composition von S. M. Wilhelm II;...

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14/ anno C3-EjKElS,ADOB-IiIBl]B

REDACTOR PRINCIPAL — AGOSTINHO DE CAMPOS

X.

N/ 11:518

ADMDIIIT11D0B kill âlflfto dê Amorin

TêltfBêiê a.* 117

ÍIIH9HI*!

AMlgfmiwai em llaloa

500 réis. Anniuiclos, linha 20 réis. I 900 5 Anmwcloi fiumdmof, II- Avnlio.... 10 » nha40 rélj. Commnnieadoa * ontroi artifoa, «ontrietam-st na adminlrtraglt.

FUNDADOR: PEDRO CORREU Dl SILVA

Terça-fcira 28 de março de 1905

Aaalfaatwâi nas provlmcft&n

1#150 director da IM-

da QsêiKada,

1D1T01 IBIFONSATIL

ills Augusto da Amorin

TYFOiâAFIIA I lMFRKfflO w — Traiêiia da Ouêinada —

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geographies, o que as circunstancias do

nosso passado anornalnente grandioso

não baataren para explicar.

Mas tanben os dotes ainda impor-

tantes qie no presente nos nanteem vi-

vos, e no futuro nos poderão encaminhar

á prosperidade, ainda que não á gloria

do outr'ora, appsrecerão em relevo ao

nosBo hospede. A raça portuguesa, sobiít,

intelligonto, laboriosa, dócil, interessal-o-

ba vivamente. A bondade meiga do povo,

a doçura do seu viver, a sua franca hospi-

talidade, não deixarão de impressionai o.

O tacto e habilidade com que soubemos,

no meio de tantos reveses, conservar os

nossos dsminio8 coloniaes e crear-nos

solidas allianças, já lhe são de sobejo

conhecidos e não terão deixado de con-

tribuir para attrahir sobre nós, n'este

momento, a sua attenção vigilante. Gui-

'' lherme II ter-se ha talves recordado da

phrase bem exacta de Leopoldo II, ao

falar da sua prospera Bélgica:

—Um paia, que é banhado pelo Ocea-

ns, nunca é pequeno.

Por isso demofl, com siacera ale-

gria, as boas-vindas ao Imperador da

Allemanha. Da sua visita não poderão

advir para Portugal senão benefícios.

NÓ3 s nos, apesar de decadentes e pec-

cadores, um dss povos maia calumniadoa

de auadt. Ganbamss, por isso, em ser

conhecidos.

Deviamss, e físemos, a Guilherme II

um acolhimento cor deal e respeite so e

prestar-lhe hemos a homenagem que é

devida ás cuas grandes qualidades e ao

admirável povo de que é Soberano E

confiadamente ficamos esperando que o

eecontro de Imperador som a pivo por-

togue* augment© a sua sympathia por

Lisboa cumpre um alto dever de cor-

tesia, na maneira como recebe o monar-

ch® do poderoso império germânico. A

imprensa sccupando-se usanimamente

de tão superior personalidade prova o

ella i quanto ella impressiona as nossas atten

çõ?s. As festas que em sua honra estão

decorrendo rematam fidalgamente esses

elevados testemunhos de consideração,

Portugal fas o que deve aos seus brios,

ao receber o grande moaarcha allemã»,

mas fal-o com respeito e carinhosa »yaa-

patbia.

Viva «aã ■ajentade o im-

perador Guilherme II1

No Arsenal

A's 11 e meia da manhã chegara®

os addidos militares ao Arsenal da Ma-

rinha, em seguida oa srs. visconde de

Pindella, cande de Tatteabach e os se-

cretarias da legação allemã, ministros

da Marinha e dos Estranjeiroa, conde?

de Tarouca, Sabugosa e Arnoio, major

Garcia Guerreira, centre-almirantes Lo

pes de Andrade, Moraea e Sansa e Her

-enegildo Capello, capitão de mar o

marcha de continência, pelos cornetei-

ros.

O primeiro barco a atracar foi a sa-

veiro conduzindo o pessoal da legação

El Bei, que assistiu á chegada ao

quadro no varandim da intendência do

arsenal, embarcou para o bergantim lo-

go que soube ter o paquete lançado fer-

ro.

Acompanhando o bergantim seguiam

vários escaleres da armada, intendência

almirantado, guigas e barcos de diver-

sas associações de recreio. Ao passar pe-

lo crusador allemão formou toda a guar-

nição na tolda e nas baterias, ouvindo-

se • hymno da Carta executado por to-

das ns musicas que seguiam nos vapores

d& ílotilha levantando se vivas.

Eram 3 e meia quando o «Hamburg»

içau o pavilhão dos Reis de Portugal a

par do pavilhão Imperial.

O Imperador vein receber El Rei ao

portaló.

Durante todo o tempo que El Rei se

csnserviu 3 bordo, no cruaador mante-

ve se a guarnição formada.

Depois d uma demora d'um quarto

de hora, os Soberanos embarcaram no

guerra Augusto Osorio, capitães de frs- bergantim, acompanhados pelos estados-

gata Ernesto de Vasconcellos e Nana maiores, tocando a musica de bordo o

Queriol, capitàes-tenentes Moreno e Ju da Carta, e todas as outras o

dice Bicker, e 1.°* tenentes Gregorio do* byaano Imperial, n'eisa occasiâo, e sal-

Ssntos, Newton e Ivens Ferraz. varam todos os navios.

A' ama e quarenta appareceu o Se- Organiaou-se então o cortejo para

nhor Iifante D. Affonso, fardado de tc- terra, vindo na fronte o bergantim, c«m-

nente-coronel dinfantaria 20 allemã, boiada pelt «Capitania» e «Guiné», e

com o seu ajudante 8srpo. seguiado a galeota e saveira esmboia-

A's duas e cisca deram alli entrada dss pelo «Thetis» e «Dragão».

El-Rei, e-m o grande uniformo de co- Ao passar pelo cruaador allemão, a

ronel também d'infantaria 20 e grâ-crus g uarnição deu os vivas do estylo, tocan-

da Águia Negra; o Principe, d'Alf jreo do os pifants e tambores a marcha da

de laaceiroa com a banda das tres or-

dens, e os srs. marquei de Alvito, coro-

nel Antonio Costa, Foroando de Serps

e major Waddingtcn.

A primeiras salvas em Bolem e eu

toda a margem sul do T p ouviram-se

ás 2 heras e 25.

A'a 2 e 40, sahiu n'uui escaler o con-

tra almirante Moraes e Ssuea

continência, apresentando armas a guar-

da formada na poate.

A nota typiea da marcha executada

pelos pifanes e tambores despertou viva

curiosidade a bordo de todos os barcos.

A meio trajecto destacaram-se do

cortejo a galeota e a caveira que, coa-

dunado a comitiva, apressaram o anda-

mento, para o eequito poder aguardar a ■ *j c seu . i%

allo * * Di. *Íad**te Pereira doe Saatoo, dirigiadi- ! chegada no Cses'daa CÒlamnas" - venha a estreitar, entra f ortugal B0 para bordo do transatlântico, o dar j Quando o cortejo se apprsximava da

e a Allemanha, relações que nem sem- as boas vindas commandante da divisão te"» remperam calorosas manifestações

pre teem sido amigáveis, como precis&m de rG«©rva. Em seguida embarcaram no d® povo estacionado no caes e muralhas,

do ser, oatre doía povos tSo viiiohos na í Sflc»lerjli* »i»istro da Mariihi o mi ! o » bordo dos bsrcot que, formando ex-

afrino o « i I D18tro d® Allemanb-, secretario e addi- cordão, se esnaervaram defronte Africa e cuja cooperação leal o corrects | 0« direcção á boia a que o «ILm- d» Torreiro do Paço.

tanto poio aproveitar a ambes. burgo» devia anarrur.

A's 3 e 20 aihiu da ponte do arsenal

o bergant:m levando a bordo El Rei, o

Principe Real, Infante D. Affonso o mais

commitiva. ,4 chegado do Impe'

perador — A re- ° cortejo fluvial 1 I 1 - J- _ TT

0 desembarque

Portugal e o Ce-

sar Germânico

Em menos de uma semana é a cida

do de Lisboa honrada com ■ visita offi-

cial de dois soberanos das mais podero-

sas nações da Europa. Ha pauoos dias

era a figura graciosa e fina da Rainha

de Inglaterra que nas deslumbrava os

olhas, e nos fasia mais uma ves sentir

quanto a belleaa e a graça resistem á

acção destruidora da tempo, sompre que

mm veio abundante de ternora e bonda-

de as alimenta e renova. Hontem de-

sembarcou no caes das Columaas, n'esse

ptrtico imponente da cidade, um homem

que ainda menos á sua qualidade de

ohefe de eitado que ae forte relevo da

•ua personalidade deve o interesse de

que em teda a parte 6 alva : Sua Ma-

jestade Gailherme II, Imperador da Al-

lemanha, Rei da Prussia.

Não pode deixar de ser para Portu-

gal motiva de satisfação ver a saa capi-

tal, outr'ora gloriosa e opulenta, figurar

hoje com tanta frequência nos itinera

rias dos príncipes que viajam. Também

nãa pode ser nos indifferente que Gui-

lherme II tenha sentido o desejo de vi-

sitar Lisbaa e de dor com essa visita,

aos notoos Reia, e aa povo portague*,

uma prova de sympathia e interesse,

•obre tudo valiosa por partir de quem

nãa pradigalisa tem motiva esses senti-

mentos. Cremos, de resto, saber que a

viagem do Imperador foi annunciada a

Saa Majestade El-Rei por um longo te-

legramas, redigido aos termos maia af-

fectuMoa e honrosos. Isto mais acceatua

o sentido, por todos as raiões lisoagei-

ro, da nova diatineção que nos é feita.

O Imperador da Allemanha pertence

ao numero d'squ:lles Soberanos a quem

Deus concedeu, com o sceptro e a co-

roa, as qualidades eminentes de intelli-

gencia e csracter tão necessárias para

o exercício do cargo, cada dia mais es-

pinhoso, de reinar. E' um homem de ta-

lento e de imaginação. E' um forte de

vontade. E' alguém. Nos seus actos como

nas suas palavras, muitas vesea se en-

contrará originalidade e novidade: ba-

nalidade é que nunca.

Ao subir ao tiirono, logo o seu tem-

peramento imperioso encontrou, a que-

rer contel-o, a barreira formidável do

grande Bismarck. As duas energias cho-

caram-se. E Guilherme II, comprehen-

dendo que, na formula perfeita do nosso

dicta do, duro com duro não faz bom muj

ro, teve a coragem, que a todoi parecia

inverosímil, de afastar do serviço do

Estado o immortal chaieeller que fun-

dára o seu Império.

Toda a Allemaaha, habituada a cres-

cer e a dominar sob a mão guiadora de

Bismarck, estremeceu do espanto e sup •

poi que ia naufragar e porder-se, como

um navio que perdoa a bússola ou o leme,

no moio da tormenta.

Mas todos puderam ver o joven Im-

perador, que voluntariamente assumira

responsabilidades tão graves no começo

do seu reinado, nortear o seu pais, com

bismarckiana energia e muitas vexes

com genial bsm senso, pelo caminho da

prosperidado e do triumpho. A Allema-

nha continuou a ser sob a sua direcção

uma das mais fortes, civiliiadas e pro-

gressivas [nações do mundo. Os proble-

mas difficeis do futuro do Imporia foram

estudados o meditadas com ardor por

Guilherme II, que com o seu interesse

infatigável por tudo quanto ó interes-

sante, as suss qualidades de trabalho, a

espontaneidade o energia do seu cara-

cter, se collocou rapidamente á altura

da grande missão, que decidira exercer.

Na orgaaiasção militar do pais, no

seu poder naval, nas suas empresas co-

loniaes, na sua situação industrial e

agrícola, nas susa lactas politicas, na

jogo melindroso das suas allianças, em

tudo a Allemanha se habituou lentamen-

te a sentir a intervenção e o impulso,

cheios de fé e patriotismo, do ssu Impe-

rador.

E a vos germânica continuou a ter

echo universal, e não foi meãos aprecia

da d© que a ironia rude de Bismarck, a

eloquência impetuosa de Gailherme II.

E' este a Rei excepcional que h»je

distingue Portugal com a sua visita. Por

isso dizemos que o aeu interesse pelo

nosso pais ha de sor um sentimento in-

tenso e não uma fútil curiosidade. Quem

sabe? O Imperador da Allemanha, co-

nhecedor e por certa admirador do nos-

so passado, não tinha acções bastante

nítidas sobre a nossa situação. Quis co-

nhecer-nos melhor, e por isso vem vor-

nos.

Nada temos a receiar da sua obser-

vação e do seu exame. Sem duvida, á

sua vista penetrante aão escapam as nos-

sos defeitos e fraquezas; mas também el

la hade apreciar, como poucos o pode-

riam fazer, o valor das nossas qualida-

des e virtudes.

Os seus olhos, habituados á Historia,

não estranharão que este povo pequeno

e pobre, depois de ter percorrido uma

orbita brilhante e gloria sa coso o a de

nenhum outro, se tenha extenuado e en-

velhecido precocemente A sua iatelligen-

eia, ao ver-nos diminuídos, saberá attri-

beir á influencia secular de uma educa-

ção errada, á acção inevitável, o não só

em nós sensível, do clima e da situação

cepção que Lis-

boa lhe Icz - - A

impressão do nos-

so imperial hos-

pede

Lisboa teve hontem a honra de sau-

dar Sua Majestade o Imperador Guilher-

me II que pela primeira ves se dignou

visitar este pais.

Lisbsa e todo o pais lhe dão as boas

vindas, com o legitimo orgulho causado

por uma visita que marca um aconteci-

mento na historia da cortesia interna-

cional

A impressão que a cidade de Lisboa

recebeu hontem ao ver Sua Majestade

Imperial foi excellente, muito acima até

do que esperava.

E' que todoi os retratos do nosso im-

perial hospede toem-nos mostrado o que

quer que seja de arrogante, de façanha-

do n'essa pbysionomia, realmente sym

pathice em extremo e denuaciativa de

uma bondade nunca desmentida quer

como homem de familia quer como iao-

perante. E' facto que Sua Majestade o

Imperador Guilherme II, quando se

mostra á frente dss snas tropas assume

um ar imponente, coascio da elevada

magistratura que merece n'um império

de tão largas tradições; mas fóra d'eases

actos officiaes, a sua physionemia é af-

fsbilissims, cheia de uma curiosidade de

investigação que denota um espirito su-

perior, caracteres que; lhe conquistam

logo as sympathise publicas.

Hontem, desde que pos pé em ter-

ra, Sua Majestade o Imperador Guilher-

me apresentou se á cidade de Lisboa

com uma encantadora bonhomia e com

um ar de bom rspas que a todos encan-

tou. A maneira perscrutadora e amisto-

sa como olhava para as nossas tropas,

como deu aignpl ao batalhão de alani-

nes da Eschola do Exercito para dea-

cançar, a fórma affectuosa como cumpri-

mentou apertando a mão ao ar. coronel

Barbosa du Bocage a auem conheceu

em Berlim, ganharam-lhe immediata-

mento a estima dos assistentes. E pode-

mos diser sem receio do peccado d'exag-

gero que no Terreiro do Paço e nas ruas

por onde passou o cortejo, houve enthu-

SÍA8Q20 nas saudações cem que a multi-

dão acolheu Sua Majestade Imperial,

que a elles correspondia cem a mais

captivante e fidalga geatilexa.

Era 1 hora quando o «Hamburg»,

tr&sendo pt*I9 albeta do bombordo o cru-

«*dor «Friederic Karl» debreu o C bo

Raso, seguindo em demanda da barra

grande. Immediatamcnte o aemaphorica

de S. Julião içou o signal do codigo,

dando a «Boa vinda», ao mesmo tempo

que nas baterias formava a guarnição do

praça.

A s 2 menos um quarto passava ea

tre torres, salvando par esta occasiâo a

bateria de S. Julião ao pavilhão impe-

rial hasteado no mastro grande de«Ham-

burg». Aa baterias da Lage, D. Amelia,

Maria Pia, fortes de Oeiras e Bom Suc-

cess o, salvaram á proporção que o pa

quete lhes pastava defronte. No «Hsm-

burg» foi então içado o signal de «Agra-

decido».

A borda dos vapores da fíotilba rom

peu o hymao Imperial, levantando-se

enthueiasticca vivas.

O «Kaiser», na ponte, fardode ccw o

uniforme de cavallaria 4, agradecia as

manifestações descobrindo se e saudan-

do com o «kepi». A guarnição conser-

vou se formada nas amuradas. Ao appro-

ximate do Bom Succesao içou o sigaal

Eedindo visita, salvando o crusador á

andeira portuguesa hasteada na bate

ria do Bom Success©, á qual competem

as honraB do porto.

Esta bateria depois de salvar ao pa

vilhão Imperial, agradeceu a salva ao

crusador, ao mesmo tempo que a bordo

do «Hamburg» a banda executava o

hymno da Carta. O aspecto da flotilha

que acompanhava o «Himburg» era sur-

prehendente, vendo se centenas de len-

ços acenando, conservando se todos des-

cobertos emquanto se ouviu o hymno.

Quando passava em frente da Trafsria,

juntou se na praia grande numero de

pessoas saudando o Imperador, acenando

com lenços.

Nas sltnras do Lssareto o «Hambur-

go» affronxou o andamento para receber

• visita de saúde, que não se fes espe-

rar. Dada livre parties seguiu para o

quadro no meio das acclamaçõea de mi

lhares de pessoas estacionadas nas mar-

gens e nos vapores da flstilha.

O «Hamburgo» içou no msstro d'a-

vante a bandeira portugueza. Encorpo

raram-se então no cortejo grande ku-

mero de barcos de vela, apinhados de

povo, que seguiram na esteira dos va

pores até an quadro.

Em todos os barcos mercantes, ao

passar por elles o «Hamburg*», solta-

ram-se eathusiasticos e phreneticos vi-

vas e «hurrahs».

Todos os navion da divisão naval de

reserva apenas avistaram o pavilhão Im-

perial, cumpriram o preceito da orde-

nança salvando com 21 tiros, subindo os

marinheiros ás vergas soltando os vivas

do estylo á medida que o aHamburgo»

lhes passava proximo, tocando o hymno

imperial a bordo do «D. Carlos» a phan

farra, o ouvindo se nos outros navios a

A'd 4 e 5 minutos desembarcaram os

Moiarchas. A colonia allemã, postada á

esquerda do caes, soltava «hurrahs» o

«vivas!», agitando os homens os cha-

péu e as damss os lenço», tendo todos

ao peito laços das côrea allomãa.

A' frente estavam as meninas do Col-

legio Allemão, vwtidaa de branco, com

faixas das três cõres, branco, vermelho

e preto crusadas no peito, da direita

para a esquerda, lançando flórea a Gui-

lherme II, quando Sua Majestade Impe-

rial passava.

No caes estavam a camara munici-

pal com o estandarte desfraldado, mem-

bros da Corte, casa civil e militar de

El Rei, conselho de Estado, etc.

At entrarem aa Majestades no pavi-

lhão, o ar. presidente da camara muni-

cipal avançou, e feita a devida vénia,

leu em francês a alltcução que em se-

guida traduzimos:

«Senhor

A camara municipal de Lisboa, como

representante e interprete dos senti-

mentos da sua população, tem a honra

de dirigir a Vossa Majestade a home-

nagem dos seus cumprimentos de boas

vindas.

Não eó esta capital, como todo n

pais, vê com satisfação o chefe d# po-

deroso Império germânico visitando a

Família Real Portuguesa, dar-lhe um

testemunho significativa d'alts conside-

ração e de cordial estima, e que por

este facto ae congratula jubilosamente

a Nação.

Digne se, pois, Vossa Majestade aco-

lher os protestos do mais vivo reconhe-

cimento do povo d'esta capital, que á

saudação que endereça a Vossa Majes-

tade allia os mais fervorosos votos por

que a Império da Allemanha por largos

annos gose a ventura de ver presidir

aos seus gloriosos destinos um Monar-

cas de tão preclaros dotea e de tão aa-

aignalado prestigio.»

O Imperador ouviu com a maxima

attençla agradeceu também em frsacez

aa boas vindas que lhe dava n cidade.

Então El Rsi apresentou o ar. conselhei-

ro Antonio de Azevedo ao Real hospede;

logo em seguida o sr. marques do Sove-

ral aaudou o Imperador, pusando-o a ai,

e formando grupo áparte com El-Rei se

demorou a conversar todo o tempo que

leveu a chegar o coche que o devia con-

dusir ao Paço de Belem.

Aa ser apresentado ao Imperador o

ar. marques de Penafiol, disse que bem

o reconhecia da legação de Berlim.

Acabava do ser-lhe apresentado o

conselho d'Estado, quando o coche se

acorcou de pavilhão, e como o que pre-

cedia este era a quelle em que iam o

Principe Real e o Senhor Infante D.

Afionao, denominado de «D. Fernando»,

e que é notável pela talha e pintura, Sua

Majestade Imperial teve uma exclama-

ção de surpresa e d'adaoiração, elogian-

do a bellcza dos trens de gala da nossa

Cata Real.

Logo depois o cortejo seguiu a mar-

cha pela ordem já conhecida.

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O cortejo

A' frente os clarins da guarda, noi

tados em ctvalLs hraocos, ceaa as euss

brilhantes fardas côr de anaraato, cam

galõss brancos e capacetes de metal.

Seguem-se esquadtões da puardt

inuoi(*:psl e apparece o cocho de D. Pe

dra II, elegsotusiaao, arrastado por 1

parelhas de eavalioB brancos, com o ce

cheiro d'encaraado na boleia.

Depois, a coche D. Affonio VI, coa-

dasiado o ehefe do gabinetj do Impera-

dor Gailherme, o seu ajudante de campe

e os condes tie Arnoso e major Garcia

Guerreiro, que sobe a rua declivosa, pu

xado egualmente a três parelhas de Ca-

vallo* brancos, ladeado pelos moços de

eitribeira.

E finalmente, os caches de D. Filip-

pa, D. Francisco, D. Marianna d'Austria,

da D. Jsaé I e de D. Fernando, n enor-

me coche real, arrastado por quatro pa-

relhas, ladeado por dei moços de estri-

beira com as aovss librés de gals, de

seda escarlate, eom g-lõei de ouro nas

costuras o grandes bicornios empluma

dos.

A' estribeira cavalga o sr. Craveiro

Lopes, general da divisão. As bandas

entoam o by «no. E um fremitn d'enthu

siaamo percorre a multidão que saúda

com estrepitosos vivas o Imperador al

lemio, que corresponde com continência,

agradecendo, e saúda as bandeiras dss

regimentos.

Fecha o préstito cavallaria 4 e 1

ceiros 2.

No paço de Belem

O Inperadtr era alli aguardado por

3ui Majestade a Kaiaha, que ,vestis

elegantíssima «toilette gris», tendo no

cabello uma «aigrette» da mesma cô.*

com brilhante*. Ao lado de Saa Majes-

tade estava © Iofante D. Manuel, farda-

do da aspirante de marinha, e rodea-

vam-aa a* snas damas em trajo de gala

Saa Majestade recebeu Guilherme

II no vestíbulo do Paço, onde também

catavam os srs. condes de Taroacs, Ca

pello e;G areia Guerreiro.

Feitos os cumprimentos, foi servido

um chá em que figuraram as atamadas

pratarias de D. Pedro V.

EramI cerca d«s 7 horas quando os

nossos Monarchal se retiraram, indo em

carruagens fachadas para o Paço das

Necessidades.

O Imperador Guilherme recebeu de

seguida os membros do corpo diplomá-

tico, residentes em Lubo», e que foram

apresentados paio sr. conde de Tatten-

b icb.

A' cerimonia, que foi muito affactut-

sa, assistiram os srs conselheiro Eduar-

do VilUça, ministro dos estrangeiros;

conde da Tarouca, vice-almiraate Gai-

lherme Capello e m\jsr Garcia Guer-

reiro, offi jiaes portugueses ás ordens do

nosso Kfgio hospede, e os membros da

comitiva;I»peri»l.

Foram apresentadas os srs. Charles

K ou vier, ministro da França; Aibert

0'E'oerjy, ministro da Austria; Mauri-

cio Hansen, miniatro da Inglaterra; Ale-

xandre de Koyaader, ministro da Russia;

barão de Vedei Jarlsberg, ministro da

.Suécia e Noruega; Charles Page Bryan,

ministro da America do N;rts; dr. Al-

freds Torres, encarregado dos nfgscios

do Brasil; marques do Gaasco de Bisio,

mini&tro da Italia; barão de Alberic

Fallon, ministro da Bélgica, e conde de

ia Viíi«sa, ministro de Hespaaha.

A ar." condessa de Tattcabach apre-

sentou, por acu turno, as esposas dos

diplomatas, para quem Sua Majestade

Imperial teve tamb?m palavras de ex-

trema gent lesa.

A recepção, a qae assistiu também o

pessoal de toJsi as legaçõas estrangei-

ras, em Lisboa, accmpanhado por suas

esposas, terminou cerca das sete e tre

quartos.

Depois d* rocopçã®, Sua Mrj ;atade

o Imperador Gailherme foi ao Paço da

Ajuda cumprimentar Sus Majestade a

Riiaha Senhora D. Maria Pia.

Banquete de gala

Para o banquete que se realijoa hon-

tom no Palacio da Ajuda fiíeram-se 240

convites, assistindo os conselheiros de

Estado e ministros effectivos, com suas

esposas, os ch fes de missões eatranjei

ras, na;nosaa;côrte, e eaposas, toda a ca-

sa civil e militar, effectiva e honoraria

de Suas Majestades e Alteias, a comiti-

va do Imperador, o commandante do

«Friednck Ktri» e o administrador dos

Reses palácios.

Na magnifica e imponente sala da

Ceia armaram-se duas longas mesas, ca-

da uma das quaes para 90 convidados,

e na sala D. J>ão IV, que estava tam-

bém lindíssima, uma outra m^ss para 70

convidados.

O serviço foi feito por 9G creados,

com fardas de gala, dirigidos pelos che-

fes das mesas Riaes, Fortunato, auxilia-

do pelo chefe honorário da Casa Real,

Rsmero.

Ao «toaat», Sua Majestade El Rei

levantou um brinde em allemão, a que

respondeu San Majestade Imperial, em

francês.

Durante o jantar, a orchestra da

Real Camara, sob 8 direcção do maestro

Rio do Carvalho, executou o seguinte

programme:

1.° «Saog an Aegir», Sichtung and

composition von S. M. Wilhelm II; 2.°

«Roten aus doa Suden», valti, Strauss;

3°«Rsp9odia de cantos populareg por-

tugneias», Rio de Carvalho; 4.° «Souri-

re d'Avril», valse, Depret; 50 «Chant

du soir», Schumann; 6 o «Orche*tres

«uite», (a) ases Tod, b) aristras Tang,

Grieg.

Todo o átrio estava ornamentado

com vasos de pintas e arbustos e nas

escadarias e salas que dão ingresso á

sala da Ceia viam se também, dispostas

com muito gosto, nos vãos das janellas,

varia* cam< leiras.

Na átrio tocou uma bania regimen-

tal.

0 concerto

R?aliscu-se pouco depois do jantar,

e além das pessoas que assistiram a es-

te, estiveram mais as esposas e filhai de

todos os dignitários da corte, e o major

de Friedburg, ajudante de eampo, ad-

stricto á pessoa do Imperador; almiran-

te Hollmann, ministro d'Estado de Bud-

de, general Kessel, almirante Thom-

son, barões de Varnbuler e de Heiatie

Weissenrode, esnde de S kendorff, grão

mestre da casa Imperial; general Hop-

fer, general de divisão L wenfeld, pre-

sidente de provia.ia, de Bethamann

Hol w «g; general de divisão B.unsig de

Brun, ma#nch 1 da corte reformado bi-

rão d'Eglcffstein, vice-almirante rtfor-

mada Valai*, marechal da corte reforma-

do bsrã» de Re.schacb, Q«n«elh6Íro in-

timo em exercício, dr. Althcff.ex minis-

tro conde de R dern, general de briga

d», na disponibilidade, Heintse de

Kren.-ki; conde Pu kler, «.arechal da

corte reformadr; 1° mestre de cerimo-

niae de Boeder, capitã9 de mar o guer-

ra, de Usedonr; coronel, na disponibili-

dade, de Dre>ky; *ub-:nspecttr dos pa

lacios, de Craaai k; mestre de cerimo-

nias Hesse de Hessenthal, professor

Sihianann, pintor de mariolias, Su war;

major barão de Scndeo, capitão de mar

e guerra na disponibilidade, Grumme.

O programma do concerto é o se-

guinte:

Primeira parte I (a) «Solo ben mio»

(Romance), (b) «Seibtlla mindolcesss»,

Scbummann, sr.a Borgatti, II, «Stornel

lo», Maggi; ir.a Palermi; III, (a) «Tan-

nbauaer», de «Wolfrano», Wagner, (b)

«Êxtase» (Romance), Wieniavtky, sr.

Kaschmann; VI, «Impromptu», eom va-

riações, Sehubert, para piano, Delunee;

V, «Si tu m'nimaift», Djnza, sr.* Dahlan

der; VI, «Voglio amarti», Tasti, cr

Tchiavaasi; VII, «II libro santo»; P4n-

suti, ar.a Giacehetti.

Segunda parte.—-VIII, «Malia», Tos-

ti, sr.a D hlander; IX, «Serenata», Tos-

ti, sr. S hiavsssi; X, «Ave Mana», Ver-

di, sr." Pdlormi; XI, «Freischuts», sria,

Wtber, sr.a B rgatti; XII, «Aprile»,

Tosti, sr.a Giaccbett'; XIII, (a) «Dsn-

sea ho:groxaes», Brshm^; (b) «Paisaca-

gre« sobre um thema de «Haend*!»,

Thomson, pelo violinista Thomson; XIV

«I Medic:», Leoncavallo, sr. Kaschmann.

Oj acompaobamentes ao piano eram

feito* pelo maestro Vicenzo Lombardi.

Findo • coucrto, serviu se a todos

«a convidados uma ceia volante.

As illuminações

Produsiram magnifico eff ito a* il

luminações em todas as ruas, especial

mente na Praça Luis de Camões.

Nsa rua* do Carmo, Garrett, Alecrim

Praça do Mtuicipio e aterra as illumi

nações aã» ar. mesmas qua serviram oas

f atas de Sun Maj istade a Rainha du Ia-

glatcrra, á excepção da ceroa que se er-

guia no largo dss Duas Egr< jas, que fot

aubstituida por uma imperial.

A praça de D. Pedro, está toda em

volta guarnecida por 40 columnas que

sustenta» renques de 100 bicos de gas

em forma de arvores. Os dois lagos

ea'ão guarnecidos por bicos de gas, dum

effaito admirável.

Na rua Áurea não houve illuminação

em consoquencia da falta de tempo para

a collooaçãe das respectivas lampadas.

Tombem illuminaram as suas facha-

das o Banco de Portugal, Monte Pio Ge-

ral, camara municipal, quartéis dos cor-

pos da gaarnição, e varies estabeleci

lentos particulares entre os quaos noa

merece especial mensão a casa Barros e

Silva, o Bico Nacional Áureo, na rua

Aures; a casa Julio Gomes Ferreira, na

Travessa da Victoria; os grandes Arma-

■ena do Chiado, Club3 Tauromachico,

Naval e Liga Naval.

Na praça do Município, n'um coreto,

desde as 8 ás 11 tccou a banda de infan-

taria n.° 11.

Na rua ds Victoria, proximo á egre-

ja, n'um outro coreto, tocou a banda dos

calceteiros municipaet.

No Rooio a banda de infantaria n.°

5, e proximo da egreja dos Martyres a

Academia Iistrucçãa a Recreio Fami

liar Almadense.

A ccncorrencia de povo nas ruas era

numeroaièsima, observando a policia as

mesmas disposições que nas festas da

Raiaha de Iugl&t. rra, sem qu» houvesse

a mais pequena nota discordante.

#

Quando o «Hamburg»» passou em

frente do Caes das Columnas foi geral a

surpresa ao vel o continuar a marcha o

não amarrar á b_ia que lhe eatava dea

tinada. Jalgsu-se ainda a principio que

ia dar a volta para então fundear, mas

logo depois viu se que não era assim,

pois adiante do cães da alfandega é qi

av»09 mercantes.

deu a volta, fundeando no quadro

ue

os

Ignorou se a rasão d'ests manobra,

até quo o contra-almirante sr. Moraes e

Sousa chegou ao caes das Columnas. la

terrogado sobre o succedido deu a se

guinte informação:

Ao chegar ao »Hamburgt» p?rguu

tára porque não amarrara o transatlan

tico á boia que lhe fora designada. Rea

pondeu lhe o proprio Imperador: «Obe

deceu se ao piloto.»

Inquiriu o tr. Moraes e Sousa do pi-

loto ptrque procedera assim. A resposta

foi ests:

—Fusra-se maito á terra, e esmo o

barco é muito grande teve recaio de dar

a volta alli seguindo para o quadro dos

navios mercantes, onde fundeou. Qiando

reconheceu que podia smarrar á bois

em frente do Caes das Columnas, já a

maebina estava parada, e tornai a a por

em movimento podia atrasar a hora do

desembarque.

Como a maré e vento eram contra

rios, o bergantim levou meia hora do

•Hamburgo» ao Caes das Columnas.

#

Na sala nobre do Club Allemio na

liaou se hontem, pelas 6 horas, um jau

t*r de 60 talheres, ofierecido pela direc-

ção á comitiva do Imperador Guilherme

e á quel assistiram os vultos mais proe-

minentes da colonia allemã residente em

Lisboa.

A sala estava lindamente ornamen

tada com trophéoa em que se entrela-

çam bandeiras portuguesas e allemas,

festoas de verdura e vasos com plantas

ornamentaes.

Ao fundo da sala, collocado n'uma

elegante Deanha, via se o busto de Gai

lherme II ladeado por dois outros; o de

Guilherme I, avô do actual Imperador,

e o de Frederico III. A meio da parede

destacava *e um soberbo retrato da Im

poratris Victoria, e nas parodes Mo-

raes os bustos de Mtltke, Bismarck e

Roo».

Na sala disposeram-se 14 mezas, se-

gundo a etiqueta allemã, e nas quaes

tomaram logar os convivas, os srs. al-

mirante C. von Hollman, general de in-

fantaria voa Kess, almirante Thomson,

Oberjaeger, sr. von D. Freiherr, von

Heints, Obirhofmeister, o conde Sac-

kendorft, general lieutenant conde ven

Kbnckowstroem, general von Hoepfoer,

Wurklicher Gehermrath, dr. Althoff,

Ober, presidente von Bethmann U»l-

weg, general lieutenant Brunsig, Edler

von Brun, Hof msrachall Freiherr ven

Seckindorff, viee-almirante D' Ileniiag,

vice almirante Valois Erster Seremster,

Gesaadter. conde von Redern, general

E. Diso Kenits von Kreueki, Ofmars-

chal, conde von Pueckler, von Roeder,

capitães Lur See von Vaedom, Oberst e

Dison von Dreiky, Schlosshauptmann,

von Cranach, CeremUer Hessenthal,

prtfessor Schremaan, M«rienemaler W.

Stoewor e chancellor Schwann.

Occuparam os d.fferentes logares de

presidentas das mesas os era. Dioh-

nhardt, consul; J. Wimmer. C. Geor-

ge, borã» de Merck, Otto Mareun, II.

Wimmer, Katzenstein e H. Burmois-

ter.

O «menu» servido, constou do se-

guinte:

Potage Reine Msrgot.

Hora (Veeuvre—Croustades à 1'Ita-

lienne.

Belevé—Pargu pochée sauce Cardi-

nale.

Erdrit— Contre-filets Florentine, lfo-i v mard en mayonnaise au ravigotte.

Rôti—Caanotoa Ruane à la Perigord.

Belevé—Asperges en branche sauce

inousseline.

Dessert —Puding Impérial sauce abri-

cot Bosbe glaca psaachée. Froaaagas

et fruits fraise.

Vins—Madòre, Collares blane, Pj-

mard, Collars» rouge. Champagnes: Cor-

don rouge e due de Msnt Bello.

Café et liqueur8.

Os cartões em que foram impressos

os «menus», eram lindíssimas. Ao centro,

uma magnifica miniatura do Imperador

Gailherme. trajando t» uniforme do

lhos ao Imperador. Guilherme II, roce

beu o ramo, sorrindo com afiabilidado

para a offorente.

—O ministro da Guorra »aad«u fa-

zer paro o Imperador Guilherme II um

novo fardamento do coronel de cavalla-

ria 4.

—O «Hamburgo» trmia hasteada á

popa a bandeira de commercio e na piô i

o jack da companhia.

Vem provido d'apparelhos Marconi,

e a bordo vem uma banda de musica da

armada Imperial, e um destacamento de

de marinha commandado por um capitão

do fragata.

—A guarda de honra ao Paço de

Solem era feita pelo regimento d'enge-

abaria com a banda de caçadores 6

O Atylo da Ajuda, eom o seu estan-

darte postou se á entrada da Junqueira.

Alli deram as asylada* vivas e palmas é

passagem do cortejo. O mesmo fizeram

alguns a?umoo8 do collegio Arriaga das

varandas e terraço, estando os restan

tes na rua armados e equipados, e apre

sentando armas quando passou o coche

em que ia o Imperador.

—Quando o cort j» passou ns rua

do Alecrim, em frente do edifício onde

©9tá instailada a «B jrlitz School», os

súbditos allemães, que ahi se encontra-

vam em grande numero, bem como mui-

tos alnmnos d'aquelle estabelecimento,

fizeram uma grande manifestação de

•ympathia ao Imperador, levantando lhe

estrondosos vivas.

—Na balsustrad» d»a jardius da pa-

lácio do sr. conde de Burnay, estiveram

os alumnos do Collegio de Campolide

com a sua banda que tocou o hymno al-

lemão.

—No Terreiro do Paç% perto da rua

da Alfandega, estavam as creanças do

Asylo Municipal da Graça; em frente

do jardim de Santos, os asylos Munici-

pal de Lisboa e Maria Pio, tocando a

banda do primeiro e a charanga do se-

gundo o hymno allemão, no C*eo do Se

dré formavam garbos&mento 80 alumnos

da Escbola Academ ci; e na praça de

D. Fernand® es slumnos da Cusa Pia.

—A's 4 da madrugada damanhã se-

guem para o paço da villa de C ntre, 15

americaaas, «ehar á bsncB», «phaetoas»

e cutrcs vehicabs com os respectivos

rnusres, arreios e fardamento* de post*

romana, para conduzir Suas Majestades

Imperial e R«al e comitivas, da estação

aos palacios Régios e passeios projecta

dos.

0 dia d hoje

A's 9 da manhã, vis ta ao quartel de

cavallaria 4, e exercício das baterias do

grupo a cavalla, no campo das Salesias.

Ao moio dia e meia hora almoço Das

Necessidades.

A'a 2 e meia da tarde visita á Socie-

dade de Geographia.

A's 8 da noite, jantar n» palacio de

Belem.

A's 9, recita de gnla.

Avisam-se todo* os soeios da Socie-

dade de Gaegrsphia que, un camente os

corpos gerentes, membros do governo,

legação allemã e mesas dos corpos so-

ciaes, aguardarão no átrio a chegada de

Suas Majestades.

Cada socio poderá fazer-se acompa-

nhar por uma ou duas senhoras de fa-

mília, devonda estas tomar logar nas

galerias.

A todos a direcção solicita o favor

do não permanecerem uas escadas de

aecQ8S«f, que devem estar desobstruídas

f*2.ra $uas Majestadessubir

^nvrciméiate com as poseoas que por de-

ver os acompanhsm.

Uma força do corpo de marinheiros

será convenientemente distribuída

interior do edifício da Sociedade para

auxiliar os empregados no cumprimento

das instrucções que tiverem recebido.

Bom, assim, se pede a todos que dei

xem desembaraçadas es frentes das vi

trines para Suas Majestades poderes

circular e examinar os objectos expostos.

#

Realiss-se hoje em Cintra o almoço

ofierecido á comitiva de Sua Majestade

Imperador allea&ão, pela colonia vjru.iuciwc, uajwuu o utMiurut: uu «a- © imperador aiieaao, peia colo

rinha, encimado pelai coroai da Allemã- d'aqaella amção reiidente em Liiboa.

nba e da Prussia, e aos lados os pavi

lhõss dos dois pafzes germânicos.

#

Sua Mrjestada o Imperador Guilher-

. logo que paossu • Cabo da Rsca, ex-

pedia polo telegrapho sem fias para Cas-

caes um telegramma para Civita Vec-

chio, onde se encontra a Imperatriz da

Allemanhe, dando noticia da sua chega-

da, alguns incidentes da viagem, apa-

nhando um forte temporal nas alturas

de Finisterra, com cerração e chuva,

mas logo que entrara em aguai portu-

guesa*. o tempo tinha »*reuado o a via-

gem fora excellente. Eite talenramma

foi tranemittido immedintamcnte ao seu

destino.

#

Entre os membros da colonis allemã,

havia d«is reservisbs do exercito alle-

mão, um da cavallaria e outro d'infaata-

ria, quo vest am os seus grandes unifor-

mes e ostentavam no peito as auas me-

dalhas.

—Quando o cortejo Real chegou á

rua Aareo, do conhecido estsbeleciuen-

O comboio especial partirá da esta

ção do Iiacio ás 10 horas da manhã.

Consta de 80 talheres e o ponto ea

colhido foi o dos Sitiaes, junto do pala-

cio do sr. conde de Aiambuja.

Para cise fim foi armada uma barra-

ca á esquerdo; do palacio e corn frente

para o nascente, forrada de lona, achan-

do se lindamente ornamentada com ban-

deiras, flares e arbustos.

O «coeu» esnsta d» seguinte:

Caviar, Beurre, Roy^n* fuméi, Con-

sommé Royal, Brioche* Grand Ve eur,

Truites Sjumonées du Rhin Sauce Ver

te, Coesr da Filet de Bceuf Imperial,

Módaillona de Foie Gras a 1'Orientale,

Poularde Rotie Cresaou, Salado Prin-

ces&e, Marquise de Fruits dí C ntra,

Savarrin Chantilly, Fromsgea V»rlé?,

Pejhes, Poires, R*i«in, Oranges, Man-

darines, Desserts, Vias, Coliarcs Rouge

ot Blanc, Coaapigne Mumsu Cordon

Range, Porto, Café, Liqueurs.

Além d'aquelU barraca armeu se ou-

tra, o ado será servido o café e licores.

Durante o almiça u bauda de mfon

to de fiarieta de madame Louisa, sahiu J taria 2 executará o seguinte program-

uma menina muito gantii vestida do ma :

branco e cosa uma focht a tiracollo com I 1.° Hymaos portuguez e AUeaa?o;

as cores sllemãs que apprsxtmando ao 2 ° Sing an Aegir, «3 M. Wiihelm II»;

do coche entregou um grande ramo de 3.° Marche aux fiimbeaux (4 a), «Meyer

expleedldcs cravos, brancos e verme- beer»; 4.° Dio Justigen Weiber vo*

Windsor, «Nicolai»; 5 °R«p*«dia*Trans-

montanas, aRtbeir®; 6.° Tannhauscr,

«Wagner» ; 7.° Zweite Usgoria cfce

Rhspsodie, «Liszt» ; 8 o Kausttor lebfn

(Valse), «Strauâ»; 9.° Lohengrin, «Wt-

gner».

Guilherme II e o socialismo

Quando e príncipe herdeiro o futuro

«Kaiser», nos bancos do Lyaeu de C*s

sei, nutria illusõe9 generosas acerca do

socialismo; e o sr. Ayme, seu mestre, es-

creveu no seu livro esta apreciação:

«Meditava o príncipe e muite sobre

o socialismo quo minava jà o imperfo

por essa ep»ca, e, como o* seus con iia

cipulof, entreveram já » remeci^ c for-

mular generosas e ern dvfiniçôes camps-

tiudas. Mas teedo de applical as m*i*

tarde, coscedeu fhea ma'» tempo e sia

ceridade, e conseguiu compor um pyjtc

ma completo de gover«o. Da facto, Py«-

thetisara e adaptara os art g*. s ger*e:«

de uma profijfião de fé de uos philosoph

do século XIX. Admittin a maior parti-

das reclamações socialistas, falava er>

supprimir a guerra limitaado o numero

de combatentes aos ministres d'Estado

que fszom depender a eun forta»a o i

*ua fama da sorte das b^tilhas. Appro

vava «s projectos tendentes a dimiouir

oa abusos, a reparar as iojuatiçH», a pu

uir os culpados poderoa-s, a f.vorecer

o* deaeavolvimcnte8 matoriaes e marao*

dís pequonot; uão est.bfiecu d ffereaç

entre »s avbres e o povo, como cãs ?

admittin entre judeu3 e os outros creu

ias do império »

O sr. Ayme faz este c mmentario:

Ah! os annos passaram se. O pr.nci

pa tornou se imperador e mediu to-ia t

inanidade de um* vontade humana, mes

mo servida pela mais formidável das po

tcaeias. Não ó poisivel torcer o cu-so d?

historia, não oe psde fazer deter a tor

rente da evolução politica e social. O

mal das nações, como o das iadividuas,

não se cura cam resoriptos e projecto*

de lei.

O céa allemão cobre-se de nuvens

sombrias, sulcado a todo o momento por

relâmpagos precursoras; é a Revolução

que ameaça o osp.rito das castas ai*d*

persistente na Allemacha. E agora, que

é feito do generoso aochador de Cassei?

Um lettrado berlinease, o dr. Friodmaan

vão diz r no lo :

«Guilherme II não vê *en£o um pe-

rigo unicj—a revolução. Todos os seus

discursos reflectem essa idéa; é cila que

o foz viajar sem tréguas, nem repouso,

quor ns seu prsprio pais quer pelas cor-

tes estra»jeiraa para ahi instigf r aos ar-

mamentos ou para ahi cimentar allinn-

ças —reminiscência inconsciente da «San-

ta-Alliança» que, n'um proposito seme-

lhante, os monarchas da Russia, d'Aus-

tria e da Prussia haviam coacluido con

tra os demagogos tão iasiguificantes de

1830. E' ella que dita as falaa aos seus

soldados, que lhe fas ordenar sermões,

nas egrejas, contra os souialiatat. O pe-

rigo revolucionário é o inimigo que elle

espreita com o olhar sempre vigilante

E' para combater o perigo revoluciona

rio quo elle tes>tou ir em auxilio aos

operários assisados e prove car medidas

internacionaes para siccorrer as classes

operarias que sofirem »

Guilherme II, politico

Parece fóra de duvid* que ns numr-

roaas viagens do Imperador Gailherme

II teem per alvo essencial o prepara

rem a oacsrdia, a trégua de qae s Eu-

ropa gosará, assim o cremos, por muito

tempo, e que não existiria sem as appro-

ximaçõis, os agrupament»*, as allianças

que teem sabido directa ou indirecta-

mente do bom emprego que o Impera-

dor tem sabido fazer da sua actividads

congenita.

Aqui vom naturalmente á colleçãt

um facto que aio deixou de causar es-

tranheza aos sinceros amigos do «paci-

fismo», ae nes é licito este aeobgismo.

Quem leu o recente, livro do sr. R:osc-

velt, presidente da grande repibl ea

d«s Ettsdoo Uaidss do Ncrte, v u cam

assombro o critério d'esse homem, res-

peito á paz, formulado n't»*ta assem

brosa phrase que chega n ciussr iedi

gnsção: «A grande tarifo sebre a mora-

lização internacional ruropéa na ultima

década d'esle seculs, fá, não uma guer

ra, mas a infame paz mantida pela ac-

ção coajuact* das grandes potencias, ao

passo que a Turquia itfligia os ultimss

horrores da matança á desgraçada Ai -

menis.»

A «'.nfortie paz»: — cancord■:»os quo

o termo ó uai taato forte. Certo é qui o

Imperador Guilhormo vive n'easa pre-

occupação constaste. E' por causa d'es-

8a mesma pai quo o «Kaiser» á) veies

solta bem sigoifiaativas ameaças, como

succedoa na questão de Venezuela, ou

na do Haiti; maz, alcaeçado o alvo, Gui-

lherme II levanta a vizeira, e elle, que

ha pouco estivera smeaçadoramente car-

rancudo, aprer«8 *o a tranquibaar o

iu*do por meio de um sorriso cordeal,

por meio de uzi telegraioma de condo-

lências, cu por meio de um donativo de

alguns milhares do marcos, feito aos si-

nistrados d-* uma utção rival.

Qieaa são sabe o forma como o «Kai-

ser» tem sempre que eo trata de alguma

calamidad^ suecedid* á França cu és

auas colónias? O «Kaiser» tem sempre

o ma phrase commovids, u* wv »«en<o

melhores termos. Assim, co«n «o traç >

• da sua penna supprimiu a formalidad j ' vexatória do* nassrporte* na Alsacia o

Lareo»; em 1897, qu»ndo foi da cataste

phe horroroso do Bszar da Caridade,

jantftu ao seu telegramma de condolên-

cias uma quantia de dez mil marcos des-

tinada á obra de beneficência compro

mettida por esso sinistro. Da mesm*

fórma procedeu • monarcba por occasiãv

do cataclysmo da Martinics, para cujai

victinas enviou um donativo do dez mil

marcos.

Mas um focto, por assim dizor recej

j te, vem aindi comprovar o e up who quo

o imperador põe em, p*r todos os modos

posMvoi»», ser agradavel á França.

O Casino d * cfiiViae» do 2"regi-

mento da gusida orgçnisnra uma rece-

pção em boon» d» general Bonnal e do

seu ajadante de c-mpa que haviam sido

spreretitad a »o imperador por occasiãe

d-»a manobras russas. Ao almcça que ao

icgwu 9 ea ea* mnobr»», o imperador

ergaiu a sua t*ça em hoara doa dei.

afii i««s e d.sse:

•Usas bonra muito particular toca

hejd a esta bngad», a de feat jar a pre-

sença de dois cfiiciies do exarcito fran

qen. E' a primeira vrz, ass>m como foi a

primeira voz que trona* aifonã* e fran

cez6i coab itera» ua inimigo comaur,

boobro eom hoatbro, ccmo bons cama-

radas o cm eempleta frnteraicade d'®r-

aa«. (Alludia o Ksiser á esmpaoha da

Chins quo dera e» reíultad* a ©ocupa-

ção de Pi k;o). Pelos doie ofiiáaes o pelo

«eu exereitr, hurrah, burrrh, burr»h!»

Vã oit»-nt*çio diplomatics? Não:

Guiiherm' II é coastitucioaalmonte fun

dameetalmeate leal par« dinjr uma cou

th que não penie. Desde a aua primeira

infancia m«strou sempre pela Fracça

uma rympsthia secret». Ao» dezoito an

r.&8, ao seu prsfoisor frstc;z o sr. Ay

ae, descrevia a sua idéa favoritt—a de

aftsfotir á reconciliação da Allemanha o

da Fraaça. E diz-a e&thusiaamadc:

«Muitos prodígios poderiam »* duas

nações cumprir! Tornar «o iam logica-

mente as senhoras da terr»; forj»riam o

freio proprio para deter o vôo bbiorvoa-

t« d-as povos exclusivamente mercantis.

Pondo ao servrço da justiça e do pro-

gresso todos os elementos de que dis-

põem, fori*» avasçar a humsnidade a

passos de gigante na via da civilisação.

Esta politica seria realmento mais apro-

veitável e mais nobre que e palitic» de

odio irreconciliável que gasta sem utili-

dade o melhor do nosso respectivo po.

der».

0 imperador Guilherme II

Sua Majestade Guilherme II ó, na

linguagem europea «O Imperador» pir

exceliencia. Aos outros soberanos, egual-

mente investidos do titulo imperial,

chama-se-lhes o Czar, o Rei de Inglater-

ra, o Sultão, o Mikado, etc., ou são de

oignadoa pela nação que governam: o

Imperador d'Austna, da Cbioa, de Mar-

rocos, etc. «O Imperador» ó Sua Majes-

tade Gailherme II, também designado

na linguagem corrente pelo «Ktizer».

lem a capital a honra e o prazer de

admirar pela primeira voz a mais discu-

tida o a rnsi* celebre personagem da

actualidade. De facto, ha muito que em

Portugal era conhecida a pbisioacmia

do Sua M*jestade Imperial e Real pelas

pbotegraphia» o reproducçõas qae an-

dam espalhadas pelo velho o novo con-

tinente.

Oa seus retratos mostram-ao tal como

elle se apresenta em publico, seria a ex

pressão do semblante, os lábias cerra-

dos, o queixo eaergico e as guias do bi-

gode erguidas com arrogancia apontam

o olhar claro e firme que fita severa-

mente. Observada bem a sua phisiona-

mia encontra se n'easa expressão algu-

ma cousa de convencional; esse duro

aspecto quo o Imperador assuma será

talvez maia o resultado dum estudo do

que a revelação d'ua temperam mto.

Esses lábios devem saber sorrir, nos tra-

çoj phisionomicos ha característicos de

jayíahdade e a firmeza do attitude, teem

o cunho quo o militarismo se impõe co-

mo expressão de força e de auctoridade.

Sob esse grave aspecto de eflisial

flciente da m* missão, sentimos p©r esse

Domem ainda nove uma grande sympa-

thia temperada do respeito que tributa-

mos 6ni geral ao* velhos marechacs co-

bertos de gloria P*ro as suas altas qua-

lidades reservamos toda a nossa admi-

raçfi.?, acompanhando o sentimento uni-

versal que exalta esee jovem monaroha

que não carece dos aeua altos titulos pa-

ro sor ua vulto eminente da historia da

ai sso Uxupa.

As viagens do Soberano

A actividade do Imperador, a sus*

natureza irrequieta exige d'eile t«m

constante movimento. Logo depois

*ua coroação, iniciou Sua Msjesta '

viagens pela Europa e pelos osta

lemãee.

Pouco tendo viajado, emquanto Pj

cipe, eentiu o Kiiser a neces»idade

completar a sua iastrucção. Os seus s

ditos, que, ao principio, ao inquietai

com essas repetid»s suiencias, foram

pouco a pouco, habituando, de sorte q

actualmente, quasi se admiram qyaÍ

veeaa fluctuir, durante nlguai tsmp*.

psfocics de B irlim e P^tidc», 0 p,

lhão tôr de purpura do Rsi da Pi

sia. ' ^

1:788 — Folhclim tio Diarie l!lastriét-28 3 9( 5

ROCAMBOLE

.P OMS OK DO TlMlAlL

AS SISEHIAS m LONDHES

SEGUNDA PARTE

O moinlio sem agua

«Esses homens são incorruptíveis; o nenhum serve a

causa da Irlanda. Não se pôde pois contar com ellescomo

auxilio.

—Em cada corredor ba um só?

—Sim.

-—Segundo me pareceu, todos os corredores vão dar

ao pateo interior.

—E' verdade.

—1'uis bem, disse o homem pardo suppunbapos por

um momento que John Golden e Kalph estão no mesmo

corredor. E' isso possível?

—Depende de mim.

—Supponbamos ainda mais que o vigia d'esse corre-

dor está por nós.

—Oh!

—Suppouhamo8 isso.

—Pois seja.

—John Colden sae da cel a, vae buscar o pequeno, e

dirigem-se ambos para o pateo, da qual lhes abrem a

porta. Diga-me não tem uma chave d'essa porta?

—Gertymente que sim.

—0 pateo communica por um outra porta com os edi-

fícios da nova prisão. 0 senhor deye ter também a chave

d'essa porta. •'' " ■ V

—Sim, mas uão tenho a do portão de ferro, que nem

de dia nem de Doile sae do cinto de master Pin.

—Isso é-me indifferente, replicou o homem pardo,

pois logo que estejam na prisão nova, não ó pelo portão

que hão de sair Jobn Colden e o pequeno.

—Ah! ; ^

—Vejo unicamente um obstáculo: é o inglez.

—E' um obstáculo invencível, disse o sr. IJardel.

0 homem pardo sorr.u-se e replicou:

—11a de ver o contrario. Resumamos pois o negocio.

—(Jueira dizer.

—Na ooite de sexta feira para sabbado desaba o

muro.

—Sim.

—Sabbado, John Colden está entre 03 operários que

trabalham em o reparar.

—Depois? 1

— Venha no sabbado á tarde b. ber um copo de ge-

nebra a Queen's tavern, e eu lhe provarei que é lu^o

possível.

—Tomára eu, respondeu o sr. liar*.kI, e fôr neces-

sária a minha vida, para que a nossa causa triumpbe,

pôde dispôr d'ella.

—N'áo, rep'icou o homem pardo sorrindo, necessitá-

mos de amigos em Bath square, e creia que nem sequer

ficará comprommettido.

E despediu-se do guarda repetindo:

—Até sabbado ú noite, em Queen's tavern, e que a

Irlanda nos protege!

XI

Voltemos agora a Ralph.

Era um sabbado, e havia cinco dias que o pequeno

martyr estava no moinho.

A primeira hora íôra para elle uin suppiicio sem nome.

Apenas as suas màosinbas que se torna o único ponto

do apoio do comderanado, cujos pés procuram em vão

firmar-se nas pás movediças do cylindro.

Duas vezas tentou parar, e duas vezes as suas

pernas magoadas, lhe haviam advertido que era isso

impossível,

Passado o primeiro quarto de hora, tivera descanço.

Estava tão fraco, tão offegante, tão banhado em suor,

que os outros condemnados, doa quaes o mais novo, ti-

nha o dobro da sua idade, tiveram compaixão d'elie.

De que valia, porém, essa compaixão?

:*e ba recinto onde a disciplina seja inflexível, e rigo

rosamente observada é, certamente nas prisões de Ingla-

terra.

0 amor da propriedade, a avidez da pesse, incutiram

no povo inglez u:n tal horror ao roubo, que se t< rnou

barbaro na punição do ladrão.

se

(l mais pequeno murmúrio é punido com o segredo e

este não basta, o chicote tornu-se seu auxiliar.

Além d'isso, o sr. Whip estava ali 0 sr. Whip

irlandez cyl ndro 00 íiua! bavia"i collocado ò pequ

Era um homem alto e magro, de barba loura, ci

lábios delgados, nariz comprido e olhos verdes, tinh

um caracter de singular ferocidade. » c •

\Em inglez Wbip quer dizer chicote. » :

r o guarda feroz tinha talvez outro nome; mas os o

demnados cujas costas eram flagelladas por eJJe, havia

lhe posto o nome do seu instrumento de'tortura Olad

que depoi3 de cumprir sentença, voltava para Broi

street, dizia áquelles que não tinham visto nunca o t

nvel moinho:

~a.DeU8 e s- Georges os livre do cylindro do Whip! ^

A quelle era também tão detestado pelos outros cu

das, como pelos condemnados.

Era um homem taciturno, que vivia só, uão falav

ninguém, e parecia exercer as suas funeções Cerri ve

com uma alegria brutal. *

Mra exactamente no seu cylindro que haviam colloi

do o pequeno flalpb, e logo no primeiro giro, a creau

fez conhecimento do seu chicote. ' ^

Qoando á noite o recolheram magoado e abatido pa

a sua ceila, o pequeno estava como que embrutecido

Não tinha lagrimas nos olhos e sentia a alma tra

quilia. ||| m | , .

., ,lluraDle 0 dia, no meio das suas torturas, uma uni Uea lhe occupàra o espirito:

lisBa idéa lixa, era a esperança de ouvir á noito, ca.

vor. que jà ouvira na vespera e ll.e dissera através

porta:

—Tua mSe vigia por ti!

(Continua)

Page 3: composition von S. M. Wilhelm II; 2.°purl.pt/14328/1/j-1244-g_1905-03-28/j-1244-g_1905-03-28_item2/j... · a doçura do seu viver, a sua franca hospi- talidade, não deixarão de

DIÁRIO 1LLUSTB&D&

Comprehende-ae a dsíxío de Saa

Majestade Guilherme II pelas viageas,

logo que se conheça o conforto que elle

se permitte, quer em caminho de forro,

quer eis vapor.

O seu comboio especial, com mais de

150 metros de comprimento, é um verda-

deiro palacio ambulante. O seu «yacht®,

o «Hohenzollern», tem 121 metroa de

camprimento, por 14 de largo. Elegante

de fórmas e sempre pintado de fresco,

ostenta á proa a coroa imperial e á ré o

escudo negro e prata dos Hohenzollern.

Os aposentos do Imperador e da Impe-

ratris, que sio dia e noite guardados por

dois marinheiros armados, sio vastvs e

guarnecidos com sumptuosidade. A ca

mara de Sua Majestade, de tecto alto,

com duas largas janellas, dá-nos uma

real impressão de conforto. O grande

salão, que é, ao mesmo tempo, sala de

jantar, decorado com quadros de mari

nha, permitte reunir quarenta convida-

dos. O serviço ó feito por marinheiros

escolhidos e em certas occasiões figu

ram entre a baixella as taças ganhas

pels «Meteor» nas regatas allcmis e in-

glesas.

«Meteor® e o barco de corridas de

Saa Majestade, que é um «yachtman»

distinct© e no qual toma frequentemen-

te parte nas regatas de C&wes e Kiel.

O Imperador tem uma grande predi-

lecção pelo «Hohenzollern», no qual

elfectua algumas veses cruseiros pelas

costas da Noruega. Alli, nos «fjords»,

Saa Majestade entretem-ae a illumiuar

bruscamente o seu navio; todos os con-

tornos do vapor deaeahados por milha-

res de iampada» eléctricas, tomam um

aspecto phantaatico, enquanto que o

pavilhão amarello resplandece nas noi

tea d'essaa paragens.

A Imperatriz e o "Kaiser,,

em famiiia

Sua Msjestade Guilherme If era aia

da muito novo quando em 1Ô81 desposcu

a Princesa de Schle&wig Holstein, filh»

de Frederico VIII, que, em 1866, havia

sido despojado dos seus estados pelo Roi

da Prussia. A que eatão ora orphi e

exilada é hoje a Inperatrii à'Aliem a -

nha.

Mais velha tres meses do que o Im

perador, Sua Msjestade Augusta Victo

ria representa o typo da allemã absorvi-

da pelos seus deveres de nulhrr e de

mie. O seu trato é d'una extrema afia

bilidade. Muito tímida no principio do

■eu reinado, foi pouco a pouco assumio-

do a importância da sua alta situação.

Alta, elegante, o rosto oval, os olhos

azues, os cabelloa louros e abundantes,

Sua Majestade tem verdadeiramente o

typo allemio. Cuidadosa na sua toilette

apresenta-se sempre vestida com dia-

tiacção, sem se reatringir muito aos ca

prichos da moda. Gosta muito de jóias o

nas festas da corte apresenta-se com

um grande diadema e coberta de «paru-

rea» de brilhantes, e-meraldas e rubis.

Conserva n* sua posição uma relativa

modéstia, nã> utando de fórma alguma

da sua iaíluencia junto do Imperador.

A sua maior alegria cousiste em se

occupar de seui soía iilhos e de sua fi

lha.

—E' bom ter muitos filhos vai õ aa,

disse um dia o Imperador, porque se

podem utilisar na guerra.

Os Príncipes Guilherme, Eitel, Adal

berto, Auguato-Guilhsrme, Oscar e J#a-

quim figuram desde a idade da dez an-

nus nos quadres do exercito com o posto

de tenente.

E' Sua Majestade a Imperatri» que

ige a educação de aeus filhos. Nunca

recolhe aos seus aposentos sem os ver e

abraçar. O Imperador é também, como

bom chefe de família, muito apreciador

das alegrias do lar. Vigia de longe a

instrucção de seus filhos maia velhos e

por veaes brinca alegremente com os

mais novos. Muitas veses se faz photo-

graphar no meio d'elles e nuaea deixa

de presidir ás festas do Natal, que é na

Allemanha a festa familiar por excellen

cia.

Comtudo o Imperador abandona qua-

si inteiramente á Imperatriz o cuidado

de se occupar de seus filhos, bem como

a sua primeira educação. Os aeus mui-

tos sffazeres absorvem-lhe por outro

lado o tempo.

Ha tempo o Imperador recebeu da

eschola militar, onde seus filhos são

educados, as notas da sua applicação

pouco favoráveis para os Príncipes. Como

o regulamento da eschola não permitte

sahirem nas festas do Natal os alumnos

menos estudiosos, e como o Monarcha

não queria passar essa santa epocha do

anno sem a companhia dos seus, foi o

Imperador com a Imperatriz e es Prin

cipea mais novos assistir ao banquete

de Natal na eachcla militar. O basque-

te realiaou-se em família e o r guta-

mento disciplinar da eschola não foi

quebrado pela prerogativa dos Prínci-

pes.

Esto acto revela bem o Imperador;

intransigente no que respeita ao cum-

primento dos deveres, ó sempre um pae

eatremoio e bom.

A M O DA

JOÃO JOSt MARTINS

Modas e confecções

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ticulturas» Sociedade Lide-

raria Almeida Garrett» etc»»

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lião, 110. S.°, onde tem am com-

pleto sortimento no sen genero t

para onde deve ser dirigida toda

correspondência.

Soccarsal no Porto, roa das Flo-

res, 201 e 203, casa de Albino Coo-

tinho.

HIGH-LIFE

Fazem amanhã annos as sr.".:

D. Maria Luisa de Castro de Vascon-

cello» e Almeida.

D. Beatriz Loureiro.

D. Felicidade de Meudonça Arraes e

Mello.

D. Carlota Olinda Corrêa de Lacerda.

D. Mathilde de Beabra Mousinho de

Brito.

Mad. Auuette Lys.

D. Rita Anjos Rivotti.

D. Margarida Rodrigues.

D. Alice de Vidal Ribeiro.

E os sr8.:

D. Henrique José de Menezes de Alar

cão.

I)r. Anacleto d'Oliveira.

Raul Pereira Bastos.

O sr. dr. Henrique Cardoso de Mene- zes ( Vlargaride) é esperado est* semana

etn Guimarães.

—Chegou a Li-boa o sr. Guilherme

Waud8chunider.

--O sr. coude de Alto Mearim parte

brevemente para Paris. —Com sua esposa partiu para Guima-

rães o sr. commendador André Avelino

Lopes Guimarães.

—Parte no proximo mez para Paris o

sr. João Guilherme Mattoso da Fonseca.

Em casa da sr." D. Rita Raquette Cau

da Costa estiveram hontem a ver passar o

cortejo do Imperador d'Allemanba as se-

guintes sr.":

Condessas d'Azinhaga, 8erra da Tou-

rega, Estarreja, Alte e Caria, viscondessa

de Silvares, baroneza d'Almeida, D. Joan- na de Serpa Pimentel, D. Marianna de No-

ronha (Angtja), D. Eugenia da Silveira

Vianna, D. Isaura lioquette, D. Maria do

Carmo Roquette Costa, D. Capitolina Vian-

na, D. Maria Antónia Ferreira Pinto, D.

Maria José Maldonado Côrte-Real e sobri-

nha, D. Marianna Cau da Costa, filha e

sobrinha, D. Carolina Linhares, O. Clo-

tilde Alarcão, D. Magdalena Brioca e ir

mã, O- Christina Roquette e filha, D. Ma-

ria e D. Palmyra Castilho, etc.

Foi servido um esplendido «five-ó-clock

tea», sahind© todos penhoradissimos.

Remedio de Abyssinia Exibard

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servação da formosura e do assetinado da pelle. Dá ao rosto

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um perfume delicado, suave e tentador. Destroe os defeitos da

pelle e tira-lhe as inflammações, as borbulhas, aa sardaa e o

péssimo effeito dos signaes das bexigas. Compõe com a maxima

perfeição a formosura das DAMAS sem deixar vestígios artifi

ciaes e usado e recommendado pelo que ha de mais diatincto na

sociedade elegante, e até as próprias senhoras francezas usam

n'o pelos seus finíssimos resultados e como perfume incomparável. Depositoge

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roio, 1^250. Pharmacia Almeida, 134, R

da Magdalena, 136, Lisboa, para onde

ae devem dirigir todos oa pedidos. Ea

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smigoa e ao publico, que mudou o seu

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sumpção» &9» 2»°, (esquina da rua

Augusta), onde espera eoatinuar a rece-

ber aa auas estimáveis ordena.

Aproveita a ocoaaiã© para participar

que augmeatou uma uma secção, onde

executa todo e qualquer genero de tra-

balho de modista com a msxima elegan

cia, por preços resumidos

Telegrammas

Crise ministerial

Roma, 26, t.

Os jornae8 dizem que o sr. Fortes fo-

ra encarregado de constituir gabinete.

(Havas).

Conde da Redinha

Era um austero caracter, um perfei-

to homem de bem, uma figura completa,

notável pela sua lealdade ao Seohar D.

Miguel do Bragança, pelaa auas virtu

dos, e pelaa raras, raríssimas qualidades

que o adornavam.

Em extremo atfavel, dotado d um co-

ração generosíssimo, catholice convicto,

alma cheia d'ingeauidades, nunca em

vida fez mal a ninguém e ió tratava de

praticar o bem.

O ar. D. Antonio Maria da Luz Car-

valho Daun e Lorena aaacau a 11 de

juabo de 1822 e era filho des 3«' condes

da Redinha, Nuao Gaspar de Carvalho

Daun e Lorena e D. Maria Victoria de

Sampaio Mello e Castro, filha dos mar-

queses de Sampaio, tendo casado em

1841 com a sr.a D. Maria Joanna Curvo

Semedo Delgado, descendente do cole-

bre «Geraldo sem pavor». Era, como o

seu nome o indica, bisneto do marques

de Pombal, com quem em muito aovo se

parecia e de quem herdara as qualida-

des que distiuguiam o amigo de D. Jo-

aé I.

Foi durante muitos annos chefe do

partido legitimiata, declinando, a seu

pedido, pelo avançado da edade, e teve

a honra de ser o escolhido pelo Senhor

D. Miguel de Bragaaça para padrinho

de aua D. Maria Aatooia.

O papa Lã© XIII agraciou o pea-

8oalmente com a grã cruz de S. Grego-

i io Magno.

O funeral realiaa-se heje pelaa 2 da

(arde. sahindo o préstito do seu palacio

a S. Vicente.

Oa nossos pesames á illustre famiiia

do extiacto, ao qual aoB prendiam os la

oo« Hn ro«npit«.

A crise russa

Parti, 27, m.

Diz o «Echo de Paris» qne, em conse-

quência de se ter descoberto um traina

com o intuito de nova revolução na Rus-

sia, foram feitaB buscas em Paris e varias

outras cidades da Europa em casa de re

fugiados russos, sendo apprehendidos vá-

rios documentos, e que por isso são pro-

váveis algamas expulsões.

(Havas).

SENHORA

Deseja collocação em casa de pouca

fimftio, de reapeito. Prefere no Campo.

Rua Luz Soriano, 158.

48 SARDAS

As impingona, as borbulhas, o paaae

ou aodoas que apparecem no peito e no

rosto das damaa, a comichão, as pustulao

■arnosas e chronical, a sarna, a tinha e

a rabugem desapparecem como por

encanto com o uso do sabonete d'alca-

trão, hoje o mais recommendado pelos

priucipaes medicoa, por encontrar em ai

todas as propriedades do alcatrão, por

aer fabricado pelo processo de aaponifi-

cação instantânea, o que ó importantís-

simo para, com rapidez, se curarem aa

doenças de pelle. Vende-se unicamente

na pbarmacia Almeida, 134, rua da

Magdaleaa, 136, Lisboa Pelo correio

180 réis

NECROLOGIA

Eitão de luto por falecimento de

seu irmão Augusto Roquette de Men-

donça, os B08808 amigos Jayme Roquette

de Mendonça e José Segurado do Men-

donça, que durante muito tempo foi

nosso college u'este jornal. Seatimts

profundamente o golpe que acaba de oa

ferir, o d» coração nos associamos á sua

enorme dor.

RESTAURANT ESTRELLA D OU

RO—Leiam na secção r«*pertivo o an

nuncio d'este acreditado rs*t*ur*fit.

Tudo muda, Deus louvado,

Não deixam nada quit to.

Poia até vae »er mudado

O ninho do Gato Preto!

Bua da Victoria ^ ■ ■ ■ ——— ■ ■ ■ . . _

Encanto apreciável

Se alguma coisa se junta ao oruato de

um bello rosto é sem duvida orna denta-

tadura de marfim e um encanto inapreciá-

vel para o feliz confidente das damas, se

ellas teem um hálito puro, que adquirem

com o uso do ELIXIR ETHEÔKO—que ó o

maior desinfectante de todos os orgãos da

bocca.

Todas as pessoas que se descuidam da

limpeza da bocca teem o desgosto de per-

der os dentes em pouco tempo.

Este elixir é anti-scorhatico, tonico e

adstringente, preci o para todas as aífec-

ções da bocca, dá ao hálito u n cheiro

agradavel, cura as aphtas das gengivas;

o emprego diário d'este elixir previne a

carie dos dentes, as dôres e incommodos

das gengivas iividas e purulentas molles

e ensanguentadas; fortifica as gengivas

dispostas a relaxação e ao scorbuto, e se-

gura os dentes descarnados; dissipa o mau

cheiro da bocca e impede a accummuiação

do tartaro, que é d'onde procede a maior

Idói parte das enfermidades

gengivas

os dentes e das

Este elixir é muito conveniente ás pes-

soas que fumam, porque lhes tira todo o

mau cheiro da bocca produzido pelo uso

continuado do tabaco. Preço 500 réis, pelo

correio 750 réis.

Deposito gerai — Pharmacia Almeida,

rua da Magdalena, 134, Lisboa, para onde

se devem dirigir todos os pedidos. Ven-

de-se no Porto, pharmacia Moreno; e a

Coimbra, drogario Viliaça.

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Com qnasi 200 annos de exislencia, acreditados por snccessivas gerações: medicos, clero, povo e nobreza, qne se fazem da bem

tcreditada Farinha Peitoral do Pa-

dre Ignacio. Esta popularíssima

farinha é o remedio particular para a

moléstia dos que padecem toda a

qualidade de tosse, para quem deita

sangue peia bocca; febre continua

e esfalfamento Também se applica

na tysica seja de que grau fôr, na

convalescença to todas as doenças

e dos partos e esses convulsas das

creanças; é umagr&davel alli men-

to. As notabilidades medicas auti- gas e modernas applicavam diaria-

mente estes caldos a grande numero

de doente.» com feliz resultado.

Advefiencia. N'esta pharmacia

antiga do Padre Ignacio),hoie pbar-

macia Almeida, se destilla de pro-

pósito a Agua d e Flor de Laranjei-

ra nnica que se deve adoptar quan-

do se pretenda preparar os verda-

deiros e saborosos Caldos da Fari-

nha do Padre Ignacio. A Agua da Flor de Laranjeira vende.se em

frascos, e a miúdo a todas as pes-

soas que d'ella careçam para fazer

dôces.

Previnem-se os senhores consu-

midores de que no commercio e

em casas menos escrupulosas se

encontram á venda outras farinhas

com o titulo do Padre Ignacio, que

nada têm de parecença e de com-

mum com a verdadeira farinha do

P.dre lgn*çio. Isto explic» » grin phnrmacia Almeida, r.

de reputação que gosa a preciosa d» ««iriiiii^ii» ia a t «•

farinha do Padre Ignacio; pois que í! " Vg íi! ! '.T *

sô productos de importante mere- tooa' * lamtotss*

cimento são susceptíveis de faisifl- no ■ orl° na plmrm*- cação. K para os necessitados não clt Moreno, eCoiuhra

serem enganados se devem á dirigir drogaria Vlllça.

o SAP0NIT0 DE BELLADONA, o qual, pelas suas propriedades NARC1 avo

e NK>THSICÀS tem feito milagrosas curas successivas cm todos os entre-

0 CALMANTE DAS DORES DOS OSSOS, RHEUATISMO, GOT4 E NEVARLGI4S E' SSiSSSfi

reno, e em Coimbra na drogaria Viliaça.

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beijo sincero maa tristiaaimo co-

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qne me diziaa naa toas ultimaa

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doa cabell©8 do rosto pela electricidade que devida a umas agulhas

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tenç ?.<> de todas as pessoas, condições indispensáveis para a conser-

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Este poderoso pó dentrifico limpa e conserva os dentes sem lhes

alterar o esmalte, é um grande tonico das gengivas e dá-lhes uma

côr natural

Os dentista admiram-ie de extrahirem muitos dentes e notam

i que, quando tiram um, já estão outros em principio de arrui-

uação devido aos pós ácidos, opiatas e aguas dentifricas, etc., que

ea estrangeiros nos mandam.

Os pós ácidos branqueiam, ó verdade, mas também atacam o es-

malte e immediatamente oa dentes apparecem arruinados.

A« aguas dentrifricas umas conteem ácidos deteriorates, taes

C°?j: aC 8ulphurico, acido azotico e outros: estes ácidos é mui sabido que, lançados sobre qualquer corpo, corrompem o tecido, e

aio ha medicamento algum quo destrua os seus effeitos. Outros eli-

*u;cs e^tao expostos á venda em diversas perfumarias, que contôem

cbloroformio, que opera os mesmos effeites que os ácidos.

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selho-vos o meu pó de quina com carvão e rataoi», bem como o eli-

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CO Manuel Pereira d'Almelda.

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vida uma dentadura de marfim; ó um encanto inapreciável para o

fell* confidente das damas, se ellas têem um hálito puro.

Todas as pessoas que se descuidam da limpeza da bocca tôem o

desgosto de perder os dentes em pouco tempo

Este elixir é anti-scorbutico, tonico e adstringente, precioso para

todas as affecções da bocca, dá ao hálito um cheiro agradavel, cura

as aphtas das gengivas; o emprego diário d'este elixir previne a ca-

rie dos dentes, as dores e meommodos das gengivas lividas e puru-

eataa, moles e ensanguentadas; fortifica ao gengivas dispostas á re-

laxação, e ao scorbuto, e segura os dentes descarnados; dissipa •

mau cheiro da bocca, e impede a accumulação do tartaro, que é de

g?vasPr°Ce a KaÍOr PartG da8 enfermidadeg dos dentes e daa gen-

iv» «8te.®iíxir é mu!t0. conveniente ás pessoas que fumam, porque lhes tira todo o mau cheiro da bocca produzido pelo uzo continuado

do tabaco.

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tencentes á mesma Companhia, situa-

dos na RUA DAS TAIPAS

AGENTE — M. E. Dias d'Oliveira

Em virtude da resolução da Commissão Executiva da Compa-

Biiin líoal dos Caminhos de Ferro Portugueses, proceder-se ha no

dia 4 do mez de abril, á 1 hora da tarde, perante n mesma Commis-

râo Executiva, ua estação de Lisboa Rocio, aos leilõis dos terrenos

que serão vendidos pelos maioroa preços tfferecidos sobre a base de

lscitação, reservando-se, porém, á Companhia o direito de aão accei

tar mesmo a p oposta mais vantajoso, se entender que ella pôde ser

nociva aos seus interesses :

TERRENO — Talhão n.° 8, medindo 794o2,11, livre de foro,

cujo terreno comprehends o prédio que tem os n.0' 4 a 12 para a di-

ta rua das Taipas.

Base de licitação, 4*000 réis ptr metro quadrado.

1 ERRENOS — Talhões n.° 17 e 18, medindo total 180o2,59,

livres de fôro.

Bsse de licitação, 8*650 réis por metro quadrado.

TERRENOS — Talhões 23 e 24, medindo total 378o2,05, fo retro a José Carlos Fana Lima, laudemio de 10 ■

Baee de licitação, 3*000 réis por metro quadrado.

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destruir radicalmente os cabeilos do rosto sem dôr.

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de março de 1905. 6

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teriológicos e de hygiene e o seu exame resulta sempre observar-se

que nao contém os MICR0BI )S Dá TUBERCULOSE nem de ou'ras doenças,

conservando-se, por longo tempo inalterável e nas melhores condições para ser dado ás creanças e acs adultos que soffram de doenças ao es-

tômago e intestinos e aquellas pessoas que com mui a razão teem re

ceio da tubercolose. 0 seu preço pouco maior é de que o do bom leite

cru e não tem como este, o pengo de conter germens da tuberculose

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"DtirnM. As pessoas varizadas não devem usar as MEiAI ILAftTIOAb

DA OU LIKHO por seremi perigosas para o tratamento dai VARlZIYi

s5*Aro7" ue '"fRESSO qne remettemos pelo correio a quem w> r 110 réis, e que explica, o valor medicinal das MEIAS VIRGE^.^» Rn XA Tnf)rç?r*Tn or\vrr rd>nirif*t»e u.

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Serviço do» zriLH.^u.

Pela 1 hora da tarde, na' estacão central de Lisboa (Rocio), perante

a Commissão Exec«tiva d'esta Companhia, serão abe;tas as propostas

recebidas para o Ibmecimenio seguinte:

No dia 17 de abril de 90:000 toneladas inglezas de carvão meudo.

As condições estão patentes em Lisboa, na repartição central dos

armazéns (edifleio da estação de Santa Apolonia) todos os dias úteis,

das 10 horas da manhã és 4 da tsrde e em Paris nos eicriptorics da

companhia, 28, rue de CbiUeaudem.

0 deposito para ser admittido a licitar deve ser feito até ás 12 ho-

ras precisas do dia do conourso, servindo de regulador o relogio exte-

rior da estação central ao BVocio

Lisboa, 11 de março de t905- 0 director geral da companhia A. Le-

proux.

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de Janeiro Santos Montevideu

e Buenos Àys®»

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Rocio) com 10 oiO de reducção, annunciada pelos avisos B 1403 e 1404

de 15 e 19 do corrente continuará até 28 do corrente. A validade para

a volta, dos referidos bilhete», vendidos desde 16 até 28 é mantida até

31 do corrente, quando o pnaso ordinário <?o< mesmos expirar antes

i1 esse dia Lisboa, 22 de majço de 1905. Pelo director geral da compa-

nha, o engenheiro director,. Augusto Luciaao S. de Carvalho.

Desde o dia 1 de março de 1965 será posta em vigor a tarifa espe-

cial P. n.# 7 de pequena velocidade, combinada com os caminhos de

ferro do Minho e Douro para o trinsporte de mercadorias diversas por

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Para Vigo, La Pallice, (La Rochelle)

e Liverpool

0 paquete "Victoria"

Kspera-se a 4 de abril.

Para carga c passagens traia se com os agentes

NO PORTO | EM LISBOA

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