tfg nicholas yano

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ESTAÇÃO TANCREDO NEVES INFRAESTRUTURA COMO PROJETO DE TRANSFORMAÇÃO URBANA NICHOLAS YANO TFG FAUUSP 2015

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TFG - Trabalho Final de Graduação, FAUUSP, Nicholas Yano, Dez 2015

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  • ESTAO TANCREDO NEVESINFRAESTRUTURA COMO PROJETO DE TRANSFORMAO URBANA

    NICHOLAS YANOTFG FAUUSP 2015

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    2015

  • ESTAO TANCREDO NEVESINFRAESTRUTURA COMO PROJETO DE TRANSFORMAO URBANA

    NICHOLAS YANOORIENTAO HELENA AYOUB

    TRABALHO FINAL DE GRADUAOFACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO DA USPDEZEMBRO DE 2015

  • 7

    APRESENTAO 8INTRODUO 10

    1 PANORAMA ATUAL 13

    TRANSPORTE COLETIVO 14REDE DE ALTA CAPACIDADE 16

    2 REDE 19

    REDE ATUAL 21HMD 24PROPOSTAS E PLANOS RECENTES 28REDE FUTURA 33LINHAS DE DESEJO 39

    3 LINHA 41

    ESTAES 43CONEXES 45EIXOS VIRIOS 49

    4 PONTO 55

    TERRENO 57PRIMEIRA ANLISE 59USOS DO SOLO 61AIRPORT BUS SERVICE 65INTEGRAO COM O AEROPORTO 67INTEGRAO COM A CICLOVIA 69INTEGRAO TOTAL 71

    5 PROGRAMA 73

    USOS PRINCIPAIS 74USOS ESPECFICOS 76

    6 PROJETO 79

    MEMORIAL DESCRITIVO 80AGRADECIMENTOS 115BIBLIOGRAFIA 116

    SUMRIO

  • 8

    APRESENTAO

    O objeto deste trabalho a concepo de um projeto arquitetnico de estao de uma rede de transporte de alta capacidade da Regio Metropolitana de So Paulo, mais especificamente, inserida na malha do Metropolitano de So Paulo (Metr).

    Como ponto de partida, uma breve introduo sobre o trabalho desenvolvido justificar as motivaes e inquietaes que levaram a escolha por este tema e quais so os objetivos da concepo final. Estas palavras comporo o item Introduo.

    Seguindo para o item 1. Panorama Atual, para contextualizar a implantao deste novo projeto, busca-se apresentar o quadro atual do transporte coletivo na Regio Metropolitana, englobando os sistemas modais de mdia e alta capacidade, com uma nfase maior na rede metroviria.

    Aprofundando a investigao, o item 2. Rede aborda os principais planos de transporte que estruturaram a malha de metr atual, um contexto histrico, identificando os conceitos e mtodos de planejamento que regeram a concepo das diversas verses desta rede.

    Destrinchando ainda mais e finalizando o item, apresenta-se a atualizao do plano futuro do sistema, previsto para 2030, introduzindo as principais premissas que levaram ao desenvolvimento deste plano, o qual consistiu na base para a concepo do projeto do presente trabalho.

    O item 3. Linha consiste na anlise da Linha 19 - Celeste, onde est inserida

  • 9

    a Estao Tancredo Neves, ponto escolhido para a implantao do projeto. Esta anlise visa a investigao da funo chave desta linha, de modo a orientar o projeto a ser desenvolvido.

    A escolha desta estao, implantada prxima ao Aeroporto Internacional de Guarulhos, deve-se a carncia existente na interligao entre a capital paulista e o aeroporto. Essa carncia descrita e analisada no item 4. Ponto, adicionada uma pesquisa do entorno prximo estao, que podem nortear para novas oportunidades via o projeto.

    O desdobramento da pesquisa inicial prope um programa que orientou o estudo de caso, descrito no item 5. Programa: a estao de metr Tancredo Neves, equipamento urbano do sistema de transporte de alta capacidade.

    Por fim, no item 6. Projeto, procurando sintetizar os conceitos e parmetros tcnicos estudados, apresentada uma proposta de estao para a rede de alta capacidade da Regio Metropolitana de So Paulo, assumindo seu papel na organizao e qualificao do espao urbano.

  • 10

    INTRODUO

    O carter pblico da instituio de estudo FAU-USP influenciou na escolha do objeto de estudo a ser realizado: um trabalho desenvolvido sob a tica do interesse comum, da arquitetura como uma prtica pblica. Esta prtica, inserida na estrutura de disciplinas obrigatrias de Projeto de Edificaes, era composta pela trinca temtica infraestruturas / habitao social / equipamentos pblicos. Entre elas, a temtica das infraestruturas, balizada pela ideia da arquitetura do lugar e pela operao das transposies, referente ao Estdio 2, foi aquela que semeou um interesse maior, em razo das dinmicas urbanas nas quais as infraestruturas inserem-se ou so capazes de provocar.

    Outra importante motivao a crescente problemtica existente h tempos na metrpole de So Paulo: a mobilidade urbana e demanda por transportes coletivos. O desenvolvimento virio da cidade de So Paulo caracterizou-se pela prioridade ao uso do automvel em detrimento aos demais modais, os quais no so suficientes para a demanda da Metrpole de So Paulo. Este quadro reflete-se nos nveis alarmantes atingidos pela poluio atmosfrica, as altas constncia e quilometragem dos congestionamentos de veculos e o elevado tempo despendido nos deslocamentos.

    Durante intercmbio na Escola Politcnica (Programa de Dupla Formao FAU-POLI), estive em contato com reas tcnicas voltadas para grandes infraestruturas que permitiram um amadurecimento quanto ao conhecimento das dificuldades em conceber um projeto desta escala, mas que contriburam, junto formao enquanto estudante de arquitetura, para guiar o desenvolvimento do trabalho.

  • 11

    A questo em torno da qual se constri esse trabalho a da articulao do projeto de arquitetura na cidade em suas diversas escalas, desde a escala metropolitana a escala local. O enfrentamento da questo levantada desenvolve-se no mbito das redes de infraestrutura do Metropolitano de So Paulo: a implantao destas infraestruturas como projeto urbano, como indutor de reestruturao do territrio.

    A proposta de projeto tem como objeto de interveno uma linha e uma estao inserida nela, ambas previstas na rede de metr planejada para 2030, uma atualizao da rede proposta, em 2006, no Plano Integrado de Transporte Urbano PITU 2025 para a RMSP.

    A escolha da estao Tancredo Neves (linha 19 - Celeste), com implantao prevista prxima ao Viaduto Cidade de Guarulhos, teve como perturbao a precariedade da integrao entre o Aeroporto Internacional de Guarulhos e a cidade de So Paulo, e como estmulo a oportunidade de relacionar o edifcio da estao com seu entorno, estruturando e requalificando o espao urbano. Um projeto de estao que seja um ponto de transformao, de reafirmao de uma centralidade, de reorganizao dos diversos modos de transporte e dos usos da regio so os objetivos desse trabalho.

  • PANORAMA ATUAL 13

    PANORAMA ATUAL

    Neste captulo, ser apresentado um panorama do sistema atual de transportes coletivos metropolitanos e sua organizao administrativa, sem o detalhamento de todas as companhias envolvidas no sistema, uma vez que tal esforo seria de leitura fatigante e de pouco uso ao estudo. Assim, em razo do foco do trabalho consistir na insero de uma estao de metr em uma linha futura, a pesquisa retratada tem como maior nfase a estrutura do Metropolitano de So Paulo (Metr).

    1

  • 14 PANORAMA ATUAL

    TRANSPORTE COLETIVO

    O transporte pblico de passageiros na Regio Metropolitana de So Paulo gerido pelos governos estadual e municipal.

    O governo estadual gerencia o sistema metropolitano mediante atuao da Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos - STM, responsvel pela coordenao de trs empresas operadoras dos transportes coletivos regionais:

    Companhia do Metropolitano de So Paulo - CMSP (METR);

    Companhia Paulista de Trens Metropolitanos - CPTM;

    Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de So Paulo - EMTU.

    O governo municipal planeja e fiscaliza os servios de transportes pblicos por meio das secretarias, departamentos e empresas, enquanto as empresas privadas so, geralmente, as responsveis pela operao dos servios de modais coletivos. No municpio de So Paulo, o gerenciamento dos transportes pblicos cabe Secretaria Municipal de Transportes - SMT, ficando a cargo da So Paulo Transportes S. A. SPTrans a operacionalizao dos transportes de passageiros.

    Mapa do Transporte Metropolitano.

    Fonte: Secretaria dos Transportes Metropolitanos, 2015

  • PANORAMA ATUAL 15

  • 16 PANORAMA ATUAL

    REDE DE ALTA CAPACIDADE

    A rede estrutural de transporte na Metrpole de So Paulo composta pelo sistema de alta capacidade, constitudo essencialmente por modais de transporte sobre trilhos, e pelo sistema de mdia capacidade, representado pelos corredores de nibus.

    A rede atual de alta capacidade da RMSP, cuja funo bsica o transporte rpido em massa, formada pelas linhas de trens metropolitanos, operadas pela Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM); e pelas linhas de metr, operadas pela Companhia do Metropolitano de So Paulo (Metr).

    A rede estrutural de transporte urbano sobre trilho composta por 260,8 km de linhas de trens metropolitanos e 79,0 km de linhas de metr, totalizando uma extenso de 339,8 km de linhas ferrovirias de transporte a passageiros, sendo 6 linhas da CPTM e 5 linhas do Metr.

    REDE DE ALTA CAPACIDADE DA RMSP

    extenso linhas estaesCPTM 260,8 km 6 64

    Metr 79,0 km 5 73

    Entre os 25,2 milhes de viagens motorizadas realizadas diariamente na RMSP, apenas 12,11% so realizadas em sistemas de alta capacidade (trens e metr), evidenciando-se assim a baixa participao destes modais em relao ao total das viagens motorizadas.

    Distribuio de viagens motorizadas na RMSP. Destaca-se 12,11% de viagens realizadas pela Rede de Alta Capacidade, em que 8,86% so realizadas pelo Metr e 3,25% pela CPTM.

    Fonte: Pesquisa Origem e Destino, 2010

    nibus43,31%

    Automvel41,71%

    Metr8,86%

    Trem3,25%

    Moto2,87%

    Rede de Alta Capacidade

    12,11%

  • PANORAMA ATUAL 17

    Relao km/milho de habitantes em diversos sistemas metrovirios do mundo. Nota-se a

    carncia do sistema paulistano, em nmeros brutos e relativos.

    Fonte: Diversas

    Atualmente, a RMSP possui 20,9 milhes de habitantes. Todavia, nota-se um baixo atendimento a essa populao pelos modais da rede de alta capacidade, em especial pela rede de Metr, em razo da reduzida quantidade de quilmetros construdos por habitante. A rede da CPTM disponibiliza 12,47 km por milho de habitantes, enquanto o Metr, 3,77 km por milho de habitantes, totalizando 16,5 km.

    Pode-se observar a escassez de abastecimento do servio metrovirio, tanto em nmeros absolutos quanto em nmeros relativos, quando comparado com a rede New York Subway (Metropolitano de Nova Iorque), onde h uma extenso total 418 km, responsvel por servir uma populao de 19,9 milhes de habitantes (semelhante a RMSP), resultando em 20,95 km de rede de alta capacidade por milho de habitante. Vale lembrar que esta consiste apenas em uma comparao analtica, sem levar em conta o contexto no qual essas metrpoles e sistemas se desenvolveram, de modo a evidenciar a diferena de escala de ambos abastecimentos: Metropolitano de Nova Iorque atende uma relao km/hab 5,5 vezes maior do que o Metr paulistano.

    Estes dados evidenciam a carncia desse servio na Metrpole Paulista e a necessidade de ampliao desses sistemas, de modo a suprir adequadamente demanda, desafogar o transporte rodovirio, trazer conforto aos usurios, melhorar a acessibilidade a diversos pontos das cidades, entre ouros benefcios diretos e indiretos. Ironicamente, esta escassez de oferta no se deve a falta de planejamento, como veremos adiante, pois j foram registrados mais de trinta planos no mbito do transporte pblico.

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    Relao Metr (km) / Habitantes

    Abastecimento (km / hab) Extenso (km)

  • REDE 19

    2 REDE

    O projeto de uma estao de metr na Regio Metropolitana de So Paulo exige uma anlise do ponto onde ela ser implantada, da linha do Metr na qual o ponto est inserido, e da rede metropolitana de transportes que contextualiza a linha metroviria.

    Seguindo um processo de investigao do macro ao micro, o estudo inicia com um levantamento de informaes sobre a Rede, ininiciando com a descrio da atual configurao da rede do Metr, seguindo com exposio do principal plano estruturador que a estruturou (HMD), e finalizando com as propostas e planos mais recentes. Dessas, um destaque maior dado ao ltimo plano publicado pela Secretaria dos Transportes Metropolitanos, o qual foi adotado para este Trabalho Final de Graduao no que tange ao posicionamento da estao na linha definida para estudo.

    Assim, de modo a facilitar a compreenso da motivao e do levantamento que ser apresentado em seguida, segue um resumo do contexto ao qual o projeto est inserido:

    Rede Rede Futura 20301

    Linha Linha 19 - Celeste (Sudoeste - Nordeste)

    Ponto Estao Tancredo Neves (Guarulhos)

    1. O plano da Rede Futura 2030 encontra-se na Atualizao da Rede Metropolitana de Alta e Mdia Capacidade na RMSP, publicada pela STM.

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    LINHAS

    LINHAS DO METR

    LINHAS DA CPTM

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    LINHAS

    LINHAS DO METR

    LINHAS DA CPTM

    REDE ATUAL

    Em razo do produto final consistir em um projeto arquitetnico de uma estao de metr, o presente estudo ter um foco maior no sistema do Metropolitano de So Paulo: seu quadro atual, planos anteriores que guiaram a sua concepo, e a rede futura, base para o projeto deste TFG .

    Relacionando ao sistema da CPTM, a rede atual do METR possui uma abrangncia muito mais tmida, atendendo praticamente o centro expandido da metrpole e formada por cinco linhas, sendo uma delas ainda desconectada da rede (Linha 5 - Lils). Segue um resumo das linhas que compem o modal metrovirio:

    CARACTERSTICAS GERAIS DO METRlinhas extenso (km) nmero de estaeslinha 1 - azul 20,2 23linha 2 - verde 14,7 14linha 3 - vermelha 22 18linha 4 - amarela 12,8 11linha 5 - lils 9,3 7total 79 73

    As cinco linhas da rede de metr possuem caractersticas bem distintas. Uma breve descrio de cada uma e de sua origem ser apresentada para a contextualizao dos demais estudos.

  • 22 REDE

    LINHA 1 - AZUL

    Inaugurada em 1974 no trecho Santana - Jabaquara, a linha norte-sul, atual Linha 1 - Azul, consistiu no primeiro trajeto a ser concebido, fruto da diretriz proposta pelo plano HMD. Predominantemente implantada em subterrneo, com o trecho norte em estrutura elevada, a Linha Azul atravessa o centro da cidade em eixo norte-sul (como o prprio nome sugere) conectando reas que na poca eram relativamente distantes. Outros aspectos importantes da linha so a transposio do rio Tiet e o cruzamento com a rede ferroviria na estao Luz, ainda que a integrao fsica e tarifria das estaes s viesse a ser efetivada em 2002. Atualmente a linha compreende o trecho Tucuruvi - Jabaquara, em que a extenso norte (Tucuruvi - Santana) fora inaugurada em 1998.

    LINHA 3 - VERMELHA

    O segundo trajeto a ser concebido foi a linha leste-oeste, atual Linha 3 - Vermelha, em 1979. Diferentemente da primeira, esta passou por grandes modificaes em relao a seu projeto original (HMD), abandonando o conceito de um arco para ser um novo eixo cardeal. Assim como a Linha 1 - Azul, a Linha 3 - Vermelha tambm atravessa o centro da cidade, onde seu cruzamento d-se na estao S, formando, juntas, uma cruz, a qual durante quase duas dcadas consistiu na rede metroviria paulistana. Nas estaes Brs e Barra Funda, criou-se as conexes com a rede ferroviria, pontos de articulao fundamentais da rede do Metr ainda hoje. Seu trecho leste foi implantado inteiramente em superfcie e junto ferrovia existente, trazendo algumas consequncias sentidas at hoje: uma barreira fsica separando uma parcela significativa na regio, e a falta de atendimento a centros existentes nela, alguns dos quais ainda hoje ressentem pelo fluxo excessivo de nibus e automveis.

    Plataforma da Estao Praa da rvore, projetada pelo arquiteto Marcelo Fragelli.

    Fonte: Fragelli, 2010

    Missa na cerimnia de inaugurao do trecho Vila Mariana-Jabaquara da linha Azul Norte-Sul do metr de So Paulo.

    Fonte: Folha de So Paulo, 2014

    Estao Armnia, originalmente conhecida como Estao Ponte Pequena, projetada pelo arquiteto Marcelo Fragelli.

    Fonte: Fragelli, 2010

    Projeto da Estao Ponte Pequena, arquiteto Marcelo Fragelli.

    Fonte: Fragelli, 2010

  • REDE 23

    LINHA 2 - VERDE

    Terceira linha construda, inaugurada em 1991, a Linha 2 - Verde a nica de carter tangencial ao centro da rede atual do Metr. Quase inteira em subterrneo, sua implantao atravessa reas bastante densas, como a Av. Paulista e a Av. Henrique Shaumann. A opo pela priorizao desta linha em detrimento da Linha 4 - Amarela causou por um longo perodo (1991 a 2011) uma sobrecarga do trecho S-Paraso, passagem obrigatria para todas as transferncias entre as Linhas 2 e 3.

    LINHA 5 - LILS

    Em 2001 foi inaugurada a Linha 5 - Lils, trecho que liga a estao Capo Redondo at a estao Largo Treze, ainda sem novas extenses. A linha foi implantada em elevado, exceto pela estao Largo Treze, em subterrneo. Foi construda desconectada da rede metroviria, condio em que permanece at hoje. Esto em andamento as obras que ligaro este trecho s linhas 1 e 2. Dotada de uma nica conexo com a rede metro-ferroviria por meio da Linha 9, e somente em 2011, com a inaugurao da Linha 4, passou a se articular com centro, ainda assim ao custo de duas transferncias.

    LINHA 4 - AMARELA

    A Linha 4, ltima a ser construda, est implantada toda em subterrneo no eixo centro sudoeste. Cumpre a importante funo de articular-se com quase todas as demais linhas, criando novas opes de percurso e alterando significativamente os fluxos do sistema. Em relao s diretrizes originais, teve perdas tanto em extenso quanto no nmero e localizao de suas conexes. Foi inaugurado entre 2010 e 2011 o trecho Luz Butant, e est em obras a extenso at a Vila Snia. Foi a primeira linha a ser construda e operada atravs de parcerias pblicoprivada.

  • 24 REDE

    HMD

    Para melhor compreenso da configurao da rede atual do Metr, uma breve apresentao sobre como fora elaborado o principal plano que a direcionou ser discorrido a seguir.

    No dia 24 de abril de 1968 fundada a Companhia do Metropolitano de So Paulo (CMSP), empresa que contratou um estudo para implementao de um sistema de transporte rpido em massa, o qual foi realizado por um consrcio denominado HMD (Hotchief-Montreal-Deconsult), composto por duas empresas alems e uma brasileira2.

    O projeto tinha uma configurao muito semelhante rede existente atualmente, dando origem primeira linha de metr implantada, a Norte - Sul (posteriormente chamada Linha 1 - Azul). A seguir, apresenta-se uma breve descrio de como seria a configurao das linhas previstas nesse projeto.

    2. Companhia do Metropolitano de So Paulo (1969)

    Rede proposta no Plano HMD.

    Fonte: Plano HMD, 1968

  • REDE 25

    Linha Norte-Sul proposta no Plano HMD.

    Fonte: Plano HMD, 1968

    LINHA NORTE - SUL

    A atual Linha 1 - Azul manteve-se praticamente inalterada em relao a Linha Norte - Sul ( Jabaquara - Santana), prevista no projeto original.

    Partindo da Estao Terminal Santana, a linha seguiria em elevado pela faixa central da Av. Cruzeiro do Sul, cruzando o rio Tiet e o rio Tamanduate pela Estao Ponte Pequena. A partir da, seguiria em subterrneo pela Av. Tirandentes e Av. Prestes Maia, onde, junto Estao da Luz, interligaria-se Estrada de Ferro Santos - Jundia.

    Depois da Estao da Luz, o trajeto apresentaria trs conexes. A primeira conexo aconteceria na Estao Senador Queiroz, junto Linha Sudoeste - Sudeste. Na regio central, passaria pela Estao Clvis Bevilcquia, onde haveria uma baldeao com a Linha Noroeste - Nordeste. Sob as avenidas Liberdade e Vergueiro, prosseguiria at a Estao Paraso, entroncamento com a Linha Paulista. Deste entroncamento, tambm sairia o ramo Paraso - Moema a sudoeste sob a Av. 23 de Maio, o qual, depois de cruzar o Parque do Ibirapuera em trecho elevado, terminaria na Estao Moema, junto ao cruzamento da Av. Indianpolis. Em sentido ao sul, a linha principal, percorrendo por estaes sob as avenidas Domingos de Morais e Jabaquara, finalizaria na Estao Terminal Jabaquara.

    A Linha Santana - Jabaquara com ramal Paraso - Moema foi prevista com 20,98 km, 23 estaes, distantes, em mdia, 915 m e nos trechos centrais, 600 m.

  • 26 REDE

    LINHA NOROESTE - NORDESTE

    Seguindo da regio Noroeste a regio Nordeste de So Paulo, formando um arco que passaria pelo centro da cidade, a Linha Casa Verde - Vila Maria comearia em elevado na Estao Casa Verde, cruzando o Rio Tiet e os trilhos da Estrada de Ferro, chegando em subterrneo na estao de baldeao Barra Funda.

    Na sequncia, sob a Av. So Joo at a Praa da Repblica, passaria pelas estaes Conselheiro Brotero, Marechal Deodoro, Duque de Caxias, chegando na Estao Repblica, onde interligaria com a Linha Sudoeste - Sudeste.

    Percorrendo sob as avenidas Anhangaba, Rangel Pestana e Celso Garcia, a Linha Noroeste - Nordeste tornaria voltaria a seguir em elevado, cruzando o rio Tiet, prximo Via Dutra, terminando na Estao Vila Maria.

    A Linha Noroeste - Nordeste foi prevista com 13,33 km, 16 estaes, distantes, em mdia, 840 m.

    LINHA SUDOESTE - SUDESTE

    Configurada de forma espelhada Linha Noroeste - Nordeste, a Linha Pinheiros - Via Anchieta segue da regio Sudoeste Sudeste de So Paulo, passando pela regio central da cidade, com ramal Pedro II - Vila Bertioga.

    Proposta de implantao de estaes de metr no Plano HMD.

    Fonte: Plano HMD, 1968

  • REDE 27

    Partindo da Estao elevada Jquei Clube, a linha passaria sob a Rua Teodoro Sampaio, interligando com a Linha Paulista na Estao Clnicas. Continuaria sob a Rua Consolao at a Av. Ipiranga, chegando ao centro, onde interligaria com outras linhas em trs estaes: na Estao Repblica, onde teria uma conexo com a Linha Noroeste - Nordeste, na Estao Senador Queiroz, conectando Linha Norte - Sul, e na Estao D. Pedro II, em que conectaria novamente com a Linha Noroeste - Nordeste. Deste entroncamento, alm da linha seguir at o destino final para Via Anchieta, tambm sairia o ramal que seguiria para a Estao Vila Bertioga.

    A Linha Pinheiros - Via Anchieta com ramal Pedro II - Vila Bertioga foi prevista com 23,83 km, 26 estaes, distantes, em mdia, 885 m.

    LINHA PAULISTA

    A Linha Paulista, considerada complementar, compe o trajeto Vila Madalena - Paulista. Partindo da Estao Vila Madalena sob a Rua Heitor Penteado, seguiria pela Estao Clnicas, de conexo com a Linha Sudoeste-Sudeste, at a Estao Paraso, onde teria interligao com a Linha Norte - Sul e o ramal Paraso - Moema.

    A Linha Paulista foi prevista com 8,08 km, 10 estaes, distantes, em mdia, 840 m.

    Estudo de fluxos das linhas que compem o Plano HMD.

    Fonte: Plano HMD, 1968

  • 28 REDE

    PROPOSTAS E PLANOS RECENTES

    Depois da dcada perdida de 1980, marcada pela estagnao da ampliao da rede metroviria, inicia-se uma retomada nos investimentos tanto nos trens quanto no metr em meados de 1990, resultando na melhora da qualidade de seus servios.

    Em 1991 foi criada a Secretaria dos Transportes Metropolitanos (STM), a qual passa a congregar as companhias operadoras dos transportes estaduais. Com a sua criao, houve uma retomada do processo de planejamento dos transportes metropolitanos, envolvendo as companhias abarcadas pela secretaria EMTU, CPTM e CMSP. Desde esse perodo at os dias atuais produziu-se um volume significativo de propostas listadas na tabela abaixo.

    Nome da Publicao Publicao Horizonte AutorPITU 1996 2000 STMPITU 2020 1999 2020 STMProjeto Funcional 2002 CPTMRede Essencial 2006 2020 MetrPITU 2025 2006 2025 STMRede Futura 2030 2013 2030 STM

  • REDE 29

    Uma breve descrio de cada proposta ser apresentada a seguir, finalizando com uma exposio mais detalhada da Rede Futura 2030, a qual foi alicerce para o desenvolvimento do projeto deste Trabalho Final de Graduao.

    PROGRAMA INTEGRADO DE TRANSPORTE URBANOS PITU

    O PITU consistiu na primeira ao da STM visando um planejamento integrado dos transportes, vide nome do programa. Com incio em 1995, quando foi instituda uma comisso que deu incio aos estudos, o programa resumiu-se colocao dos problemas na poca relativos aos transportes metropolitanos, ao traado de diretrizes e a um conjunto esparso de proposies. Segue uma descrio sucinta documentada pela STM:

    O PITU um programa abrangente, com empreendimentos de infraestrutura e projetos institucionais, envolvendo uma estratgia integrada para a soluo dos problemas de transporte, trnsito, meio ambiente e ocupao do solo3.

    O programa deu origem a dois planos sequenciais, o PITU 2020 e o PITU 20254. Em sua sigla, foi substituda a palavra Programa por Plano, com o

    3. STM, 1996, pg. 5.

    4. Cada um deles tem como ttulo o anometa, como comum em planos urbanos, e so conhecidos popularmente como pitu-vintevinte e pitu vintevinteecinco.

  • 30 REDE

    objetivo maior de integrar todos os modos de transporte5.

    PITU 2020

    O Plano integrado dos Transportes Urbanos com horizonte no ano de 2020, publicado pela STM em 1999, foi o primeiro conjunto integrado de propostas aps o incio do programa PITU, em que se propunha um processo de planejamento6.

    Tem como resultado a proposta de uma rede estrutural sobre trilhos (parte fundamental do plano a rede de metr) e um conjunto de propostas complementares, traados a partir de conceitos de uma metrpole futura. Apresentou propostas para todos os modos existentes na RMSP, incluindo intervenes nas redes fsicas, intervenes tarifrias e de gesto.

    MODENIZAO DA MALHA DA CPTM

    Publicado em 2002, o caderno Projeto Funcional: Modernizao da Malha da CPTM condensa diversos estudos realizados pela CPTM e projetos funcionais de novas estaes para quase todas as linhas existentes.

    Segundo a publicao, este Plano Diretor apresentado pela CPTM est em conformidade com o Pitu 2020, utilizando o mesmo horizonte e seguindo as mesmas diretrizes e metas7.

    5. Plano Planejamento global que inclui grandes orientaes: misso, objetivos gerais, estratgias gerenciadoras e polticas institucionais, constituindo em um planejamento de longo prazo.Programa Planejamento um pouco mais especfico, que inclui objetivo e metas concretas, estratgias e polticas de programas, podendo ser um planejamento para mdio prazo ou parte de um plano mais amplo.

    6. O Pitu 2020 no um plano acabado. Ao contrrio, uma obra aberta. O que hoje entregamos um exerccio completo de um processo de planejamento do futuro. (...) A obra pode ser aprimorada e com certeza ser. Pitu 2020, apresentao. Pg. 7.

    7. CPTM (2002), pg. 14.

  • REDE 31

    REDE ESSENCIAL - TRECHOS PRIORITRIOS

    A Rede Essencial consiste em um plano publicado em 2006 pela CMSP, supostamente como uma decorrncia do PITU 2020. Como seu prprio nome j deduz, ela trata-se de uma verso reduzida da rede apresentada pelo plano anterior, apresentando os trechos prioritrios em sequncia de sua relevncia.

    PITU 2025

    Publicado em 2006 pela STM, o PITU com ano meta de 2025 continha concluses e propostas completamente distintas de sua verso anterior, alegando que esta consistia em uma reviso e atualizao do plano PITU 2020. Este estudo resultou nas primeiras referncias de uma anlise de uso do solo e transportes na RMSP. Os principais parmetros que nortearam esse estudo foram obtidos nas caractersticas das viagens e dados socioeconmicos auferidos da Pesquisa Origem e Destino 1997 do Metr (OD 1997).

    O PITU 2025 consolidou uma proposta de uma rede de trilhos de 610 km de extenso at seu ano meta, uma implantao de 110 km de corredores urbansticos, alm de resultados preliminares sobre a hiptese de desenvolvimento segundo um cenrio equilibrado de localizao de empregos e habitantes.

  • L5

    L2

    L3

    L4

    L1

    L8

    L9

    L7

    L11L12

    L10

    LINHAS

    METR - ATUAL

    CPTM - ATUAL

    METR - FUTURA

    CPTM - FUTURA

  • REDE 33

    L5

    L2

    L3

    L4

    L1

    L8

    L9

    L7

    L11L12

    L10

    LINHAS

    METR - ATUAL

    CPTM - ATUAL

    METR - FUTURA

    CPTM - FUTURA

    REDE FUTURA

    A Rede de 2030 fez parte da publicao Atualizao da Rede Metropolitana de Alta e Mdia Capacidade na RMSP em 2013 pela STM. Este documento resultado de uma atualizao da rede proposta no PITU 2025, a qual prope uma ampla cobertura territorial atravs de uma combinao de diversos modais metr, trem metropolitano, monotrilhos, veculos leves sobre trilhos (VLT) e corredores de nibus tanto municipais quanto metropolitanos.

    Diante de transformaes, desde a Pesquisa OD 1997 (base para o PITU 2025), atribudas a processos inerentes evoluo das caractersticas socioeconmicas, modificaes no uso e ocupao de espaos urbanos, implementao de operaes urbanas e mudanas no sistema integrado de transportes da RMSP8, refletidas na Pesquisa Origem e Destino 2007 do Metr (OD 2007), a STM mostrou-se obrigada a realizar este novo estudo, de maneira a compatibiliz-lo com dados da nova pesquisa e prospeces.

    Contendo 184 km de extenso, esta rede futura retoma partes do conceito de rede metropolitana mais abrangente, conhecida pelo seu metroanel, formado por linhas em arco, com linhas radiais que se interceptam dentro deste anel.

    A rede futura de transporte pblico coletivo composta por 14 linhas do

    8. P. ex.: implantao do Bilhete nico nos nibus do municpio de So Paulo e o aumento de usurios no METR e CPTM, implantao de novos corredores de nibus municipais, concesso dos servios sobre pneus, a expanso da rede do METR e modernizao de linhas da CPTM.

  • L20

    L2

    L5

    L23

    LINHAS CIRCULARES

    LINHA 2 - VERDE

    LINHA 5 - LILS

    LINHA 20 - ROSA

    LINHA 23 - MAGENTA

    ARCO SUL

    GUARULHOS - ABC

  • REDE 35

    L20

    L2

    L5

    L23

    LINHAS CIRCULARES

    LINHA 2 - VERDE

    LINHA 5 - LILS

    LINHA 20 - ROSA

    LINHA 23 - MAGENTA

    ARCO SUL

    GUARULHOS - ABC

    Metr, 14 linhas da CPTM, 2 linhas de monotrilhos da SPTrans, alm de 13 corredores de nibus da EMTU e tambm 38 corredores de nibus da SPTrans. Em razo do alto nmero de sistemas de alta e mdia capacidade previstos, a rede de transportes futura prev uma considervel quantidade de pontos de conexo entre os diversos sistemas.

    No captulo 3 desta publicao encontra-se uma descrio do planejamento da rede futura, onde linhas existentes e propostas passam a ter duas marcantes configuraes que estruturam o sistema de forma integrada: as linhas circulares e as linhas diametrais.

    LINHAS CIRCULARES

    A configurao das linhas circulares, compostas pelos trechos das linhas 23 Magenta (Metr), 2 Verde (Metr), 5 Lils (Metr) e 20 Rosa (Metr), ficou conhecida como metroanel. Pode ser apontada tambm uma estrutura circular mais externa formada pelas linhas Arco Sul (CPTM) e Guarulhos ABC (CPTM) que cumprem um papel semelhante.

    Sua importncia deve-se ao fato delas contriburem para a reduo do movimento indesejado periferia-centro e vice-e-versa, dada a concentrao de viagens atualmente nessa configurao. Elas tambm seriam responsveis por uma reduo do movimento nas estaes da regio central da metrpole, pois estes deixariam de ser pontos obrigatrios no itinerrio do viajante. Ambos os benefcios devem-se conectividade que as linhas circulares trariam rede de alta capacidade.

    Embora as linhas circulares permitam uma maior conectividade, o que resultaria numa tendncia de aumentar o nmero de transferncias gratuitas na rede, o benefcio delas indiscutvel, umas vez que o tempo de viagem seria reduzido de modo expressivo, assim como o nvel de servio do sistema aumentaria.

  • L1

    L3

    L19

    L6

    LINHAS DIAMETRAIS

    LINHA 1 - AZUL

    LINHA 3 - VERMELHA

    LINHA 6 - LARANJA

    LINHA 19 - CELESTE

  • REDE 37

    L1

    L3

    L19

    L6

    LINHAS DIAMETRAIS

    LINHA 1 - AZUL

    LINHA 3 - VERMELHA

    LINHA 6 - LARANJA

    LINHA 19 - CELESTE

    LINHAS DIAMETRAIS

    As linhas diametrais consistem naquelas que interligam dois extremos da metrpole com passagem pela regio central da metrpole. Complementando as duas linhas diametrais j existentes, Linha 1 - Azul (norte-sul) e Linha 3 - Vermelha (leste-oeste), nota-se no plano a presena de mais duas linhas extensas: a Linha 6 - Laranja (noroeste-sudeste) e a Linha 19 - Celeste (sudoeste-nordeste).

    O atendimento lindeiro da Linha 6 Laranja (Metr) mostra-se de elevada importncia por percorrer o eixo das universidades alm de distribuir a demanda pelas vrias linhas que cruza. Assim como a Linha 6 Laranja (Metr), a Linha 19 Celeste (Metr) tambm exerce um papel importante ao distribuir as demandas das diversas linhas que cruza.

    Outra importante mudana observada que o Metr passa a operar alm dos limites do municpio de So Paulo. Alm da Linha 4 Amarela (Metr), que passa por Taboo da Serra, a Linha 17 Ouro (Metr) ao fim de sua implementao completa, passar pelos municpios de Osasco e de Cotia; a Linha 18 Bronze (Metr) passar pelos municpios de So Caetano do Sul, Santo Andr e So Bernardo do Campo; e a Linha 19 Celeste (Metr) passar pelo municpio de Guarulhos.

  • GUARULHOS

    LINHAS DE DESEJOPESQUISA ORIGEM-DESTINO 2007

    MACROZONA O/D

    VIAGENS MOTORIZADAS / DIA / SENTIDO

    10.001 - 30.000

    30.001 - 50.000

    50.001 - 70.000

    70.001 - 90.000

    90.001 +

  • REDE 39

    GUARULHOS

    LINHAS DE DESEJOPESQUISA ORIGEM-DESTINO 2007

    MACROZONA O/D

    VIAGENS MOTORIZADAS / DIA / SENTIDO

    10.001 - 30.000

    30.001 - 50.000

    50.001 - 70.000

    70.001 - 90.000

    90.001 +

    LINHAS DE DESEJO

    O mapa ao lado foi elaborado a partir da pesquisa Origem - Destino de 2007 (OD 2007), em que foram mapeadas as viagens mortorizadas na Regio Metropolitana de So Paulo. Foram destacadas as cidades e sub-prefeituras que compem a metrpole e representados atravs de pontos. As espessuras das ligaes so proporcionais ao nmero de viagens motorizadas por dia por sentido, divididas em 5 faixas de quantidade de viagens.

    Em destaque, encontra-se a cidade de Guarulhos e suas relaes com outras origens/destinos. Segundo este levantamento, possvel perceber a dependncia da segunda cidade mais populosa da RMSP com a capital. Embora esta pesquisa no revela o destino final das viagens originadas de Guarulhos, observa-se um grande nmero de locomoes para regio norte e central de So Paulo, de onde eles podem seguir para outros lugares.

    Essa dependncia revela a importncia da implantao da Rede Futura 2030 e a Linha 19 - Celeste, uma vez que ela desafogaria o transporte rodovirio e de mdia capacidade e melhorar a acessibilidade a diversos destinos, fornecendo uma nova alternativa.

  • LINHA 41

    3 LINHA

    O prximo passo para projetar uma estao de metr entender onde este ponto de interveno est inserido, ou seja, a qual linha componente da Rede Futura 2030 ela pertence.

    Nesta etapa, foram levantadas quais estaes so previstas ao longo da extenso da Linha 19 - Celeste e em qual delas existir uma integrao com outras linhas dentro da futura malha. Em seguida, sobrepondo a linha junto s avenidas principais que percorrem a Metrpole de So Paulo, indentificou-se por onde a via frrea passaria e destacou-se seus principais pontos de cruzamentos com elas.

    O estudo realizado nessa etapa visa entender as potencialidades da linha em questo e a importncia de sua insero no sistema de alta capacidade e no contexto urbano.

    Segundo anlise realizada pela Companhia do Metropolitano de So Paulo, para o horizonte de 2030 so esperados 153.421 embarques na hora pico da manh na Linha 19 - Celeste, o qual corresponde ao segundo maior carregamento em toda a malha metroviria e ferroviria9 (perdendo apenas para a Linha 2 - Verde do Metr), equivalente a 6,87% do total de embarques. Esses resultados mostram o grau de relevncia e efetividade que prevista para a linha diametral em questo.

    9. Dados podem ser encontrados na Tabela 4.11 na pg. 119 do captulo 4 da Atualizao da Rede Metropolitana de Alta e Mdia Capacidade de Transportes da RMSP.

  • LEGENDA

    ESTAES - LINHA 19

    TANCREDO NEVES

    GUARULHOS

    CASTELO BRANCOITAPEGICAFERNO DIAS

    EDU CHAVES

    JARDIM GUANA

    DUTRA

    JARDIM JAPO

    CURU

    VILA MARIA

    CATUMBI

    SILVA TELESPARI

    MERCADO

    SO BENTO

    ANHANGABA

    JACEGUAI

    BELA VISTA

    BRIGADEIRO

    JARDIM PAULISTA

    PARQUE IBIRAPUERA

    ITAIM BIBI

    HLIO PELLEGRINO

    ALVORADA

    CAMPO BELO

  • LINHA 43

    ESTAES

    Com uma extenso de aproximadamente 27 km e contendo 26 estaes em sua trajetria, as paradas da Linha 19 Celeste tero uma distncia mdia prxima de 1 km entre elas. Denominada como uma linha diametral, sua extenso configura um eixo sudoeste-nordeste, interligando o Campo Belo, bairro da Zona Sul de So Paulo a cidade de Guarulhos, passando pela regio central da capital paulista. Em seu percurso, segundo o estudo realizado pelo Metr, a nova linha cruzar bairros como Itaim, Jardim Paulista, So Bento e Vila Maria.

    Vale ressaltar que a estao em estudo para este TFG consiste na Estao Tancredo Neves, extremo nordeste da Linha 19 Celeste. Sua condio, alm de possuir um potencial de atendimento demanda lindeira, visto que Guarulhos a segunda cidade mais populosa na Grande So Paulo, tambm permite uma integrao com servios de nibus e interligao com o Aeroporto Internacional de Guarulhos.

    O mapa ao lado revela as 26 estaes que compe a inha 19 - Celeste, podendo ser observada a proximidade entre elas e sua abrangncia na malha urbana.

    LEGENDA

    ESTAES - LINHA 19

    TANCREDO NEVES

    GUARULHOS

    CASTELO BRANCOITAPEGICAFERNO DIAS

    EDU CHAVES

    JARDIM GUANA

    DUTRA

    JARDIM JAPO

    CURU

    VILA MARIA

    CATUMBI

    SILVA TELESPARI

    MERCADO

    SO BENTO

    ANHANGABA

    JACEGUAI

    BELA VISTA

    BRIGADEIRO

    JARDIM PAULISTA

    PARQUE IBIRAPUERA

    ITAIM BIBI

    HLIO PELLEGRINO

    ALVORADA

    CAMPO BELO

  • LEGENDA

    ESTAES - LINHA 19

    CONEXES

    LINHA 19 - CELESTE

    TANCREDO NEVES

    GUARULHOS

    CASTELO BRANCOITAPEGICAFERNO DIAS

    EDU CHAVES

    JARDIM GUANA

    DUTRA

    JARDIM JAPO

    CURU

    VILA MARIA

    CATUMBI

    SILVA TELESPARI

    MERCADO

    SO BENTO

    ANHANGABA

    JACEGUAI

    BELA VISTA

    BRIGADEIRO

    JARDIM PAULISTA

    PARQUE IBIRAPUERA

    ITAIM BIBI

    HLIO PELLEGRINO

    ALVORADA

    CAMPO BELO

  • LINHA 45

    LEGENDA

    ESTAES - LINHA 19

    CONEXES

    LINHA 19 - CELESTE

    TANCREDO NEVES

    GUARULHOS

    CASTELO BRANCOITAPEGICAFERNO DIAS

    EDU CHAVES

    JARDIM GUANA

    DUTRA

    JARDIM JAPO

    CURU

    VILA MARIA

    CATUMBI

    SILVA TELESPARI

    MERCADO

    SO BENTO

    ANHANGABA

    JACEGUAI

    BELA VISTA

    BRIGADEIRO

    JARDIM PAULISTA

    PARQUE IBIRAPUERA

    ITAIM BIBI

    HLIO PELLEGRINO

    ALVORADA

    CAMPO BELO

    CONEXES

    Ao longo de sua trajetria, a Linha 19 Celeste ter 8 conexes junto a linhas da rede de alta capacidade do Plano Rede Futura 2030. Para auxiliar a visualizao delas, as conexes foram mapeadas em vermelho na imagem que segue ao lado.

    Na estao Campo Belo, est prevista a integrao com a Linha 5 Lils e com a futura Linha 17 Ouro, linhas que contribuem para uma distribuio mais abrangente na Regio Sul da Metrpole.

    Na estao Hlio Pellegrino, destaca-se uma importante conexo com uma linha circular que compe o anel metrovirio, junto a Linha 20 Rosa. Alm disso, embarcando nesta linha, os usurios so capazes de chegar a plos mais distantes do centro da cidade paulistana, visto a sua longa extenso, como o bairro da Lapa e a cidade de So Bernardo do Campo.

    Em seguida, prevista uma baldeao na Linha 2 Verde, na estao Brigadeiro, sob a Avenida Paulista. Superando a sua indiscutvel relevncia no atual sistema metrovirio, esperada uma extenso da Linha 2 que de 14,7 km passar a ter 31 km e comportar 191.656 embarques na hora pico da manh (maior carregamento entre todas as linhas dos sistemas sobre trihos)10. Parte dessa extenso compor o metroanel interno, responsvel por interligar importantes linhas diametrais. Ainda, esta extenso tem como destino final a Estao Dutra, onde cruza novamente com a Linha 19 - Celeste.

    10. Dado retirado da Tabela 4.11 na pg. 119 do captulo 4 da Atualizao da Rede Metropolitana de Alta e Mdia Capacidade de Transportes da RMSP.

  • 46 LINHA

    Posteriormente, a linha segue com uma sequncia de conexes com trs linhas diametrais metrovirias, a Linha 6 Laranja, na futura estao Bela Vista, a Linha 3 Vermelha, na estao Anhangaba, e a Linha 1 Azul, na estao So Bento, onde tambm conectaria com a Linha 16 Violeta. Estas baldeaes mostram-se importantes, devida a abrangncia e longa extenso dessas linhas, possibilitando um deslocamento mais rpido e direto dos usurios a extremos da RMSP, como as Zonas Norte, Sul e Leste, e as cidades de Osasco e So Caetano do Sul.

    A integrao com a Linha 21 Grafite, na estao Pari, permitir uma segunda alternativa para os usurios com destino a Zona Leste da cidade de So Paulo, de modo a desafogar a Linha 3 Vermelha, distribuindo melhor os fluxos.

    Por fim, na estao Dutra, a Linha 19 Celeste cruza novamente o anel metrovirio, junto a linhas circulares, a futura Linha 23 Magenta, a qual percorre a Zona Norte paralelamente Marginal Tiet, e a extenso da atual Linha 2 Verde, totalizando as 8 conexes.

  • LINHA 47

    Linha 1 - Azul, Estao So Bento, futura conexo com a Linha 19 - Celeste.

    Fonte: Melina Kuroiva

    Linha 3 - Vermelha, Estao Anhangaba, futura conexo com a Linha 19 - Celeste.

    Fonte: Fernando Stankuns

    Linha 2 - Verde, Estao Brigadeiro, futura conexo com a Linha 19 - Celeste.

    Fonte: Yusuke Kawasaki

  • LEGENDA

    ESTAES - LINHA 19

    LINHA 19 - CELESTE

    AVENIDAS PRINCIPAIS

    TANCREDO NEVES

    GUARULHOS

    CASTELO BRANCOITAPEGICAFERNO DIAS

    EDU CHAVES

    JARDIM GUANA

    DUTRA

    JARDIM JAPO

    CURU

    VILA MARIA

    CATUMBI

    SILVA TELESPARI

    MERCADO

    SO BENTO

    ANHANGABA

    JACEGUAI

    BELA VISTA

    BRIGADEIRO

    JARDIM PAULISTA

    PARQUE IBIRAPUERA

    ITAIM BIBI

    HLIO PELLEGRINO

    ALVORADA

    CAMPO BELO

  • LINHA 49

    LEGENDA

    ESTAES - LINHA 19

    LINHA 19 - CELESTE

    AVENIDAS PRINCIPAIS

    TANCREDO NEVES

    GUARULHOS

    CASTELO BRANCOITAPEGICAFERNO DIAS

    EDU CHAVES

    JARDIM GUANA

    DUTRA

    JARDIM JAPO

    CURU

    VILA MARIA

    CATUMBI

    SILVA TELESPARI

    MERCADO

    SO BENTO

    ANHANGABA

    JACEGUAI

    BELA VISTA

    BRIGADEIRO

    JARDIM PAULISTA

    PARQUE IBIRAPUERA

    ITAIM BIBI

    HLIO PELLEGRINO

    ALVORADA

    CAMPO BELO

    EIXOS VIRIOS

    Fazendo uma sobreposio da Linha 19 Celeste e as avenidas e rodovias da RMSP, possvel notar que a linha passaria por importantes eixos virios nas cidades de So Paulo e Guarulhos. Esse fato justifica o grau de importncia da linha, alm de sua insero na cidade de Guarulhos e sua proximidade ao Aeroporto Internacional.

    Iniciando na Avenida Jornalista Roberto Marinho, prximo ao Conjunto Habitacional Jardim Edite, a Linha 19 Celeste seguiria sob a Avenida Santo Amaro, onde cruzaria avenidas de uso comercial e de servios importantes, como Avenida Bandeirantes, Hlio Pellegrino e Presidente Juscelino Kubitschek.

    Em seguida, a linha teria uma integrao com o Parque Ibirapuera, junto a Praa Estillac Leal, onde encontra-se o Monumento s Bandeiras (conhecido como esttua empurra-empurra). Este consiste em um acesso importante ao parque, visto que hoje s possvel acess-lo de nibus ou carro para longas distncias. Ainda, a Estao Parque Ibirapuera marca o incio da Avenida Brasil, a qual, segundo Jos Eduardo de Assis Lefevre, professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de So Paulo, uma das mais bonitas avenidas da cidade, destacada pelo canteiro central, largo, ajardinado e arborizado e o recuo generoso das construes11.

    Percorrendo sob a R. Manuel da Nbrega no bairro do Paraso, a linha cruzaria

    11. Lefevre, Jos Eduardo de Assis. (3 de abril de 2010). Como preservar as qualidades de So Paulo?. O Estado de S. Paulo.

  • 50 LINHA

    com a Avenida Paulista, um dos principais centros financeiros da cidade de So Paulo, assim como um dos seus pontos tursticos mais caractersticos. A avenida revela sua importncia no s como plo econmico e de servios, mas tambm como centralidade cultural e de entretenimento.

    Descendo a Avenida Brigadeiro Luis Antnio, em direo ao centro de So Paulo, a via frrea passaria por eixos como a Avenida Treze de Maio e o Elevado Costa e Silva, o Minhoco, atingindo o permetro urbano central da cidade.

    Inserida no centro da capital paulista, a linha frrea percorreria prxima a importantes pontos tursticos da cidade como o Vale do Anhangaba, o Teatro Municipal, o Largo do So Bento, o Edifcio Martinelli, entre tantos outros. Prxima ao Terminal Parque Dom Pedro, ela cruzaria a Avenida do Estado nas margens do Rio Tamanduate, com uma parada no bairro do Pari, ao lado do espao onde ocorre a Feirinha da Magrugada.

    Saindo do permetro urbano, quando atravessa a Marginal do Rio Tiet, a Linha 19 - Celeste caminha em direo a cidade de Guarulhos em paralelo Rodovia Presidente Dutra. Nesse percurso, ela encontra-se com vias importantes da cidade como a Rodovia Ferno Dias, Avenida Presidente Humberto de Alencar Castelo Branco, Avenida Tiradentes e Avenida Paulo Faccini, at o seu destino final, na Avenida Presidente Tancredo de Ameida Neves, o qual concede o nome estao de projeto deste TFG.

    Este estudo evidencia a importncia do percurso desta linha, uma vez que ela permitiria a interligao direta de importantes plos com diferentes usos e finalidades. Ela seria responsvel por aproximar conjuntos habitacionais a centros comerciais e de servios, eixos corporativos a equipamentos de entretenimento, centros a extremos da Metrpole, e etc.

  • LINHA 51

    Pavilho Lucas Nogueira Garcez, tambm conhecido como Oca do Parque do Ibirapuera.

    Projeto de Oscar Niemeyer.

    Fonte: Pedro Kok

    Vista noturna da Avenida Paulista.

    Fonte: Desconhecida

    Habitao Jardim Edite na Avenida Jornalista Roberto Marinho, junto Ponte Estaiada.

    Projeto de MMBB e H+F.

    Fonte: Nelson Kon

  • 52 LINHA

    Uma partida de futebol sobre Elevado Costa e Silva, conhecido como Minhoco.

    Fonte: Sergio Cruz

    O Vale do Anhangaba na regio do centro de So Paulo.

    Fonte: Lucas Campos

    Viaduto Santa Ifignia, ao lado da estao So Bento, no centro de So Paulo.

    Fonte: Vitor Nisida

  • LINHA 53

    Vista area da Feirinha da Madrugada, na regio do Brs, centro de So Paulo.

    Fonte: Folha de So Paulo, 2015

    Vista noturna da Rio Tiet e suas margens.

    Fonte: Rogerio Cavalheiro

    Rodovia Presidente Dutra, sob as obras do Viaduto Cidade de Guarulhos, inaugurado em

    2010.

    Fonte: Desconhecida

  • PONTO 55

    4 PONTO

    O foco deste captulo o estudo do local onde o projeto ser inserido. A importncia deste processo deve-se ao impacto direto que a obra arquitetnica teria sobre a regio em seu entorno direto e mais abrangente.

    Entre os estudos voltados ao ponto de implantao do projeto constam um mapa relacionando edificaes, representadas por volumes cheios, e espaos pblicos ou lotes no ocupados, representados por reas vazias.

    Refinando este estudo, levantou-se quais so os usos associados para cada edificao/volume, alm das delimitaes de ruas, avenidas e rodovias, na tentativa de compreender sua relao junto aos lotes.

    Por fim, analisou-se a configurao de ciclovias e linhas de servio de conexo com o Aeroporto Internacional de Guarulhos, visando apresentar uma proposta de integrar a estao a ser projetada junto a essas infraestruturas.

  • RODOVIA P

    RESIDENTE

    DUTRA

    RUA JOS CAMPANELA

    AVENIDA PRESIDENTE TA

    NCREDO DE ALMEIDA N

    EVES

  • PONTO 57

    RODOVIA P

    RESIDENTE

    DUTRA

    RUA JOS CAMPANELA

    AVENIDA PRESIDENTE TA

    NCREDO DE ALMEIDA N

    EVES

    TERRENO

    Adjacente Rodovia Presidente Dutra, o terreno de estudo e projeto localiza-se no bairro Jardim Kida, na cidade de Guarulhos. Os limites da rea de trabalho tambm composta pela Avenida Presidente Tancredo de Almeida Neves, que d o nome estao, pela Rua Jos Campanela, e por um crrego.

    O terreno encontra-se ao norte do Parque Ecolgico do Tiet, o qual define o limite entre as cidades de Guarulhos e So Paulo. Ainda, a estao estaria prxima a Avenida Paulo Faccini, continuao do Viaduto da Cidade de Guarulhos, o qual marca um dos acessos cidade pela Rodovia Presidente Dutra.

    As fotos areas permitem uma melhor contextualizao geral de como est configurado o terreno e seu entorno. Na primeira foto, a perspectiva est voltada em direo Rodovia Presidente Dutra, podendo ser observado a rea de interveno ao fundo e a obra de arte especial que consiste em um dos cartes postais da cidade. Na segunda foto, a perspectiva, perpendicular a Rodovia Presidente Dutra, mostra uma vista voltada para o centro de Guarulhos, onde pode ser notado uma grande quantidade de edificaes verticais, o que espelha o crescimento de Guarulhos.

  • 1000m15 min

    2500m15 min

  • PONTO 59

    1000m15 min

    2500m15 min

    PRIMEIRA ANLISE

    Iniciando o estudo do ponto, ou seja, do entorno prximo onde o projeto de estao ser inserido, foi gerado um mapa relacionando os volumes cheios e vazios, abrangendo pouco mais que um raio de 1 km, o que equivaleria a 15 minutos de percurso a p.

    Neste estudo, possvel observar uma grande densidade de edificaes ao norte da Rodovia Presidente Dutra em crescimento progressivo, espontneo, de maneira irregular e aparentemente catica. Refora-se a imagem de ocupao desordenada quando percebe-se uma presso imobiliria sobre a vrzea do Rio Tiet, rea de proteo ambiental (APA), margeando o Parque Ecolgico do Rio Tiet. Este aspecto tem grande influncia na qualidade dos espaos urbanos na regio, caracterizada pela carncia de espaos qualificados.

    A anlise apresentada incentiva a busca de uma soluo para o projeto que, alm de atender aos requisitos de um equipamento de infraestrutura urbana, insira-se com um espao pblico de qualidade, estruturando-o como ponto de transformao e reafirmao de uma centralidade.

  • USOS

    RESIDENCIAL HORIZ.

    RESIDENCIAL VERT.

    MISTO

    COMERCIAL E SERVIOS

    INDUSTRIAL

    SOCIAL E INSTITUCIONAL

  • PONTO 61

    USOS

    RESIDENCIAL HORIZ.

    RESIDENCIAL VERT.

    MISTO

    COMERCIAL E SERVIOS

    INDUSTRIAL

    SOCIAL E INSTITUCIONAL

    USOS DO SOLO

    Inserido num raio de 1 km, levantou-se quais so os usos de cada edificao da regio estudada, visando compreender a relao que existe entre o terreno e seu entorno, e os impactos que a implementao da infraestrutura poderia causar no desenvolvimento urbano de seus arredores.

    Em uma primeira anlise, nota-se uma configurao desordenada dos usos, onde aparentemente no houve um crescimento estruturado e guiado por diretrizes que zoneassem a regio de forma organizada e harmoniosa.

    Em seguida, constatado um predomnio do uso industrial, onde concentra-se grande nmero de galpes e terrenos utilizados como depsitos e centros de distribuio logsticos. Esta aparncia justificada pela proximidade do local ao Aeroporto Internacional de Guarulhos, e pelo fato da regio margear a Rodovia Presidente Dutra, importante via de interligao entre Rio de Janeiro e So Paulo, e estar prxima ao acesso ao permetro urbano da capital. Entretanto, em visita ao local de estudo, observou-se uma alta taxa de vacncia dos galpes industriais, abandonados e deteriorados. A implantao de uma estao de metr no local pode incentivar novos investimentos para revitalizaes e construes de imveis que otimizem o aproveitamento do solo em sua proximidade.

    Outro uso predominante neste ponto o uso residencial, onde ainda existe uma maioria de residncias horizontais, mas com o surgimento de novos empreendimentos residenciais verticais. A insero de uma estao trar um impacto positivo aos residentes, aproximando a infraestrutura de mobilidade

  • 62 PONTO

    e oferecendo uma maior acessibilidade a outros pontos da metrpole.

    Por fim, alm dos usos citados anteriormente, foi observado usos comerciais e de servios, sociais e institucionais, encontrados principalmente junto s vias principais.

    Entre eles, destaca-se o Poupatempo Guarulhos. Localizado no terreno a ser intervindo, o equipamento movimenta um grande nmero de pessoas diariamente. No projeto deste trabalho, o Poupatempo no foi ignorado e nem tratado de maneira independente. Assim, a concepo buscou inserir o equipamento no terreno integrando-o infraestrutura de transporte em seus acessos e espaos.

    Rodovia Presidente Dutra e o terreno a intervir ao fundo.

    Fonte: Arquivo Pessoal

    Poupatempo Guarulhos na esquina entre a Rodovia Presidente Dutra e a Rua Jos Campenela.

    Fonte: Arquivo Pessoal

  • PONTO 63

    Avenida Presidente Tancredo de Almeida Neves.

    Fonte: Arquivo Pessoal

    Rua Jos Campanela.

    Fonte: Arquivo Pessoal

    Crrego que desgua no Rio Tiet, adjacente ao terreno a intervir.

    Fonte: Arquivo Pessoal

  • METR TANCREDO NEVES

    METR TATUAP

    TERMINAL TIET

    PRAA DA REPBLICA

    TERMINAL BARRA FUNDA

    AVENIDA PAULISTA

    AEROPORTO CONGONHAS

    BROOKLIN NOVO

    8,0 km

    20,5 km

    25,0 km

    28,5 km

    29,5km

    31,5 km

    37,5 km

    39,5 km

    AIRPORT BUS SERVICE

    TERMINAIS EXISTENTES

    TERMINAL PROPOSTO

    LINHAS EXISTENTES

    LINHA PROPOSTA

    LINHAS METR / CPTM

    METR TATUAP

    AEROPORTO INTERNACIONAL DE GUARULHOS

    METR TANCREDO NEVES

    TERMINAL RODOVIRIO TIET

    PRAA DA REPBLICA

    AVENIDA PAULISTA

    TERMINAL RODOVIRIO BARRA FUNDA

    AEROPORTO DE CONGONHAS

    BROOKLIN NOVO (WORLD TRADE CENTER)

  • PONTO 65

    METR TANCREDO NEVES

    METR TATUAP

    TERMINAL TIET

    PRAA DA REPBLICA

    TERMINAL BARRA FUNDA

    AVENIDA PAULISTA

    AEROPORTO CONGONHAS

    BROOKLIN NOVO

    8,0 km

    20,5 km

    25,0 km

    28,5 km

    29,5km

    31,5 km

    37,5 km

    39,5 km

    AIRPORT BUS SERVICE

    TERMINAIS EXISTENTES

    TERMINAL PROPOSTO

    LINHAS EXISTENTES

    LINHA PROPOSTA

    LINHAS METR / CPTM

    METR TATUAP

    AEROPORTO INTERNACIONAL DE GUARULHOS

    METR TANCREDO NEVES

    TERMINAL RODOVIRIO TIET

    PRAA DA REPBLICA

    AVENIDA PAULISTA

    TERMINAL RODOVIRIO BARRA FUNDA

    AEROPORTO DE CONGONHAS

    BROOKLIN NOVO (WORLD TRADE CENTER)

    AIRPORT BUS SERVICE

    Em parceria com o Governo de So Paulo e o EMTU, e operado pelo Grupo Serveng, o Airport Bus Service consiste em um servio de interligao de diversos pontos da cidade de So Paulo aos aeroportos que a servem. Atualmente, os pontos estratgicos abastecidos por este servio so: Aeroporto de Congonhas, Terminais Rodovirios da Barra Funda e do Tiet, Av. Luiz Carlos Berrini, Itaim Bibi, Av. Paulista, Estao do Metr Tatuap e Praa da Repblica. Como observado no mapa ao lado, as linhas de nibus percorrem uma mdia de 30 km em seu trajeto, entre os quais o percurso mais curto origina-se na Estao Tatuap com 20,5 km.

    A proximidade do terreno ao GRU Airport instigou a necessidade de realizar uma integrao entre ambos. Props-se, ento, inserir um terminal de nibus junto a estao, que abarcasse este servio. Com origem na Estao Tancredo Neves, o Airport Bus Service reduziria seu percurso para 8 km, tornando o acesso ao aeroporto internacional menos dependente do trfego de veculos.

  • AV. P

    RESI

    DEN

    TE T

    ANCR

    EDO

    DE

    ALM

    EIDA

    NEV

    ES

    RO

    D. H

    LIO

    SM

    IDT

    PERC

    URSO

    TO

    TAL

    POR

    SEN

    TIDO

    : 8,

    0 km

    (1

    0 m

    in)

    3,0

    km

    5,

    0 km

    ROD. HLIO

    SMIDT

    RO

    D. PRESIDENTE DUTRA

    5,5 km

    2,5 km

    AIRPORT BUS SERVICE

    ESTAO METR

    TERMINAL AIRPORT BUS

    RODOVIAS E AVENIDAS

    LINHA PROPOSTA

    ROD. PRESIDENTE DUTRA

    AV. SALGADO FILHO

    AV. PAULO FACCINI

    AV. OTVIO BRAGA DE MESQUITA

    AV. TIRADENTES

    AV. ANTNIO DE SOUZA

    AV. PRESIDENTE TANCREDO DE ALMEIDA NEVES

    AV. MONTEIRO LOBATO

    ROD. HLIO SMIDT

    ROD. NATLIA ZARIF

    ROD. AYRTON SENNA DA SILVA

  • PONTO 67

    AV. P

    RESI

    DEN

    TE T

    ANCR

    EDO

    DE

    ALM

    EIDA

    NEV

    ES

    RO

    D. H

    LIO

    SM

    IDT

    PERC

    URSO

    TO

    TAL

    POR

    SEN

    TIDO

    : 8,

    0 km

    (1

    0 m

    in)

    3,0

    km

    5,

    0 km

    ROD. HLIO

    SMIDT

    RO

    D. PRESIDENTE DUTRA

    5,5 km

    2,5 km

    AIRPORT BUS SERVICE

    ESTAO METR

    TERMINAL AIRPORT BUS

    RODOVIAS E AVENIDAS

    LINHA PROPOSTA

    ROD. PRESIDENTE DUTRA

    AV. SALGADO FILHO

    AV. PAULO FACCINI

    AV. OTVIO BRAGA DE MESQUITA

    AV. TIRADENTES

    AV. ANTNIO DE SOUZA

    AV. PRESIDENTE TANCREDO DE ALMEIDA NEVES

    AV. MONTEIRO LOBATO

    ROD. HLIO SMIDT

    ROD. NATLIA ZARIF

    ROD. AYRTON SENNA DA SILVA

    INTEGRAO COM O AEROPORTO

    Aumentando a escala do mapa e aproximando-se ao trajeto que interligaria a Estao Tancredo Neves e o GRU Airport, temos o percurso proposto a ser circulado pelo Ariport Bus.

    Partindo da estao de metr, o nibus ciruclar percorreria primeiramente pela Avenida Tancredo de Almeida Neves por 3,0 km, quando entraria na Rodovia Hlio Smidt, onde percorreria mais 5,0 km at chegar no terminal de embarque e desembarque do aeroporto.

    No trajeto contrrio, ou seja, saindo do terminal do aeroporto, o nibus circularia por 5,5 km na Rodovia Hlio Smidt, chegando estao pela Rodovia Presidente Dutra, onde percorreria 2,5 km at seu destino.

    Ambos os percursos teriam 8 km de distncia que seriam percorridos por, aproximadamente, 10 minutos.

  • BICICLETRIO

    ESTAO METR

    BICICLETRIO

    RODOVIAS E AVENIDAS

    CICLOVIA EXISTENTE

    ROD. PRESIDENTE DUTRA

    AV. SALGADO FILHO

    AV. PAULO FACCINI

    AV. OTVIO BRAGA DE MESQUITA

    AV. PERIMETRAL CECAP

    ROD. PARQUE

    AV. TIRADENTES

    AV. ANTNIO DE SOUZA

    AV. PRESIDENTE TANCREDO DE ALMEIDA NEVES

    AV. MONTEIRO LOBATO

    ROD. HLIO SMIDT

    ROD. NATLIA ZARIF

    ROD. AYRTON SENNA DA SILVA

  • PONTO 69

    BICICLETRIO

    ESTAO METR

    BICICLETRIO

    RODOVIAS E AVENIDAS

    CICLOVIA EXISTENTE

    ROD. PRESIDENTE DUTRA

    AV. SALGADO FILHO

    AV. PAULO FACCINI

    AV. OTVIO BRAGA DE MESQUITA

    AV. PERIMETRAL CECAP

    ROD. PARQUE

    AV. TIRADENTES

    AV. ANTNIO DE SOUZA

    AV. PRESIDENTE TANCREDO DE ALMEIDA NEVES

    AV. MONTEIRO LOBATO

    ROD. HLIO SMIDT

    ROD. NATLIA ZARIF

    ROD. AYRTON SENNA DA SILVA

    INTEGRAO COM A CICLOVIA

    Prxima implantao da Estao Tancredo Neves, encontram-se algumas estruturas ciclovirias. A mais prxima consiste na ciclofaixa que percorre a Avenida Paulo Faccini e Avenida Salgado Filho. Com extenso total (ida e volta) de 6,9 km, a ciclofaixa funciona aos domingos, junto ao canteiro central das vias pblicas inclusas no trajeto.

    Inserida no Parque CECAP concebido e construdo, sob o auspcio da antiga Caixa Estadual de Casas para o Povo, por trs importantes arquitetos paulistas: Vilanova Artigas, Paulo Mendes da Rocha e Fbio Penteado, estende-se uma ciclovia de 2,06 km (ida e volta) pela Avenida Perimetral CECAP.

    A maior ciclovia nas redondezas encontra-se no Parque Ecolgico do Rio Tiet com uma extenso de 22,8 km (ida e volta). Hoje, entretanto, seu acesso no to simples, uma vez que suas entradas acontecem todas ao sul do parque.

    Para o projeto da infraestrutura, prope-se integr-la as estruturas ciclovirias atravs da incluso de um bicicletrio no programa da estao, de maneira a incentivar abertura de acessos mais fceis a ciclovia do Parque Ecolgico do Tiet, concepo de novas estruturas que interliguem a estao s ciclovias e ciclofaixas, e a implantao de novas vias que acomodem este modal alternativo.

  • EP

    LEGENDA

    ESTAO METR

    LINHA METR

    LINHAS NIBUS

    CICLOVIA

    LINHA AIRPORT BUS

  • PONTO 71

    EP

    LEGENDA

    ESTAO METR

    LINHA METR

    LINHAS NIBUS

    CICLOVIA

    LINHA AIRPORT BUS

    INTEGRAO TOTAL

    Reunindo as anlises e propostas e sintetizando elas em um nico mapa, temos a configurao final simplificada de como imagina-se a infraestrutura a ser projetada.

    Alm da estao de metr em si, um novo edifcio do Poupatempo seria concebido de modo a integrar junto a estao e aos espaos urbanos que o envolve.

    Somando-se a eles, um bicicletrio e um terminal de nibus para o Airport Bus Service, de modo a integrar com os demais modais e otimizar o acesso a outros pontos da regio, como parques e o aeroporto.

    Por fim, anexado ao programa principal, proporia-se um espao para estacionamento de veculos, um edifcio garagem que incentivasse usurios de automotores da regio a deixarem seus carros / motos na estao e seguirem sua viagem por meios de transporte coletivos. A ideia seria desafogar o trfego de automveis na Grande So Paulo e influenciar moradores e trabalhadores da regio a utilizarem o transporte pblico, reduzindo seu estresse, a poluio atmosfrica, o nmero absoluto de carros nas ruas, e em certas circunstncias, seu tempo de locomoo, que aumenta todo ano para usurios desse tipo de modal na Grande So Paulo.

    Junto a este mapa, sobreps-se todas as linhas de nibus que circulam na regio nos dias de hoje. Embora esta uma circunstncia que pode ser alterada at a implantao da Estao Tancredo Neves, esta sobreposio d uma ideia aproximada de como se faria a integrao entre as linhas e a estao.

  • PROGRAMA 73

    5 PROGRAMA

    Finalizado o estudo do ponto e complementado por algumas propostas que foram balizadas nas anlises anteriores, o item 5. Programa engloba as principais funcionalidades que o projeto arquitetnico ter. O programa projetual serviu de suporte para o trabalho aque fora realizado no TFG 2.

    O programa de usos da Estao Tancredo Neves ser composto por 5 elementos principais em conformidade aos levantamentos e anlises feitas e incluindo as propostas baseadas em estudos.

  • 74 PROGRAMA

    USOS PRINCIPAIS

    ESTAO DE METR

    Principal uso e base para o projeto deste trabalho de graduao, a estao de metr consiste na estao final da futura Linha 19 - Celeste, segunda linha mais carregada, segundo previses realizadas nos estudos da Companhia do Metropolitano de So Paulo. Para sua concepo foram levados em conta todos os aspectos tcnicos, envolvendo um programa de reas essenciais para o bom funcionamento da infraestrutura.

    POUPATEMPO

    Em razo da inviabilidade de conceber uma estao de metr sob o Poupatempo Guarulhos existente no terreno em questo, foi proposto um novo equipamento de modo que a integrao entre este e os demais elementos do programa fossem garantidos em um projeto conjunto. A definio de seu programa foi embasada no Poupatempo Itaquera, projetado por Paulo Mendes da Rocha.

  • PROGRAMA 75

    BICICLETRIO

    Diante da proximidade com ciclovias e na busca de incentivar a implantao de novas estruturas para as bicicletas no entorno da Estao Tancredo Neves, um bicicletrio foi previsto integrado estao de metr, juntando-se aos dez bicicletrios j existentes nas linhas metrovirias de So Paulo.

    TERMINAL AIRPORT BUS SERVICE

    O Airport Bus Service consiste em um servio de transporte e acesso aos aeroportos da Regio Metropolitana de So Paulo. Este servio de transfer possui diversos itinerrios, horrios, pontos de partida e chegada.

    De maneira a servir o transporte circular entre a Estao Tancredo Neves e o Aeroporto Internacional de Guarulhos, incluis-se no programa de principais usos da estao um terminal de nibus exclusivo ao servio Airport Bus Service, de maneira integrada ao metr.

    ESTACIONAMENTO E-FCIL

    O bilhete E-Fcil define-se como um bilhete que integra o estacionamento e o uso do metr, num modelo conhecido como Park and Ride. Sua ideia bsica incentivar moradores da periferia a substiturem o uso de seus veculos pelo transporte metrovirio, isentando o pagamento do acesso ao metr pela concesso de duas viagens no sistema pblico de transporte. Durante as horas picos de locomoo de veculos pela Grande So Paulo, uma das vias mais afetadas pelo excesso de veculos a Rodovia Presidente Dutra. Assim, a incluso de um estacionamento ao programa de usos principais do projeto mostrou-se de suma importncia, visando desafogar a rodovia e incentivar o transporte de metr aos viajantes.

  • 76 PROGRAMA

    USOS ESPECFICOS

    ESTAO DE METR

    BilheteriaW.C.SSOSalas tcnicasSalas operacionaisPoro de cabosBombasPassagem de cabosAcessosPraa

    POUPATEMPO

    RecepoBalces de atendimentoSanitriosAcessosEscadaElevadorMezaninoreas de espera

    MezaninoPlataformaCirculao verticalEscada de emergnciaReservatrioDuto ventilao (exausto)Duto ventilao (insuflamento)GrelhaTerrao

  • PROJETO 77

    BICICLETRIO

    AcessoBalco de atendimentoVestiriosVagas bicicletas

    TERMINAL DE NIBUS

    Servios de apoioSanitriosPlataformaFaixa de paradaFaixa de trnsito

    ESTACIONAMENTO

    Cancela de acessoVagas veculosVagas veculos cadeirantesEscada de emergnciaElevadores

  • PROJETO 79

    6 PROJETO

    Desenvolvido com embasamento nas premissas desenvolvidas nos captulos anteriores, os quais guiaram os principais usos da infraestrutura, o projeto deste trabalho apresentado em cinco etapas.

    A primeira etapa consiste no memorial descritivo, em que a descrio do projeto discretizada em diversos elementos que compem a concepo global dele. Seguindo com uma planta do terreno e seu entorno, a segunda etapa mostra a implantao do projeto, revelando como ele se configuraria e relacionaria ao seu entorno.

    A terceira e quarta etapas revelam um detalhamento do projeto. Primeiramente, atravs de perspectivas explodidas, introduz-se o projeto em seus diferentes nveis de maneira a familiarizar o leitor ao produto final. Em sequncia, desenhos tcnicos, compostos por plantas e cortes, transmitem de modo mais fil o anteprojeto desenvolvido no TFG, onde so apontados a localizao dos diferentes espaos no projeto.

    Por fim, quatro perspectivas desenvolvidas em maquete eletrnica compem a quinta e ltima etapa, ilustrando o que se espera, na viso dos usurios e transeuntes, da infraestrutura projetada. Seu objetivo permitir enxergar como seria a realidade em uma oportuna implantao do projeto.

  • 80 PROJETO

    MEMORIAL DESCRITIVO

    O terreno destinado implantao da Estao Tancredo Neves sugere uma liberdade de solues em razo da planicidade que este apresenta, consequncia de sua proximidade vrzea do Rio Tiet. Segundo projeto funcional do metr, a linha 19 Celeste chegaria estao na cota 710,0 m junto ao topo do boleto e o levantamento topogrfico aponta um plano na cota 729,5 m na superfcie do terreno, o que resulta em um desnvel de 19,5 m para o projeto da estao de metr em subsolo.

    IMPLANTAO

    A infraestrutura projetada possui duas confirguraes marcantes no terreno, a praa (vazio) e o edifcio (volume). O vazio tem a funo de abrir o terreno para o entorno direto, retirando barreiras fsicas e visuais. Respeitando os limites, a implantao da infraestrutura buscou tornar suas caladas confortveis, deixando larguras suficientes para um passeio agradvel aos pedestres. A disposio delas foram desenhadas de modo a convidar transeuntes a passearem pelo terreno, atraindo-os atravs dos caminhos e percursos que seus espaos proporcionam. Um dos pontos mais relevantes considerado durante o processo de desenvolvimento do projeto consistiu na dinmica que a implantao proporcionaria s pessoas. Os fluxos foram cuidadosamente pensados e planejados, buscando fornecer trajetos diretos, mas com espaos para desfruto da populao.

  • PROJETO 81

    RAMPAS (PRAA)

    A grande dimenso das rampas tem o propsito de, alm de oferecer acesso ao nvel das catracas da estao de metr, incentivar o uso deste espao e inserir-se como um espao pblico, uma praa que seja usufruda por moradores da regio e transeuntes. Diante de uma cidade saturada e escassa de reas pblicas, as rampas-praa teriam uma funo de reafirmao de uma centralidade, de modo que seu espao fizesse parte da dinmica urbana de Guarulhos.

    EDIFCIO

    Em um edifcio em formato de lmina elevada resolve-se dois programas sob uma nica cobertura: o Poupatempo e o Estacionamento. Esta lmina de 200 metros de comprimento, paralela Rodovia Presidente Dutra, marca a transio entre ela e a praa, como uma barreira visual e sonora, tornando o espao pblico mais distante do grande trfego de veculos da rodovia e seus impactos. Sua estrutura foi concebida por elementos metlicos, o que transmite leveza e transparncia da edificao na paisagem.

    POUPATEMPO

    Elevado, o Poupatempo possui dois pavimentos: o pavimento de acesso, o qual encontra-se na cota 734,15 m, e o mezanino na cota 737,25 m. Distribudos em ambos os pavimentos encontram-se usos como: balco de recepo, balco de atendimento, rea de espera, e usos de apoio como sanitrios e circulaes verticais. No primeiro pavimento, centralizado ao Poupatempo, fica o acesso a uma rea externa, a qual configura-se tambm como uma cobertura para o ponto de nibus no nvel 729,5 m. Ao longo de todo o edifcio, a fachada composta por elementos metlicos que configuram um brise soleil, protegendo os usurios da insolao e trazendo um aspecto esttico ao edifcio.

  • 82 PROJETO

    ESTACIONAMENTO

    Sob a mesma cobertura do Poupatempo, o estacionamento foi resolvido atravs de meio-nveis de modo que fosse possvel otimizar seu espao e o nmero de vagas dentro de um limite de altura estabelecido. O acesso ao estacionamento realizado pela Avenida Presidente Tancredo de Almeida Neves, e no pela Rodovia Presidente Dutra, de modo que no ocorresse interferncia por entrelaamento junto ao ponto de nibus que se encontra na rodovia. Assim, os usurios do estacionamento percorrem uma via local paralela ao crrego junto a um canteiro arborizado que separa os dois sentidos dela. Quando passa a cancela de acesso, o veculo pode percorrer at 4 rampas que totalizam 198 vagas. Cada patamar possui uma escada e conjunto de elevadores para o acesso aos demais pavimentos, incluindo o piso da entrada estao de metr.

    ACESSO EDIFCIO

    O acesso principal ao edifcio acontece no meio deste, atravs de uma escada e conjunto de elevadores. Alm destes, possvel subir ao nvel de acesso por uma rampa que avana a praa ou por um viaduto que atravessa a Rodovia Presidente Dutra, para quem chega do outro lado da via.

    BICICLETRIO

    O bicicletrio localiza-se no encontro entre as duas rampas praa, ao lado oposto da entrada da estao do metr, o que evita interferncias entre ciclistas e pedestres. O bicicletrio pode abrigar at 116 bicicletas.

    PASSARELA

    Sobre o patamar de encontro entre as duas rampas, uma passarela interliga a Av. Presidente Tancredo de Almeida Neves ao edifcio lmina, podendo acessar diretamente o metr atravs de uma escada centralizada nela. Ao mesmo tempo, a passarela atua como uma cobertura que interliga o bicicletrio e metr.

  • PROJETO 83

    PONTO DE NIBUS

    Na via local da Rodovia Presidente Dutra encontra-se o ponto de nibus destinado ao Airport Bus Service que tem como cobertura a laje terrao do Poupatempo. Separada em duas faixas largas, a faixa de parada e a de passagem, a pista possui 10 metros de largura, permitindo manobras confortveis ao motorista. A faixa de parada possui 60 m de comprimento, sendo possvel a parada de 3 nibus consecutivos, o que otimiza o acesso e sada dos passageiros.

    ESTAO DE METR

    O acesso estao de metr pode ser feito por dois conjuntos de catracas opostas, localizadas nas extremidades Oeste e Leste dela. A extremidade Leste acessada principalmente por motoristas e passageiros que fazem uso do estacionamento de veculos. A extremidade Oeste pode ser acessada por pedestres e ciclistas que chegam pela praa ou passageiros que chegam do ponto de nibus, localizado nas margens da Rodovia Presidente Dutra. Depois das catracas, escadas rolantes transportam usurios ao mezanino inferior, de onde possvel acessar as plataformas no nvel 711,05 m.

    PLATAFORMA

    Respeitando a norma imposta pela CMSP, as plataformas possuem largura mnima de 5 m com uma extenso de 140 m. O percurso mximo de um passageiro para acesso s circulaes verticais de 35 m.

    CABOS OPERACIONAIS

    Os trens metrovirios so operados por cabos instalados abaixo das plataformas. Estes cabos esto interligados ao poro de cabos que fica abaixo das salas tcnicas e operacionais no edifcio anexo. Os cabos seguem verticalmente em shafts no extremo Leste da estao e quando chegam ao nvel 725,15 m, seguem horizontalmente at o edifcio anexo sob o espelho dgua.

  • 84 PROJETO

    SALAS TCNICAS E OPERACIONAIS (EDIFCIO ANEXO)

    Segundo tcnicos do Metr prefervel que o conjunto de salas tcnicas e de salas operacionais, alm do poro de cabos, estejam no nvel da superfcie do terreno ou acima, de maneira a facilitar seu acesso e a manuteno deles. Assim, interligadas por subsolo por um duto que transporta os cabos que operam os trens, a estao e as salas tcnicas ficam separadas entre si. O edifcio que compem as salas tcnicas e operacionais marcado como um bloco de concreto sobre um espelho dgua que, alm de consistir em um elemento na paisagem, separa os transeuntes da circulao de operadores dos trens.

    DUTOS DE VENTILAO

    Os dutos de ventilao (exausto e insuflao) possuem uma seo de 3,5m x 3,5m, conforme especificaes do Metr. A frenagem dos trens que chegam s estaes liberam muito calor que discipado pelos dutos de exausto e, simultaneamente, os trilhos so resfriados pela ventilao dos dutos de insuflao. Estes dutos so interligados at a superfcie, onde trocam de ar com o ambiente externo atravs de grelhas.

  • 88 PROJETO

    N 710,00m

    N 711,05m

  • PROJETO 89

    N 718,10m

    N 725,15m

  • 90 PROJETO

    N 729,50m

    N 734,15m

  • PROJETO 91

    N 737,25m

    N Cobertura

  • 92 PROJETO

    PLANTA N 710,00m

    1 PORO DE CABOS

    2 CANAL DE EXAUSTO

    3 DUTO DE EXAUSTO

    4 DUTO DE INSUFLAO

    5 POO DE ELEVADOR

    0 255

    3

    3

    1

    1

    2

    5

    5

    4

    4

    2

  • PROJETO 93

    PLANTA N 710,00m

    1 PORO DE CABOS

    2 CANAL DE EXAUSTO

    3 DUTO DE EXAUSTO

    4 DUTO DE INSUFLAO

    5 POO DE ELEVADOR

    0 255

    3

    3

    1

    1

    2

    5

    5

    4

    4

    2

  • 94 PROJETO

    PLANTA N 711,05m

    1 PLATAFORMA

    2 SHAFT DE CABOS

    3 DUTO DE EXAUSTO

    4 DUTO DE INSUFLAO

    5 VIA DO TREM

    0 255

    1

    5

    2

    2

    3

    3

    4

    4

    1

  • PROJETO 95

    PLANTA N 711,05m

    1 PLATAFORMA

    2 SHAFT DE CABOS

    3 DUTO DE EXAUSTO

    4 DUTO DE INSUFLAO

    5 VIA DO TREM

    0 255

    1

    5

    2

    2

    3

    3

    4

    4

    1

  • 96 PROJETO

    PLANTA N 718,10m

    1 MEZANINO

    2 SHAFT DE CABOS

    3 DUTO DE EXAUSTO

    4 DUTO DE INSUFLAO

    0 255

    2

    2

    3

    1

    3

    4

    4

  • PROJETO 97

    PLANTA N 718,10m

    1 MEZANINO

    2 SHAFT DE CABOS

    3 DUTO DE EXAUSTO

    4 DUTO DE INSUFLAO

    0 255

    2

    2

    3

    1

    3

    4

    4

  • 98 PROJETO

    PLANTA N 725,15m

    1 VESTIRIOS

    2 BICICLETRIO

    3 PRAA REBAIXADA

    4 SANITRIOS

    5 BILHETERIAS

    6 SSO

    7 ACESSO METR 1

    8 ACESSO METR 2

    9 ACESSO METR 3

    10 CATRACAS

    11 SHAFT DE CABOS

    12 PORO DE CABOS

    13 PRIMEIROS SOCORROS

    14 DUTOS DE EXAUSTO

    15 DUTOS DE INSUFLAO

    16 REA DE ACOMODAO

    0 255

    11

    12

    13 11

    14 14

    16

    1515

    4 4

    4

    4

    4

    7

    8

    91010

    11

    2

    3

    5

    5

    5 5

    6

    64

  • PROJETO 99

    PLANTA N 725,15m

    1 VESTIRIOS

    2 BICICLETRIO

    3 PRAA REBAIXADA

    4 SANITRIOS

    5 BILHETERIAS

    6 SSO

    7 ACESSO METR 1

    8 ACESSO METR 2

    9 ACESSO METR 3

    10 CATRACAS

    11 SHAFT DE CABOS

    12 PORO DE CABOS

    13 PRIMEIROS SOCORROS

    14 DUTOS DE EXAUSTO

    15 DUTOS DE INSUFLAO

    16 REA DE ACOMODAO

    0 255

    11

    12

    13 11

    14 14

    16

    1515

    4 4

    4

    4

    4

    7

    8

    91010

    11

    2

    3

    5

    5

    5 5

    6

    64

  • 100 PROJETO

    PLANTA N 729,50m

    1 PORO DE CABOS

    2 ESPELHO DGUA

    3 PRAA

    4 ACESSO ESTACIONAMENTO

    5 ESTACIONAMENTO

    6 PASSARELA

    7 RAMPA DE ACESSO

    8 ACESSO METR 1

    9 ACESSO METR 2

    10 ACESSO METR 3

    11 ACESSO SALAS TCNICAS

    12 TERMINAL DE NIBUS

    13 SANITRIOS

    14 APOIO TERMINAL

    15 CICLOVIA

    16 ACESSO POUPATEMPO

    17 ACESSO VECULOS

    18 CANCELA DE ACESSO

    0 255

    12

    2

    4

    4

    16

    16

    10

    11

    12

    13 13

    17

    17

    1814

    14

    3

    8

    6

    6

    7

    99

  • PROJETO 101

    PLANTA N 729,50m

    1 PORO DE CABOS

    2 ESPELHO DGUA

    3 PRAA

    4 ACESSO ESTACIONAMENTO

    5 ESTACIONAMENTO

    6 PASSARELA

    7 RAMPA DE ACESSO

    8 ACESSO METR 1

    9 ACESSO METR 2

    10 ACESSO METR 3

    11 ACESSO SALAS TCNICAS

    12 TERMINAL DE NIBUS

    13 SANITRIOS

    14 APOIO TERMINAL

    15 CICLOVIA

    16 ACESSO POUPATEMPO

    17 ACESSO VECULOS

    18 CANCELA DE ACESSO

    0 255

    12

    2

    4

    4

    16

    16

    10

    11

    12

    13 13

    17

    17

    1814

    14

    3

    8

    6

    6

    7

    99

  • 102 PROJETO

    PLANTA N 734,15m

    1 POUPATEMPO

    2 TERRAO

    3 PASSARELA

    4 RAMPA DE ACESSO

    5 ESTACIONAMENTO

    6 SALAS TCNICAS

    7 SALAS OPERACIONAIS

    8 ACESSO POUPATEMPO 1

    9 ACESSO POUPATEMPO 2

    10 ACESSO ESTACIONAMENTO

    0 255

    6

    7

    1

    2

    3

    4

    5

    5

    8

    910

  • PROJETO 103

    PLANTA N 734,15m

    1 POUPATEMPO

    2 TERRAO

    3 PASSARELA

    4 RAMPA DE ACESSO

    5 ESTACIONAMENTO

    6 SALAS TCNICAS

    7 SALAS OPERACIONAIS

    8 ACESSO POUPATEMPO 1

    9 ACESSO POUPATEMPO 2

    10 ACESSO ESTACIONAMENTO

    0 255

    6

    7

    1

    2

    3

    4

    5

    5

    8

    910

  • 104 PROJETO

    PLANTA N 737,25m

    1 MEZANINO POUPATEMPO

    2 ESTACIONAMENTO

    0 255

    1

    2

    2

  • PROJETO 105

    PLANTA N 737,25m

    1 MEZANINO POUPATEMPO

    2 ESTACIONAMENTO

    0 255

    1

    2

    2

  • 106 PROJETO

    0 255

    CORTE LONGITUDINAL - PRAA

  • PROJETO 107

    0 255

    CORTE LONGITUDINAL - PRAA

    0 255

    CORTE TRANSVERSAL

  • 108 PROJETO

    0 255

    CORTE LONGITUDINAL - ESTAO

    0 255

    ELEVAO SUL - DUTRA

  • PROJETO 109

    0 255

    CORTE LONGITUDINAL - ESTAO

    0 255

    ELEVAO SUL - DUTRA

  • 110 PROJETO

  • PROJETO 111

  • 112 PROJETO

  • PROJETO 113

  • 115

    AGRADECIMENTOS

    orientadora deste trabalho, Helena Ayoub, pela disponibilidade e pelo acompanhamento no desenvolvimento.

    arquiteta, Mariana Vigas, pelo auxlio e esclarecimentos sobre normas tcnicas de projeto.

    Aos professores que se dispuseram a participar da banca de avaliao, Andrena Nigiello e Cesar Shundi.

    Aos amigos da FAU e da POLI que muito contriburam para a minha formao, pessoal e acadmica, durante todos esses anos. A Aninha, Bruno, Carlinha, Dod, Fabu, Gui, Lau, Nath, Nina, Rafo, Rafinha, Yukari.

    A Fres, Mika, Pedro, Roca, Selma e Shigueo, pelo grande auxlio no desenvolvimento deste trabalho.

    Aos meus pais e ao meu irmo por todo apoio incondicional e pela compreenso.

    Em especial, Aline, pelo carinho, incentivo e companheirismo em todo esse processo e ainda por todos os momentos juntos.

  • 116

    BIBLIOGRAFIA

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    COMPANHIA DO METROPOLITANO DE SO PAULO Capacidade do Transporte Urbano de Passageiros Sobre Trilhos. So Paulo, Metr. 2005. Manual Tcnico.

    COMPANHIA DO METROPOLITANO DE SO PAULO Evoluo da Rede Bsica do Metr: 19681985. So Paulo: Metr, 1986.

    COMPANHIA DO METROPOLITANO DE SO PAULO Manual de Engenharia Metroviria. So Paulo, 1992.

    COMPANHIA DO METROPOLITANO DE SO PAULO Plano de Expanso da Rede de Metr 2020. So Paulo: Metr. 2002. Relatrio Tcnico.

    DEK, Csaba Elementos de uma poltica de transportes para So Paulo, in: DEAK & SCHIFFER, 1999. (1990)

    HOCHTIEF, MONTREAL, DECONSULT (HMD) Metr de So Paulo. So Paulo, Metro. 1969. 2v.

    TANI e ISODA, Marcos Kiyoyo de. Transporte sobre Trilhos na Regio Metropolitana de So Paulo. So Paulo: TFG FAUUSP, 2013.

    MORI, Klara Kaiser Rede de Metr 2010: Parmetros Espaciais. So Paulo: Cia do Metropolitano. 1992.

    NIGRIELLO, Andrena A Expanso da Rede de Metr em So Paulo in: Revista dos Transportes Pblicos n83. So Paulo, ANTP. 1999.

    SAITO, Pedro Mollan. Infraestrutura como Projeto Urbano. So Paulo: TFG FAUUSP, 2009.

    SECRETARIA DE ESTADO DOS TRANSPORTES METROPOLITANOS PITU 2020 Plano Integrado de Transportes Urbanos para 2020. So Paulo, 1999.

    SECRETARIA DE ESTADO DOS TRANSPORTES METROPOLITANOS Rede Essencial - Trechos Prioritrios. So Paulo, 2006.

    SECRETARIA DE ESTADO DOS TRANSPORTES METROPOLITANOS PITU 2025 Plano Integrado de Transportes Urbanos para 2025. So Paulo, 2006.

    SECRETARIA DE ESTADO DOS TRANSPORTES METROPOLITANOS Atualizao da Rede Metropolitana de Alta e Mdia Capacidade na RMSP. So Paulo, 2010.

    VILLAA, Flvio Espao IntraUrbano no Brasil. So Paulo: Studio Nobel/Fapesp/Lincoln

    Institute, 2001.

  • 117

    STIOS DE INTERNET:

    Companhia do Metropolitano de So Paulo www.metro.sp.gov.br

    Companhia Paulista de Trens Metropolitanos www.cptm.sp.gov.br

    Csaba Dek www.usp.br/fau/docentes/depprojeto/c_deak/CD/

    Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos www.emtu.sp.gov.br

    So Paulo Transportes | PMSP www.sptrans.com.br

    Secretaria dos Transportes Metropolitanos | So Paulo www.stm.sp.gov.br

    Via Trolebus - www.viatrolebus.com.br

    REFERNCIAS PROJETUAIS

    ARTIGAS, Rosa. Paulo Mendes da Rocha: projetos 1957-1999. So Paulo: Cosac Naify, 2006.

    ARTIGAS, Rosa. Vilanova Artigas. So Paulo: Editora Terceiro Nome, 2015.

    FRAGELLI, M. A. Quarenta anos de prancheta. So Paulo: Editora Romano Guerra, 2010.

    FRAGELLI, M. A. Estaes do metr, So Paulo, SP. Projeto, So Paulo, n.42, p.150, 1982.

    Infrastructure des transportes, Architecture, Paris, n.398, p.88-90, 1976.

    Integrated Station-City Development, a+u, Tokyo, Special Issue, October 2013.

    TOSCANO, J. W. Joo Walter Toscano. So Paulo: Editora UNESP; Instituto Takano de Projetos Culturais Educacionais e Sociais, 2002.

    XAVIER, A.; LEMOS, C.; CORONA, E. (Org.). Arquitetura Moderna Paulistana. So Paulo: Pini, 1983.

  • ESTA

    O

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    TFG

    FAU

    USP

    2015

    INTRODUO APRESENTAOPANORAMA ATUALTRANSPORTE COLETIVOREDE DE ALTA CAPACIDADE

    REDEREDE ATUALHMDPROPOSTAS E PLANOS RECENTESREDE FUTURALINHAS DE DESEJO

    LINHAESTAESCONEXESEIXOS VIRIOS

    PONTOTERRENOPRIMEIRA ANLISEUSOS DO SOLOAIRPORT BUS SERVICEINTEGRAO COM O AEROPORTOINTEGRAO COM A CICLOVIAINTEGRAO TOTAL

    PROGRAMAUSOS PRINCIPAISUSOS ESPECFICOS

    PROJETOMEMORIAL DESCRITIVOAGRADECIMENTOSBIBLIOGRAFIA