Portugal e a Alemanha a caminho para a Europa

12
Marllia das Santos Lopes, Ulrich Knefelkamp, Peter Hanenberg CHg.1 Portugal und Deutschland auf dem Weg nach Europa Portugal e a Alemanha a caminho para a Europa

description

Autor: Armando B. Malheiro da Silva

Transcript of Portugal e a Alemanha a caminho para a Europa

  • Marllia das Santos Lopes, Ulrich Knefelkamp, Peter Hanenberg CHg.1

    Portugal und Deutschland auf dem Weg nach Europa

    Portugal e a Alemanha a caminho para a Europa

  • militar e ec&o-cientiftca e a soa liga& B a t e &1ectnai do PRP, concen- trada, a partir de 1911. no grupo gsrtidgno dissidente - a UrzIrlo Rt;put,li- cano -, liderado pelos mdicos Brito Camacho e Augusto de Vasconcelos. Mas isto nada tem a ver aom a acusa* de gemratiflia Cito , crena na vit61ia alem@ que ibe foi feita, logo em Dexembm de 1917, pelos x g u m i 8 @ m , en4incMraW ao Governo e no Parlamento desde 1913. Os factos j6 apurades permitem refuta-la sem heSita6es.

    A Alemanha moderna, enquanto unidade poitica e p@mia econmica e militar numa Europa em mndmp, %i, sem dvida, uma construo romn- tica. animada por um pangemmismo v i g o m e iaspirada no movimeato nacionalista dos meados do &c. XVIII - o Stium und D r w . De incio apoiitiw, com cafiz apenas cuiturai e surgido em1 Estrasburgo B v o h do jovem Goethe, congregou intelatuais seduzidos por uma ideia nova: os vnos LanrLP e m , ctnnal, as vWas partes de um todo nacional - a NaZo Alem. Ideia enriquecido, ap6s o encontro, em 1770, entre Goethe e Herder, pela perspectiva deste dltimo de que a tlngua a i e d e a iiterahira popuiar projectavam a qresso inWvoca da volkgeist ((alma nacional). Foi, pois, esta a base em que assentou a r d m o a l e , radidmente implicado na amao do nacionalismo e da tradi@o e, a partir daqui, orientado no sentido de um claro ideal pangemanisW, que H& U~h&berge~, na obra cIssica L'dUens~gne mdme sm bvolution, publicada em 1909, traduziu por r c i v i h ~ u germtbnim* e resumiu assim: *A ~.Aleuw& estende-se por todo o lado onde reina a lngua alem%, por todo o lado onde floresce a cul- tura aiem EIa extravasa todas as fronteiras do Inip6rio. 1.. .] Para alm das legies onde o elemento g@co estava implantado desde longa data e em massas tuais ou menos compactas, a Alemnh ideal w m p m & ainda todos os alemes que deimam o seu pafs com ou sem inteno de regmso: sol- dados que iam otkrecer seus prstimos a senhores e s t ~ m s , m i s s i o m catblicas ou protestantes, exploradores asi8tiws ou afrkanos, emigrantes sobretudo, que perseguidos pela d e r i a ou pelo espfrito de raauzi

  • AUhfAtdDO B. MUtPnrO M SILVA

    alemo unitrio, habilmente substitudo pelo D w c h e Bwul (Confgdemgio), mera amciso de 34 Estados pliwipescos e 4 cidades livres, todos soben- nos, sob a presidkia & Iroperador da Anstria; a aise econ6nUca eurapeia de 1845 favoreceu a agitao poltica, agravada pela revolugo de1848 em Pranu; a Rrrte oposi@o anstriaca A unifioa@o a l e (liderada pela PnWa) fez-se mtjr claramente em N o w b m de 1850 e no6 anos segainces Bis- mmk. o famoso ~chanceler de ferro, e artfice do II Reich pxussiano, as s d u a mptura a prazo com a tuteia auStrfaca, uma ~ p t u r a irreverslvel ap6s a empanba militar de l8B6, e, finalmente, em 1870 a questo da candida- fura aiem de um principe Hohenaolern ao trono de Espanha, momeutama- mente v*, impeliu o Imperador NapoleKo iii a d e c k guerra B Prbia, rewoso do poderio alemao, que acabou por sair reefotado: Bismarck &eu de bandeja a oporninidade de quebm as reti-as dos Estadbs do Sol unifica$&, formado um bloco nacionalista para ddenot a E q a . Co- mlMo 16gfco desta vit6ria foi a ~ T O C ~ ~ Q m 18 de Janeiro de 1871, na Gaeria dos Espelhos de Versaihes, do rei da Pnbda, GuiIhemre I, c o m Impexador atem!&.

    O II Reich, cwvo da &cada sob a coroa de Vitm Mamei 11, cuim&rau o modelo do Estado-Na& e beneficiou em pleno do desemrolvi- mento eron6mico ameguido w d h d a wtimes. Uma autentica ex- pl~SHo demogr(ifica eom a comequente forinaio de mmiemsm cenlras urbanos. um gamle iuvestimenfo ria ~ ~ f a de c x d ~ & s de feno (qae pasmam, entre 18M) e 1830, de 2800 Irai pata H000 km), um fgpido Elo- regcimento dm i n d 6 ~ t h sididexzwrgicas, meta&gicas e mecgnicas, mtentado pela explora@ dos rec-8 &mais (em cma0 e fm), uma efeotiva moderniza~ao da agricultura, entre outros factores, viab'~lham o expan- sionismo poiltico-ec~fimico e colonial do projecto b i ~ k i u i o . Essa hprAve1 expansgo Mo tardaria a w w r problemas & p d a s livais - em especial a Fraqa e a Inglaterra -, uameadioneme em k c a , porque a ~ & e - rada evoluo do sistema capitalista exigia o como10 & novas fQoW de abasmehento. Assim, a concor&mia com a hghtem tomou-se memo ineviklvel: por um ladu, as explorta@es &mSs passaram a superar as vendas britnicas na &r parte dos pam europeus; e. por outm, a ofensiva alem8 no continente africano privilegiou a zona 11~eridionai. onde a colisHo com os interessa ingleses foi evidente a&v& do apoio dado aos Wem e onde a presa0 sobre as posgess8es portuguesas foi crescendo ate ao ntn da I Grande ~ u e m i . ~

    Para m a dpida eviocasiio das rnpvulvas causas vaja*: De Launay, Jaeques: As Gmndw ooatrov~sias da hi&ris moderna, 1789-1914. Lisbma, Livcaria

    A AI,FMAN(ih A LUZ DA CO&?STI>NDf&CIA CONSEIEAU n>UWU@SA

    A gaesao colonial revelou-se, de facto, eshzifegicamente decisiva pmto pata as grandes p.ate-, como para OS pequem p w com possemes ul- uamatinas. Bra a aaso de Portugd, @s do sui da Europa e ecronemicamente periMco, atacado nos seus intmes colohiais pela pneipd aliada e protectara - a Ingiaterra. O elebrs Uttinatwm ingles de 11 de Janeiro de 18905 teve, naturalmente, coasequenCias polititas em Pomgal e culminou um processo, que se fntensifcara anos antes pelo r m s o a erpediw &eog&icas de m~nhecimedto e de posse de vaitos temMrios em Africa e que os portuguses fmam doa primeiuos a Impulsionar com cerca de dom surti& feiras desde 1785 ate its grandes exp1or;lBes de Capeio e Ivens em 1877. Mas isto @o foi SaficKntE para s a l v a m a soberaaia portuguWa em zonas que l&M~~meme ihe pertenciam, pmque o "pbfpio dos direi- tos hi$t6dcm sobre as tenit6rim &canos, M t a ou explicitamwe aceite at 1875, mmqou a stz preterido. a partir dessa altora, por um m o prin- cpio diplomtico emergente - o princfpio da oCIipHo efectiva -, que s d u de coberhu~~ A,aspechLctdar d d a colonial e consequeUtc pat t ih de Africa por parte dos J&ropeas. Os Pactos ocodo8 ate 8 Conferncia de B&, rc&za& entre 15 de Novembro de 1884 e Fevereiro de 1885 e pyomovida pelo eiunmller Bimmck em siaonia com o govenio fran&s de Juiules Feny, bem como as suas mnsequ8naas imediatas c o u d u z b A consagm&o do direito da foqa wntra a fora doa direitos hist6rcas, o que fft@Ihu imen- so a posi* porta&pesa Pomigal &o s6 foi forado, quase no 5 da C o n f e i a (em 14 de Fevereiro de 1885), a reenhecer a soberania tarito- rial da Associa& fnternac~onal A i w sobre uma regiXo descoberta no a&. XV pelo riave@a~ Diogo C&> mas tambm se viu impelido a definir as frontellas dos seus temt6rios com os as novas pot&dcias e a impor o seu domnio nas regi6es que wlamava por direito hist6rko. A p d r de 1887, sob a Qide da Sociedade de Qeografia e o empenhamento do novo Ministro

    . < --- - .

    1914-1918. m o a , Ediies 70.194a. p. 17-81. -

    5 Um recente e 6 1 W sobre o tenia veio contfibnir psra a sua compreeaso aitm quadm d i de imcracgaw slsr4mm infama-poEtic& externa): Teixeirn. Nuao Severism: O ,VilinWm afm e pdEn'w in- t e m m Pom& de 1890. Lixboa, AI&, Em 23 de ~ e v ~ r e k o era proclamado o Bstado independente do Congo. tendo por sobermo Leowldo ii da B6Mca. Sobre todo este processo ver: Negdar W e r - nos, i w . A &uqalpil o Znire n. Lbboa, M w n o Negcios Esbrangeiros, e. 169. e S.; e ALmada, losk de: TmI8os ap1iEbWi.v ao ulframar. vol. N. Liriboa.

  • dos Neg6cim Emangebs, Barros Gomes, Foi dada prioridade tnaxima a *poEtica de ligao das duas costa* (da angoEana b&da pelo AtlBntico a mombicana banhada pelo ndico), que fiem ~ontrecda por Mapa Cor-de- Rose e que levan ao confIito abaw com o governo ingI!l&s, profandamente empenhado no projecto contrrio de Ceil Rhodes de ligar o Cabo ao Cairo. O U i $ m a m em, pois, inevitvel ...

    A defesa dos W t w e das dooq~ista~ temtoriais ficou expressa na as- simma de wnvenW ou &atados de limtes, concebidos mais paa legiti- mar a partilha colonial, do que para possibilitar wna eventual aproximao poltico-diplomtica. No manto, este ltimo objectivo percepMve1 na convenB firmada cum a Aiemmh em 30 de Dezebm de 1886 (o ano de oum cooven@o smiliar - a luso-f~ancesa). Uma ligeira ad ise dos tratados e ~onvenes~ celebrados eme o pequeng Reiso ibknco e o Imprio alemo mostra ter havido, na itimo parte1 do sc. X E , uma infles& da polffica externa poaugocsa em sentido oposto ao predomnio britnico. Cam efeito, at ~Declgnio entre os governos de Portugal e da Alemanha, sobre a deiimitago das possesses e da esfera de infiuencia de ambos os paim na Aiica meridional I.. . I*, datada de finais de 1886, encontramos rweoseados cem de onze contmtos, a maioria das pais envolvendo tambb outros pafses e incidindo prineipahnente sobre matkrias de nahxeza teniw- cientffica: a conveno internacional celebrada a 22 de Agosto de 1864, em Genebra. com a Alemanha, destinava-se a suavizar os males da gwrra; a de 20 de Maio de 1875 (ainada por 19 pases) tinha em vista o aperfeigoamen- to do sistema mtica; em 22 de Julho do mesmo ano celebrou-se a con- ven@o telegr%ca internacional (assinada por 17 p W ) ; em Abril de1877, a Alemanha, a hustria-~ungria e Portugal assinavam um aeordo %obm o modo de pmeder quando fossem condecondn8 os membros de congrnrsos e de reuni& cientficas e hmanikbiw a conveqo de 3 de Julho de 1880, fimada s com a A l W a , procuravz estabeleee~ sobre bases f i i e uniformes o exerccio do direieb de protecgo em Marrocos; em 3 iie No- vembro de 1881, Portugal, a Alemanha, a Au~tria-~ungria, a F a a e a Suia celebravam a conveno fiioxeica intepmional: de 20 de Maro de 1863 dadata a assinatura bilateral (Potugai e Alemanbaj da conveno para a pmtecfo da propriedade industrial e comercial; e a 14 de Maro de 1884, 26 pafses assinavam a conven@o e artigo adicional pam a pmteeH0 dos

    Servimo-nos para o efeito de Earcia, Jos Carlm Pinto: S'ynp8c dos rr~todos w'ge~~ras em 31 de Mora d8 11811 w o d h em rirtue &panada do M M - 1670 dos hkgdu'os &""geims de 20 LTL Oulubro Be 1910. Lisboa, imp~easa Nacional, p. 1911. p. 5-17,

    aba subodoos. A@ a wsuatura do ~Acto g d da eonfmncia de BerUm*, em 26 de F e v m h de 1&85, por 15 pases, e, sobretudo, de con- verno OU traado de umim &te Portugal e a Alaaanba, em 1886, as re- lwes diplonitiw e ew6miw deates dois E$tadbs entrram mom nova fase, dontinada pela &puta territoRal no wil de Angola e Moambique e por fmperativw de ordem ecaWc& A oooiprov8-10 ba4$rs cZm a&w acor- dos, envi%ios e wnv- YfteEas: o acordo de 14 e 18 de Maio de 1%9 eesmbeleeen a pennnta de boletins dos recemementos dos "spectivos nacionais; em 5 de Julho de 1898 ma nmiado o wnv6do para a pubic%%@o dm pautas adnamw ngs dim 30 de Agasto e 1 de etembto de 19W era condafdo, por trem de noras, um acordo parri a deIlmitaao das passes&% portvguem e alma& na h c a oriental. iegnkado dennitivamente a qumtZo suscitada pela ocnpr@o da baia de Kioaga; e e 30 de Novembro de 1968 celebrava-se o miado de c d ~ j i o e nav& enne os dois pfw, com uma motiva@o bem diversa da qw levara h assioatuai em Lisboa, aos 2 de Maro de 1872, do l0 tratado sobre idhtim m&if:8 em 1908 psevaleceu a @o@tlva de abrir um mvo m m d o aos vnhos portugueses, hdgados peIos efeitos perversos do regime pastal de 18B (8oh@o prateoeionist.3 para a c h nna8ceira de 1891), a troco da entra& de pmdutos demil= em Pomi- sal, sujeitos apenas aos diteitos da pauta mf~ima.~

    Pode, pois, diaer-se qw as rel- Iuso-aitlerns &aram em tamo da questgio mladd e d a trocas comerciais, mas s6 aqnela merentu largo

    Ver Trabdo de oo&o e nsve@@a eocm Pormgal e. i4kamb assignado em M o a aos 2 de E A q w de 1872. e bmadns es raMoaBaw em 26 & Junho do mesmo ano, i4 Castro, Jwb Femira Bwg* d% Nova CoUec@o de tramdas. eoovex@esBS eonmm e m o s publicos ealebradm entre. a sosa de Pomigal e 8s mais potedeias. OmpiI~dos por ordem do htbisteris dos Na$&& EsfrangeUas em wn&ua@o da eoueopo de .... tonu 3. 1867-1812. Lisbai. Imprensa Naoional, 1893, p. 333-343; e nP1tadO de mm6mib e mPBW%a, assinado em 30 de Nwembm da 190. e m n f d o E ratifjoudo pm caifa ae 10 de Mamo de 1910. As mtitiea@t% foram Lrocadaa em Berln a 21 de Maio, e o twtado eo- qiy.pu a vigorar no dia 5 de Jurtho do mesmo ano, in Idem. tano 14. 1908- 1910. CBimh+a. h p m m da UnivETsW, 1917. p. 175-233. Um eott.Jo rpidodestes deis domnentos mosua que amW8 assenIw w m m p d p i o do livre ccn&'Cio mtrs as partr;s conhatanntes, mas o s%guti& fef ob- jmXo de uma nsgociapa mia de~ffiada (eondudda pelo Ministrm boa Ne&1os Btmgairos r&@& Wen~eshu de Lima e o MWtro pledpotenc&ria alemo em Liaboa. T"" alts@ch), sano se v&, p%r exemplo. pela ine1uga0. em anexo. de tabelas cem a de todos os p r d W e valores abrangidos p l o aoenio.

    9 ver ~ h n d a , Sammda de: ~ormgatl: o aicuio viciose da dcpendEnca (188% 1939). Lisboa, Edit~rial T w m . 1991, p. 68.

  • mfamento. Os acordos secretos -10-alemes para a parfuhs das colnias poauguewesas sob pretexto da inapacidade polftica, militar e econmica de Po- como pi%ts colonhdox, e os ePs6dios histbriw do, por vezes diffcil, Wogo diplomatrco entre Lisboa e Berlim chmwm a a t e ~ o de aukxes bem difi.rentes quanto ao estilo e aos pmpsitos: Jos6 de Aimada, Lufs Vieira de Castro, Amu Lopes Ribeiro, Eduado Santos. Jod de kmie- la e m e d o pimenta.Io Esm dois ltimos envolveram-se mesmo em poIkoica devido ao ~~o irredutfvel das $uas posies: Arruela, r n ~ ~ ~ c o angl6hlo. denunciou a oobia colonial da Alomanha ante a suposta cumplicidade da lu Repbiica, pml- em 5 de Outubro de 1910;ll enquanto Pitnenta, gemanQnio convicto, respondeu cam um op@nilo para defender o segdute juh: sn8n eneonitpo na FG5fria de Portugal agrava6 e q o ~ o s da ~ l e n m d m . ' ~ Em compatdda, tem sido -$a a produ@o de estudos monogckficos sobre as reIaqOes econilmw lusa-alemiis; nos shs. XE-XX.13 Coimatando um pouco esta lacuna, Sacun-

    de Miranda, no seu a n t e e iraemmire trabalho sobre o comkcia luso-britnico @are 1890 e 1939). incluiu um capftulo intiNIado .O desafio do impdsmo alemo~, onde glosa com dados s611dos o seguinte mote: d e consideraruws Pomigal como um micmcosmo, em que se defrontam, por um laiio. o imperaiimo b r i ~ m . que entre nbs p u i mkes fundas e seculaes, e, por m o , O nascente imperalimo a l m a , a petfado compre- endldo entre 1&90 e I939 ideal para o -do de um conflito de c& econWw, aja agvdizao id desemboaar em duas merras mundiais. Portugal d o desempeah um papel mmmente passivo nessa luta e jaga, a fkn de liberta-se da &teia inpim, mrma aproxima%o cremnte em a e m no- potEnria, a mja sombra proem abrigar-se da p m a o a65xiante da ma mais antiga aliada. Por oum lado, emb0~a esse jogo derive funda- mentalmente. a nvel oficiaI, de uma atitude pmmente t6ctia. no podemos esquecer que exists em Portugal por todo o s6culo XX, um corno de opMo

    Os trabalhos &todos ostw amores esto re-m em: Bmddo. Pemando de Castro: PfKa urna b

  • il luz do qual 6 mais fscil inte~~rcfar a informao econ6mica dos telW90s eonsulaws que adiante vemos. Por outro lado, a Mpresso que o potencial g e n i c o causou, pox exempla, em muitos polticos e intelectoais portome- ses foi eloquentemente transmitida psr Demingos Jose Ribeiro Braga (Zicker) em confen11cia lida no T m S. Wddo, de Bmga (cidade h s - tada no norte eatlrlico e comemador), a 1 de Dezembro de 1914 (data de elevado valor simblico): Tinha a A l e , desde 70. ch menos de 44 anos, depois de les ooquistado a sua unidade po&?~. p w s ao mscimtnlo eximordinbrio da populMo e ao 8eu de sm ~g1vimetito mnmico. B oriem&o scientjtk~. que dava a t&s as nuas coisas. ao d o d o , Q diseipDna, aos habiifos de embalho. atin@do um tal grau de progresso. que jamais oa@o neahwa cmWSPIa, ern tarn poucv tempo. A emi~pago habiiente dirigida parn tenas. que S e h a b i s , &lhe, devido em pazte P laiciativa gaz- titular e em parQ ao$ e8fSws dos governos. uma nmvel qanso colonjai, que a levw a adquirir wcesaivamente o Tcgo e o Carnerum, no Golfo da Guin: a Africa S. O. Alem; a Airi- Orictital AlcmH; na Oceania, a T e m do Itnoeradcr Ou- krme, as Carolinas e Mananas. que compraram .% Hespanha. em (899; ns Asia Kiao Tcheu. que cxigiram China. em seguida ao assassinato de dois missionarios; e a espreitar. com cubia. Marrocos. onde imaginavam ver uma espcie de Algbria Alem. A riquem mimira de seu &-&'u10. tsm a@tivmme e&pIorada, o c r e s c W o de popula@o, que favoruia a mo de obra, fornecendo9 por bako prqo, o ~oncursc prestado 6s ~IWB pelos &b&s c pelas usi~~rsidadffl e o lagar eminente ofere- cido pebs induJtrEais aos dbios. nas ofiob8, tinhzm&e dado. w mundo, o p- dmnllo na pmduiio tio s ~ o , nas indtishias electricas, aqucareirks. dos produatos qU4rhm. e um aunmnt~ ~opgidsnivel nas rnias vias E m s . P&m esui actividade M a l prodigiosa, era 11b0essrio urn(luistsr mer&dev co- memkis. E esta conquista f s s s , de f&, com prejuko evidente para a hgktena e LHP~ a Frama judados *ko pnst'&o, que ihe.9 adveio do triunfo das m a s em 70, os alemes mostraram na luta comemia1 as mamas qualidades h mrodo, de pac iwa e h senso prriee. Consideraram o eombio como m a sdrieia e. ao hdo dos h b rarri~e industriais, cnkaiu os Mmtos c 0 m ~ c W . ~ e ~ v ~ e c m iriremse &m, no temim o% dscos UQ ~elrc>eio e, &te mada, oampeomvai. em to- dos os mercados &Levamo e & Ameriw do Sul. batendo o wm8rcio ingls e fmn- &, nestas parqsos, e fazendo oon-a na prpria Londm e em Pada, aos prodlrmksprbprioq da In&tem e da ~rawa.f7

    d'apem tmnm88 par In ~ % m M o t ~ dei. Riparmim. Bttrn, Zemal-Verlag, .- 1x4, p. 35-37, '~' ~raga.-Domingos Jw Ribeiro: A Crise social e a guerra eumpeia. A M M M e de

    Pomgal deante da guerra. CoMerncia realizada, o mnvite & Acodemia. no Teatro de S. Gemido, CEni Bmgo, no dto I a de DaZem&ro &r M14. Biaga, Tipo- graifi a Vapor 5 o w Cruz. 1914, p 7-8.

    A &s%iyA A LUZ DA CcX?BSDNDNCIA CWSWLAR BORTUGLWA

    %tamos perante uma sugestiva &tese do pm@so alem& em v8iios domfdos, eleboda a p&r de um p&ma anti-intervendoniHa. Dodw89 Braga n$o escondeu as suas p t e f w u pela comute a&--& ou neutral, onds se mi$turavam monrquka, republicanos C O ~ I S ~ N ~ ~ O I ~ S , socialistas, [email protected], aliad6ftlos moderadas e gemanQnlos entus'wfas. Uma corrente simpatica A maiotia dos oficiais e pmps da Exhito pomt- gu@ E w prol da qual se ergueram al- figuras de proa da Ia Repblica, como foi o caso de Bnto Camacho, que em nome do partido anonista ataem, nss pgpicas do j d A L w , a politioa interveneionista dos democrSticos de Afonso Costa. E em foiai htonia com o seu Uder @teve o major doutor Sid6nio Pais, chefe de t e m i s s o de IQclasse, Em Ber- Si, de 17 de Agosto de 1912 a 18 de Maro de 1916.

    Numa canjuahlra diIc.iJ da6 relwes diplodtilcas entre Pomigal e a Ale- nianha, bllsmbrada~ pelo novo amdo ~ o - a l r ~ & o de 20 de Outubro de1913, que iinha em vista a partilha de quase todo o iiramar poztuguts, a a y @ desenvolvida por Sidnio Pais aguarda um estudo objectivo e mena, tikm das preconceitos ideol6gicos que t&m afectado as abordagens histo- r i o ~ c a s at agora @i. Em vez &e analisar a ~ $ 5 0 mcreta do di- plomata, a maioda. dos autores temptehido reladom, de forma abusiva e ligeira, a sua pe&nUa em Berlim eom o comportamento poltico que wumu M nnaI da Gnena e que os seus a d m o s m t u l m &e ~emm6t i lor e

    Niio cabe aqui a ais~ussllo deste ponto conttouerso, memada para estudo de maior fblcgo, imirr apena9 um comeptdo breve e doeumentalmente apoiado sobre as ihhaede-fora do desempenho dpIom8tico de Siddo Pais - um discreta oficial do Exercito e lente de Makmttica em Coimbra, onde

    Caiu neste logro QaPid Pamilil, rsconbeeid~ espiaiiBfa sobre a 1. UqnIrliw. No verte Sinio P4& quc esore,veu p m o Di1drio de H i W a de Patasal, dirigido por foei Seno. repetiu u q ~ juizo, que as ps . s@~ mals reoedcs esto a par em causa. Amne-se ?jw suas palavras: =Pmm foca de dfividgs que, duraste a sua perman&~ia em Berlim, S i d W Pais. dasiumbrada peh pndeza militar a pelo aparato das parabas e Bxibi@Sw marciais, ter6 5cado d o im- pressionado tdm% pla eega obedibca e pcla ddiaipbida pesdvidade de quaae tode o povo a1emo p m t e os padees do Estado. Deve ter derivado dd a sua paixn pelo 'pre8i&acialismm, que na& .no gw pasasdo a W m v a s vu- tkhr-lhm (in 9. cit.. vol. 3, p. 281).

  • viveu dedicado ao ensino at implanta$80 da Rep6blica e que, entre 13 de Outubro de 1910 e 16 de Junho de 1912, serviu o novo regime em cargos de crescente responsabilidade: foi presidente da Ia Codsso Amninisttativa republicana da Cgmara Municipal de Coimbra, vice-reitor da Universidade, membm do Com160 de A~~ da Companhia Caminhos de Ferro Poxtug~estm, deputado ti Assembleia Naciomd Constituinte, ministro do fomento do l0 Governo costitucional cbefeado por Joo Chagas e ministro das finanas na Ministrio de Au$usto de Vaseomelos.

    A mbstitd$Ho de diplomatas de &a, afectos ao regime monatquico, por polticos sem grande expd&ncia nas lides diplm&icas foi uma medida ineuit&vel, mas rodeada de agm cuidados devido ao ambiente hostil - uma Ewpa conservadora e maioriianamente monrquica - que cercava a Repblica Portuguesa. Impunha-se, por isso, a promoo de uma imagem, para consumo externo, de e o r b * e de *tole&ucia+, que thha de ser man- tida pelos nows minisuos plenipotenoi8rios. A escolha te&, nahmimente, sobre homens Mo fervorosos no seu apego A Repblica, quanto versteis junto de potenciais inimigos.

    Embora sem o prestgio de um Teixeira Gemes, de um Joo Chagas, de um Jos6 Relvas, de um Aupsto

  • FinalmW 4ppoh &da as snas q&s subs a propagaala do l u i i m , a que j -bem me tenho sf- e que o o m fzer eom a maior Wp~idade, sendu eerto que &o 86 entre os allenies %Sta hde m i t o desenvolvio o msto pelas riagem, como mm- alli v0 muim e3tmng~irm e entre k b gmde qnaMidaQe de ameri- canos a quem a nessa ~xopqptia de W m o poBeria amabir.aP

    Por ltimo, urge d A w r a opinio do historiador David Eemka, se@o a qual Sfddnio Pais -ignorou por compBo ~rs c o ~ ~ eu@ a AIaaha e a Xnglatma, w decorrer de 1912 a 1914. acerca da nova pretemlo de partilharem os nossos d o ~ o s ul-09*.~~ Sem entrar em deiaihes, que este breve ~omenf&ro ac@o do diplomata portu* &o mw, podemos dizer que a sua atitude face a esse assunto f0"t de claro empenha- mmo na busca de infonna@es e s 1 ~ 1 p s e de mh@m psitivnsi coma o recontmeu o Mini8t~o dos Neg6cias $stmgeiros, Alftedo Au- Eieiie de AndraBe, no despacho pare B e r h de 19 de Junho e 1914: Li com o merecido hresse o Ofiaio 6 VE n* 55A, de 9 do cemtita, relativos $6 nsgoaiaps entre a Memanha e a IngWem, a proposito das e o l d s ponuguesas, e ao$ meios prque, no mtader de VE. pederemos pyocm9r coatrsriw o cfeito d'essas aegu&a$a$. eu porverna evlmr que e l b sejam law8as a cabo. Apradeqo a VE a promptido da sua resposta ao meu despacho de 2 do cerrem, e tanho a maior satisf&o cm ver ~errubor-ada por m a m o a som a wtoridade de VE. a opir&o que sobre o assumpto tenho exposto e ligeiramente esbooei em cunversa com o Encarregado de Negocios da Allemanha na audiencia de a n t e h o n l ~ m . ~

    O acordo aplo-alleaiio sobre as dOnbs portripms esteve m e s a ser divnlgado no f u h trimestre de 1913, mas a opesi* da E~wipa e a sab- entendida ofensiva diplomgtica do g m m Eernardino Mzehado (em fun- entre 9 de ~ e r o de 1914 e 23 de Junho de 1914) tedto wntri- bdo para bloquear o projeeto da ptwtib, Visto, de relance. o c0nCribnta de Sidnio P&s B frente da L e ~ a e o Por-

    tuguesa em Beriim, chegou o momanto de destacamos cerca de seis re- latros consulares por ele recebidos e, de Imediato, enviados para o M.N.E. em L i o a . N& induitns neste gtupo o d C o d em Bxemen, atnls ci@- do, porque falta nas caixas onde queIai se encontram. Mas, em contrapu- tida, d e h o s aqui uma dwo ao

  • apresenta os sdhios mfendos pelos mineims entre 1907 e 1913, nem de umat tabela como ~nisU,daai i i~odeumafamniade4pessoas ns diferente,! pro)rrcias da Prltssia. @nbSia oriental e ocidental. Bgrk e anedores. Bmdenbourg, PomerMa, Posen, SiIts'lil, Saxe, Sclileswig-Hd- stein, EfanBm. Watpbala, Basse-Nassau e Remlaia) e mums parta da Alemanha (Baviera, Reino de Saxe, Wurtemberg, Rade. Hme, Torfngia, Anhait e Aldeia-Larem) ms meses: de Janeiro de 1911, l m h de 1912 e Dezembro de 1915 para conchiir, de seguida, nestes m o s : A frwi evolugo dw mgQcios na indti-seia te~t3, a diminuWo da prnours de artigos de luxo, a t&a no nCmiprn de eamentos e de nascimentos e a redu@o da pm- psqa popular &e sintmna~ evidentes da influa~ia nefasts do eneasaoimeao anor- mal da vide satne todn a e~~mxnia social, ou'* prinslpal faetor 6, em smna, a mama doa s o 1 ~ ~ n m i i i o ~ , $to os iam populmq, 40 Por h, aigmms linhas sobre a r G d c Exposipao de Dnsseldorf - Cem Anos de Cuihm e de Abe*, cmtme ptevisto para 1915 (de Maio a Novem- bro) e em que paakipava m o colab0ra&or o Mnseu Alemo de Munique. Em grandom projecto, concebido em 11 grandes g q o s - Arte e Ciencia, E a b i w e Localidades, InrfClstiia e Com&irio, a Mlilher, &rcito e Ma- rinha, Caaiunia6es, Desp~rto, ExposiSu da Caa Ai-, Agriwitura (13 divisgs), Hodcuitara e ItlsW~ps Sociais (do Estado e das Comunidades locais) -, 6 ai ~~o por novo apelo, mai8 \reemene: At aqui o mni awle s e a m de ~xpffrtao po-Bb icm sem &o. Repito m w i m b que apoiarei, com todas as miohas ferp~, w expomd~res que queuani procurar momados M WestilJia ou Prcvincia Rmm.~'

    0 interesse da- gelo c h d Carl Bmp na projmada Exposio de Dmldorf levou Sid6do Pais a chamru a ateh80 do Ministro, M 6 d o Macieira, para a

  • Sobre as relaes c o m ~ s luso-alcma Roeder f o m e , a, muitos dados esmtfsticos que apontavam para uma acentuada dimindgdo ddas importaW de Pamigal na Alemanha, apbs d&UaoaF de pmgresaHo notbrk em 1880 cinivatn-se em I,& tnilhei de marcos, em 1885 eram 3.2 milh&a, em 1960 17,s. em 1910 21,8 e em 1912 25 mi~es de marws. A enplica@o pam O facto era duida, em primeira l ia, ao enhqueeimenta da procura no mercado aiano. No que rocava ao w&o &.Alemanha cm as col6nias portague~as o ~ u e m a w d o implicava o seguinte circuito: uma grande parte das impoaa6es alem& das pwesues de &ca e da Asia, reeqsdi- das de Portugal, euun mdas na Aiemanhs como memdorias portuguesa^, passando por Lisbua e Hamburgo. A reate dos artigos de wnwmo maip importama enportados por Portugal pata a Aernanha mantinham-se os vinhos (com destaque para o Pgno e o Madeira) e as uvas. Refeenda, tambem, a importagag das Mfes e do volugtbio cw d d n o a Pmfncia R-: 1913 as piiiks a.tiagulun 535 749 quintais rn6tRcos wntra 432 749 c$e 1912, enquanto o voIft8mio an&u pelos 4437 quintais em 1913 e os 3185 em 1912. Mais expressivos e avoltados a o , porm, os d o m das exporta6es a l e m para PoTtugal, que tbllaa~ aumentado de novo em 1913. E na cina global doS artigos expoaados ahovfucia R e m ocupava pai& desta& ela fornecia o carvSo, o cimento. predntos qumicos, acar, tecidos, liigas em muro, papel. buw, artigos de diversos metais e mapoinas de tado o &nem (antom6veis, mquinas Mdrmcas, relbgios, pianos, e%.).

    A encenar esia leitura, levemente explorat6ria. dos relatrios coamlares remetidw por Sidbnio Pais para o M.N.E., entre 1912 e 1914, recortamos trs ligeiras concluses:

    1'- Tais docmnentos sHo ~ d i ~ v e i s para se aptofandar a componente econ6mica das rela@ies internacionais.

    3'- MO caso COIICI~~~ , aqui focado, ajudam a campmender as ideias-fow (0 pm$resSO eient(fiw e tk:nico, a insau@o Nbli~a, O Nn~110, etc.1 que d 8 estimolaram Sidaio Pais, enquanto chefe da b@@o em BeI'lim.

    2'- Exibem, por v-, uma importam e interessante mga opinativa d deixada pelos agentes implicados mi respectivo circuito burocr6tico (CBnsuIes, chefe8 das ixgaes e ministnss dos Neg6eios Bslrrinpeirog).

    /ColorImageDict > /JPEG2000ColorACSImageDict > /JPEG2000ColorImageDict > /AntiAliasGrayImages false /CropGrayImages true /GrayImageMinResolution 300 /GrayImageMinResolutionPolicy /OK /DownsampleGrayImages true /GrayImageDownsampleType /Bicubic /GrayImageResolution 300 /GrayImageDepth -1 /GrayImageMinDownsampleDepth 2 /GrayImageDownsampleThreshold 1.50000 /EncodeGrayImages true /GrayImageFilter /DCTEncode /AutoFilterGrayImages true /GrayImageAutoFilterStrategy /JPEG /GrayACSImageDict > /GrayImageDict > /JPEG2000GrayACSImageDict > /JPEG2000GrayImageDict > /AntiAliasMonoImages false /CropMonoImages true /MonoImageMinResolution 1200 /MonoImageMinResolutionPolicy /OK /DownsampleMonoImages true /MonoImageDownsampleType /Bicubic /MonoImageResolution 1200 /MonoImageDepth -1 /MonoImageDownsampleThreshold 1.50000 /EncodeMonoImages true /MonoImageFilter /CCITTFaxEncode /MonoImageDict > /AllowPSXObjects false /CheckCompliance [ /None ] /PDFX1aCheck false /PDFX3Check false /PDFXCompliantPDFOnly false /PDFXNoTrimBoxError true /PDFXTrimBoxToMediaBoxOffset [ 0.00000 0.00000 0.00000 0.00000 ] /PDFXSetBleedBoxToMediaBox true /PDFXBleedBoxToTrimBoxOffset [ 0.00000 0.00000 0.00000 0.00000 ] /PDFXOutputIntentProfile () /PDFXOutputConditionIdentifier () /PDFXOutputCondition () /PDFXRegistryName () /PDFXTrapped /False

    /Description > /Namespace [ (Adobe) (Common) (1.0) ] /OtherNamespaces [ > /FormElements false /GenerateStructure true /IncludeBookmarks false /IncludeHyperlinks false /IncludeInteractive false /IncludeLayers false /IncludeProfiles true /MultimediaHandling /UseObjectSettings /Namespace [ (Adobe) (CreativeSuite) (2.0) ] /PDFXOutputIntentProfileSelector /NA /PreserveEditing true /UntaggedCMYKHandling /LeaveUntagged /UntaggedRGBHandling /LeaveUntagged /UseDocumentBleed false >> ]>> setdistillerparams> setpagedevice