à maneira aristocrática,segundo o amigo José Lins do Rego.“Pouco tempo depois, em maio de1923, Freyre critica a falta de visão domundo dos modernistas e acusa ajuventude paulista da “neurose cha-mada futurismo”.

— A rebeldia juvenil que se justifi-ca na Europa, onde o cansaço dosmuseus e das bibliotecas abranda oespírito criativo da própria juventude,é inadmissível no Brasil”.

Pernambuco, Rio de Janeiro e SãoPaulo. Cidades, regiões, idéias ehomens. Nada fugiu do olhar perscru-

tante de Gilberto Freyre. Da sua pas-sagem pela política em Pernambuco,quando chefe de gabinete do governoEstácio de Coimbra, ao jornal A Pro-víncia, à revolução de 30 e ao exílio deFreyre em Portugal. Todos estes movi-mentos de homens despertaram noestudioso idéias até então inexplora-das pelos positivistas de plantão.

Polêmica

Com toda a polêmica criada emtorno de “Gilberto Freyre - Uma Bio-grafia Cultural” -, os uruguaios Guil-lermo Diucci e Enrique RodríguesLarreta deram um das mais importan-tes contribuições para os estudos emtorno do mestre do Apicucos, ou seja,pensar sociologicamente e refletirsobre as relações sociais imediatas deseu meio e observar o entorno deforma metódica. “Esse estilo etnográ-fico de forte sentido empírico e parti-cularista, que se desenvolveu sobretu-do nos Estados Unidos, na sociologiada Escola de Chicago, exercerá consi-derável influência sobre GilbertoFreyre.

— A latinidade reina mas nãogoverna; a Europa reina mas nãogoverna - governam as vozes da Áfri-ca e as mysteriosas vozes da própriaterra americana - e sociologicamenteas superstições de um povo tem maismateria que a sua fé oficial, que o seucredo, a sua liturgia (...) A Europareina, mas não governa em largos tre-

chos. Noutros nem reina nem governa- não de certo das muitas unidadesmeramente políticas em que balkani-camente se divide a América, mas dasverdadeiras unidades, físicas, cultu-rais, económicas, sociais.

A idéia de “Europa” reinando -apontam os dois historiadores -, masnão governando no Brasil, será funda-mental para a construção de “Casa-Grande & Senzala”. O ponto de parti-da de Gilberto Freyre é o encontroentre culturas. O que interessa é apre-sentar a matriz da formação nacionaldo Brasil. Na realidade, a históriaencontra-se explicitamente lida a par-tir da problemática da construçãonacional.

Até hoje “Casa-Grande & Senzala”é um dos livros basilares do Brasil,com seus temas característicos danossa formação - “a moura encantada,o caráter feudal da colonização, a ava-liação positiva do esforço do coloniza-dor, a importância do açúcar, ainfluência dos jesuítas e a atençãopara as relações sociais”. Para enten-dermos melhor a extensa obra de Gil-berto Freyre, principalmente “Casa-Grande”, a atual biografia é um pratocheio. Fácil de ler, sem ranço acadê-mico, o livro passeia tanto pelohomem - Gilberto Freyre -, quanto porseus mestres e suas obras.

Capa da obra-prima

Quadro "O Mulato" de Cândido Portinari

© w

ww

.portinari.org.br

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Tópicos 1|200844

LANDESKUNDE | CONHECENDO O BRASIL

Brasiliana Wimaria

Wenigen ist bekannt, dassWeimar ein Zentrum derRezeption der Brasilien-

kunde war. Das große Interesse desFürstenhauses hat dazu geführt, dassdie Weimarische Bibliothek eine derreichhaltigsten Sammlungen vonBrasiliana in ganz Deutschland hat.

Schmerzlich bewusst wurde diesmit dem Brand der Anna AmaliaBibliothek. Bibliothekenbewahren das kulturelleErbe einer Nation, unddies besonders in Weimar.Dank der vielen kleinenund großen Spendenkonnte die Anna-Amalia Biblio-thek damit begin-nen, die verlorenge-gangenen Schätzewieder zu ersetzen.Eines der schönstenBücher, die in die-sen Tagen wie-der nachW e i m a rk o m m e n ,ist WillemPisos De

Indiae Utriusque Re Naturali etMedica – libri quatuordecim.

Der Autor dieses wunderschönenBuches, Willem Piso, war der Leib-arzt von Johann Moritz von NassauSiegen, dem Gouverneur vonHolländisch Brasilien von 1636 bis1644. Diese Zeit wird auch oft dasGoldene Zeitalter genannt. Nebender ersten Sternwarte in Südamerika

ließ Moritz von Nassauauch zahlreiche Kranken-häuser und Asyle einrich-

ten und tat viel für dieErforschung des Lan-

des. In Moritz vonNassaus Begleitung

kamen auch dieMaler Frans Post

und Albert Eckhout nachBrasilien, denen wir so

viele Gemälde aus Brasi-lien verdanken.

Wi l l emPiso warals Leib-

arzt verant-wortlich sowohl

für die Gesundheit

TEXT: SYLK SCHNEIDER

350 Jahre De Indiae Utriusque Re Naturali et Medica – libri quatuordecim von Willem Piso

des Gouverneurs als auch für dasGesundheitswesen des Landes. Alssolcher war er auch für die medizi-nisch-naturkundliche Erforschungdes Landes verantwortlich. Da dieprofitorientierte Westindische Com-pagnie keine Medikamente ausHolland mitschickte, musste Piso dieeinheimischen Heilmittel erforschen.Und so stammen die ersten ausführ-lichen Berichte über die häufigstenKrankheiten, Giftwirkungen undHeilpflanzen in Brasilien von Wil-lem Piso. Noch heute finden einigeder genannten Pflanzen Verwendungin der Medizin, so die Ipecacuanha-Wurzel1 und die Jaborandi-Blätter.

Willem Pisos und Georg vonMarkgrafs, der in Pisos Dienstennach Brasilien gekommen war, For-schungsergebnisse flossen in dieHistoria Brasiliae 1648 ein. WillemPiso war mit einigen Ausführungenin der Historia Brasiliae unzufrie-den. Markgraf hatte seine Aufzeich-nungen in einer Geheimschrift ver-fasst und bei der Transkription wirdes wohl einige Fehler gegebenhaben. Und so entschloss sich Wil-lem Piso De Indiae Utrusque… als

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Tópicos 1|2008 45

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1 Die Ipecacuanha-Wurzel weckt bei Johann Wolfgang von Goethe in Zusammenhang mit der Beschreibungder Raiz Preta bei Wilhelm Ludwig von Eschweges Brasilienbeschreibung großes Interesse. Er diskutiert dieWurzeln sowohl mit den Brasilienreisenden Emanuel Pohl als auch Carl Friedrich Philipp von Martius alsauch Ness von Esenbeck, Sternberg. Alle kannten Pisos Werk und Pohl nimmt in einem Brief an Goethe auchBezug auf Piso. (www.goethebrasil.de)

2 vergleiche hierzu auch: C. F. P. Martius, “Versuch eines Commentars über die Pflanzen in den Werken vonMarcgrav und Piso über Brasilien”. Abh. bayer. Acad. Wiss., 7:181-238. 1853.

3 Gulielmus Piso, Willem Pies (1611 – 1678), DE INDIAE UTRIUSQUE RE NATURALI ET MEDICA,Faksimile-Edition entsprechend der Erstausgabe Amsterdam 1658 bei Ludwig und Daniel Elzevier nach demExemplar in der Universitäts- und Landesbibliothek Bonn, Anhang mit Beiträgen von Michael Herkenhoff,Eike Pies und Hans Schadewaldt, VERLAG DR. EIKE PIES, ISBN-10 3-928441-63-9, ISBN-13 978-3-928441-63-6

4 História Natural e Médica da Índia Ocidental, Autor: Guilherme Piso, Coleção: Coleção de ObrasRaras, Título original: Historia Naturalis et Medica Indiae Occidentalis, Preço: R$ 163,65, Peculiaridades:Primeira Edição, Tradutor: Mário Lôbo Leal, Língua: Português (Brasil), Editora: Ministério da Educaçãoe Cultura/INL, RJ, Ano: 1957

eine sozusagen verbesserte underweiterte Fassung zu verfassen.Beide Werke galten lange Zeit alsdie Standardwerke zu Brasilien imAllgemeinen und zur Tropenmedizinim Besonderen.2 Willem Piso wirddaher auch „Vater der Tropenmedi-zin“ genannt. Die Indiae Utriusqueist ein unglaublich reich bebildertesWerk mit über 550 Holzstichen.

Bemerkenswert ist schon dasFrontispiz. Es zeigt links einen Indi-aner und rechts einen Inder. Seltenkann man sich so in das Verständnisder damaligen Zeit hinein-fühlen, dass Brasilien(Amerika) in Indienlag – man sprach vonWestindien bzw.Indiae occidenta-lis. Noch AbbéRaynal sprichtin seinem be-rühmten sechs-bändigen WerkHistoire philo-sophique et poli-tique des établis-semens & du com-merce des euro-péens dans les deuxIndes (1770-1780) vonden beiden Indien.

Man kann mit recht sagen,dass eigentlich erst mitAlexander von Hum-boldt sich der NameAmerika durch-setzte. Auch Tiereund Pflanzen desFrontispiz sindgemischt, Dron-te und Nashornsind in Asienbeheimat, Jagu-ar und Faultier inBrasilien. Zum350. Jubiläum hat

nicht nur dieA n n a -

A m a l i aB i bl i o t h e k

das Werk WillemPisos wiederbe-schafft, es istsogar ein Faksi-mile-Druck beimVerlag Eike Pieserschienen.3 Hierstammt das Ori-ginal aus der Uni-

versitätsbibliothekBonn, ein Exem-

plar das eine Wid-mung William Pisos

enthält. Eike Pies hat denOriginalscan in über 300-

stündiger Arbeit von Unrein-heiten beseitigt und nun

hat man ein Exemplar,das sauberer ist als

jedes heute nochexistierende Origi-nal. Auch die hiera b g e b i l d e t e nH o l z s c h n i t t estammen ausdiesem Faksimi-le.

Leider existiertvon De Indiae Utri-

usque... bis heutenoch keine deutsche

Übersetzung. Auch dieletzte portugiesische Ausgabe

stammt von 19574 und ist natürlichlängst vergriffen. In Recife erfährt dasErbe Moritz von Nassaus seit gerau-mer Zeit eine bemerkenswerte Renais-sance: Mit der Gründung des InstitutoRicardo Brennand wurde eine derbedeutendsten Sammlungen zu Moritzvon Nassau der Öffentlichkeit zugäng-lich gemacht. Die Pinakothek miteiner Größe von 4892 qm zeigt alleinauf 1200 qm die Ausstellung FransPost und Holländisch-Brasilien. Ineiner digitalen Historia Brasiliae kannder Besucher per Fingerkontakt blät-tern.

Willem Piso 1633

Willem Piso 1662

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46 Tópicos 1|2008

Was der Beton heute beherrscht, ist die Kurve*

„Um von dem Projekt zu sprechen,um das es heute geht, möchte ichzuerst etwas über mein architektoni-sches Werk erzählen, über meine Vor-stellungen von Architektur, dieserArchitektur, deren Grundlage derStahlbeton bildet. Natürlich kannman sich zurückwenden, sich an dieersten Werke erinnern, an das ersteLandhaus, die erste Kuppel, an diegroßen Kathedralen. Der Stahlbetonhat ein so reiches plastisches Vokabu-lar, dass ich Grund habe für dieseRückkehr in die Vergangenheit. Wasder Beton heute beherrscht, ist dieKurve. Wenn man mehr Raum hat,verläuft die Kurve so (zeichnet eineKurve).

Meine erste Arbeit war das Dacheiner Kirche, ein Casino, ein Club aneinem kleinen See. Dort begannmeine Laufbahn als Architekt. Was

ich vorfand, war die gerade Linie alsHaupteigenschaft des Betons. Dochtatsächlich besteht die Eigenschaftdes Betons in der Möglichkeit vonunterschiedlichen Formen, nachdenen er geradezu verlangt.

Und mit diesen Ideen begann ichmeine Arbeit am Dach der Kirchevon Pampulha, da war eine Kirche,ein See, ein Club, ein Casino (zeich-net). Ich erinnere mich, dass ich beieinem Treffen mit Präsident Kubit-schek gerade den Plan vorgestellthatte, und er bat mich, den Entwurfzu erarbeiten. Er sagte zu mir: Oscar,ich brauche den Entwurf vom Casinobis morgen. Ich ging ins Hotel undarbeitete die ganze Nacht am Ent-wurf. So gewöhnte ich mich an einefreiere und transparentere Architek-tur, die mit Stahlbeton arbeitet.

Man kann nicht mit der bloßenPhantasie irgendeine Kurve herstel-len. Wenn man eine Kurve herstellenmöchte, muss man an das denken,was danach kommt. Pampulha warpraktisch der Beginn für Brasilia. Diegleiche Rennerei, die gleichen Äng-ste, die gleichen Probleme. Als Pam-pulha also fertig war, suchte michJahre danach Juscelino Kubitschek,der Präsident auf und sagte: Oscar,wir haben Pampulha zusammengemacht, jetzt werden wir die neueHauptstadt bauen. Brasilia war alsodie Fortsetzung von Pampulha, aufhöherer Ebene.

Was meine Arbeit kennzeichnet, istdie Suche nach der Überraschung,nach einer schöpferischen Architek-tur, die Suche nach einer Lösung, dieVerblüffung hervorruft, so wie etwas

Tópicos dokumentiert hier eine Rede, die Oscar Niemeyer – der am 15. Dezember 2007 seinen hundertsten Geburtstag feierte – per Videobotschaft gehalten hat, als sein Projekt für ein Freizeitbad am 1. Juni 2005 in Potsdam präsentiert wurde. Das Projekt wurde längst verwässert.Was blieb ist diese Ode an den Beton. Vom Meister höchstpersönlich.

völlig Neues. Ich habe also z.B. mitder Kathedrale begonnen. Die Kathe-drale in Brasilia ist eine Darstellungdes Stahlbetons. Es gibt nichts Ver-gleichbares. Sie haben vielleichtschönere Kathedralen oder Werkegesehen, doch nichts Vergleichbares.Und das ist das Wichtige in derArchitektur. Wir haben also zweiSäulen am Boden, nicht wahr.Danach schaffen wir die Kathedrale.Und genauso habe ich alle anderenProjekte in Brasilia geschaffen. Ichfange immer ungefähr so an:

Ich schuf eine horizontale Linie,die von einer Seite der monumenta-len Achse bis zur andern reicht. Ichschuf eine Kurve, eine andere, schufdas hohe Gebäude (zeichnet), dieZufahrt. Ich weiß noch, wie ich dasfertige Projekt betrachtete und LeCorbusier es sich anschaute, dieZufahrt hochging und sagte: dies istSchöpfung. Und wirklich, man hatvielleicht bessere Gebäude gesehen,doch keines, das diesem gleicht. Dasmacht mich ruhig beim Denken anmein Werk.

Als ich also an diese Arbeit fürPotsdam heranging, geschah diesauch mit der Idee, eine Lösung zufinden, die anders ist. Ich sprechejetzt von der Planung für Potsdam.Wir begannen mit den Untersuchun-gen für Lösungsmöglichkeiten undkamen zu dem Schluss, dass wir fürdie einzelnen Schwimmbecken unter-schiedliche Formen finden mussten.Z.B. die Becken nicht in einer gera-den Linie anlegen, sondern verstreut,in die Grünanlagen eingebunden unduntereinander durch eine Glasveran-da verbunden, eine verglaste Galerie,

Oscar Niemeyer

* Übersetzt aus dem Portugiesischen

Niemeyer feierte im vergangenen Dezember seinen 100. Geburtstag

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Tópicos 1|2008 47

die bis zum zentralen Punkt führt. Sohat dieses Projekt großes Interessebei mir hervorgerufen, denn es hatein ganz eigenes Erscheinungsbild.

Jedes Schwimmbecken hat eineeigene Kuppel. Es wurde auch eineneue Form gefunden. Wir habengemeinsam an der Suche nach derLösung gearbeitet und miteinanderdiskutiert, so wie es sein muss in derArchitektur. Und die gefundeneLösung gefällt mir sehr. (Zeigt immerauf dem Plan, was er beschreibt) Ichdenke, die von uns gefundene Lösungverteilt sich auf harmonische Weiseüber das Grundstück. Wir haben ver-mieden, den Zugang auf diese Seitedes Grundstücks zu legen, denn sieist sehr verkehrsreich. Wir haben denZugang hierher gelegt, von wo mandann zur Sauna kommt. Von demEingang kommt man auch ins Unter-geschoß mit den Umkleideräumenmit Zugang zu den verschiedenenFreizeitbereichen.

Der Eingang, die Kassen sind hier.Und in dieser Richtung geht manzum Saunabereich oder man gehthinunter ins Untergeschoss, wo sichdie Umkleideräume mit Zugang zuden verschiedenen Schwimmbeckenbefinden. Unsere Lösung bindet dieGrünanlagen in die Schwimmbeckenmit ein, um so eine schönere Umge-bung zu schaffen. Sogar das großeSchwimmbecken erreicht man überdieselbe Galerie. So geht man also zuden Umkleideräumen hinunter unddann durch die verglaste und klimati-sierte Galerie hier. Die gefundeneLösung fügt sich gut ins Grundstückein und gefällt mir.

Ich denke, es wird etwas Neues,anderes sein. Und das ist es, was unsinteressiert. Ich denke, der Architektkann sich die Aufgaben, die er zurBearbeitung in die Hände bekommt,nie aussuchen. Wenn es sich aller-dings um solch ein Projekt handelt,bringt es einem eine ganz neue Freu-de an der Arbeit. Es handelt sich alsoum eine Aufgabe, die mit Gesund-heit, mit Jugend zu tun hat, um etwasganz anderes, was den menschlichenGesichtspunkt angeht. Ich fände esgut, wenn die Architektur immer die-sen Aspekt der Solidarität hätte, vonetwas, das gut gemacht und für alleda ist.

Unglücklicherweise dient dieArchitektur im Allgemeinen nur denherrschenden Klassen. Das Volk hat

Das Museum für Gegenwarts-Kunst in Niterói: Kurvenreich

wenig Anteil an der Architektur.Auch deshalb meine ich, dass sieschön sein muss, denn der Arme, derdaran keinen Anteil hat, kann dannwenigstens anhalten und für einenAugenblick staunen und sich freuen.Die Architektur darf daher nicht nurfunktional sein, sie muss schön sein,sie muss Überraschung hervorrufen,um so die höhere Ebene eines Kunst-werks zu erreichen. Doch dieses Pro-jekt hier hat zuallererst diesemenschliche Seite, es ist ein Werk,das für das Volk, für die Jugend, fürdie Gesundheit geschaffen wird, einwirklich bedeutendes Werk. Und ichmöchte Sie dafür beglückwünschen,dass Sie an einem für das Volk, fürdie Jugend von Potsdam so nützli-chen Vorhaben beteiligt sind.

Insbesondere danke ich den Vertre-tern der Landesregierung Branden-burg, den Mitarbeitern der Stadtver-waltung der Landeshauptstadt Pots-dam, vor allem dem Oberbürgermei-ster und der Baubeigeordneten undallen deutschen und brasilianischenFreunden. Es wird ein Anziehungs-punkt in der Stadt werden, ein Ort derUnterstützung, der Gesundheit, einOrt der Übereinstimmung, und ichdenke, es ist ein wichtiges Werk,nicht nur, was die Architektur angeht,sondern auch wegen der sich darinausdrückenden menschlichen Bedeu-tung.

Das Niemeyer-Bad in Potsdam existiert nur auf dem Papier und im Kopf des Architektes

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Tópicos 1|2008

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Meist sind es tapfere Helden-taten, die zur Verewigung inden Geschichtsbüchern

führen. Im Falle von Dom João VI,dem Prinzregenten des portugiesi-schen Weltreichs, war es die pureAngst, die ihn zu einer in der Weltge-schichte einmaligen Handlung veran-lasste.

Während die Truppen NapoleonBonapartes, die das widerspenstigeund mit England verbündete Portugalin die Kontinentalsperre gegen dieInsel einbeziehen wollten, sich in denfrühen Morgenstunden des 29.Novembers 1807 Lissabon bereitsbedrohlich näherten, entschwand derportugiesische Königshof und mit ihmgut 10,000 Bürger der reichen Ober-schicht unter dem Schutz eines engli-schen Flottenverbandes hinaus auf denAtlantik. Es war einfach nicht die Art

des dicklichen Dom João, sich Kämp-fen zu stellen. Er bevorzugte dieFlucht, mitsamt der Staatskasse.

Die Idee war nicht neu. Bereitswährend den 60 Jahren der Thronuni-on (1580 bis 1640), als Portugal vonden spanischen Habsburgern regiertwurde, gab es den Plan einer Umsied-lung der Regierung nach Brasilien.Und auch Pombal empfahl 1762 demdamaligen König Dom José I auf-grund einer drohenden Invasion desVaterlandes den Rückzug auf dieandere Seite des Atlantiks.

Nun war es tatsächlich soweitgekommen. Nahezu zwei Monate langwar der portugiesische Königshofzum Jahreswechsel 1807/1808 unter-wegs auf hoher See. Die Bedingungenan Bord müssen allerdings alles ande-re als königlich gewesen sein.

Läuseangriff und Sturm

Während der dickliche PrinzregentDom João und seine Familie wenig-stens noch über Privilegien wie ein

eigenes Außenbordklo ver-fügten, drängelten sich

tausende Adeligezusammengepfercht

auf den Schiffen.Allein an Bord

des lediglich67 Meterl a n g e n

FlaggschiffsPríncipe Real

sollen 1054Menschen gewe-

TEXT: THOMAS MILZ

Ein ängstlicher Prinzregent sucht sein Heil in den Tropen.

Vor 200 Jahren:

Der portugiesische Hof im fernen Brasilien

sen sein. Die hygienischen Bedingun-gen waren gruselig und die Essensra-tionen karg. Läuse grassierten sogarauf den königlichen Kopfhäuten.

Nicht genug des Übels, denn eingewaltiger Sturm ereilte die Flotte am8. Dezember 1807 vor Madeira.Masten und Segel gingen verloren,doch zumindest konnten sich alleSchiffe retten. Allerdings wurde dieFlotte durch das drei Tage währendeUnwetter geteilt. Auf hoher See ent-schloss sich Dom João spontan, zuerstSalvador da Bahia anzulaufen. Erwollte sich versichern, dass auch diealte Hauptstadt voll und ganz hinterdem portugiesischen Königshof stand.Ohne Kenntnis der Entscheidung desPrinzregenten segelte der Rest derFlotte wie ursprünglich vereinbartdirekt nach Rio de Janeiro weiter.

Am 22. Januar 1808 landete DomJoão in Salvador da Bahia an der Nor-dostküste Brasiliens. Unter dem Jubelder Bewohner und dem Donner desKanonensaluts ging der Monarch amMorgen des 23. Januars an Land. Erwar damit der einzige europäischeKönig, der jemals eine amerikanischeKolonie betreten hat.

Handelsliberalisierung

In Salvador gründete er die erstemedizinische Fakultät des Landes.Doch seine wichtigste und folgen-reichste Tat vollzog er am 28. Januar,als er die Öffnung der brasilianischenHäfen für Handelsschiffe befreundeterNationen erklärte.

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Das „Monumento ao Descobrimentos“, im Volksmundals „Padrão dos Descobrimentos“ genannt, wurde1960 erstellt. Es steht im Stadtteil Belém in Lissabon.

Portugiesische Atlantikkarte, ca. 1600, zu sehen im „Museu da Marinha“im Stadtteil Belém in Lissabon.

© Thomas Milz

© Thomas Milz

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Damit war zuallererst Englandgemeint, und ab nun sollten englischeWaren die brasilianischen Märkteüberschwemmen. Was als Dank odervielleicht sogar Tribut für EnglandsTreue gedacht war, beschleunigteletztlich nur die brasilianische Unab-hängigkeit und den Niedergang deseinstigen portugiesischen Handel-simperiums.

Ansonsten feierte der Prinzregentausgiebig in Salvador, ließ sich vonseinen Dienern durch die engen Gas-sen der Stadt tragen und warf dabeiauch schon mal Goldmünzen unterdas Volk. Kein Wunder also, dass die-ses den Prinzregenten aufforderte,doch lieber in Salvador zu bleiben,statt nach Rio de Janeiro weiter zusegeln. Doch Dom João ließ sich vomvielen Bitten und Betteln nicht erwei-chen und ließ am 26. Februar Rich-tung Süden Segel setzen.

Die Fahrt verlief ruhig und ohnebesondere Vorkommnisse, und soerreichte man am 07. März 1808 denursprünglichen Bestimmungshafen.Mit etwa 60.000 Einwohnern war Riode Janeiro damals der wichtigsteHafen der südlichen Halbkugel undder Knotenpunkt des portugiesischenHandelsimperiums. Hier ankerten dieportugiesischen Handelsschiffe aufihrer Route zwischen Europa undAsien. Und hier wurden Edelsteineund Gold aus Minas Gerais nach Lis-sabon verladen.

Neue Mode für die Kolonie

Am 8. März 1808 gegen 16 Uhrging die família real an Land. DieBevölkerung Rio de Janeiros, die dasnoble Spektakel neugierig beobachte-te, stellte konsterniert fest, dass essich bei Dom João um einen kleinendicken Mann handelte. Zudem trugendie Frauen des Hofes Turbane, um

ihre nach dem Läuseangriff auf hoherSee kahl geschorenen Köpfe zu ver-stecken. Schon bald darauf sollten inRio de Janeiro und anderen Städtender Kolonie Turbane der letzte Mode-schrei werden.

Man quartierte sich in den luxuriö-sesten Häusern und Palästen derStadt ein. Bis zur Rückkehr nach Lis-sabon im Jahre 1821 sollen diewenigsten Portugiesen jedoch jemalsMiete dafür bezahlt haben. Zum Aus-gleich erhob Dom João eine Vielzahlnormaler Bürger in den Adelsstand.In den wenigen Jahren in Rio wurdenmehr Adelige ernannt als in den 300Jahren zuvor in Portugal.

Chronisch klamm, musste der Hofstets neue Einkommensquellenerschließen. Das erste Darlehen derbrasilianischen Geschichte kam ausEngland und Dom João beeilte sich,die Banco do Brasil ins Leben zurufen, die aber bereits 1820 Bankrottanmeldete. Die korrupten Beamtendes Hofes lebten derweil vonSchmiergeldern und illegalenGeschäften – bis heute meinen vieleBrasilianer, dass die damaligen SittenSchuld am brasilianischen Korrupti-onsübel seien.

Der Aufenthalt des Hofes sorgtedafür, dass die Welt zum ersten Malauf Brasilien aufmerksam wurde.Dom João lud einen illustren Kreiswichtiger europäischer Wissen-schaftler und Künstler nach Brasilienein. Unter ihnen die beiden bayri-schen Botaniker Karl Friedrich Phi-lipp von Martius und Johann Baptistvon Spix, die mehr als 10.000 Kilo-meter durch Brasilien zurücklegten.Daheim in Deutschland veröffent-lichten sie ihr Mammutwerk überBrasiliens Fauna und Flora – bisheute eine wissenschaftliche Refe-renz. Und den beiden Malern Jean

Baptiste Debret und Johann MoritzRugendas verdanken wir unschätz-bar wertvolle Zeugnisse über dasBrasilien zu Anfang des 19. Jahrhun-derts.

Die Rückkehr

Während Brasilien von dem neuenStatus profitierte, darbte PortugalsBevölkerung in der königslosen Hei-mat. Immer lauter wurde der Rufnach einer Rückkehr des Hofes nachLissabon. Napoleon war längst ent-machtet, und so gab es eigentlichkeinen Grund mehr für ein Verweilenin Rio de Janeiro. Am 25. April 1821bestieg Dom João schließlich mit-samt seinem Hofstaat die Schiffe derköniglichen Flotte und segeltezurück in die ferne Heimat. D. Carlo-ta Joaquina, seine intrigante Frau,soll vor dem Betreten des Schiffesihre Schuhe aneinander geschlagenund gesagt haben: "Nicht einmal denDreck an den Schuhen will ich ausdiesem verdammten Brasilien alsErinnerung mitnehmen."

Zurück blieb Prinz Dom Pedro I,laut zeitgenössischen Berichten daseinzige Mitglied der Königsfamilie,das nicht hässlich war. Er hatte sichgeweigert, nach Portugal zurück zukehren. Am Nachmittag des 7. Sep-tember 1822 erreichte ihn ein Briefder portugiesischen Cortes, in demman ihn aufforderte, unverzüglichnach Lissabon zurückzukehren undihm zudem das Recht absprach, inBrasilien eigenständig Minister zuernennen. Spontan riss er sich dasportugiesische Abzeichen von derUniform und erklärte: "Ich werdeaus Brasilien ein freies Land machen– Unabhängigkeit oder Tod!"

Brasilien als unabhängige Nationwar geboren. Zumindest für dieGeschichtsbücher.

Rio vom Zuckerhut aus gesehen. Im Vordergrund der Morro da Urca

© Thomas Milz

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2009, o Ano da Amazônia no mundo do turismo

Nenhum destino turístico serátão importante quanto a Ama-zônia em 2009. É isso que

espera a Organização do Tratado deCooperação Amazônica (OTCA) aoestabelecer o “Ano do Destino Amazô-nia”, projeto que tem o objetivo decoordenar ações e programas quedêem destaque à região no mercado doturismo mundial.

A iniciativa pretende impulsionar opotencial turístico desta rica regiãocompartilhada por oito países sul-ame-ricanos, e, ao mesmo tempo, estabele-cer bases para o desenvolvimentosustentável da atividade na Amazônia.A OTCA – organismo internacionalque reúne Bolívia, Brasil, Colômbia,Equador, Guiana, Peru, Suriname eVenezuela –, também visa a sensibi-lizar a população sobre a importânciados recursos regionais para a pro-moção da sustentabilidade.

Apesar de ser o mais variado ecossi-stema do mundo, além de abrigar ricase inúmeras culturas tradicionais e indí-genas na maior floresta tropical contí-nua do planeta, a Amazônia ainda nãoocupa posição de destaque entre osroteiros de viagem de turistas estran-geiros ou mesmo daqueles vindos de

outras partes dos próprios países ama-zônicos.

“A palavra ‘Amazônia’ ressoa comuma força impressionante. No entanto,a região ainda é pouco compreendida econhecida no setor turístico mundial. Éisso que a OTCA quer mudar”, explicao Coordenador de Transporte, Infra-estrutura, Comunicações e Turismo,Donald Sinclair.

Em síntese, a idéia da Organizaçãodo Tratado de Cooperação Amazônicaé destacar a diversidade da Amazônia eestabelecer destinos turísticos conjun-tos entre os oito países. O projetorepresenta um passo importante paraalcançar a melhoria da qualidade devida das populações locais – um dosprincipais objetivos da OTCA–, umavez que o turismo sustentável amazô-nico fomentará a criação de empregose o aumento da renda, mantendo asriquezas do bioma.

Entre as ações previstas no projetoestão a definição de diretrizes para oturismo sustentável na Amazônia, apromoção da região em feiras e con-ferências internacionais de turismo, oestabelecimento de um calendário deeventos para 2009 e a criação de um

TEXTO: LEANDRO RAMOS

OTCA promove o “Ano do Destino Amazônia”, com o objetivo de colocar a região em evidência no mer-cado internacional e promover o desenvolvimento do turismo sustentável

grupo de ação regional que coordenaráo avanço das iniciativas.

“O ‘Ano do Destino Amazônia’ seráa primeira campanha regional dessetipo a celebrar a Amazônia e, aomesmo tempo, buscar melhorar ascondições para seu futuro desenvolvi-mento”, afirma Donald Sinclair.Segundo ele, ambos os aspectos – decelebração e desenvolvimento – têmpor objetivo infundir abordagens maispositivas sobre a Amazônia enquantodestino turístico e transformar visõespessimistas sobre a região. “Que seplaneje a celebração e que planejemosenquanto celebramos”, conclui oCoordenador da OTCA.

Para embasar essas ações e o desen-volvimento de projetos futuros emturismo, a OTCA vem reunindo infor-mações sobre o território amazônicode cada um de seus Países Membros,assim como seus desafios e perspec-tivas em turismo. Também serão pre-parados um inventário dos atrativosamazônicos e um levantamento de pes-soas, empresas, organizações e comu-nidades dedicadas ao turismo naregião, além de uma pesquisa para ava-liar a imagem da Amazônia no mundo.

Desde o mês de maio, Sinclair vemvisitando os Países Membros da Orga-nização para apresentar o projeto, reu-nir-se com atores-chave da área e bus-car parcerias estratégicas. Já foramrealizados encontros no Brasil e emBolívia, e, no final do mês de julho,acontecem as visitas ao Equador ePeru.

O projeto conta com o apoio finan-ceiro do Programa Amazônia OTCA-DGIS-GTZ, iniciativa conjunta dosGovernos dos Países Baixos e da Ale-manha para apoiar a OTCA na rea-lização de seu Plano Estratégico 2004-2012. Mais informações: www.otca.info

Ökotourismus in Amazonien

Celebrando a Amazônia

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LANDESKUNDE | CONHECENDO O BRASIL

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Brasiliens neue Heilige

In den katholischen RegionenEuropas gibt es kaum eine Stadt,die nicht einen eigenen Lokal-

heiligen vorzuweisen hat, das größtekatholische Land der Erde, Brasili-en, musste bis zum 11. Mai 2007warten bis diese Ehre auch ihmzuteil wurde. Dies wurde in Brasili-en umso schmerzlicher empfunden,weil es kaum ein anderes Land aufder Welt gibt, wo die Heiligenvereh-rung einen höheren Stellenwert ein-nimmt, als in dem Land des „Wah-ren Kreuzes“. Während der Koloni-alzeit, die in Brasilien bis 1822gedauert hat, hat man noch auf dieiberisch/portugiesischen Heiligenzurück gegriffen. Mit dem Beginnder Eigenständigkeit tauchten immermehr, ohne römische Approbation,eigene brasilianische Volksheiligeauf und wurden verehrt. Derbekannteste ist wohl „Pater“ Cicero(1844-1934) zu dessen Grab in Jua-zeiro do Norte jährlich MillionenBrasilianer pilgern. Die katholischeKirche hatte seinerzeit noch mit derExkommunizierung „Pater“ Cicerosreagiert. Seit seinem Tode wird auchDom Helder Câmara (1909-1999),„der Bischof der Armen“, als Heili-ger verehrt. Bis zum Jahre 2002mussten die Brasilianer warten, biserstmals in ihrer fünfhundertjähri-gen Geschichte mit dem SegenRoms eine der ihren zur Ehre derAltäre erhoben wurde, es war dieerste brasilianische Ordensgründerin

Amabile Wisenteiner (1865-1942).Die als „Madre Paolina“ bekannteOrdensfrau hatte jedoch einen“Makel”, sie war noch nicht imLande geboren, weil sie erst 1876als Kind von Antonio Wisenteinerund Anna Pianezzer, einer TirolerAuswandererfamilie aus der ProvinzTrient, nach Brasilien ausgewandertwar. Sie hatte 1890 in der DiözeseCuritiba die Gemeinschaft der„Kleinen Schwestern von der Unbe-fleckten Empfängnis“ gegründet, diesich vor allem der Krankenpflegeund der Sklavenfürsorge widmete,denn die Sklaverei war in Brasilienerst 1888 abgeschafft worden.

Frei Galvão

Erst am 11. Mai 2007 hat PapstBenedikt XVI. auf seiner Brasilien-reise den ersten im Lande geborenenBrasilianer heilig gesprochen. Eswar der Franziskanerpater Antôniode Sant'Ana Galvão, genannt „FreiGalvão“, (1739-1822) aus São Paulo.

Albertina Berkenbrock

Die erste im Lande geborene Hei-lige könnte eine Deutschstämmigebrasilianische Katholikin werden,das Mädchen Albertina Berkenbrock(1919-1931). Albertina wurde in SãoLuis, einem kleinen Vorort der Stadt

Imaruí, im Süden Santa Catarinas inSüdbrasilien geboren; die Wurzelnder Familie liegen im westfälischenBorken. Das Mädchen starb im Altervon zwölf Jahren, als es sich beieinem Vergewaltigungsversuch indem Ort Vargem do Cedro zur Wehrsetzte. Albertina Berkenbrock, istam 20 Oktober 2007 selig gespro-chen worden. Grundlage für denSeligsprechungsprozess bildete einBericht des damaligen OrtspfarrersSebastianus Rademaker. Mit derFeier in Berkenbrocks Heimatdiöze-se Tubarão beauftragte Papst Bene-dikt XVI. den Präfekten der Heiligs-prechungskongregation, KardinalJosé Saraiva Martins. Der Prozesszur Heiligsprechung des Mädchensdurch die Kongregation für dieSelig- und Heiligsprechungsprozessein Rom wurde bereits beantragt.

Albertinas Großvater JohannBernhard Böing stammte aus Mus-sum, einem Stadtteil von Bocholt,und wanderte als Kind mit seinenEltern nach Brasilien aus. SeineTochter Josefina Boing (geb. 1893)heiratete Heinrich Anton Berken-brock – und gebar am 11. April1919, als zweites von neun Kindern,die nun als Märtyrerin verehrteTochter Albertina. Das Grab der„brasilianischen Maria Goretti“ giltheute als Wallfahrtsort vor allem fürjugendliche Katholiken. „Gerade inder heutigen Zeit, in der Werte wie

Die Deutschstämmige Albertina Berkenbrock (1919-1931),

die Maria Goretti Brasiliens, könnte die erste im Lande geborene

Heilige Brasiliens werden

TEXT: BODO BOST

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Treue und Keuschheit scheinbarnicht mehr viel gelten, könnte dasMartyrium von Albertina Berken-brock zum Vorbild für viele Verunsi-cherte auf der Suche nach körperli-cher und geistiger Reinheit werden“,erklärte der Heimatbischof derneuen Seligen, Dom Jacinto Berg-mann auf einem seiner vielen Besu-che in der Heimat seiner Vorfahrenin Tholey/Saar. Albertina hat nachAuskunft ihres Ortsbischofs jedochauch noch etwas, was bisher nochkeine der vielen Kandidaten auf dieEhre der Altäre hat, sie war keineOrdensfrau, auch dies könnte inRom den Ausschlag geben, dassAlbertina Berkenbrock die erstegenuin brasilianische Heilige wer-den könnte.

Padre Reus

Den Titel Volksheilige haben inBrasilien heute bereits zwei deutsch-stämmige Priester, ein Jesuit und einFranziskaner. In Brasilien vor allem,aber auch schon in anderen Ländern,wird heute der Jesuit P. Johann Bap-tist Reus S. J. viel verehrt und ange-rufen. Am 10. Juli 1868 in demoberfränkischen Städtchen Potten-stein in Bayern als das 8. Kind derMetzger und Bauernfamilie JohannReus und Anna Margareta, geb.

Hengel von Regenthal geboren,wurde er als Priester von seinenOrdensoberen im Jahre 1900 nachSüdbrasilien geschickt. In der Erz-diözese Porto Alegre war er bis 1914in der Seelsorge tätig. Von 1914 bis1947, also 33 Jahre lang, war er Leh-rer und Spiritual im Seminar vonSão Leopoldo, dem einstigen Zen-trum der deutschen Einwanderung inSüdbrasilien, das unter dem deutsch-stämmigen Erzbischof Dom Johan-nes Becker (1870-1946) zur größtenAusbildungsstätte für Priesterberufein ganz Südamerika ausgebautwurde.

Sein Lebenswandel und sein apo-stolischer Eifer brachten ihn bald inden Ruf der Heiligkeit, doch nurwenige wussten, daß der wortkargeund scheinbar trockene P. Reus mitaußergewöhnlichen charismatischenErlebnissen, insbesondere am Altar,begnadet war. Am 21. Juli 1947starb er im Rufe der Heiligkeit, ver-sehen mit den Wundmalen Christi.Mit seinem Tod setze schlagartigeine Verehrung von Pater Reus ein.Wie aus überaus zahlreichen Ge-betserhörungen hervorgeht, erfahrensehr viele Menschen durch seineFürsprache die Freundlichkeit undLiebenswürdigkeit Gottes und fin-den so einen besseren Zugang zuGott. So pilgern sonntäglich unzäh-

lige Menschen an sein Grab, umseine Fürsprache zu erbitten undihm zu danken. Bereits im Jahre1958 wurde ein Seligsprechungsver-fahren für ihn eingeleitet, das im Juli2003 durch einen Ergänzungspro-zess fortgesetzt wurde. Sein Grab inSão Leopoldo gilt heute als größtesWallfahrtszentrum des Bundesstaa-tes Rio Grande do Sul, wo jeweils30% der Bevölkerung deutscher unditalienischer Abstammung sind.

Frei Rogério

Frei Rogério Neuhaus OFMgehörte zu den ersten Franziskanernaus der sächsischen ProvinzDeutschlands, die seit 1891 nachBrasilien gekommen waren. AlsHeinrich Neuhaus war er als drittesKind der Eheleute Johann GeraldNeuhaus und Cristina Haddick am29. November 1863 in Borken/Westfalen geboren worden. Mit 17Jahren trat er in das Franziskaner-konvent von Harreveld in Hollandein mit dem Wunsch Priester zu wer-den. Nach seiner Priesterweihe 1890in Paderborn erhielt er im Jahre1891 seine Ernennung nach Brasili-en, wo die sächsische Provinz derFranziskaner als Aufgabengebietden Bundesstaat Santa Catarinaerhielt, wo seit 1828 auch viele deut-

© B

BV

AlbertinaBerkenbrock

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sche Auswanderer eine neue Heimatgefunden hatten. Das Innere derBundesstaaten Paraná und SantaCatarina war in dieser Zeit Schau-platz des so genannten ContestadoKrieges. Auslöser dieses Bürgerkrie-ges waren soziale Unruhen, die ver-ursacht wurden durch den Eisen-bahnbau von São Paulo nach RioGrande do Sul. Die sozialen Proble-me wurden aufgeheizt durch selbsternannte „Mönche“, und Gerüchtevon angeblichen Wunderheilungenund Totenerweckungen. Als 1912der „Mönch“ José Maria in einerbewaffneten Auseinandersetzungums Leben kam, glaubten seineAnhänger an seine Auferstehungund begannen einen „HeiligenKrieg“, der ein „HimmlischesReich“ und die Wiederherstellungder Monarchie zum Ziel hatte. Erst1915 gelang es einem Heer von 7000Bundestruppen den äußerst verlust-reichen Aufstand niederzuschlagen.

Wegen seinen Verdiensten alsSeelsorger, Arzt und politischer Ver-mittler mit den Aufständischen desContestado in Santa Catarina wirdRogerio Neuhaus bis heute in die-sem Gebiet wie ein Heiliger verehrt.Nach dem Ende des Konfliktes inSanta Catarina, der auch ein inner-kirchlicher Konflikt zwischen denzumeist romorientierten ausländi-schen Priestern und der eher volks-religiös orientierten einheimischenBauernbevölkerung zugrunde lag,erkrankte Rogerio Neuhaus. Er zogsich in die Großstädte São Paulo undRio de Janeiro zurück, wo er, fastganz erblindet, ein begehrter Beicht-vater und oft letzte Hoffnung fürviele Kranke wurde. Am 23 März1934 ging sein irdischer Lebenswegnach einem langen Leidensweg zuEnde. Die brasilianische Post hat dasWirken von Pater Neuhaus 1983 miteiner eigenen Briefmarke gewürdigt,eine Ehre die bisher nur wenigenDeutsch-Brasilianern zuteil wurde.

Deutschstämmiger Klerus

Ähnlich wie der Anteil Deutsch-stämmiger unter den brasilianischenKardinälen und Bischöfen, wirdauch der Anteil Deutschstämmiger

an den zukünftigen Heiligen Brasili-ens sehr hoch sein. Dies ist keinZufall. Deutschstämmige Bischöfe,Priester und Laien hatten entschei-denden Anteil an der Erneuerungund Stärkung der gesamten brasilia-nischen Kirche, seit dem Ende desPatronats (Staatskirchentum) imJahre 1890. Vor allem die mit derdeutschen Einwanderung seit 1824zurückgekommenen beiden Ordens-gemeinschaften der Franziskanerund Jesuiten aus Deutschland, dievon Südbrasilien aus ihre Mitglie-derzahl vervielfachen konnten, hat-ten einen starken Anteil an dieserErneuerung der brasilianischen Kir-che. Zwischen 1890-1920 habenallein 37 Männer- und 97 Frauenor-den aus Europa mit der Unterstüt-zung Roms in Brasilien Fuß gefasstund der brasilianischen Kirche einmehr europäisches und auch mehrrömisches Gepräge verliehen. Fürdas Selbstverständnis und den Pro-zess der Volkwerdung der brasiliani-schen Kirche hatte diese Zuwande-rung europäischer Priester undOrdensleute jedoch einen eher hem-menden Einfluss. Für den im Volkenoch tief verwurzelten luso-brasilia-nischen Volkskatholizismus, für dengerade die Heiligenkulte und ihreBruderschaften im Zentrum stehen,zeigte die Mehrheit der aus Europaentsandten Ordenspriester wenig

Verständnis, gelegentlich sogar Ver-achtung. Erst die beiden lateiname-rikanischen Bischofsversammlun-gen von 1968 (Medellin) und 1979(Puebla) sahen im Volkskatholizis-mus die „verborgene GegenwartGottes und Samenkörner für dieEvangelisierung“ und gewährte sodiesem eine späte Anerkennung. Diebrasilianische Kirche ist heute dieeuropäischste aller südamerikani-schen Kirchen, die europäischen,vor allem deutschstämmigen Ein-wanderer und deren Söhne habeneinen großen Anteil daran (von den9 brasilianischen Kardinälen sind 5deutschstämmig). Das besondersenge Verhältnis zwischen brasiliani-scher und europäischer Kirche warauch eine der Hauptquellen derTheologie der Befreiung, die zueiner neuen theologischen Dynamikgeführt hat, die die brasilianischeKirche bis heute prägt. Die jetztgeplante Welle von Seligspre-chungs- und Heiligsprechungsver-fahren in Brasilien kann sowohl alsZeichen der Annäherung an dievolkskatholischen Elemente aberauch als Stärkung der romorientier-ten Elemente der brasilianischenKirche gesehen werden. Vielleichtwird sie jedoch auch zur endlichanstehenden Versöhnung beider Ele-mente des brasilianischen Katholi-zismus beitragen.

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Padre JohannBaptist

Reus

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"Komm mal von Deinem Cavalound tu die Porteira schließen, damitdie Kuh auf dem Bast bleibt." So hörtsich die Muttersprache von einigenzigtausend Menschen in Brasilien an.Eine komische Mischsprache aus Por-tugiesisch und Deutsch. Übersetztheißt der Satz: "Steig mal vom Pferdund schließe das Tor damit die Kuhauf der Weide bleibt." Manche Wörterexistieren in keiner der beidenursprünglichen Sprachen. So wie"Bast", das von dem portugiesischenWort "Pasto" (Weide) abgeleitet ist.

Die deutschen Aussiedler in Brasili-en haben Ende des 19. und Anfang des20. Jahrhunderts die unwegsamenGebiete des Küstengebirges von SantaCatarina und Rio Grande do Sul imSüden Brasiliens der Landwirtschaftzugänglich gemacht. Durch die Abge-schiedenheit lebten und leben sie teil-weise heute noch als Landbauern(Kolonos) in kleinen Talgemeinden,wo sie einen eigenen Sprachschatzentwickelten und "altdeutsche" Tradi-tionen pflegen.

Eines dieser Täler ist das Itajaítal inSanta Catarina mit dem Hauptort Blu-menau und einigen kleinen Landge-meinden wie das Freiheitstal, nur25km von meinem Wohnort entfernt.Dort leben die Bauern in Fachwerk-häusern unter Palmen und auch in dervierten Generation wird noch Deutschgesprochen.

Durch die Abgeschiedenheit hatsich das kulturelle Erbe auf ganzeigentümliche Weise entwickelt. ImZentrum eines jeden Tales gibt es eineevangelische Kirche und einen Fest-saal. Jedes Tal hat seinen Schützenver-ein, eine Trachtengruppe und amWochenende gibt es immer irgendwoeinen Ball. Der Ball am Samstagabendist das gesellschaftliche Ereignisschlechthin, auch die Bewohner ausder letzten Ecke des Tales kommendahin, ist es ja praktisch die einzige

Möglichkeit, einen "Freier" zu findenund mit den anderen "Kolonisten" desTales ein Bier zu trinken.

Der Tanzsaal hat einen Holzfussbo-den, der mit Sägemehl oder Maismehlbestreut wird, damit es beim Tanzenbesser rutscht. Die Kapelle spielteinen Marsch ("Blaukraut Marsch","WeisswurstSamba", "So ein Tag..."usw.) und alle tanzen in der selbenRichtung im großen Saal. Von außensieht es aus, als ob alle Paare ein Wett-rennen um die Tanzfläche veranstal-ten. Wehe, ein Paar tanzt aus der Reiheoder versucht sogar, in die andereRichtung zu wechseln. Dann kommtdie ganze Tanzordnung durcheinanderund sie werden ausgepfiffen.

Die Bälle sind für jung und alt. Vonacht bis achtzig kommen alle undmanch einer hat zum Sonntagsanzugdie Gummistiefel an, die sind ja auchschwarz und glänzen so schön.

Die Pubertätsjugend steht immer inGruppen am Rand der Tanzfläche,rechts die Jungs und links dieMädchen (oder auch umgekehrt). Wernicht tanzen kann, hat schlechte Chan-cen, denn in diesen Gegenden ist derBallabend so ziemlich die einzigeMöglichkeit, sich eine gute Partie zuangeln. Oft finden sich auch Cousin

Brasilien

Blaukraut-Marsch auf Sägemehl

TEXT: OTTO HASSLER

und Cousine. Dies hat einen auch phy-siognomisch ganz eigenen Menschen-schlag hervorgebracht.

Manchmal gehe ich zu solch einemBallabend. Dann fragen die Einheimi-schen, ob ich Deutscher aus Pomero-de, Blumenau oder Indaial sei (weilich ein bisschen städtischer aussehe).Wenn ich dann sage: "Ich bin Deut-scher aus Deutschland", dann kommtmeist ein großes: "Oohhh, ihr seid einNeudeutscher!"

Nur wer in Brasilien geboren ist, giltals "Deutscher" und wird seiner deut-schen Siedlung zugeordnet. Wer inDeutschland geboren wurde, ist "Neu-deutscher".

Deshalb gehöre ich auch nicht sorichtig dazu auf dem Ball. Ob da einbisschen Diskrimination mit drin ist!?Wohl nicht, es ist eher Unsicherheitvor dem Fremden von "drüben", derso ganz anders zu leben scheint.

Nun, ich lebe im Nachbardorf unteritalienischen Einwanderern. Diehaben mich sehr nett in ihre Gemein-schaft aufgenommen. Da beschränktsich die "italienische" Kultur aberauch auf die tägliche Polenta- undKäsemahlzeit.

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Wenn Brasilien undDeutschland aufeinandertreffen, ergibt das eine

"feine Mischung": Jetzt präsentierenBê, Luiz Brasil und Markus Schmidtihr Debüt-Album »Mistura Fina«.Bandbegründer und CD-Produzen-ten sind: die Sängerin und Komponi-stin Betina Ignacio, die als Tochtereiner Deutschen und eines Afro-Bra-silianers die deutsch-brasilianischeMischung lebt und verkörpert, derGitarrist und Arrangeur Luiz Brasilaus Salvador da Bahia, der in seinermusikalischen Laufbahn u.a. mitCaetano Veloso, Gilberto Gil undCassia Eller Erfolge feierte und denGrammy Latino gewann, sowie derdeutsche Schlagzeuger und Klari-nettist Markus Schmidt, der dieseInstrumente in Lyon und Stuttgartstudiert und sein musikalisches

Können in

Brasilien weiterentwickelt hat. IhreMusik ist ein durch die Rhythmikbestimmter Mix aus Lounge und Popmit Einflüssen von Bossa Nova undJazz.

Geboren wurde Betina Ignacio inBrasilien. Weil sie ihren Bruder sehrvermisste, der nach Stuttgart gezo-gen war, kam sie mit 20 Jahren ausden Slums der Vorstadt São Paulosselbst nach Deutschland. "Eigentlichwollte ich nur drei Monate bleiben,aber dann wurde die Zeit viel län-ger", so Bê, wie sie zu Hausegenannt wird. Auf die Frage, was siean Brasilien liebe, antwortet sie:"Die Unkompliziertheit - das Nicht-verkopfte, Spontane und Fröhliche.Dass alles viel einfacher geht als

hier - man denkt wenigernach und folgt

mehr seinemGefühl. Esist völlignormal, ein-fach das zum a c h e n ,was mangerade tollf indet, undnicht nochmal zuübe r l egen ,ob sichetwas lohnt."

Aus ihremreichen Erfah-

rungsschatz anErlebnissen in bei-den Ländern hat dieSängerin, die ihrGesangsstudium inStuttgart unter ande-rem über ihre Arbeit

als Strenesse-Model finanziert hat,einige lustige Anekdoten zuerzählen:

Ihr Vergleich der Esskulturen vonBrasilien und Deutschland zeigt,

Mistura Fina Brasilianische Lebensart live in Deutschland

TEXT: ANTJE EFKES

dass die junge Frau in Europa meistnachwürzen muss, da die Speisen ihrnicht schmackhaft genug sind. InBrasilien werde sehr einfach, abersehr würzig gekocht - mit viel Zwie-beln, Knoblauch, Salz und Pfeffer.Als sie von der Küche Brasilienserzählt, bekommt sie geradezu Hun-ger. Sie erklärt, man esse in Brasili-en jeden Tag Reis und Bohnen alsHauptspeise. Fleisch, Gemüse,Nudeln oder Kartoffeln kämenlediglich als Beilage dazu. "Hierhabe ich am Anfang wirklich Mühegehabt, weil ich ohne meine Reis-und-Bohnen-Portion gar nicht sattgeworden bin", berichtet BetinaIgnacio lachend. "Sicherlich habendamals alle Models gedacht: daskann ja nicht wahr sein, wie kanndie so viel essen und nicht zuneh-men? Tatsächlich musste mein Kör-per sich erst einmal dran gewöhnen.Inzwischen kenne ich wahnsinnigviele verschiedene neue Sachen, dieich wahrscheinlich gar nicht kennengelernt hätte, wenn ich nicht nachDeutschland gekommen wäre."

»Wenn Du nicht mehr laufenkannst, dann tanze!« Tanzen bedeu-tet für Bê Musik und Musik bedeutettanzen. Eines ihrer Lebensmottoslautet: »Com Samba no Pé, o e Pé noSamba« - frei übersetzt: »Mit Musikin den Beinen gehst Du mühelosdurchs Leben.« Jetzt ist Betina Igna-cio mit ihrer CD "Mistura Fina" aufDeutschland-Tournee: Im Live-Kon-zert fasziniert sie nicht nur mit ihrerStimme, sondern auch mit ihrerTanz-Performance. Die Sängerintritt mit Luiz Brasil (Gitarre), Val-ney Oliveira (Perkussion), KurtHolzkämper (Bass) und MarkusSchmidt (Drums) u.a. in München,Berlin, Hamburg, Stuttgart undEssen auf.

Weitere Tourdetails unter:www.be-musica.com

Betina Ignacio

MUSIK | MÚSICA

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Forró, das ist die Musik desNordostens Brasiliens. Einewilde, stürmische Musik, die

sich seit den fünfziger Jahren zueinem überregionalen Phänomen ent-wickelt hat. Eine Musik der einfachenLeute, der Tanzfeste, die sich in alleWinde verstreute, ein Mixtum Com-positum, das Elemente der Polka undder Roma-Musik genauso verwurstetewie die Klänge eines französischanmutenden Akkordeons, einer Trian-gel und klassischerweise der flachenZabumba-Basstrommel. Die Ge-schichte des Forró ist bekannt, dochder stark sexuell konnotierte „Tanzdes Pöbels“ – wie man Forró überset-zen kann –, er droht allmählich zuverschwinden.

Vorbei sind die Tage des großenLuiz Gonzaga, vorbei die Tage, alsGilberto Gil sich des Forró-Rhythmusannahm. Vorbei? Der Dokumentar-

film Paraíba Meu Amor von BernardRobert-Charrue (der bereits vor zweiJahren mit La Sécheresse Du Coeurein sensibles filmisches Portrait überNomaden in der Sahara gezeichnethat) erzählt noch einmal seine

Geschichte. Die beiden Protagonistendes Films, der 1950 geborene, franzö-sische Jazz- und Tango-AkkordeonistRichard Galliano und der 1964 gebo-rene brasilianische Star-Gitarrist undSongwriter Chico César, waren am27. Januar im Kulturzentrum Tollhausin Karlsruhe zu Gast, um den Filmweltweit erstmals vorzustellen.

Im nordöstlichen Paraíba spielt derFilm, einem der ärmsten Bundesstaa-ten Brasiliens, wo die Traditionen desForró als Möglichkeit des sozialenSelbstausdrucks immer noch lebendigsind. Der Dokumentarfilm der GenferProduktionsfirma dev.tv zeigt den

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Tanz des Pöbels:

Paraíba Meu Amor erzählt Gegenwart und Zukunft des Forró

TEXT: MARC PESCHKE

Franzosen Galliano auf seiner Suchenach den Ursprüngen dieser Musik.Auf dieser Suche trifft Galliano,begleitet von dem aus Catolé deRocha in Paraíba stammenden ChicoCésar, einige der besten Akkordeon-Spieler Brasiliens und musiziert mitihnen.

Doch der Film zeigt: Eine ganzeKultur ist gefährdet. Sei es durch dieRespektlosigkeit der Raub-Kopierer –oder auch durch die sich veränderndeMedienlandschaft, die sich für denForró in seiner traditionellen, lokalenSpielart kaum mehr interessiert.Paraíba Meu Amor – so heißt auch einStück Césars, eine melancholischeLiebeserklärung an seine arme, stau-bige Heimat – ist ein musikalischerDokumentarfilm, der darstellt, dassMusik im Fluss, in ständiger Verände-rung ist. Ziel des Films – so dieMacher der unabhängigen Produkti-onsfirma, die sich auf Filmprojektespezialisiert hat, die Themen der Ent-wicklungszusammenarbeit zum Inhalthaben – ist es, den Forró globalbekannter zu machen. Und damitwomöglich zu helfen, ihn als Lokal-musik des Volkes zu erhalten.

Weitere Informationen unter www.dev.tv. Hier ist auch eine Vorschau des Films zu sehen.

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Tópicos 1|200858

MUSIK | MÚSICA

Tópicos: Como você descreveria suamúsica?

Renato Borghett: Eu faço músicainstrumental do Rio Grande do Sul,música regional gaúcha, que é umamistura de vários estilos. Qual seria odiferencial dentro de um Brasil tãogrande? No Brasil, os costumes e acultura se originam no índio, no portu-guês e no negro. No Rio Grande doSul, a influência espanhola é muitogrande por causa da Argentina e doUruguai. No Sul do Brasil, há ainfluência dos imigrantes europeus. OSul do Brasil tem uma cultura diferen-ciada com essas variações.

Portanto você combina elementosmusicais diferentes?

Sim.

Mesmo assim, sua música não deixade ser autenticamente gaúcha.

E brasileira. Para deixar claro: é umBrasil que muitas pessoas conhecempouco.

Quais são os elementos que maisinfluenciam a sua música?

Os elementos tradicionais do folcloregaúcho, cuja música se baseia noíndio, no português e nos imigranteseuropeus em geral. Muitos ritmosgaúchos têm origem européia, como oxote, de origem alemã, e a rancheira.A vaneira é uma música africana e anossa milonga tem origem espanhola.Todos esses ritmos foram aculturados.Mas eu procuro não perder a identida-de da minha música, faço uma músicaum pouco mais moderna e atual, mas

sempre tomo muito cuidado com adose para não perder minha principalreferência, que é uma música do Suldo Brasil, uma música gaúcha.

Será exatamente essa dosagem arazão de tanto sucesso não só no Bra-sil como também no exterior?

A dosagem nem sempre é a mesma.Numa viagem como esta, as pessoasconhecem diversos ritmos que natural-mente interferem na música, redefin-indo-a. Mas procuro não perder a ori-gem da música para ninguém dizer:“Isso não é música gaúcha”. O Sul doBrasil é muito politizado, essa preocu-pação é natural para mim, pois vivodesde pequeno num meio muito tradi-cionalista.

Existe algum ponto em comum entre agaita e a música tradicional alemã ouaustríaca?

O acordeom chegou ao Brasil pelaimigração alemã e italiana. Parece-meque chegou primeiro com os alemãese os italianos trouxeram mais a arte defabricar os instrumentos. No Sul doBrasil ainda existem muitas fábricasde acordeom de origem italiana.

A gaita ponto está passando por umafase difícil. Ainda existem muitas pes-soas que sabem tocá-la?

Em relação à gaita em geral, houveum tempo em que ela foi muito tocadano Brasil, mas com a chegada dosinstrumentos eletrônicos, nos anos 70,os jovens começaram a se interessarmuito mais por esses instrumentos doque pelos tradicionais. Isso fez comque a gaita perdesse um pouco da rele-

Renato Borghetti:

Minha música vem de um Brasil pouco conhecido

DAS INTERVIEW FÜHRTE: LORETTA BARTEL

vância que tinha na música brasileira.Dos anos 80 em diante tenho observa-do alguma melhora, principalmenteno Sul do Brasil, onde poucas pessoastocavam a gaita ponto que eu toco.Hoje já há muitos jovens músicos, masinfelizmente também existe uma difi-culdade muito grande de se conseguirinstrumentos devido à diminuição donúmero de fábricas.

Como é possível adquirir os instru-mentos, então?

Através da importação ou de fábricasartesanais. Existem também muitaspessoas que fazem o conserto doinstrumento dentro de casa e, comopossuem o equipamento, tambémfabricam duas ou três gaitas.

Os jovens que optaram por tocar agaita ponto foram inspirados porvocê?

Na gaita, acredito que sim.

Tem uma diferença muito grande entrea sua gaita e o acordeom?

Renato Borghetti, o rei da música instrumental gaúcha, começou tocando uma gaita ponto queganhou de seu pai, tendo composto sua primeira música quando tinha 10 anos. Famoso pela com-binação de elementos clássicos da música do Rio Grande do Sul com outros estilos, como o forró,o samba e o jazz, ele virou o mais admirado representante da música gaúcha fora do estado. Borg-hetti, que é descendente de alemães, está divulgando seu novo CD, “Fandango”, na Europa. Elefalou para a Tópicos sobre sua música, seu novo trabalho, seus planos e sua região de origem – oSul do Brasil.

© B

ianca Schmolke

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A minha gaita é um acordeom, mas éum sistema de gaita chamado diatôni-co. Ela não possui todos os pontos doteclado e por isso não pode tocar todasas músicas.

Você improvisa muito?

Sim, improviso.

Qual a percepção da sua música noexterior, comparando com o Brasil?

Eu faço música instrumental, que tempúblico no mundo inteiro. Como amúsica é instrumental, você não preci-sa entender uma língua para acompan-há-la e isso faz com que ela seja glo-bal. Claro que é uma música paraquem gosta de música instrumental,tradicional, mesmo misturada a ele-mentos modernos.

Houve muitas apresentações naÁustria. Por quê?

A nossa gravadora e a nossa empre-sária são austríacas. Por isso, a nossaentrada na Europa foi feita pelaÁustria em 2000, apesar do primeiroshow ter sido na Alemanha muitosanos antes.

A percepção naquela época foi amesma?

Éramos muito jovens, estávamosaprendendo ainda e fizemos um pas-seio com shows. Hoje em dia nosapresentamos todos os invernos aqui.Em julho ou agosto participaremos dofestival de verão na Alemanha. Tenhouma ligação muito grande com o paísdevido à minha origem alemã.

Você tem contatos com músicosalemães?

Não, apenas com brasileiros que resi-dem aqui.

O Brasil se encontra num aceleradoprocesso de urbanização. No entanto,a sua música sobre a vida no camponão deixa de fascinar (lembramosaqui que você mistura à sua músicasons de campo, vacas mugindo, barul-ho da chuva). Por que a música “docampo” ou “da terra” penetra nascidades? Você diria que é nostalgia?

O Rio Grande do Sul é principalmen-te um estado com vocação agrícola epastoril. Até uns tempos atrás a regiãoera chamada de celeiro do Brasil. Ogaúcho também faz a sua migração.Não para os centros urbanos no eixoRio-São Paulo, mas para o oeste deSanta Catarina, para o Mato Grosso eaté para a Bahia, desenvolvendo ativi-dades relacionadas à lavoura e àpecuária. O gaúcho interage muitopouco com a cultura local e com aspessoas, criando na nova região umoutro Rio Grande do Sul, mantendo acultura gaúcha em várias regiões.Então esses gaúchos têm um senti-mento pelas suas origens talvez muitomais forte do que o dos gaúchos quemoram no Rio Grande do Sul. Osgaúchos são muito arraigados à terra,aos seus costumes e às suas raízes, sãotodos ligados à criação de cavalos e degado e à plantação. Depois de trabal-har fora, muitos gaúchos voltam paracasa.

Quais as características do seu novoCD?

Antigamente, para gravar CDs, vocêtinha que ir para São Paulo ou para oRio de Janeiro porque lá ficavam osestúdios de gravação. A maioria dosmeus discos foi gravada em Porto Ale-gre. Também já gravei em São Paulo,sempre na cidade porque os estúdiosse encontram nos grandes municípios.Só que a minha música é rural, elanasce no campo. Já tínhamos feito um

CD num teatro e no segundo clipe euqueria fazer uma mistura do equipa-mento tecnológico com o campo. Porisso levamos esse equipamento parauma fazenda e os instrumentos de últi-ma geração ficaram com toda ainfluência da natureza. Chegamos semas músicas prontas para gravar. Todo oprocesso de criação ocorreu na próprianatureza.

A sua gaita é italiana?

Sim, é fabricada na Itália.

E o chapéu?

Faz parte da roupa tradicional, comoas botas e o lenço.

Qual a principal mensagem da suamúsica?

O principal é mostrar todo o Brasil,mostrar um Brasil que tem muito a vercom a cultura européia. O que eu façoé uma conseqüência daquilo que nos-sos antepassados fizeram, uma mistu-ra entre os imigrantes europeus e opovo que morava na região do atualRio Grande do Sul. Expresso esse sen-timento através da música. Mostro aosbrasileiros que estão fora do seu país eaos europeus e alemães que têm carin-ho pela música, pela cultura e pelahistória brasileiras que dentro do Bra-sil há uma variedade musical riquíssi-ma.

© B

ianca Schmolke

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Tópicos 1|200860

MUSIK | MÚSICA

Placido Domingo ist im Lauf derJahre und Jahrzehnte schon invielerlei Kostüme geschlüpft,

eines ist seinen Fans trotzdem ganzspeziell in Erinnerung geblieben: derüberdimensionale Feder-Kopfputz,den Domingo als nobler Indio-Häupt-ling Pery vom Stamm der Guaranitrug - in "Guarany“ von Antônio Car-los Gomes, bei Aufführungen in Bonnund Washington.

Um den Befreiungskampf der Ein-geborenen gegen portugiesischeEroberer geht es in "O Guarany“,einer Oper, mit der Gomes 1870 inMailand erfolgreich Giuseppe Verdiherausforderte. Während bei Verdi dieleicht merk- und mitsingbaren Melo-dien allmählich weniger wurden unddie Kritik an der angeblichen Infekti-on durch den Richard-Wagner-Virusstärker, bot der gebürtige BrasilianerGomes genau das bei Verdi Vermisste:Italianità - und Melodien.

Zwei Opernkomponisten des 19.Jahrhunderts, die in Brasilien gebo-ren, aber in Europa ausgebildet wur-den.

Verdi-Konkurrent Antônio Carlos Gomes

Die ersten beiden Opern des 1836geborenen Carlos Gomes sind noch inRio de Janeiro uraufgeführt worden,eine spätere dann wieder; dazwischenliegen die Jahrzehnte in Italien, zuerstals Student beim Donizetti-SchülerLauro Rossi, dann als Opernschreiber– neben Verdi und Ponchielli – und bishin zu den ersten Erfolgen der Veri-sten. "Salvator Rosa" hieß eines derBühnenwerke von Gomes, das in den1870er, 1880er Jahren weite Verbrei-tung fand, auch in kleineren Häusern,

denen Verdi zu "schwer“ gewordenwar, "Fosca" ein anderes.

Und der Verdi-Verleger GiulioRicordi wird zitiert mit den Worten:"Nach dem 'Guarany' hatte MaestroGomes meine Hochachtung, nach'Fosca’ hat er meine ganze Bewunde-rung."

Gesellschaftskritisch - nein, dassind die Opern von Antônio CarlosGomes sicherlich nicht. Aber ein paarvon ihnen thematisieren doch wichti-ge Episoden aus der brasilianischenGeschichte. "Lo schiavo", also: "DerSklave", wurde 1889 in Rio uraufge-führt, genau ein Jahr, nachdem mandort die Sklaverei abgeschafft hatte.Tenöre mit Schmelz in der Stimmehaben Gomes’Arien seit jeher geliebt,von Enrico Caruso bis BeniaminoGigli; auch "Lo schiavo" enthält so einewig junges Arien-Prunkstück. Italie-nisch-brasilianischer Verismo

Ein interessantes Phänomen:Manchmal klingt die Musik von Antô-nio Carlos Gomes schon nach "Veris-mo", obwohl Mascagni, Leoncavallo,Puccini noch gar nicht in den Ringgestiegen waren.

Im Rahmen des deutsch-brasilianischen Kulturaustausches ermöglichte die brasilianische Regierung drei jungenTalenten – Juliana Starling, Danilo Stollagli und Miguel Laprano – Werke klassischer Musik Brasiliens dem deut-schen Publikum vorzustellen. Tópicos stellt die zwei Komponisten vor, die diese Musik am Zuckerhut geprägthaben.

Zwei Opern-"Italiener" aus Brasilien

TEXT: CHRIS TINA TENGEL

Antônio Francisco Braga

Genau da knüpfte Gomes’ jüngererLandsmann Antônio Francisco Bragaan: 1868 in Rio de Janeiro auf die Weltgekommen, als Waisenkind im Heimaufgewachsen, mit knapp über 20 perStipendium nach Paris zur Ausbildungbei Jules Massenet geschickt.

Auch Wien, Dresden, Bayreuthlernte Antônio Francisco Braga aufBildungsreisen kennen, und seineOper "Jupyra“ ist auf Capri entstan-den. Premiere dieser Dreiecksge-schichte nach "Cavalleria-rusticana“-und "Bajazzo“-Muster, doch in vielraffinierterer Vertonung, sollte an sichauf Deutsch in Deutschland sein, derberühmte Hermann Levi wollte siedirigieren, dann ging die Urauf-führung im Jahr 1900 aber doch nachRio de Janeiro. Auch Braga selbstkehrte bald darauf nach Brasilienzurück, wurde Lehrer und komponier-te daheim in dem romantisch-veristi-schen Stil weiter, der von AntônioCarlos Gomes vorbereitet worden war.

Oratorium "Colombo"

Zu den Schülern des Kompositions-lehrers Braga gehörte übrigens HeitorVilla-Lobos, aus mitteleuropäischerPerspektive der wesentlichste brasilia-nische Musiker des 20. Jahrhunderts,als Opernkomponist Autor einer"Yerma“ nach Federico Garcia Lorca.Villa-Lobos war auch der Dirigent, als1936, zur 100. Wiederkehr desGeburtstags von Antônio CarlosGomes, dessen Columbus-Oratorium"Colombo“, zur Oper umgearbeitet,aufgeführt wurde – Gomes’ Herzens-anliegen, an dessen Umsetzung erselbst gescheitert war.

Zwei Komponisten aus Rio de Janeiro, zwei ähnliche Lebensläufe:Antônio Carlos Gomes (1836-1896) und Antônio Francisco Braga (1868 - 1945).

Carlos Gomes

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Tópicos 1|2008

DBG NEWS | NOTÍCIAS DA DBG

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Die Blumenau-Ausstellungwar von Jutta Blumenau-Nie-sel, einer Urenkelin von Her-

mann Otto Blumenau, der die Stadtam Fluss Itajaí 1850 gegründet hatte,mit Sorgfalt zusammengestellt. Siebesteht aus zwölf Tafeln, welche dieGeschichte der deutschen Einwande-rung nach Brasilien vor Augenführen. Sie sind bewusst so gestaltet,dass ihre Wiederverwendung alsWanderausstellung an anderen Ortenmöglich ist. Entsprechende Pläne

sind intensiv und teilweise sehr kon-kret in Vorbereitung. Jutta Blumenau-Niesel referierte auch über Erzählun-gen ihrer Großtante, der jüngstenTochter von Hermann Blumenau. Sielas zudem aus Reisebeschreibungenund Briefen von Deutschen vor, dieeinst den Weg in jene Siedlunggesucht und gefunden hatten, dieihnen in Brasilien zur Heimat wurde.Die brasilianische Historikerin undHochschullehrerin Beatriz Pellizettistellte ihr Buch „L’idéologie et lacréativité del l’immigrationeuropéenne au Brésil“ vor.

TEXT: KLAUS WILHELM PLATZ

Bei der Eröffnung der Ausstellung „Beispiel Blumenau – Deutsche Auswanderung nach Brasilien“ am 28. Januardieses Jahres war der Vortragssaal im weitläufig eleganten Gebäude der Brasilianischen Botschaft an der BerlinerWallstraße gedrängt voll. Einige der über 200 Teilnehmer fanden noch auf schnell herbeigeschafften Stühlen Platz,andere mussten den Vorträgen sogar stehend folgen. Das Programm des Abends bot erheblich mehr als eine Einla-dung zur Besichtigung der Ausstellungsstücke.

Blumenau-Ausstellung in Berlin

Jutta Blumenau-Niesel DBG-Vizepräsident Dr. Axel Gutmann, Jutta Blumenau-Niesel

Gesandter Roberto Colin

Botschafter Luiz Felipe de SeixasCorrêa erwähnte in seiner Eröff-nungsansprache als Hausherr, er habeBlumenau bei den Deutsch-Brasilia-nischen Wirtschaftstagen im Novem-ber des vergangenen Jahres selbstnäher kennen lernen können. „Ich warvor der Stadt und dem dort spürbarenwirtschaftlichen Aufschwung sehrangetan“, fügte er hinzu.

Gesandter Roberto Colin, der in derdeutschen Stadtgründung im Bundes-

staat Santa Catarina geboren und alsSohn einer Portugiesisch sprechendenFamilie aufgewachsen ist, sprach überseine „Erinnerungen an mein Blu-menau“. Sein Vortrag wurde zu einerMomentaufnahme der Stadt aus densechziger Jahren des vergangenen Jahr-hunderts. Colin besuchte dort neunJahre lang des Colégio Pedro Segundo,die ehemalige Deutsche Schule. Blu-menau mit seinen damals etwa 100 000Einwohnern war die wohlhabendsteStadt von Santa Catarina mit einem rei-chen Kulturleben – einem Symphonie-orchester, einem großen Theater, an

dem auch deutschsprachige Gruppenauftraten, Chören, Blaskappellen,Schützenvereinen, Kegelclubs undeiner Vielzahl von Sportvereinen. VeraFischer, die erste Miss Brasil aus Blu-menau und heute eine prominenteSchauspielerin, war Colins Klassenka-meradin. Damals in den sechziger Jah-ren sei die deutsche Sprache in Blu-menau noch überall auf der Straße, inGeschäften, in Kirchen und bei beson-ders vielen Familien zuhause zu hörengewesen. Auch viele Menschen italie-

nischer oder portugiesischer Abstam-mung hätten damals Deutsch gespro-chen.

In der Zwischenzeit ist in Blumenauder Gebrauch der deutschen Sprachezurückgegangen. Indessen hat dieheute fast 300 000 Einwohner zählendeStadt eine Universität in modernenGebäuden, die älteste Fernsehanstaltvon Santa Catarina und ein mehr dennje pulsierendes Geschäftsleben, vondem die Teilnehmer der Deutsch-Brasi-lianischen Wirtschaftstage 2007 einennachhaltigen Eindruck bekamen.

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Tópicos 1|200862

DBG NEWS | NOTÍCIAS DA DBG

Professor Dr. Manfred Abelein Am 17. Januar 2008 verstarb, mitten aus dem Leben gerissen, Prof. Dr. Manfred Abelein.Prof. Abelein war mit dem Gründer der DBG Prof. Dr. Hermann M. Görgen seit den gemeinsamen Tagen in den60er Jahren als Abgeordneter im Deutschen Bundestag, aufs engste verbunden. Aus dieser Verbindungerwuchs das gemeinsame Engagement für die deutsch-brasilianischen Beziehungen. Prof. Abelein wurde Vor-sitzender der Deutsch-Brasilianischen sowie der Lateinamerikanischen Parlamentariergruppe des DeutschenBundestages. Seit 1962 war er Mitglied der Deutsch-Brasilianischen Gesellschaft, also praktisch seit der Grün-dung im Jahr 1960. In dieser Eigenschaft setzte er sich stets dank seiner profunden Kenntnisse für ein besseresVerständnis zwischen beiden Ländern ein.Die Deutsch-Brasilianische Gesellschaft wird Herrn Prof. Manfred Abelein stets in dankbarer Erinnerunggedenken.

Deutschland – Ein WintermärchenDer Deutschland-Aufenthalt der brasilianischen Lehramtskandidaten vom IFPLA

Einen besseren Rutsch ins neueJahr konnten wir IFPLA-Studen-ten uns kaum vorstellen. Die

Deutschlandreise 2008 des IFPLA, desInstituts für die Ausbildung vonDeutschlehrern (Deutsch als Fremdspra-che) in São Leopoldo, ging am 1. Januarlos. Insgesamt nahmen 10 Studenten amsiebenwöchigen Deutschland-Aufent-halt teil. Das Ziel der Studienreise: Kon-takt mit Land und Leuten, um die Ver-hältnisse des Landes der Zielsprachekennen zu lernen.

Nach einer dreizehnstündigen Flugrei-se landeten wir im Frankfurter Flugha-fen, wo wir von einer winterlichen Kalt-luft empfangen wurden. Nun stand außerZweifel, dass wir uns auf deutschem Ter-ritorium befanden. Außerdem fielen unsalle Schilder sofort ins Auge fielen: Allesauf Deutsch! Bereits zu Beginn des Auf-enthaltes trafen wir mit brasilianischenTouristen zusammen. Aber ein wesentli-cher Unterschied stellte sich heraus: DieSprachkenntnisse. Das Beherrschen derdeutschen Sprache ermöglichte uns,Land und Leute auf andere Weise zu ent-decken. Wir besichtigten nicht nurSehenswürdigkeiten, sondern setztenuns auch mit gegenwärtigen Problemender deutschen Gesellschaft, wie z. B.dem Fall „Ludwigshafen“, auseinander.

Karl-Heinz Schupp Am 21. Dezember 2007 verstarb plötzlich und unerwartet Herr Karl-Heinz Schupp.Sein Engagement in unserer Gesellschaft als langjähriges Mitglied und noch bis zum letzten Herbst als Rech-nungsprüfer, war hochgeschätzt und wird uns in steter und dankbarer Erinnerung bleiben.

In Memoriam †

Vom 26. Januar bis zum 2. Februarmachten wir Station in der WeltstadtBerlin. Tópicos förderte unseren Auf-enthalt mit Hilfe seines Freundeskrei-ses. Wir wurden von den Gastfamilienherzlichst aufgenommen und hatteneine sehr schöne Zeit zusammen, diewir gern in Erinnerung behalten. BestenDank an Herrn Dr. Axel Gutmann undseine Mitarbeiter, die sich große Mühegaben, um mit uns ein vielfältiges Pro-gramm zu unternehmen.

In Berlin bekamen wir angehendeDeutschlehrer zahlreiche Eindrücke.Ich beschränke mich auf ein Beispiel.Während des Besuches der Thüringen-Oberschule hatten wir sehr großen Spaßmit den ausländischen Schülern. Wirunterhielten uns und sangen Lieder aufDeutsch und in unseren verschiedenenMuttersprachen. Am Ende beschenktensie uns mit Plakaten über Berlin, die sieselbst entworfen hatten. Auch ichbekam eins von einem Mädchen, mitdem ich mich unterhalten hatte. Zu mei-ner Überraschung offenbarte mir danndie Klassenlehrerin, dass ich es zumSprechen gebracht hatte, denn sonsthöre sie nur schweigend zu. Heutehängt das Plakat in meinem Zimmer inRio de Janeiro, wo ich als Deutschleh-rer arbeite.

Berlin war für uns alle ein Erlebnis!Dass der Abschied am Berliner Bahnhofuns Studenten schwerfiel, ist ja selbst-verständlich. Schließlich möchte ichmich im Namen des IFPLA nochmalsvor allem bei Herrn Dr. Gutmann undder Gastfamilie Lobato-Witte, die sichausdauernd um die Studentin Míriamkümmerten, die während des Berlin-Aufenthaltes einen Verkehrsunfall hatteund deswegen die Deutschlandreiseunterbrechen musste, herzlichst bedan-ken.

Deutschland – Ein Wintermärchen.Die Rundreise durch Deutschland hatteals weitere Stationen Sachsen, Sachsen-Anhalt, Mecklenburg-Vorpommern,Bremen, Hessen und schließlich Rhein-land-Pfalz. Eine unvergessliche Zeit,die unser Bild von Deutschland neuprägte. Auf all die Erlebnisse werdenwir lebenslang zurückgreifen, um unse-ren Schülern über Deutschland zuerzählen. Wir Studenten und das IFPLAsagen ein herzliches Dankeschön allen,die zur Verwirklichung der Deutsch-landreise 2008 beitrugen und hoffen aufeine neue Begegnung, wie ein Kind, dassein Lieblingsmärchen nochmals hörenmöchte.

TEXT: LAERTE GIOVANE THEOBALD*

* IFPLA-Absolvent und Deutschlehrer in Rio de Janeiro

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Tópicos 1|2008

DBG NEWS | NOTÍCIAS DA DBG

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Brasilien am Elbhang

Neugierig gemacht durch denArtikel „Brasilianische Vögelim sächsischen Weinland“ in

Tópicos 4/2006, einen weiteren in derBerliner Zeitung „Sachsens heimlicherSchatz“ und angelockt vom Tag desOffenen Weinguts machte sich dieDBG Berlin Ende August 2007 aufEntdeckungsreise nach Hoflößnitz. Beiherrlichem Sommerwetter ging es teilsper Bahn, teils mit dem Auto nachRadebeul, der Heimatstadt von KarlMay. Vom Bahnhof Radebeul-Wein-traube erreicht man in wenigen Minu-ten die Weingärten der Lößnitz amrechten Elbhang, der voll der Nachmit-tagssonne zugewandt ist.

Mittendrin leuchtet das SchlösschenHoflößnitz, das 1401 als Wirtschafts-hof errichtet und nach dem Dreißig-jährigen Krieg zum Lustschloss umge-baut wurde. Das Erdgeschoss aus mas-sivem Stein, darauf der schlichte Fach-werkbau, lassen das Gebäude eher wieein Bauernhaus erscheinen, erst derRenaissance-Treppenturm gibt ihmeine vornehme Note. Kurfürst JohannGeorg I. von Sachsen nutzte es im 17.Jahrhundert während der Weinlese alsUnterkunft, und August der Starke warhier 100 Jahre später mehrfach zu Gast.

Die Überraschung findet man imObergeschoss: Die Kassettendecke desgroßen Saales enthält 80 Darstellungenvon exotischen Vögeln aus Nordbrasi-lien. Die Vögel, von denen einige heuteals ausgestorben gelten, sind mit ihrenbrasilianischen Namen bezeichnet,aber in einer eher europäisch anmuten-

Beginn der Führung am Renaissance-Treppenturm

den Umgebung dargestellt. Gemalt hatsie Albert Eyckhout (1610 – 1666), denMoritz von Nassau als künstlerischenBegleiter mit nach Nordost-Brasiliengenommen hatte, wo er 1637 – 1644 imAuftrag der Westindischen Kompagnieals Gouverneur tätig war. Nach seinerRückkehr hat Moritz von NassauAlbert Eyckhout dem sächsischen Kur-fürsten Johann Georg II. als Hofmalerempfohlen. - Einzelheiten dazu inLaura Höcherls Artikel in Tópicos2/2006.

Im Erdgeschoss befindet sich eininteressantes Weinbau-Museum. Beider Führung durch Schloss und Wein-gut Hoflößnitz, die heute zu einer Stif-tung gehören, wird die Geschichte desnördlichsten Weinbaugebietes in Euro-

pa und des Schlosses erläutert. An-schließend kann man die ökologischerzeugten und mehrfach ausgezeichne-ten Weine von Hoflößnitz verkosten –und kaufen.

Gleich hinter dem Weingut beginntdie Spitzhaustreppe mit über 365 Stu-fen. Der Aufstieg lohnt sich: Von derTerrasse des Spitzhauses (Café,Restaurant) hat man einen atemberau-benden Blick über das Elbtal auf Dres-den und bis nach Meißen.

Die Hälfte der etwa 20 Eyckhout-und Weinfreunde fuhren am Abend mitdem Regionalzug zurück nach Berlin,einige Autofahrer nutzten die Gelegen-heit zu einem Wochenend-Besuch inDresden und hielten auf dem Rückwegin Moritzburg an.

Axel Gutmann

Weinprobe im Festsaal mit den Deckengemälden von Albert EyckhoutDBG im Weinberg Hoflößnitz

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Tópicos 1|200864

LAZ NEWS | NOTÍCIAS DO LAZ

„Wenn man alleine träumt, kann eseine Täuschung sein. Aber zusammenträumen ist der Beginn einer Lösung“(aus einem Projektbericht)

Wie entwickeln sich Projekte überlange Zeit? Wie sieht es mit der vielbeschriebenen und geforderten Nach-haltigkeit aus? Sind die geplanten Akti-vitäten auch verwirklicht worden undhaben sie langfristig zu einer Verbesse-rung der Lebensverhältnisse der betrof-fenen Menschen beigetragen? All dassind Fragen, die neben den Geld geben-den Institutionen auch die Mitarbeiterdes LAZ bewegen. Da ist es gut, wennnach Ablauf einer Finanzierung derKontakt zu einer Institution, zu ihrenMitarbeitern und auch zu den Men-schen, die hier in Deutschland das Pro-jekt weiter unterstützen, nicht abreißt.

Ein Beispiel für eine gelungeneArbeit, bei dem das LAZ „Starthilfe“mit zwei Projektförderungen leistete, istdie „Fundação Santa Angela“ in PedroSegundo im brasilianischen BundesstaatPiauí. Das ländliche Städtchen liegt 3Autostunden von Teresina entfernt imTrockengebiet des Sertão. Die Haupt-

einnahmequelle der Menschen, dieLandwirtschaft, leidet unter häufigenDürren. Es gibt kaum Industrie undGewerbe in der Gegend, so dass einGroßteil der rund 40.000 Einwohnerarbeitslos ist.

Hier begann die deutsche Ordens-schwester und Studienrätin S. MariaCruz Gerhard 1981 eine Arbeit, derenZiel es war, die harten Lebensbedingun-gen der Landbevölkerung zu lindern.

Zusammen mit armen Menschen ausder Gemeinde - Tagelöhnern, verarmtenKleinbauern, Landlosen, allein erzie-henden Müttern und armen Familien -baute sie in Trägerschaft der „FundaçãoSanta Angela“ eine Farm auf, um mitden Erzeugnissen die tägliche Ernährungder betroffenen Menschen zu sichern.Als erstes wurde eine Wasserleitunggelegt, um Wasser aus einer nahe gelege-nen Açude (Stausee) auf das trockeneLand zu leiten. Mango- und Cashewbäu-me wurden gepflanzt, Gemüsehochbeeteangelegt und eine Geflügelzucht einge-führt. Heute gibt es dazu noch Stallun-gen für Kühe, Schweine und Hühner.Der Gemüseanbau liefert das Gemüse

Das Lateinamerika-Zentrum e.V. (LAZ)wurde 1961 von Professor Dr. HermannM. Görgen gegründet. Seitdem leistet dasLAZ Hilfe zur Selbsthilfe für die bedürfti-gen Menschen in Lateinamerika, damitdiese den Kreislauf der Armut durchbre-chen. Die schwächsten Glieder der Gesellschaft:Kinder, Jugendliche und Frauen, die amRande der Gesellschaft leben, sind die zen-

trale Zielgruppe des Lateinamerika-Zen-trums. Denn vor allem diese stellen eingroßes Potenzial für die zukünftige Ent-wicklung Lateinamerikas dar.Zur Überwindung der Armut erachtet dasLateinamerika-Zentrum und seine lateina-merikanischen Partner Bildung als denwichtigsten Ansatzpunkt. Deswegen liegtder Schwerpunkt der Förderung auf Pro-jekten der Aus- und Weiterbildung.

Kontakt:Lateinamerika-Zentrum e.V.Dr. Werner-Schuster-Haus Kaiserstr. 201 · 53113 BonnTel.: 0228-210788 · Fax: 0228-241658laz@lateinamerikazentrum.dewww.lateinamerikazentrum.de

Spendenkonto:Deutsche Bank Bonn · Kontonummer 4000BLZ: 380 700 59

Lateinamerika-Zentrum e.V.

Die Landwirtschaftschule der Fundação Santa Angela- ein Erfolgsbericht

für die täglichen Mahlzeiten. Überschüs-se werden verkauft und tragen zum Ein-kommen der Fundação bei.

Die Bildung der Kinder und Jugendli-chen war ein besonderes Anliegen derarmen Familien. So entstanden im Laufeder Jahre ein Ganztagskindergarten für170 Kinder zwischen 3 und 6 Jahren undeine staatlich anerkannte Grundschulefür ca. 900 Kinder. Im Projekt „Educart“werden 140 Schüler zwischen 6 bis 13Jahren nachmittags betreut und nehmenan musikalischen, künstlerischen,gestalterischen und sportlichen Akti-vitäten teil.

Auf dem Gelände der Farm ist die„Escola Família Agrícola Ir. Maria daCruz“ eingerichtet worden, die alsSekundarstufe von der 5. bis zur 8. Klas-se einen staatlich anerkannten Ab-schluss bietet. Dem Schulbereich ist einInternat angegliedert. Dort wohnen inder Woche ca. 30 Jugendliche aus demInnern des Bundesstaates, für die derWeg zur Schule täglich zu weit ist. Siearbeiten in der unterrichtsfreien Zeit mitim Gartengelände, auf der Fazenda oderim Haus und brauchen daher keineInternatskosten zu zahlen.

Um Jugendlichen Alternativen zueinem Abwandern in die großen Städtezu bieten, wurde 2003 ebenfalls dieLandwirtschaftsschule „Escola FamíliaAgrícola Santa Angela“ ins Leben geru-fen. Hier werden Jugendliche in 4-jähri-ger Ausbildung zu Agrartechnikern aus-gebildet. Regional angepasste Landwirt-schaft, ökologische Gemüse- und Vieh-wirtschaft, kaufmännisches Wissen,Vermarktung, Maschinenkunde undnatürlich praktische Arbeit stehen aufdem Unterrichtsplan. Als Agrartechni-ker haben die jungen Menschen dieSchüler der Fundação beim Unterricht in Agrartechnik

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Tópicos 1|2008

LAZ NEWS | NOTÍCIAS DO LAZ

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Möglichkeit, in ihren HeimatortenArbeits- und Einkommensmöglichkei-ten zu finden und so einen Beitrag zurEntwicklung der ländlichen Region undzu einer besseren wirtschaftlichen undsozialen Situation der Familien zu lei-sten. 2007 haben die ersten 25 Jugendli-chen ihre Ausbildung beendet. 13 vonihnen haben im Rahmen eines Ansied-lungsprojektes 25ha Land vom Staat

erhalten. Mit einem Darlehen zu einemgünstigen Zinssatz konnten sie eigeneHäuser mit Stromanschluss undGemeinschaftsbrunnen bauen. Sie wer-den auf eigenem Land jetzt das Erlernteanwenden können.

Die „Fundação Santa Angela“ hat inPedro Segundo einen Ort der Hoffnunggeschaffen, der vielen ein menschen-

würdiges Leben ermöglicht. SichtbareZeichen sind die auch die neuen Häuserin der Gemeinde, die die ehemaligenLehmhäuschen ersetzen.

Die „Fundação Santa Angela“ wirdderzeit von brasilianischen Ursulinen-Schwestern weitergeführt. Ein großerMitarbeiterstab wird zum Teil aus staat-lichen Mitteln finanziert. Das Kinder-missionswerk in Aachen und der„Freundeskreis Schwester Maria“unterstützt die Arbeit in Piauí weiter-hin.

Diese Erfolgsgeschichte zeigt, dass mitkleinen Anschubfinanzierungen viel fürdie Menschen vor Ort erreicht werdenkann. Wir freuen uns, dass deutscheSpendengelder geholfen haben, aus derFundação Santa Angela eine erfolgrei-che, nachhaltig arbeitende Einrichtung zumachen, die viele Menschen erreicht.

200 km nördlich von Rio de Janerio inden Dörfern um der Stadt Conceição deMacabu sind eine angemessene Gesund-heitsvorsorge, Berufsaussichten fürjunge Erwachsene und Kindergärtennoch immer etwas besonderes. VieleLandarbeiterfamilien, die hier leben,haben kein Einkommen und wandern indie größeren Städte ab. Auch dieGesundheitsvorsorge ist schlecht. Dernächste Gesundheitsposten ist in vielenDörfern 20 km weit entfernt.

Seitdem sich die brasilianische gem-einnützige Organisation ACOBERSOTfür die Verbesserung der Lebensumstän-de der Menschen in Conceição de Maca-bu einsetzt, hat sich vieles verbessert.Behinderte erhalten nun fachgerechteBetreuung in einer Behindertenwerk-stätte in Conceição de Macabu undzwei Gesundheitsposten wurden in denabgelegenen Orten Sossego und Brincoeröffnet.

Vor einigen Jahren beantragte dieOrganisation beim Lateinamerika-Zen-trum Unterstützung für den Bau einerKindertagestätte und zweier Spielplätzefür die Fazenda Capelinha in der Nähevon Conceição de Macabu, mit Erfolg.Seit ein paar Wochen freuen sich nun dieKinder von der Umgebung, dass die

In Conceição de Macabu geht es voran

Tagesstätte und die Spielplätze eröffnetwurden. Nun können ihre Mütter einemBeruf nachgehen und zum Familienein-kommen beitragen.

In den nächsten Wochen kann dieOrganisation auch neue Computerkursein Santa Maria Madalena anbieten. DasGeld für die Computer kommt vonSpenden aus dem LAZ und Zuschüssenaus der Unternehmenskooperation zwi-schen dem LAZ und Artus Mineralquel-len. Durch die Kurse können sich vieleJugendliche qualifizieren, um spätereine Arbeitstelle zu finden. Durch hart-näckige Überzeugungsarbeit hat

Bitte unterstützen Sie die Arbeit von ACOBERSOT und damit die Landarbeiterfamilien in Conceição de Macabu!

Spendenkonto: Deutsche Bank Bonn, BLZ 380 700 59, Konto-Nr. 4000

ACOBERSOT erreicht, dass die Stadt-verwaltung die Lehrer und die Räumefinanziert. Die Kurse sind damit lang-fristig gesichert.

Das LAZ arbeitet seit 1994 mit derOrganisation ACOBERSOT zusammenund schätzt sie als erfolgreicher, verläs-slicher Partner. ACOBERSOT will sichweiter für die Menschen in den abgele-genen Dörfern in der Region um Con-ceição de Macabu einsetzten. Um mehrJugendlichen Computerkurse anzubie-ten und um die Gesundheitsposten aus-zubauen ist sie weiterhin auf Spendenangewiesen.

Die neue Kindertagesstätte

Schüler der Landwirtschaftsschule bei der Gartenarbeit

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Tópicos 1|200866

IMPRESSUM

Autoren dieser Ausgabe:

Anne DählingAntje EfkesDr. Axel GutmannBodo BostCarlo PereiraChris Tina TengelDieter GarlikEvelyn SchreiberGeraldo HoffmannGisela Dürselen

Jörg WaberJosé Anderson SandesDr. Klaus PlatzLaerte Giovane TheobaldLeandro RamosLorenz WinterMarc PeschkeMaria Consuelo Cunha CamposMartina MerklingerOscar Niemeyer

Otto Hassler Saskia VogelSylk SchneiderDipl.-Ing. Rüdiger MarquardtBundesumweltminister Sigmar GabrielThomas MilzDr. Ute HermannsDr. Uwe KaestnerDr. Xico Graziano

Die zuletzt erschienenen Ausgaben:

TópicosDeutsch-Brasilianische HefteZeitschrift für Politik, Wirtschaft und KulturEine Publikation der Deutsch-BrasilianischenGesellschaft e.V. und des Lateinamerika-Zentrums

Cadernos Brasil-AlemanhaUma publicação da Sociedade Brasil-Alemanha edo Centro Latino-AmericanoRevista de política, economia e cultura

Gründungsherausgeber:Prof. Dr. Hermann M. Görgen

Herausgeber:Botschafter a.D. Dr. Uwe Kaestner / Dr. Helmut Hoffmann

Redaktion / redação:Geraldo Hoffmann, Chefredaktion

Mitarbeit:Ines Hollbauer, Ingeborg Ziller,Dora Schindel, Lúcia Rabello-Mohr, Jörg Waber, Büro BonnMartina Merklinger, Büro StuttgartCristina Hoffmann, Anne Dähling (LAZ-Teil)

Übersetzungen / traduções:Tópicos

Adresse / endereço:Deutsch-Brasilianische Gesellschaft e.V.Am Festungsgraben 1, 10117 Berlin/AlemanhaKaiserstraße 201, 53113 Bonn/AlemanhaTel. 0049-228-210707 0049-228-2 42 56 81Fax 0049-228-24 16 58E-Mail: [email protected]ópicos online: www.topicos.de

Layout und Druck / impressão:SP MedienserviceFriesdorfer Str. 122www.sp-medien.de53173 Bonn - Bad GodesbergAlemanha

Erscheinungsweise / publicaçãovierteljährlich/trimestral 47. Jahrgang, Heft 1/2008Ano 47, Caderno 1/2008ISSN 0949-541X

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Redaktionsschluss für diese Ausgabe war am 16. März 2008

Titelfoto:Júlio Bittencourt

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