Caderno das empresas

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1 suplemento especial | diário do aço | outubro 2014 que se transforma em Aperam: Trajetória de sucesso pag. 6 Foto: Rodrigo Zeferino Entrevista com o Tremendão Erasmo Carlos pag. 21 suplemento especial | diário do aço | OUTUBRO 2014 aco arte Usiminas, Usiminas Mecânica e Aperam South America, aniversariantes do mês, provam, por meio de diversas iniciativas, que não são apenas a base econômica da região, mas também o sustentáculo artístico e social

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Caderno especial em comemoração aos 70 anos da Aperam South America, 52 anos da Usiminas e 44 anos da Usiminas Mecânica.

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1suplemento especial | diário do aço | outubro 2014 1suplemento especial | diário do aço | outubro 2014

que se transforma em

Aperam: Trajetória

de sucessopag. 6

Foto: Rodrigo Zeferino

Entrevista com o

Tremendão Erasm

o Carlospag. 21

suplemento especial | diário do aço | OUTUBRO 2014

aco

arte

Usiminas, Usiminas Mecânica e Aperam south America, aniversariantes do mês, provam, por meio de diversas iniciativas, que não são apenas a base econômica da região, mas também o sustentáculo artístico e social

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2 suplemento especial | diário do aço | outubro 2014

Celebrar o aniversário da Usi-

minas, Usiminas Mecânica e

Aperam South América já é

uma tradição para o jornal

Diário do Aço com a publicação do “Su-

plemento Especial” no mês de outubro.

As empresas, pilares da economia do

Vale do Aço, mereceram nosso destaque

não apenas pela atuação no setor side-

rúrgico, mas pela imensa contribuição

que deram ao longo dos anos para as

mais diversas áreas na região.

Nesta edição, a proposta não foi ape-

nas contar o histórico vitorioso das em-

presas, mas apresentar e valorizar os

projetos voltados para capacitação de

jovens trabalhadores, para o incentivo

ao esporte e, principalmente, para os

programas de fomento à cultura.

O Instituto Cultural Usiminas e a Fun-

dação Aperam Acesita, braços sociais da

Usiminas e Aperam, respectivamente,

são responsáveis por fazer a arte acon-

tecer no Vale do Aço. Por meio de proje-

tos de leitura, dança, teatro, arte visual

e pelos patrocínios ofertados, as empre-

sas abrem espaço de trabalho para de-

zenas de produtores culturais, atores, di-

retores, técnicos e demais profissionais

envolvidos com a área artística.

A produção do “Suplemento Especial”

é uma forma de homenagear os três

principais sustentáculos da nossa re-

gião, tanto econômica quanto social-

mente. Por todas as contribuições da-

das ao povo do Vale do Aço, enviamos

nossos sinceros parabéns pelos 70 anos

da Aperam South America, 52 da Usimi-

nas e 44 da Usiminas Mecânica.

Boa Leitura!

/ expediente

Suplemento do Jornal Diário do Aço / Outubro de 2014

Edição e Redação: Débora AnícioFotografia: Acervos Usiminas, Aperam South America, Aciati-CDL, Aciapi-CDL, Fiemg e Prefeituras de Ipatinga e Timóteo. Grão Fotografia, Rodrigo Zeferino, Nilmar Lage, João Rabelo, Gilda Midani, Andreza Girardelli e Priscila CoelhoFontes: Assessoria da Usiminas e da Aperam South AmericaDireção de Arte/Design: Gustavo FerrazDepartamento Comercial: Diário do Aço

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3suplemento especial | diário do aço | outubro 2014

Fazer melhor sempre.www.usiminas.com

A Usiminas está em festa, e não é apenas pelo seu 52º aniversário. Estamos comemorando 11 anos de sucesso

do projeto Ação Educativa em Ipatinga. Uma iniciativa que oferece programação cultural diversificada para toda a

comunidade do Vale do Aço e contribui para o futuro de milhares de crianças, adolescentes, estudantes, professores

e artistas. Para o Instituto Cultural Usiminas é um grande orgulho promover e participar desse grande projeto.

BENEFICIADOSEDUCATIVA

É DANDO ASAS PARA A IMAGINAÇÃO QUE A GENTE VOA ALTO.

30.000AÇÃO MAIS DEMUNICIPAISATENDIDAS

DAS ESCOLAS100%

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4 suplemento especial | diário do aço | outubro 2014

Usiminas:trajetória forjada em açoEmpresa completa 52 anos festejando as conquistas e focando no futuro

históRiA

Ahistória começou em 1956, quando as obras de implantação foram ini-ciadas ainda na gestão do então presidente do

Brasil Juscelino Kubitschek. A iniciativa do então governador José Francisco Bias Fortes e diretores da Fiemg (Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais) buscava consolidar o plano de expansão do parque siderúrgico mineiro. A cidade foi escolhida devido à sua topografia e proximidade com Itabira, onde havia sido descoberto o minério, matéria-prima do aço. Em 26 de outubro de 1962 foi inau-gurada em Ipatinga a Usiminas, maior complexo siderúrgico da América Latina. Apoiada pela iniciativa pública, a Usimi-nas desenvolveu o planejamento urba-nístico de Ipatinga. Bairros foram cons-truídos para abrigar os funcionários da empresa e suas famílias. Os serviços es-senciais, antes inexistentes – saúde, edu-cação e clubes de lazer – também foram sendo implantados. Em 1969 nascia a Fundação São Francisco Xavier, criada para gerir o Hospital Márcio Cunha, o Colégio São Francisco Xavier e clubes re-creativos para atender os trabalhadores da siderúrgica. Com a chegada da Usimi-nas à região, pequenas e médias empre-sas se instalaram ao redor. Assim, nascia o Vale do Aço, e com ele, a promessa de desenvolvimento.Ao analisar a história dos últimos 50 anos é possível perceber que foi com a vinda desta importante siderúrgica que a ci-dade nasceu, cresceu e se desenvolveu. Ipatinga passou de um pequeno povoado com pouco mais de meia centena de case-bres e fazendas produtoras de carvão ve-getal para a potência que é hoje. Uma ci-dade de 250 mil habitantes, com PIB de R$ 6 bilhões e um dos melhores IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) de Minas.O legado da empresa vai além dos limi-tes do aço. Instituições como Fundação São Francisco Xavier, Usisaúde e Instituto Cultural Usiminas tornam a Usiminas a empresa-mãe do Vale.

Alto-forno 1 da Usiminas. Foto: Arquivo Usiminas

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Usiminas Mecânica

Fundada em 1970 pela Usi-minas, a Usiminas Mecânica tem o papel estratégico de agregar valor ao aço e aten-der às demandas específicas

de diversos segmentos industriais. Atuan-do na área de bens de capital e serviços, a empresa é hoje uma grande provedora de soluções criativas e inovadoras para as in-dústrias siderúrgica, mineradora, automo-tiva, energética, petroquímica, naval e de infraestrutura do Brasil.Com uma experiência de 40 anos em pro-jetos de portes variados, a Usiminas Me-cânica é reconhecida pela qualidade, rigor tecnológico e credibilidade que imprime a cada projeto. Oferece soluções completas e sob medida, customizando o atendimento de acordo com a demanda específica de cada trabalho.A capacidade de entender e se adaptar às necessidades dos clientes faz com que a Usiminas Mecânica também esteja sempre preparada para operar em novos mercados.Para atender com excelência aos seus clientes, a empresa se estrutura de forma a trabalhar de forma integrada, desde a concepção do projeto à produção de peças

e montagem final. Atualmente, é referên-cia na fabricação sob encomenda de equi-pamentos, estruturas metálicas, pontes, viadutos, fundidos, vagões, blanks e mon-tagens industriais.

O Presidente da época, João Goulart, acendeu o AF1. Foto: Arquivo UsiminasUsiminas é um dos principais complexos siderúrgicos do país. Foto: Daniel Mansur

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A Aperam, que na época era chamada de Acesita (Companhia Aços Especiais de Itabira), foi instalada em Timóteo ainda na década de 1940, mais precisamente em 31 de

outubro de 1944, quando os engenheiros Amyntas Jacques de Moraes, Percival Farquar e Athos de Lemos Rache, que com o financiamento do Banco do Brasil se propuseram a construir uma usina que produzisse aços especiais autossuficientes em

matérias-primas e energia. Para que isso fosse possível, era necessário encontrar um local estratégico, próximo a minério de ferro e carvão vegetal e com água em abundância. As obras de instalação da siderúrgica aconteceram no então povoado de Timóteo, às margens do rio Piracicaba. A

princípio, o objetivo do projeto foi abastecer o mer-cado nacional, em fase de industrialização, por conta das dificuldades de importação, devido à II Guerra Mundial. Como nesta época não havia energia elétri-ca suficiente, a empresa passou a comprar jazidas de minério de ferro de empresas localizadas em Itabira, e ao mesmo tempo, concentrou sua forças em abrir estradas ligando a usina aos centros fornecedores de carvão vegetal.Na década de 60, a criação do Plano Diretor de Desenvolvimento veio para impulsionar a segunda expansão da então Acesita. Foi na mesma época que a empresa começou a fabricar o inox, produto que, mais tarde, seria destaque no portfólio. Com o aumento da produção e o crescimento da demanda por carvão na década de 70, foi criada na região do Vale do Jequitinhonha a subsidiária Florestal Acesita S.A., hoje, Aperam BioEnergia. A ação inspirava-se nos ideais dos fundadores da Acesita de buscar a

autossuficiência energética da usina. Em 1995, nasce o Centro de Pesquisas da Aperam South America, espaço que, desde então, tem permi-tido o desenvolvimento de novos produtos e o apri-moramento dos processos. Em 1998, a empresa se associa à Usinor. O acordo com os fundos de pensão traz um investimento de R$ 1,02 bilhão, que reforça a estrutura de capital, acelera seu desenvolvimento empresarial e fortalece seu posicionamento estra-tégico. Já os anos 2000 ficaram marcados como um período de mudanças significativas para o fortale-cimento da empresa. Com a fusão da Usinor com a Arbed, de Luxemburgo, e a espanhola Aceralia, a Organização passa a fazer parte da Arcelor, o se-gundo maior conglomerado siderúrgico do mundo. Outra fusão, em 2007, com o grupo anglo-indiano MittalSteel deu origem à ArcelorMittal, fazendo com que a Acesita se tornasse ArcelorMittal Inox Brasil. A Aperam surge, a partir do spin off (desmembramen-to) da divisão de aços inoxidáveis da ArcelorMittal, em 2011, como sexta maior produtora mundial de inox e a unidade brasileira passa a se chamar Ape-ram South America.Em 2014, a empresa chega aos 70 anos com uma his-tória sólida, buscando sempre mais competitividade e sustentabilidade do negócio. Atualmente, o Grupo Aperam conta com outras cinco plantas industriais situadas na Bélgica e França, totalizando 9.800 em-pregados e uma capacidade instalada global de 2,5 milhões de toneladas de placas por ano.

trajetória de sucessoAperam South America completa 70 anos com uma história sólida

históRiA

O grupo Aperam conta com outras cinco plantas industriais situadas na Bélgica e França, com capacidade instalada global de 2,5 milhões de

toneladas de placas por ano.Foto: Divulgação

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HOJE É DIA DE HOMENAGEAR TRÊS EMPRESAS QUE TRANSFORMAM AÇO EM DESENVOLVIMENTO.

A FIEMG e todo o Vale do Aço têm muito a agradecer a empresas como a Usiminas, Usiminas Mecânica e Aperam. Juntas, elas impulsionam a região com a geração de emprego, renda e qualidade de vida. Uma história em que o desenvolvimento é o maior protagonista.

A FIEMG parabeniza a Usiminas, a Usiminas Mecânica e a Aperam por mais um ano de grandes conquistas.

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Usiminas, Usiminas Mecânica e Aperam South America foram as responsáveis pela definição do que é a região que conhecemos hoje como Vale do Aço. As demandas e oportunidades trazidas

pelas empresas desenvolveram o local, que sempre gozou dos benefícios econômicos proporcionados pe-los grupos siderúrgicos. Um dos principais benefícios trazidos foi a geração de emprego e renda. E formar profissionais capacitados para ingressar nas empre-sas sempre foi a meta desses grupos empresariais. O conceito vai muito além de preparar pessoas para lidar com máquinas e equipamentos, mas, principalmente, no conhecimento que torna o homem capaz de criar, aperfeiçoar e transformar a realidade.O trabalho de capacitar os jovens é compartilhado com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai),

que se instalou em Ipatinga no ano de 2007. O Senai chegou à região com a meta de capacitar a comuni-dade por meio da Educação Profissional, objetivo que foi ampliado em 2012 por meio de uma parceria com a Usiminas. Hoje o Senai de Ipatinga é o maior de Minas e o segundo maior do Brasil. O acordo entre Usiminas e o Sistema Fiemg permitiu a ampliação do Senai na cidade, tanto em área constru-ída quanto em capacidade de treinamento. A empresa cedeu à escola, em regime de comodato e pelo prazo de dez anos, o espaço do Centro de Desenvolvimento Profissional (CDP), da Usina de Ipatinga, conhecido hoje como Centro de Formação Profissional Rinaldo Campos Soares – homenagem ao ex-presidente da Usiminas, falecido em 2011. O objetivo da parceria é gerar oportu-nidade de formação profissional na região, facilitando a inserção de jovens no mercado de trabalho. “O Senai

promove treinamentos técnicos para funcionários da Usiminas e também ensina o ofício a jovens aprendi-zes”, explicou Plínio Perruci, gerente do Senai de Ipa-tinga. Hoje o Centro de Formação do município tem cerca de 500 alunos por semestre, número considerado expressivo pelos coordenadores.

Plínio Perruci reforça a importância da parceria tanto para os alunos quanto para a empresa. “A formação oferecida é uma oportunidade para o primeiro empre-go. Nos cursos o aluno conhece o universo industrial e os processos relacionados à área em que pretende atuar”, disse o gerente. “Para a empresa também há grandes vantagens, porque ela recebe um profissio-nal preparado. O jovem chega ao emprego com essa bagagem, poupando a empresa de realizar treina-mentos que seriam necessários a um profissional sem nenhum conhecimento na área”.

Parceria entre Usiminas e Senai prepara jovens do Vale do Aço para o mercado de trabalho

CAPACitAçãO

Formação profissional

Instrutores passam para os alunos a experiência adquirida na Usiminas - Foto: Priscila Coelho

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Mais de 600 alunos em 2015

seguindo os passos da família

Aprendizagem multidisciplinar

Para o primeiro semestre de 2015, o Senai abriu 615 novas vagas nas modalidades de Aprendizagem Indus-trial e Técnico nas três unidades do Vale do Aço. Em Coronel Fabriciano são oferecidos os cursos de Aprendizagem Industrial em Confecção Industrial do Vestuário, Aprendizagem Industrial em Instalação e Reparação de Redes e Computadores, Aprendizagem Indus-trial em Processos Administrativos e Aprendizagem Industrial em Proces-sos Logísticos.

Na unidade de Ipatinga são minis-tradas aulas de Aprendizagem Indus-trial em Confecção Industrial do Ves-tuário, Aprendizagem Industrial em Caldeiraria, Aprendizagem Industrial em Desenho Mecânico, Aprendizagem Industrial em Instalação e Reparação

de Redes e Computadores, Aprendiza-gem Industrial em Instalação Elétrica Industrial, Aprendizagem Industrial em Manutenção Elétrica Industrial, Aprendizagem Industrial em Manu-tenção Mecânica Industrial, Apren-dizagem Industrial em Processos Administrativos, Técnico em Automa-ção Industrial, Técnico em Fabricação Mecânica e Técnico em Logística.

Já em Timóteo, os cursos ofertados são Aprendizagem Industrial em Instalação e Reparação de Redes e Computadores, Aprendizagem Indus-trial em Instalação Elétrica Industrial, Aprendizagem Industrial em Manu-tenção Elétrica Industrial, Aprendiza-gem Industrial em Processos Adminis-trativos e Aprendizagem Industrial em Processos Logísticos.

O sonho de trabalhar na mesma área do pai foi o que impulsionou Kelly Cristina de Paula, de 18 anos, a começar o curso de Operador de Processos Siderúrgicos. A jovem de Timóteo vem a Ipatinga todos os dias para se preparar para a profissão que deseja. “Muitos amigos da minha escola fizeram senai e me falavam sobre o curso. Como meu pai e meu avô já trabalharam em siderurgia, essa sempre foi uma área que me in-teressou”, contou ela, que desde cedo não media esforços para entrar para o curso dos seus sonhos. “Comecei a fazer as provas seletivas aos 14 anos, e na quarta tentativa consegui ser aprovada”.

Kelly ainda disse que apesar de co-nhecer um pouco o setor por meio do pai, ela não tinha noção de como era realmente o trabalho até ingressar no Senai. “Aqui estou aprendendo tudo relacionado à área. Os professores são

muito capacitados e interagem mui-to bem com os alunos. Tenho certeza que vou sair daqui preparada para começar a trabalhar”, vislumbrou a aluna, que iniciou o curso em feverei-ro deste ano. “A partir de outubro de 2015 começo o estágio na Usiminas, e minha esperança é ser contratada”.

Kelly conta que fazer o curso tam-bém melhorou sua rotina dentro de casa. “Meu pai tem três filhas. Minha irmã mais nova pensa em seguir a área da siderurgia e a mais velha quer fazer medicina. E como estou fazendo o curso na área da siderurgia acabo tendo mais assunto com meu pai”, disse Kelly. “Às vezes chego em casa com uma dúvida e ele me res-ponde, e daí surgem outras dúvidas. A conversa flui mais agora. Sinto que estar na mesma área em que meu pai trabalhou por tantos anos criou um vínculo maior entre a gente”.

A tradição da família na siderurgia também pesou na balança quando Bruno Ribeiro e Silva, 18 anos, decidiu entrar para o Senai. “Meu pai tra-balhou na Aperam com laminação a frio, a mesma função que apren-do hoje”, lembrou o estudante. “Ele sempre me incentivou a entrar para o Senai, porque era uma ótima porta para ingressar na indústria. Muitos amigos também fizeram o curso e me influenciaram a tomar essa decisão”.

Bruno contou que o curso de Opera-dor de Processos Siderúrgicos é im-

portante não apenas para aprender o ofício do chão de fábrica. “No Senai a gente vê as diversas etapas que com-preendem esse trabalho. Mas também temos que apresentar trabalhos, o que era uma das minhas maiores dificul-dades. Falar em público sempre foi complicado pra mim, e aqui eu conse-gui vencer isso. Com o conhecimento adquirido e a certeza de que é isso que eu quero, fica mais fácil explicar meus projetos para a turma. E tenho certeza que tudo isso será importante na mi-nha futura vida profissional”.

Os alunos têm aulas práticas na oficina do Senai - Foto: Priscila Coelho

Os jovens chegam ao Senai focados na área em que pretendem atuar - Foto Priscila Coelho

Bruno Ribeiro (ao fundo) e Kelly Cristina

tiveram incentivo dentro de casa para fazer o curso de Ope-

rador de Processos Siderúrgicos .

Foto: Priscila Coelho

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Aprendizagem multidisciplinar

Oportunidade do 1º empregoA notícia da abertura de turmas do

Senai chegou aos ouvidos de Letícia Mariana Gomes, de 18 anos, na escola em que cursava o Ensino Médio em Timóteo. “Logo que fiquei sabendo já me inscrevi, na escola mesmo. Escolhi tentar o senai pela oportunidade de conseguir meu primeiro emprego”, contou.

Em sua turma, Letícia conta que há quatro garotas. “Acho que poderia ter mais meninas nessa área. Mas há muito tabu em relação às mulheres na indústria. E muito disso parte do pre-conceito das próprias mulheres”, disse. “Minhas amigas se surpreenderam quando falei que estava fazendo o curso de Operador de Processos side-rúrgicos. Mas expliquei como funcio-na e elas entenderam minha escolha”, contou a jovem, afirmando que sexo não é um empecilho para fazer o curso e nem para o futuro emprego. “Qual-quer um pode trabalhar onde deseja, o que vale é a dedicação e o interesse”.

Letícia Gomes vê no Senai a chance de

ingressar no mercado de trabalho

Foto: Priscila Coelho

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Paixão pelo trabalho

Buscando novasoportunidades

Além de representar uma porta de ingres-so dos jovens ao mercado de trabalho, o Se-nai também proporcionou a alguns funcio-nários aposentados da Usiminas a chance de seguir trabalhando. Muitos dos professores que atuam hoje nos cursos do Senai passa-ram pela empresa, e agora levam para a sala de aula não apenas o conteúdo teórico, mas a experiência adquirida ao longo dos anos no chão de fábrica.

Esse é o caso de Varnei José Santana, que há dois anos trabalha como instrutor do Se-nai. “Me aposentei na Usiminas depois de 35 anos de trabalho, e logo que saí fui convida-do a participar do processo seletivo para ser instrutor”, recordou. “Comecei a trabalhar aos 18 anos e sabia que não conseguiria ficar parado. Me desliguei da empresa, mas ainda me sentia jovem e produtivo. Por isso aceitei participar da seleção”.

O instrutor conta que muitos alunos têm familiares que trabalharam na empresa. “Qua-se todos têm pai, um tio ou qualquer outro parente que atuou na Usiminas. Isso é bom porque eles já chegam ao curso conhecendo a rotina da siderúrgica e são bem focados naquilo que querem”, apontou Varnei. “Outro aspecto positivo é que a maioria deles estuda. Uns fazem cursos técnicos e outros já estão no

ensino superior. Os estudantes que temos aqui estão realmente interessados em aprender porque têm um objetivo muito claro: conseguir o primeiro emprego”.

Varnei Santana lembrou também do aumen-to de garotas nos cursos. “Em quase todas as turmas, cerca de 20% dos alunos são mulheres. Isso é muito bom, porque existem dezenas de áreas na indústria onde a mulher pode traba-lhar. As garotas têm um diferencial em relação aos garotos: elas são mais atentas e detalhis-tas”, avaliou ele, dizendo que os estudantes do Centro de Formação Profissional Rinaldo Campos Soares vêm de todos os lugares. “Fora os alunos de Coronel Fabriciano, Timóteo e Ipa-tinga, também recebemos jovens de cidades vizinhas como Ipaba, Belo Oriente, Jaguaraçu e Marliéria, entre tantas outras”.

O funcionário aposentado da Usiminas e agora instrutor do Senai elogiou a parceria entre os grupos. “Essa união de forças é muito importante para as empresas, os alunos e região. Por mais que a indústria tenha passado por momentos complicados nos últimos anos, as atividades do senai nunca foram prejudicadas”, lembrou Varnei. “O aluno sai daqui e chega na Usiminas ou em qualquer outra empresa preparado para o trabalho. E isso é sinal de dever cumprido”.

Depois de trabalhar por seis anos na Usiminas com laminação a frio, Bruno Martins Quintão agora é instrutor do Senai. Ele é formado no curso Técnico de Metalurgia do Cefet e atual-mente cursa Engenharia Mecânica. “Agarrei a chance que o senai me deu porque sabia que tinha experiência para passar”, falou o instru-tor. “Estou gostando muito de trabalhar como professor. Até porque os alunos são bem foca-dos, o que facilita tudo”.

Bruno explicou que no Senai os estudantes têm acesso a um ensino direcionado. “Temos matérias comuns, mas reconhecemos quando um aluno quer seguir esse ou aquele caminho. Muitos já chegam aqui com a área em que que-rem atuar definida. Com isso procuramos tra-balhar as individualidades de cada um”, contou o instrutor. “Além das aulas teóricas e práticas, os jovens também fazem visitas à empresa. Isso é essencial para que eles se familiarizem com a área que escolheram”.

Mesmo aposenta-do, Varnei Santana decidiu continuar

trabalhando, agora ensinando seu ofício.

Foto: Priscila Coelho

Bruno Martins traba-lhou na Usiminas e hoje

é instrutor do SenaiFoto: Priscila Coelho

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13suplemento especial | diário do aço | outubro 2014

0800 7700496 | sew-eurodrive.com.br

A SEW-EURODRIVE tem verdadeiro orgulho

de ser parceira destas 3 gigantes do aço, que completam

mais um ano de crescimento e desenvolvimento.

Parabéns e muito sucesso. O Brasil torce por vocês.

MAIS DO QUE ACO,ESTAS EMPRESAS PRODUZEM UM BRASIL MELHOR.PARABENS, USIMINAS, USIMINAS MECANICA E APERAM.

MAIS DO QUE ACO,´

MAIS DO QUE ACO,

´ˆ

Usiminas 52 anos Usiminas Mecânica 44 anos Aperam 70 anos

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14 suplemento especial | diário do aço | outubro 2014

Um programa que prepara jovens para uma carreira profissional precisa ser contínuo e firme. Com essa premissa, o Programa Aprendiz de Ofício da Ape-ram South America ganhou espaço e é

um dos mais tradicionais da região. A primeira turma foi formada em 1953, pouco menos de dez anos depois da criação da empresa. Desde então, o Programa não parou mais. Ao longo dessa história, foram quase seis mil jovens profissionais formados pela Aperam South America, nos cursos de Mecânica Geral e Eletroeletrô-nica. Sempre atenta à evolução do mercado, em 1996, o Centro de Formação Profissional recebeu sua primeira turma de jovens mulheres com 12 aprendizes.

Além de formar os jovens para o mercado de trabalho, na maioria das vezes, a Aperam South America contrata esses profissionais. Entre 2004 e 2012, 184 ex-aprendizes tornaram-se empregados da empresa e, nos últimos dois anos, cerca de 80% da turma foram aproveitados.

Seguindo a premissa de renovação, em 2013 uma par-ceria entre Aperam South America, Fundação Aperam Acesita e Senai trouxe uma nova geração para o Pro-grama Aprendiz de Ofício, com a Instalação da unidade do Senai em Timóteo - Centro de Formação Profissional “Luciano José de Araújo”. Com a ação, o programa se ampliou junto à comunidade e mais jovens puderam ser capacitados. Além disso, atendendo à demanda da Aperam South America e do mercado, o novo curso de Operador de Processos Siderúrgicos foi disponibilizado com formação e professores do Senai, além de uma grade curricular customizada.

Para o gerente de Relações Trabalhistas, Desenvolvi-mento e Remuneração, José Anísio Cabral, o Programa Aprendiz de Ofício é motivo de muito orgulho para a empresa. “Mesmo com tantos anos de história, continu-amos com uma renovação constante. Investimos nes-ses jovens porque são eles que vão construir a empresa do futuro”, disse.

Programa de Aprendiz de Ofício da Aperam South America mantém tradição em formar profissionais

CAPACitAçãO

Conhecimento como princípio

Programa de aprendizes da Aperam começou em 1953 - Foto: Divulgação

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Atualmente o Senai de Timóteo oferece cursos nas áreas de Metalmecânica, Eletroeletrônica, Segu-rança do Trabalho, Construção Civil, Tecnologia da Informação e Gestão. São 15 turmas em andamento, sendo dez na modalidade de Aprendizagem Indus-trial (cursos de Operador de Processos Siderúrgicos, Manutenção Elétrica Industrial, Instalação Elétrica Industrial, Processos Logísticos, Processos Admi-nistrativos, Alvenaria e Acabamento, Instalador e Reparador de Micros e Rede) e cinco na Modalidade de Técnico (Técnicos em Eletrotécnica, Segurança do Trabalho, Gestão).

O diretor da unidade escolar, Telmo Bianchini, ressaltou a importância da parceria. “Um dos prin-cipais objetivos do Senai é promover a formação profissional dos futuros trabalhadores da indústria. Uma parceria com uma importante empresa como a Aperam, líder no mercado brasileiro, âncora na região do Vale do Aço e importante para a econo-mia de timóteo e região, com certeza fortalece a atuação do senai para continuar cumprindo com seus objetivos”, declarou. “Acreditamos que todos ganham com essa parceria. Ganha o jovem em ter oportunidade de obter uma formação profissional de qualidade, ganha a comunidade em ter à dispo-sição cursos gratuitos de Aprendizagem Industrial e consequentemente ganham as indústrias da região,

pois com profissionais bem qualificados, podem au-mentar sua produtividade e se tornar cada vez mais competitivas, contribuindo significativamente para o desenvolvimento de nossa região”.

Áreas de AtuaçãoAo longo dos anos, mais de seis mil jovens foram capacitados pelos cursos oferecidos pela Aperam

Foto: Divulgação

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Sérgio Arruda Lopes atualmente exerce a função de eletricista de manuten-ção na Aperam South America. Em 2012, ele estava entre os jovens que inicia-vam uma profissão por meio do Aprendiz de Ofício. “O Programa da Aperam é um dos melhores que existem. Cresci muito com essa oportunidade”, disse. Quando Rodson Dornelas Silva fez sua inscrição para participar do Aprendiz de Ofício em Mecânica, ele não imaginava como sua vida iria mudar. “Terminei o curso preparado para enfrentar o mercado de trabalho. Sempre ouvia falar sobre o diferencial do Programa da Aperam e hoje tenho certeza que ele é um dos melhores caminhos para se tornar um bom profissional”, afirma.

Elison Pinho dos Santos foi um dos jovens aprendizes da turma de eletro-eletrônica, em 1997. Ao longo dos anos, passou por várias funções e, em 2013, tornou-se gerente da mesma área em que fez seu primeiro estágio, quando ainda era aprendiz. Para ele, “o Programa Aprendiz de Ofício é a porta de acesso à indústria e prepara o jovem para fazer escolhas sobre sua carreira”. Quando relembra sua trajetória na empresa, Elison não tem dúvida: “o Programa teve, também, um papel educador na minha vida. Se eu não tivesse passado pelo Centro de Formação, não seria o profissional que sou hoje”.

Em novembro, a Aperam South America já abre as inscrições para o Progra-ma de Aprendiz de Ofício 2015. Serão 40 vagas para os cursos de Manutenção e Operador de Processos Side-rúrgicos. Além disso, outros 26 jovens já estão em curso, totalizando uma capacida-de anual de formação de 66 profissionais. Para se inscre-ver, os jovens devem ficar atentos aos comunicados da Aperam na imprensa.

Evolução garantida

Novas turmas

NA HORA DO COM QUEM SERÁ? ,A GENTE QUER.

A Ten entende que parceria é igual parabéns: a gente se une para desejar muitas

felicidades e muitos anos de vida. Por isso, hoje, mais do que homenagear a Usiminas,

Usiminas Mecânica e Aperam, queremos deixar claro que se depender da gente,

estaremos sempre prontos para trabalhar e crescer junto a tão importantes empresas.

“ ”

facebook.com/tencomunicacao

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17suplemento especial | diário do aço | outubro 2014

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CULtURA

Usiminas: principal incentivadora da cultura A empresa vai além da busca contínua pela melhoria da eficiência industrial e investe também no desenvolvimento sociocultural da comunidade do Vale do Aço

Os 52 anos de história da Usiminas com o Vale do Aço são marcados pela bus-ca constante por instrumentos que facilitem a relação do público da região com o universo artístico e suas diversas

linguagens. Por meio do Instituto Cultural Usiminas, responsável por gerenciar os patrocínios da empresa, a Usiminas mantém uma política consistente de apoio e fomento a projetos educacionais, culturais e esportivos em Ipatinga e região.

Com o objetivo de desenvolver um programa de arte--educação qualificado para atender às comunidades do Vale do Aço, o Instituto Cultural Usiminas criou, em 2003, sua área de Ação Educativa. O objetivo é contribuir com o desenvolvimento da comunidade e a efetiva apro-priação e valorização da cultura. “Trabalhamos emba-

sados na ideia de que a educação é fruto não somente das atividades curriculares, mas, também, do convívio social fora da sala de aula”, explica a diretora do Instituto Cultural Usiminas, Mariana Martins.

Colocando em diálogo a escola e a instituição cultural, os programas da Ação Educativa pretendem oferecer às escolas e ao público participante oportunidades intensi-vas de refletir e recriar, junto aos alunos, sua expressivi-dade artística, por meio das técnicas, dos materiais, dos ritmos, enfim, das várias linguagens apresentadas.

Em 11 anos de atuação, a Ação Educativa do Instituto Cultural Usiminas já beneficiou cerca de 330 mil pessoas e mais de 300 escolas do Colar Metropolitano do Vale do Aço. Em 2003, o público que era de 9,6 mil saltou para 32 mil em 2013. Foram 496 agendamentos de escolas públi-cas e particulares, creches e instituições governamentais

e não governamentais de todo Colar Metropolitana do Vale do Aço e regiões vizinhas, totalizando 32 cidades participantes.

A programação do Ação Educativa se divide em qua-tro grandes grupos. O Laboratório Usicultura promove atividades com o objetivo de proporcionar aos educado-res um espaço de encontro e troca a partir do contato com as diferentes formas de expressão artística, sob a orientação de artistas e especialistas convidados. Para os estudantes, de todas as faixas etárias, o Escola-Usicultu-ra promove o contato com as diferentes manifestações e linguagens artísticas. O trabalho com as famílias é reali-zado pelo projeto “Arte em Família” que busca instigar a participação da família nos programas de arte-educação oferecidos pelo Instituto. E o programa Ideias Literárias realiza atividades diversas com foco na leitura.

O Centro Cultural Usiminas é um dos mais modernos equipamentos culturais do Estado - Foto: Nilmar Lage

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Entre os dias 25 e 29 de setembro, a população de Ipa-tinga recebeu a segunda edição do Circuito Usiminas de Cultura. O projeto, incentivado pela Usiminas, desempenha um importante papel de fomentar as atividades culturais e movimentar a economia da região. O foco é incentivar, am-pliar e descentralizar as ações socioculturais, levando uma programação de qualidade, contribuindo para a formação de público e para o desenvolvimento das comunidades.

Foram cinco dias de muita diversão, que contou com um público participativo de mais de 6.500 pessoas, dentre jo-vens, crianças e adultos. Foram 23 atrações entre apresen-tações de teatro e dança, shows musicais, oficinas e exi-bições de filmes e exposição fotográfica, todas oferecidas de forma gratuita. As apresentações infantis contaram com a presença de alunos de 25 escolas das regiões de Cava Grande, Coronel Fabriciano, Dom Cavati, Engenheiro Caldas, Ipatinga, Santana do Paraíso e Timóteo.

Além de promover uma rica programação cultural na cidade, a passagem do Circuito Usiminas de Cultura por Ipatinga foi responsável pela geração de emprego e renda, movimentando a economia no município. Foram contrata-das, ao todo, 92 diárias de hotel e fornecedores locais para fornecimento de lanches para camarins dos artistas, loca-ção de cadeiras, tendas, palcos e gerador de energia, serviço de carregadores, sonorização, registro fotográfico, transpor-te local e vigilância. E foram adquiridas, ao todo, passagens aéreas, referentes a cem trechos (BH/Ipatinga/BH e SP/BH/Ipatinga/BH/SP), para transporte de equipe e dos artistas.

O Circuito Usiminas de Cultura, patrocinado pela Usi-minas por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, é realizado pela POP Produções Artísticas e Ministério da Cultura e conta com o apoio das Secretarias Municipais de Cultura e do Instituto Cultural Usiminas. Além de Ipa-tinga, que marcou o encerramento do projeto em 2014, as atividades do programa passaram também por Itatiaiuçu, Itaúna e Rio Manso, em Minas Gerais, além de Cubatão e Guarulhos, em São Paulo. Desde seu início, em 2010, foram realizadas, 454 apresentações artísticas e 108 oficinas, que contribuem para a formação sociocultural dos cidadãos, além de levar uma programação rica, extensa e inteira-mente gratuita. Aproximadamente 146 mil pessoas já se beneficiaram com as ações do circuito ao longo dos cinco anos de realização do projeto.

Ipatinga possui dois dos melhores espaços culturais do interior de Minas Ge-rais: o Centro Cultural Usiminas e o Teatro Zélia Olguin. O primeiro, localizado no Shopping do Vale do Aço, é um dos mais modernos equipamentos culturais do Estado. O espaço conta com um Teatro com capacidade para 724 lugares, gale-ria de artes climatizada com 700 metros quadrados, uma biblioteca com acesso gratuito à internet e empréstimo de livros variados, além de um amplo foyer com um Café e outros espaços.

Em 2012, o Centro Cultural Usiminas tornou-se independente do Shopping Vale do Aço, por meio da construção de sua entrada própria. Com isso, vários benefí-cios foram agregados ao funcionamento do espaço, como uma maior integração entre os espaços da biblioteca, galeria, teatro e jardins, além da incorporação de 1500 m2 em frente à entrada principal. Isso potencializou a visibilidade do espaço, contribuindo para autonomia do Centro Cultural Usiminas, tanto em seus horá-rios de funcionamento, quanto no relacionamento com seu público.

O Jardim Japonês, parte integrante do Centro Cultural, será modernizado e ganhará em breve um novo projeto de paisagismo. Os lagos artificiais do espa-ço foram desativados há cinco anos por problemas de infiltrações que estavam ameaçando a estrutura do prédio. Em função disso, a área teve que ser aterrada, agregando maior espaço para a realização de eventos ao ar livre, como o Circuito Usiminas de Cultura e o Salão do Livro em 2014. Apenas nesses dois eventos, pas-saram pelo espaço do jardim mais de dez mil pessoas.

Já o Teatro Zélia Olguin, primeiro espaço cultural profissional de Ipatinga, tam-bém passou por uma reforma recente e está apto a receber produções nacionais e internacionais, cursos, oficinas e palestras. Oferece ao público um teatro com 206 lugares, além de uma galeria climatizada e uma área para coquetel.

Acesso à cultura

Modernização dos Espaços Culturais

A Usiminas já patrocinou 1.950 projetos desde a

criação do Instituto Cultural Usiminas, há 21 anos

O Teatro Zélia Olguin, localizado no bairro Cariru, tem capacidade para receber 206 pessoas - Foto: Nilmar Lage

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O Instituto Cultural Usiminas, criado pela Usiminas em 1993, tem a importante função de pensar, desenvolver e gerir toda a política de atividades culturais, esporti-vas e sociais da Usiminas em suas áreas de atuação, sob os pilares da inclusão, formação e desenvolvimento do cidadão.

Ao longo dos seus 21 anos de existência, o Instituto Cultural Usiminas tem se pau-tado por uma intensa atuação no campo sociocultural, beneficiando e promovendo projetos que impulsionam o desenvol-vimento de comunidades com as quais a Usiminas se relaciona. A Usiminas já patrocinou mais de 1.950 projetos.

Além do patrocínio de projetos culturais e esportivos, o Instituto Cultural Usimi-nas é responsável por gerir seus próprios espaços culturais em Ipatinga, Centro Cultural Usiminas e Teatro Zélia Olguin, desenvolver programas e elaborar proje-tos próprios.

O instituto Cultural Usiminas

A Galeria Hideo Kobayashi é o principal espaço da cidade para receber mostras e exposições de arte - Foto: Divulgação

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A banda que abriu seu show, Cumpadre Nestor, foi escolhida por meio de votação popular em um concurso promovido pela Usiminas. O que achou dessa iniciativa?

Achei louvável. Uma oportunidade dessas pode ser o pontapé inicial para uma virada na trajetória da ban-da. Numa apresentação para um público maior o grupo acaba ganhando mais atenção, o que pode gerar muitas coisas boas.

O show foi realizado em um espaço aberto. Quais as mudanças você promove no repertório de acordo com o local onde vai tocar?

Num show fechado posso lançar discos e priorizar as canções novas. Mas num show aberto ao público (como foi a apresentação no Parque Ipanema) o repertório preci-sa ser variado porque muitas pessoas não tiveram a chan-ce de assistir aos shows antigos. Pelo fato do público ser muito variado, damos prioridades aos grandes sucessos e apresentamos somente algumas canções novas.

Gilda Midani

Entrevista com o tremendão

“Sou quase um gêmeo univitelino da Usiminas”

shOW

Usiminas celebrou aniversário com show de Erasmo Carlos A apresentação do Tremendão em Ipatinga reuniu milhares de pessoas no Parque Ipanema

Nada mais apropriado para uma empresa que se preocu-pa com a atividade cultural do Vale do Aço do que comemo-rar o aniversário com o show de um dos mais importantes cantores da história da música brasileira. A apresentação de Erasmo Carlos em Ipatinga fez parte das comemorações do cinquentenário da cidade e do aniversário de 52 anos da Usi-minas, celebrado hoje, dia 26 de outubro. O evento integrou também o projeto “Série MPB”, que é executado por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cul-tura de Minas Gerais, e conta

com o patrocínio da Usiminas e realização da Plural Cultural e Entretenimento.

No show, o lendário Erasmo Carlos apresentou seu 28º álbum, Gigante Gentil, apelido dado ao músico por amigos, que representa a personalidade amável do roqueiro. O trabalho conta com grandes parcerias. A romântica “Sentimentos Com-plicados” tem letra de Caetano Veloso e música de Erasmo. Ele também assina as faixas “Manhãs de Love” e “Teoria do Óbvio”, com Arnaldo Antunes, e “Amor Na Rede”, com Nelson

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Com 53 anos de carreira você continua produzindo. De onde vem a motivação para seguir com a carreira? Já pensou em aposen-tadoria?

A Usiminas tem quase a mesma idade que eu tenho de carreira, pos-so dizer que sou quase um gêmeo univitelino da empresa (risos). Vou parar um dia... no dia que eu mor-rer. Sou compositor e tenho que compor. Minha vida é agora, então tenho que trabalhar agora para me sentir vivo. Tenho que trabalhar com os meus contemporâneos, com a música que é feita hoje.

Quais os seus parceiros musicais atualmente?

Nos últimos tempos tenho toca-do com a Paula T oller, Thiaguinho, Marcelo Jeneci e muitos outros. São artistas de estilos diferentes, mas estou aqui pra dançar a música que está sendo tocada. O dó maior é o mesmo para todos. Na grava-ção do meu novo álbum (Gigante Gentil) procurei músicos que não se conheciam para trabalhar junto. Gosto dessas misturas e acho que elas dão um bom resultado.

Qual é o seu público hoje?Minha geração é fiel e segue me

acompanhando. Mas também há muitos jovens, pessoas que ficam conectadas na internet. Elas conhe-cem alguma música nova na web e procuram as antigas. Por isso acho importante continuar produzindo, porque os jovens se interessam por coisas novas. Seria fácil pra mim viver da Jovem Guarda, mas quero sempre fazer algo novo.

Como você avalia o cenário mu-sical brasileiro hoje?

Hoje há uma banda em cada es-quina, um cantor em cada casa. Os tempos mudaram, atualmente há mais informações e informações cada vez mais rápidas. Me mante-nho conectado para acompanhar tudo isso, mas às vezes é impossível, porque chego a receber material de mais de 20 artistas por dia. Porém, a tecnologia deixou tudo perfeito e afinado demais. Gosto do erro, no erro é possível ver a emoção do artista. Para mim isso é até mais importante que musicalidade.

Quais são os artistas que você gosta de ouvir hoje?

Gosto muito de Vanguart, O Terno e Cachorro Grande. Sem falar nas mineiras mais antigas como Skank e Pato Fu.

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shOW

“toca Aí com o tremendão”

Banda Cumpadre Nestor venceu

concurso promovido pela Usiminas e abriu

o show de Erasmo Carlos em Ipatinga

No dia 18 de outubro a Usiminas celebrou 52 anos de história presenteando o público do Vale do Aço com um show gratuito de Eras-mo Carlos no Parque Ipanema. A apresenta-ção do Tremendão veio como um presente

da empresa, mas a escolha do grupo que abriu o show foi uma decisão do público. A banda Cumpadre Nestor foi a escolhida pelo voto popular, por meio do concurso “T oca Aí com o Tremendão”, promovido pela Usiminas. O grupo vencedor recebeu 49% dos votos.

Criada há oito anos, a banda formada por Fabia-no Ferreira (bateria), Rodrigo Barbosa (contrabaixo), Júlio Corrêa (guitarra), Fabrício Raposo (percussão) e Fábio Roberto (vocal) tem diversas influências musi-cais, que vão do rock ao reggae, passando pelo forró, hip hop e uma pitada de baião. “Ficamos muito feli-zes em vencer o concurso. Isso mostra que o público

do Vale do Aço gosta do nosso trabalho”, contou o guitarrista Júlio Corrêa, lembrando que a banda vem focando em composições próprias no último ano.

Com mais de três mil fãs na página oficial da banda no Facebook, os músicos sabiam que tinham uma chance de vencer a disputa. “Temos uma galera que nos acompanha há muito tempo. E saber que, além deles, outras pessoas também curtiram o nosso trabalho e deram seu voto é muito importan-te para nós”, disse o guitarrista. “Ficamos felizes de abrir um show do Erasmo. Ele é um ícone do rock nacional e todos da banda gostam de seu estilo e sabem da importância dele para a música”, decla-rou Júlio. “Também foi muito positivo tocar para um grande e diverso público. Tivemos a chance de levar nossa música para pessoas de quase todas as faixas etárias”.

Grupo vem investindo cada vez mais em músicas próprias- Foto: Andreza Girardelli

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24 suplemento especial | diário do aço | outubro 2014

A história do Cumpadre Nestor não é mui-to diferente das histórias das outras bandas de rock. Eles começaram a tocar no lugar preferido da casa de todo músico: a garagem. Em 2006 o grupo começou a tocar em festas de amigos, e daí foi para os bares e eventos fechados da cidade. Em seguida, casas de shows, outras cidades do interior de Minas e festivais.

Na sequência o grupo passou a abrir shows de grandes artistas, como Paralamas do Sucesso, NX Zero, Planta & Raiz, Jota Quest, Tianastácia, inclusive Humberto Gessinger (líder do Engenheiros do Hawaii) e O Rappa, duas das maiores referências musicais da banda ipatinguense ao lado de U2, Natiruts, Barão vermelho, Bob Marley e Nando Reis.

No início o Cumpadre Nestor só tocava covers, mas sempre com uma pegada nova, mais próxima do estilo da banda. Aos poucos o grupo ganhou destaque na região por fazer um som diferente do que as pessoas estavam acostumadas a ouvir. Com o passar do tempo, a identidade musical do grupo foi criada.

Em julho de 2013, antes de abrir um show do Rappa, em Ipatinga, a banda conheceu uma pessoa que seria muito importante na trajetória do grupo: Ricardo Vidal, produtor do grupo carioca. “No mesmo dia mostramos nossas músicas pra ele, que não pensou duas vezes antes de dizer ‘acreditem nos sonhos e na música de vocês’. Essa frase nos deu uma força enorme e, então, decidimos colocar nossas próprias canções no repertório e tocá--las sem medo”, lembrou Júlio. “A aceitação do público que já estava acostumado a ouvir nosso som foi massa, o que nos trouxe ainda mais confiança para seguir no caminho autoral. A partir da amizade e do constante aprendizado, Vidal nos ajudou a criar e apu-rar a identidade da banda”.

T ocar músicas próprias para o maior nú-mero de pessoas passou a ser o objetivo do grupo. “Nesse momento, o sítio do Bibi se transformou no nosso QG, lá foi montado um estúdio da hora com a estrutura perfei-

ta para criarmos nossas músicas. No final de 2013, colocamos nosso sonho de fazer da Cumpadre Nestor um sucesso nacional como uma meta de vida, prioridade acima de qual-quer outro projeto”, declarou o guitarrista.

Em 2014, com o CD quase pronto, o Rappa veio novamente a Ipatinga, quando Vidal lançou um desafio aos integrantes do Cum-padre Nestor: abrir o show novamente, mas dessa vez, no palco principal e na condição de tocar apenas músicas autorais. “Subi-mos no palco com certa insegurança, mas já estávamos certos de que nosso trabalho tinha qualidade. T ocamos para 12 mil pesso-as. Algumas até já cantavam nossas canções. E para nossa surpresa, mesmo quem não conhecia tentava cantar o refrão ou alguma outra parte, o que foi muito gratificante”.

trajetória trabalho autoral

“A aceitação do público que já

estava acostumado a ouvir nosso

som foi massa, o que nos trouxe

ainda mais confiança para seguir

no caminho autoral.”

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Linha do TempoCinco décadas de sucesso

1962 1964 1965

Em 2014 Erasmo Carlos completa 53 anos de carreira e a Usiminas celebra 52 anos de história em Ipatinga

>> Depois de acabar com sua primeira banda, Snakes, Erasmo Carlos virou crooner do grupo Renato & Seus Blue Caps. Por meio da banda, ele deu início à lendária parceria com Roberto Carlos, que gravou a versão de Erasmo de “Splish Splash” com o grupo.

>> A Usina Intendente Câmara é inaugurada no dia 26 de outubro de 1962, em Ipatinga, com o acendimento do Alto-Forno 1, dando início, 24 horas depois, à primeira corrida de gusa e, portanto, à primeira produção industrial da Usiminas.

>> O Tremendão é contratado pela gravadora RGE para ser o nome do selo no já disputado mercado do iê-iê-iê, reflexo comportamental local à beatlemania.

>> Início da exportação de aço com o embarque a bordo do navio “San Miguel”, no Porto de Vitória, do primeiro carregamento de chapas grossas para a Argentina.

>> O movimento Jovem Guarda ganhou força com um programa na TV Record apresentado por Erasmo, Roberto Carlos e Wanderléa por três anos seguidos.

>> São inauguradas a Laminação de Tiras a Quente, a segunda bateria da Coqueria, a Linha de Acabamento de Tiras a Quente, o segundo Alto-Forno e a Laminação de Tiras a Frio. Essas inaugurações permitem a complementação do ciclo que torna a Usina Intendente Câmara uma usina de produção integrada.

A parceria entre Erasmo e Roberto Carlos começou nos anos 60 - Arquivo/Divulgação

A produção industrial da Usiminas começou em 62 - Arquivo Usiminas

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Década de 70

Década de 80

Anos 2000

Década de 90

Influenciado pelo Tropicalismo e pela música negra americana, o cantor cravou sequência antológica de discos durante toda a década de 70 pela PolyGram.

Erasmo trabalhou esporadicamente neste período, quando regravou antigos sucessos, participou de homenagens à Jovem Guarda e de discos-tributo.

A Usiminas Mecânica é criada para agregar valor ao setor de bens de capital e infraestrutura. No ano se-guinte inicia a fabricação de estruturas metálicas e de pontes, para promover a utilização do aço, e inaugura sua fábrica de perfis soldados, em Ipatinga.

Em 1974, a inauguração do Alto Forno nº 3 proporcio-nou à Usiminas capacidade de produção de 3,5 milhões de toneladas de aço ao ano. Juntamente com o início da operação do Alto Forno 3, foram iniciadas as obras do Forno Contínuo de Reaquecimento de Placas nº 2, para duplicar a capacidade de produção da laminação de tiras a quente da usina.

Com a abertura da economia brasileira, a Usiminas foi a primeira empresa a ser privatizada no País. Em 1991 o leilão de privatização da Usiminas marcou o início do Programa Nacional de Desestatização (PND). A compa-nhia foi escolhida entre várias empresas para abrir o ci-clo de negociações por ser considerada um atrativo para o setor privado.

Em 93 foi criado o Instituto Cultural Usiminas, foi neste ano também que a Usiminas adquiriu parte do controle acionário da Cosipa, instalada em Cubatão (SP), amplian-do a capacidade e a base de clientes do grupo.

Em 1996 a Usiminas foi a primeira siderúrgica do Brasil e a segunda do mundo a alcançar o certificado ISO 14001 (de gestão ambiental).

Em 2001, o Tremendão completou 60 anos e lançou seu 22º disco: “Pra Falar de Amor”. No final de 2002, os 40 anos de carreira de Erasmo foram comemorados com o lançamento da caixa “Mesmo Que Seja Eu” – contendo toda a sua discografia no perí-odo 1971-1988, recheada de material bônus raro e inédito. No ano seguinte, ao final do 10º Prêmio Multishow de Música, Erasmo foi o grande homenageado da noite – com um prêmio especial pelo conjunto da obra.

Em 2009 lançou o livro “Minha Fama de Mau”; no mesmo ano lançou o CD “Rock n Roll” por sua gravadora Coqueiro Verde Records. Em 2011 lançou o álbum “Sexo”, foi premiado como melhor compositor pela APCA e “Roupa Suja” entre as melhores mú-sicas pela tradicional revista de música Rolling Stone.

Em 200 foi inaugurada a Unigal, joint venture entre Usiminas e Nippon Steel & Sumitomo Metal Corporation, em Ipatinga. A parceria inaugura a primeira linha de galvanização a quente (HDG), produto de alto valor agregado, bastante demandado pelas montadoras. Em 2011 a Unigal Usiminas inaugura uma nova linha de galvani-zação por imersão a quente. O novo investimento mais que duplica a capacidade de produção de aços galvanizados da companhia, visando atender à crescente demanda do mercado automotivo nacional. Em 2013, como resultado de um trabalho de maior integração com seus clientes, a Usiminas registra o maior patamar de vendas inter-nas dos últimos cinco anos: 5,4 milhões de t.

Nos anos 80 o Tremendão obteve grande sucesso comercial com os discos “Erasmo Carlos Convida...” (1980), “Mulher (Sexo Frágil)” (1981) e “Amar Pra Viver ou Morrer de Amor” (1982).

Em 1980 a Usiminas inaugura seu novo Edifício Sede, em Belo Horizonte. Em 1984 é realizada a primeira edição do Projeto Xerimbabo.

Erasmo já era um compositor reconhecido na década de 70 - Arquivo/Divulgação

Nos anos 70 a Usiminas passou a produzir 3,5 milhões de toneladas ao ano - Arquivo Usiminas

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CULtURA

Fundação Aperam Acesita celebra 20 anos com projetos de sucessoEm 2013, mais de 80 apresentações de teatro, música e dança reuniram um público superior a 20 mil pessoas em Timóteo

Em 1994, o prédio da antiga Casa de Hóspedes, local utilizado para receber profissionais que acorriam à região para trabalhar na siderúrgica de Timóteo, deu lugar à Sede da Fundação Aperam Acesi-

ta. Desde então, a Instituição zela pelo compromisso de contribuir para o fortalecimento contínuo e sustentável das comunidades nas quais a Aperam South America atua, por meio do assessoramento e acompanhamen-to de projetos em quatro eixos principais: educação, cultura, meio ambiente e promoção social. Além disso, é responsável pela gestão do Centro de Educação Am-biental – Oikós – e do Instituto do Inox, esse último em

parceria com a Associação dos Aposentados e Pensio-nistas de Timóteo.

Completando duas décadas de atuação, a Fundação Aperam Acesita coleciona uma contribuição incalcu-lável à cultura e à arte no Vale do Aço e Vale do Jequi-tinhonha. As ações de foco cultural realizadas pela Fundação promovem o crescimento artístico regional, identificando, fortalecendo e divulgando os grupos, as formas de expressão cultural, interagindo com outras instituições do setor e ampliando o acesso da popula-ção a essas manifestações. São iniciativas que benefi-ciam artistas, educadores, estudantes, empregados da Aperam, familiares e comunidade em geral.

As ações de foco cultural realizadas pela Fundação promovem o crescimento

artístico regionalFoto: Divulgação

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28 suplemento especial | diário do aço | outubro 2014

Números e projetos

Entoando emoções

Somente em 2013, mais de 80 apresentações de teatro, música e dança reuniram um público superior a 20 mil pessoas. No Centro Cultural da Fundação Aperam Acesita, as dez exposições realizadas, também no ano passado, registra-ram mais de cinco mil visitantes. A esse número é possível acrescentar cerca de 1.500 estudantes de escolas do Vale do Aço, que participaram de visitas monitoradas ao longo do ano.

Para a Fundação, a arte e a cultura constituem o valioso patrimônio de uma sociedade. Por isso, além de possibilitar o acesso das pessoas às

manifestações culturais, com apresentações de projeção nacional, o Centro Cultural busca, prin-cipalmente, valorizar a produção artística da região. “Através das atividades regulares, como cursos, oficinas, peças teatrais e exposições, ou através dos grandes eventos anuais, como o Festival Arte Viva e a Cantata de Natal, a Funda-ção está sempre de portas abertas para receber a comunidade”, garante o presidente da Funda-ção Aperam Acesita, Venilson Vitorino.

Integrante da companhia teatral Corpo de Prova, que se popularizou com o espetáculo

“Santinhas do Pau Oco”, Marcelo Oliveira fala sobre o apoio da Fundação aos grupos de teatro. “Além de disponibilizar o teatro do Centro Cul-tural sem qualquer ônus para os grupos, a Fun-dação assessora e divulga os nossos espetácu-los. T odos os anos, quando realiza o Festival Arte Viva, prioriza a compra de peças locais. Também, por meio da Fundação, já participamos de pro-jeto de Lei Estadual de Incentivo à Cultura, com realização de estudo, palestra, oficina e o nas-cimento do espetáculo “Romeu e Julieta - Uma comédia Milkshakespeare”, afirma.

O ano em que a Fundação Aperam Acesita chega a duas décadas de atuação será, também, o ano da 20ª Cantata de Natal. Isso porque a paixão pela música, que motivou a criação do primeiro Co-ral de Timóteo, antecede até mesmo a existência da Instituição. O Coral Aperam começou há 26 anos com um grupo de empregados e os ensaios eram realizados no Elite Clube. Hoje, além do coro adulto, a Fundação também mantém “Meninas e Meninos Cantores da Aperam”, formado por filhos de empregados e comunidade, com idades entre 7 e 15 anos. O objetivo é disseminar o gênero no município, asses-sorando a prática do canto. Ao todo, mais de 50 pessoas integram os coros, partici-pando de ensaios semanais, com aulas técnicas vocais e canto, leitura, música, solfejo e história da música.

A meio soprano Bárbara Pogiali, de 13 anos, participa do coral infantil há quase

dois anos. “Eu adoro. Um dia, descobri que poderia fazer o teste para participar. Foi assim, com a aprovação do maestro Lu-ciano Mendes, que eu passei a fazer parte do coro”, conta. Para Bárbara, as apresen-tações são o ponto alto dessa atividade. “Mesmo participando de eventos da Ape-ram, sem dúvida, nossa maior expectativa é com as cantatas. A família toda vem assistir. Fico muito feliz”, confessa.

As tradicionais cantatas de Natal reú-nem milhares de pessoas, todos os anos, em três dias de apresentações, no prédio da Fundação. O espetáculo de vozes, tão esperado, fica ainda mais bonito com a decoração e iluminação preparadas especialmente para o fim do ano. Outra iniciativa bastante prestigiada foram as apresentações de canto coral. Entre as tradicionais cantatas de Natal e outros eventos, mais de 12.600 ouvintes aplaudi-ram os coros da Fundação.

Fundação mantém o “Meninas e Meninos Cantores da Aperam”, formado por filhos de empregados e comunidade

Foto: Divulgação

Guardiã da memória

Outro importante papel assumido pela Fundação nesses anos de atuação está voltado para a preservação da história da empresa. Recentemente, a Fundação e a Aperam reinauguraram o Museu Aperam South Ame-rica. O segundo piso do Centro Cultural abriga painéis, mobiliários, objetos, documentos e outros artefatos que preservam e contam a história da Aperam e de Timóteo. Nas fotos do acervo da Companhia é possível observar a evolução da cidade, nos mais variados aspectos.

As dez exposições realizadas em 2013 no Centro Cultural da Fundação Aperam Acesita registraram mais de cinco mil visitantes Foto: Divulgação

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Quando instaladas na região, Aperam South America e Usiminas foram as responsáveis por erguer o local com milhares de oportunidades de emprego e renda. Com o passar dos anos, os braços sociais das empresas desenvolveram diversas áreas, como educação, saúde e esporte. Com o desenvolvimento de outros setores da economia e a crise no mercado siderúrgico, os grandes grupos não permaneceram sendo as únicas fontes de renda da população. Mas mesmo com esse cenário, Aperam e Usiminas ainda são os grandes sustentáculos da economia do Vale do Aço.

Para Cecília Ferramenta, prefeita de Ipatinga, as his-tórias do município e das empresas Usiminas e Usimi-nas Mecânica se fundem. “A partir da escolha do então distrito de Coronel Fabriciano para sediar a siderúrgica, Ipatinga começou a nascer, se desenvolveu e se trans-formou neste município que hoje é um orgulho para todos nós”, declarou. “Aqui a empresa também encon-trou o respaldo de um povo trabalhador, que tem um histórico de superação e capacidade de mobilização e envolvimento, que também contribuiu decisivamente para o sucesso da empresa”.

A prefeita ressaltou ainda o histórico interesse do gru-po em desenvolver o município onde está situada. “Ao longo dessa trajetória, a Usiminas sempre teve presen-ça marcante na nossa cidade, especialmente quando era dirigida pelo doutor Rinaldo Campos Soares. Mais que sua importância econômica, pela geração de im-postos e empregos, a Usiminas sempre se fez presente e deu uma importante parcela de contribuição para o de-

senvolvimento social da cidade, fazendo parcerias com a Prefeitura, apoiando clubes e entidades, incentivando a cultura e o esporte”.

Apesar da crise econômica que afetou o setor nos últimos anos, a prefeita de Ipatinga pontuou que a si-derurgia ainda é o grande impulsionador do município. “Ainda estamos em meio a uma crise mundial no setor siderúrgico, provocada, principalmente, pela absurda concorrência com os produtos chineses. É um problema que está afetando não só a indústria brasileira, mas também de vários outros países. Precisamos nos arti-cular e defender a siderurgia nacional, especialmente porque consideramos um setor estratégico para o País”, falou Cecília. “Acreditamos que vamos superar essas adversidades e construir um caminho para a retomada dos investimentos pela empresa, o que é fundamental para Ipatinga viver um novo ciclo de desenvolvimento. E que a empresa e Ipatinga sigam de mãos dadas para oferecer o melhor para a nossa gente, para quem traba-lha na empresa e para quem vive na cidade”.

Parcerias de sucessoEntre os benefícios que a empresa trouxe à cidade

está a negociação do IPTU. “Prefeitura e Usiminas fir-maram muitas parcerias ao longo da história. Podemos citar as negociações de IPTU, que, além dos recursos pagos pela empresa, possibilitaram a construção de escolas e investimentos em infraestrutura na cidade”.

Além da área econômica, os braços sociais da Usimi-

nas se expandiram para impulsionar outros setores da sociedade. “A empresa sempre se fez presente no nosso cotidiano apoiando entidades, grupos organizados, clu-bes sociais e de serviços. Na cultura também teve papel fundamental, não somente por patrocinar atividades, mas por essa iniciativa representar um incentivo para que nossos artistas se desenvolvam cada vez mais. Podemos dizer que somos, hoje, uma das cidades mais efervescentes em cultura, e isso é um reflexo do incen-tivo que a Usiminas e a Prefeitura proporcionaram ao longo dos anos”.

Otimismo para o futuroPara Cecília Ferramenta, a empresa tem todas as

condições de superar o momento difícil e voltar a ser a potência que sempre foi na região. “Em nome dos ipatinguenses, quero parabenizar a Usiminas nesse momento em que comemora mais um ano de operação e dizer que estamos confiantes que a empresa supera-rá essa crise, pois acreditamos muito no potencial dos seus diretores e seus trabalhadores, que em muitas oportunidades já nos deram essa comprovação. Com a graça de Deus, tempos melhores virão”.

Além da prefeita de Ipatinga, os presidentes das associações comerciais da região, presidente da Fiemg Vale do Aço e o prefeito de Timóteo, Keisson Drumond, avaliaram o atual cenário econômico local e o impacto que as empresas ainda exercem sobre a nossa região. Confira as entrevistas.

ENtREVistAs

Força que se mantémUsiminas e Aperam celebram mais um ano no Vale do Aço permanecendo como os principais pilares da economia local

A prefeita de Ipatinga, Cecília Ferramenta, ressaltou as parcerias com a Usiminas e a força que a empresa tem

para superar o momento de crise Foto: Divulgação

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O que a Aperam south America representa para timóteo?

A empresa deu continuidade à produção de aço inox, implantada em 1944 com a estatal Acesita, e re-presentou a continuidade de crescimento e desenvol-vimento para Timóteo durante o auge de produção e consumo de aço inox. Parte da receita do município está direta e indiretamente vinculada à empresa, seja por meio dos tributos pagos diretamente à Prefeitura e empregos gerados, seja pelo consumo de bens e serviços dos empregados da Aperam na cidade.

É possível imaginar a cidade sem a presença da empresa?

Como parte da receita de Timóteo está atrelada à Aperam, sendo assim, a presença da empresa viabi-liza a realização de diversos projetos e a prestação de serviços essências na cidade.

Recentemente o setor de siderurgia sofreu com a crise internacional. Como o município reage a esse momento?

O município de Timóteo procura se adequar ao novo cenário econômico apresentado nesse perío-do, equilibrando receitas e despesas, com vistas a minimizar os impactos econômicos e sociais para os munícipes.

Qual a expectativa para o futuro da Aperam em timóteo?

A expectativa é a de que a empresa continue tra-balhando para aumentar produção e venda tanto para o mercado interno como para a exportação, possibilitando assim melhorias sociais e econômi-cas para o município de Timóteo e ainda gerando novos empregos.

A empresa é uma forte investidora da cultura na cidade. Qual a importância da valorização cul-tural e como a Prefeitura apoia essa iniciativa?

A atuação cultural realizada pela empresa, por meio da Fundação Aperam Acesita, é de funda-mental importância para os timotenses. Acontece com a promoção de eventos culturais que valo-rizam a população de Timóteo. Eles dispõem de espaço adequado e, com boa estrutura, recebem diversas montagens culturais como peças, exposi-ções, shows, mostras, além da realização de outros projetos voltados para a comunidade a um baixo custo ou gratuitos. A Prefeitura também atua nesse sentido sempre apoiando essas ações seja com instalações físicas, seja com outros tipos de atuações para fortalecer o trabalho realizado pela Fundação Aperam Acesita em Timóteo.

Prefeito de timóteo ressalta parcerias com a Aperam

Keisson Drumond, prefeito de Timóteo - Foto: Divulgação

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Em Timóteo, a presença da Aperam South America sempre foi o grande impulsionador da economia local. “As indústrias são a base de sustentação e de trans-formação de toda e qualquer economia. No Vale do aço não é diferente. Atualmente a Aperam, ex-Acesita, continua sendo o braço forte de sustentabilidade de Timóteo bem como a Usiminas é de Ipatinga”, declarou o presidente da Aciati-CDL de Timóteo, Antônio Teixei-ra Neto, apontando que as empresas estão sujeitas às oscilações mercadológicas que acontecem no mundo. “A Aperam funciona como se fosse o fluxo de caixa desta outra empresa chamada cidade. Através da sua empregabilidade, geração de riqueza, renda e tributos ela alimenta a economia que faz Timóteo girar”.

O presidente lembrou ainda que o momento difí-cil vivido pelas empresas abre espaço para reflexão sobre o mercado. “É preciso reavaliar e reconduzir os procedimentos. Esta é uma visão empreendedora e entendemos que a categoria que representamos está inserida. Ações e procedimentos austeros estão sendo

tomados e continuarão a acontecer para manter viva esta chama que já oscilou por algumas vezes e sempre se manteve e se manterá firme no propósito para qual ela foi criada”, disse Teixeira. “O momento é de cautela e de preparação para os dias melhores que certamente virão”.

O otimismo com o futuro e os bons frutos colhidos ao longo dos anos faz com que o aniversário da Ape-ram seja celebrado com carinho por todos. “Timóteo e região cultivam os reflexos da chegada da indústria por aqui. Sem dúvida os 70 anos de nossa grande em-presa nos faz felicitar o crescimento que ela nos trouxe. E por isso é merecedora de nosso reconhecimento”, declarou o presidente da Aciati. “A sua presença nos fortifica e reafirma que a energia que nos une é a força de trabalho que nos sustentará até atingirmos o nosso objetivo, que é a retomada do crescimento econômico e social sustentável dentro dos padrões que almeja-mos e merecemos. Esta força e esta união reúne todos motivos para comemoração”.

“A Aperam é a base de sustentação de Timóteo”

O vice-presidente estadual e presidente regio-nal da Fiemg Vale do Aço (Federação das Indús-trias de Minas Gerais), Luciano Araújo, também ressaltou a importância da Usiminas e Aperam South America para a formação da região. “O Vale do Aço nasceu com os investimentos dessas duas empresas. Elas cuidavam de praticamente tudo; de lazer, educação, saúde, segurança, entre outras áreas. Mas hoje o mundo é outro”, apontou Lucia-no. “Com a globalização do mercado as empresas precisam focar em competitividade, e com isso a região precisa se reinventar e não ser dependen-te dos grupos industriais”, disse. “A Fiemg vem trabalhando nesse sentido fazendo esforços para a duplicação da BR 381, que é um corredor muito importante para a região”.

Luciano Araújo vislumbra o futuro com outra postura por parte das empresas. “Acho que o caminho para o futuro já está sendo seguido, que é focar no mercado e se reinventar. As empresas estão buscando a inovação e trabalhando para agregar valor ao seu produto final”, destacou.

Apesar dos momentos difíceis vividos pela empre-sa nos últimos aos, devido à crise internacional, a Usiminas ainda se mantém como âncora da econo-mia local. “A empresa é o principal pilar do fomento econômico do Vale do Aço”, declarou o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Ipatinga, Cláudio Zambaldi. “A Usiminas desenhou Ipatinga, sem ela a cidade não teria seu norte, sua vocação. A presença da empresa destacou a região no mapa nacional, atraindo investimentos e gerando empre-go e renda”.

Zambaldi ressaltou ainda a importância direta da empresa no comércio. “A Usiminas norteia o comér-cio da região. A forte injeção financeira proporcio-nada pela empresa sempre impulsionou o setor, principalmente com o 13º salário e PL (participação nos lucros) para compras no final do ano (natal)”, lembrou ele. “A Usiminas vem seguindo uma trajetó-ria de sucesso em Ipatinga, e o que esperamos para o futuro é que ela se reestabeleça e volte a ter a for-ça que sempre teve nacionalmente. T oda a indústria passa por um momento complicado, e esperamos tempos melhores com a nova gestão, e que os políti-cos eleitos neste mês trabalhem para o crescimento econômico e na tão esperada e prometida reforma tributária”, pontuou o presidente da CDL.

Para o presidente da Associação Comercial, Industrial, Agropecuária e de Prestação de Serviços de Ipatinga (Aciapi), Luís Henrique Alves, é impossível desassociar a imagem de Ipatinga da empresa. “A história da cidade e da Usiminas é praticamente uma só. Responsável di-reta pelo desenvolvimento do município, a empresa foi e continua sendo um dos pilares de nossa economia. Para o comércio, a importância da siderúrgica se dá pelo fato de gerar emprego e renda, possibilitando que seus funcionários e demais trabalhadores ligados à ela consumam e façam a economia girar”, pontuou ele. “É difícil imaginar Ipatinga sem a Usiminas e vice-versa”.

Apesar dos momentos difíceis vividos nos últimos anos, o presidente da Aciapi vê o futuro com otimismo. “Após passar por um período turbulento, a indústria do aço parece se recuperar, o que é um bom sinal e motivo de expectativa. Devemos comemorar o fato da Usimi-nas se manter em atividade, sempre em parceria com os principais órgãos e entidades de Ipatinga”, declarou. “A expectativa é de que a Usiminas volte a ter a impor-tância que sempre teve em nossa economia. Sabida-mente, a siderúrgica sempre foi a principal geradora de emprego e renda de Ipatinga e do Vale do Aço. Hoje, esse papel é dividido com os setores do comércio e prestação de serviços. Para os próximos anos, deseja-mos muito sucesso a essa importante empresa, reco-nhecida por sua qualidade e responsabilidade social”.

“Empresas trabalham para se reinventar”

“Sem a Usiminas, Ipatinga não teria seu norte”

“Usiminas continua sendo o motor da nossa

economia”

Luciano Araújo, presidente da Fiemg Vale do Aço Foto: Divulgação

Cláudio Zambaldi, presidente da CDL IpatingaFoto: Divulgação

Luís Henrique Alves, presidente da AciapiFoto: Divulgação

Antônio Teixeira, presidente da Aciati-CDLFoto: Divulgação

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