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01 | 2013 52. JAHRGANG ANO 52 7,50 · R$ 16,- ISSN 0949-541X www.topicos.de DEUTSCH-BRASILIANISCHE GESELLSCHAFT E.V. SOCIEDADE BRASIL-ALEMANHA DEUTSCH-BRASILIANISCHE GESELLSCHAFT E.V. SOCIEDADE BRASIL-ALEMANHA seit 1960 Zukunft auf Schienen Deutsch- Brasilianische Wirtschaftstage 12. - 14. Mai 2013 São Paulo

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01 | 201352. JAHRGANG

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SOCIEDADE BRASIL-ALEMANHADEUTSCH-BRASILIANISCHE GESELLSCHAFT E.V.

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EDITORIAL

Tópicos 01 | 2013 3

Drei Höhepunkte des deutsch-brasilianischen Jahres stehen imMai bevor: Bundespräsident Joachim Gauck besucht, begleitetvon einer Wirtschaftsdelegation, Brasilien. Er eröffnet dort,gemeinsam mit Staatspräsidentin Dilma Rousseff, die Deutsch-Brasilianischen Wirtschaftstage São Paulo und das Deutschland-jahr in Brasilien.

Bis Mitte 2014 wird den Freunden Deutschlands in Brasilien einhochkarätiges Kulturprogramm geboten wird.

Tópicos gratuliert den Deutsch-Brasilianischen Persönlichkeiten2013, Frau Marie-Elisabeth Schaeffler und Décio da Silva, undstellt sie und ihre Unternehmen mit Interviews vor.

In São Paulo kommen führende Vertreter der deutschen und bra-silianischen Wirtschaft sowie der beiden Regierungen zusammen,die sich aus langer und vertrauensvoller Zusammenarbeit kennen– symbolisch dafür ist die Feier von 60 Jahren VW do Brasil.

Diese Vertrautheit erlaubt, auch schwierige Themen anzuspre-chen. Dazu gehören sowohl die krisenhaften Entwicklungen imEuro-Raum und das mangelnde Wachstum in Europa insgesamtals auch brasilianische Sorgen über ein Wachstum von 2012:unter 1% und gleichzeitige Preisentwicklungen, die über den Zie-len von Regierung und Zentralbank liegen.

Ein Schlüssel für stärkeres Wachstum in Brasilien ist der Trans-port. Tópicos hat schon über See- und Flughäfen berichtet, in die-ser Nummer geht es ums Eisenbahnwesen. So kann sich Brasilienderzeit über eine Soja-Rekordernte freuen, die aber nicht so raschwie nötig in die Häfen und auf die Schiffe kommt. Unter bürokra-tischen und logistischen Engpässen leiden auch die industriellenEin- und Ausfuhren. Die brasilianische Regierung hält mit Inve-stitionsschwerpunkten dagegen. Damit eröffnet sich auch ein loh-nendes Feld für deutsch-brasilianische Zusammenarbeit.

Tópicos bleibt seiner traditionellen Themenbreite treu – hinge-wiesen sei auf ein Interview mit Außenminister Antonio Patriota.

Wie immer gilt mein herzlicher Dank an alle, die diese Nummervon Tópicos ermöglicht haben: Unseren traditionellen und neuenInserenten, unseren Autoren und Fotografen und dem Redaktions-team insgesamt.

Ihnen, liebe Leserinnen und Leser, wünsche ich lohnende Lektüre und freue mich auf Ihr Echo!

Três destaques do Ano Brasil-Alemanha estão previstos paramaio: o presidente alemão Joachim Gauck visitará o Brasil,acompanhado por uma delegação empresarial. Junto com a pre-sidenta Dilma Rousseff, ele abrirá o Encontro Econômico Brasil-Alemanha em São Paulo e a Temporada da Alemanha no Brasil.

Aos amigos da Alemanha no Brasil, se oferece, até meados de2014, um programa cultural de alto nível.

Tópicos felicita as personalidades Brasil-Alemanha 2013,Marie-Elisabeth Schaeffler e Décio da Silva, e os apresenta, jun-tamente com suas empresas, através de entrevistas exclusivas.

Em São Paulo reúnem-se lideranças do empresariado alemão ebrasileiro e dos dois governos que se conhecem de longa e fielcooperação – um símbolo disso é a comemoração dos 60 anosda Volkswagen do Brasil.

Esta familiaridade permite também tratar de questões difíceis.Isso inclui a crise na área do euro e a falta de crescimento naEuropa, bem como a preocupação brasileira com o crescimentode menos de 1% em 2012 e, simultaneamente, com um aumen-to dos preços que supera as metas do governo e do Banco Cen-tral.

Uma chave para um crescimento mais forte no Brasil é o trans-porte. Tópicos já informou sobre a situação dos portos e aero-portos, e nesta edição aborda o sistema ferroviário. O Brasil atu-almente registra uma safra recorde de soja, que, no entanto, nãochega com a rapidez desejada aos portos e navios. Também asimportações e exportações industriais sofrem por conta de gar-galos burocráticos e logísticos. O governo brasileiro reage coma priorização de investimentos, o que também abre um campopromissor para a cooperação teuto-brasileira.

Tópicos permanece fiel à sua tradicional gama de temas, publi-cando nesta edição, por exemplo, uma entrevista com o ministrodas Relações Exteriores, Antônio Patriota.

Como sempre, os meus sinceros agradecimentos a todos aque-les que viabilizaram esta edição de Tópicos: aos nossos tradicio-nais e novos anunciantes, aos nossos autores e fotógrafos e àequipe editorial como um todo.

Desejo-lhes, caros leitores, uma proveitosa leitura e aguardo o seu retorno!

Liebe Leserinnen,Liebe Leser,

Caros leitores

* Frühere Nummer von Tópicos finden Sie auf der Homepage www.topicos.de* As edições anteriores de Tópicos estão disponíveis no endereço www.topicos.de

Titelfoto: © Wilson Dias/ABr

Tópicos 4|2011

Foto de capa:© Wilson Dias/ABr

Tópicos 1|2012 Tópicos 2|2012 Tópicos 3|2012 Tópicos 4|2012

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INHALT | ÍNDICE

Tópicos 01 | 20134

INHALT | ÍNDICE

Tópicos 01 | 2013 5

AUSGABE 01 | 2013

WIRTSCHAFT | ECONOMIA

06 „Brasilien ist einer der Schlüsselmärkte des 21. Jahrhunderts“07 „O Brasil é um dos mercados-chave do século 21“08 „A WEG aposta no tripé mercado, tecnologia e pessoas“09 WEG setzt auf das Dreieck „Markt, Technologie und Mensch“11 Vertrauen der deutschen Unternehmen

in den Standort Brasilien11 Confiança das empresas alemãs no Brasil12 Brasilien in der Spitzenliga der Volkswirtschaften12 O Brasil na linha de frente da economia global13 Wege aus der Krise13 Saídas para a crise 14 São Paulo – die erste Makrometropole

der südlichen Hemisphäre16 Hochgeschwindigkeitszug und Lastesel18 Biotechnologie in Brasilien:

neue Chancen für Deutschland20 Biotecnologia no Brasil:

novas oportunidades para a Alemanha22 Die „Wirtschafts-Nato“ -

Brasilien fürchtet sich vor der Isolation24 Brasilien vor Beitritt zum Wiener

Kaufrechtsübereinkommen der Vereinten Nationen26 Die Haftung der Gesellschafter

einer brasilianischen Sociedade Limitada27 Brasilien auf der CeBIT 2013

POLITIK | POLÍTICA

28 Patriota: „Stärker auf Dialog setzen“Patriota: „Para muitas questões não há solução militar“

32 Wasser im Überfluss?36 Erfahrungen eines Bischofs in Amazonien37 China: Neuer Partner in Lateinamerika

LANDESKUNDE | CONHECENDO O BRASIL

40 Genossenschaftswesen, ein nachhaltiger Beitrag zur Entwicklung Brasiliens

43 Der bayerische Humboldt44 Dem Berimbau auf der Spur

LITERATUR | LITERATURA

46 Schwer verliebt in Rio47 Espaços, traduções e intermediações culturais48 Humane, kleine Gesten

KULTUR | CULTURA

50 Das Deutschlandjahr in Brasilien 2013+201452 Übersetzung als Kritik53 Ein bunter brasilianischer Mix mit spannenden Einblicken54 DAAD lud brasilianische Regierungsstipendiaten

zu Stipendiatentreffen ein55 Ciências sem Fronteiras beflügelt

akademische Nachwuchsförderung56 Industriepraktika in baden-württembergischen Unternehmen57 PAULISTA – Geschichten aus São Paulo

MUSIK | MÚSICA

58 Lass' es fließen!58 Musik aus dem digitalen Untergrund59 Ständige Umarmung

SPORT | ESPORTE

60 Para Entender a violência no futebol61 Brasilienreise mit Besuch von Giovane Elber

und seinem Hilfsprojekt

DBG NEWS | NOTÍCIAS DA DBG 62 Sabine Eichhorn:

40 Jahre deutsch-brasilianische Beziehungen63 Mitgliederversammlung am 12. Oktober in Bonn

LAZ NEWS | NOTÍCIAS DO LAZ 64 Südamerikanischen Klimaalltag hautnah erleben64 Spannende Kinderliteratur aus Brasilien in Bonn65 Klimapartnerschaft zwischen Santarém und dem

Rhein-Sieg-Kreis: Gemeinsam mehr erreichen

RUBRIKEN | SEÇÕES

3 Editorial4 Inhalt66 Impressum, Autoren, Inserenten

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Tópicos 01 | 20136 Tópicos 01 | 2013 7

Tópicos: Zur Auszeichnung als Deutsch-Brasilianische Persönlichkeit 2013 möchteich Ihnen, zugleich namens der Deutsch-Brasilianischen Gesellschaft herzlich gra-tulieren. Wie war, als Sie von der Ehrungerfuhren, Ihre erste Reaktion?

Maria-Elisabeth Schaeffler: VielenDank für Ihre Gratulation. Ich habe michaußerordentlich über diese besondere Aus-zeichnung der AHK gefreut. Ich fühlemich sehr geehrt, sie in São Paulo im Krei-se hochrangiger Vertreter aus Wirtschaftund Politik entgegennehmen zu dürfen.

Was bedeutet diese Ehrung für Sie persön-lich und für die Schaeffler-Gruppe?

In der Ehrung sehe ich auch eine Bestäti-gung und Anerkennung für die großen Lei-stungen unseres Unternehmens in Brasi-lien in den letzten 55 Jahren. Ich bedankemich für diese Auszeichnung, die für uns

Ansporn ist, unsere Innovations- undWachstumsstrategie fortzusetzen.

Werden Sie anlässlich Ihres Besuches inBrasilien auch Standorte von Schaefflerund Continental besuchen?

Es ist bemerkenswert, dass unsere Mitar-beiterinnen und Mitarbeiter der Auslands-gesellschaften eine ebenso hohe Identifi-kation mit dem Unternehmen empfindenwie in Deutschland. Selbstverständlichwerde ich auch bei diesem Aufenthaltunser Schaeffler Werk in Sorocaba sowieStandorte von Continental in Várzea Pau-lista und Salto besuchen.

Wie beurteilen Sie die wirtschaftliche LageBrasiliens heute und in nächster Zeit? Wosehen Sie Probleme, wo Chancen für diedeutsche Wirtschaft?

Brasilien ist einer der Schlüsselmärkte des21. Jahrhunderts und bietet für die deut-sche Wirtschaft große Chancen. Schaefflerhat bereits im Jahr 1958 vor Ort investiertund wir können auf eine lange Erfahrungin diesem Land bauen. An unserem Stand-ort Sorocaba beschäftigen wir 4.300 Mit-arbeiter mit einem Forschungs- und Ent-wicklungszentrum. Hier befindet sichunser regionaler Hauptsitz für Südamerikaund Sorocaba ist einer der Eckpfeilerunserer globalen Strategie und ein essen-zieller Teil unseres globalen Technologie-netzwerkes. Grundsätzlich bietet Brasilien ein solidesUmfeld für weitere Investitionen: Brasilienhat eine stabile Demokratie, die Staats-schulden gesenkt und Arbeitslosigkeit undInflation bewegen sich auf einem kontrol-lierbaren Niveau. Darüber hinaus verfügtdas Land über großen Rohstoffreichtumsowie erneuerbare Energiequellen. Bei allen Chancen, die sich für Unterneh-men in Brasilien ergeben, existieren auchRisiken. Die Wirtschaftsleistung Brasi-liens nimmt zwar stetig zu, sie zeigt aber

die für Schwellenländer nicht untypischen,zum Teil großen Schwankungen. Nachdemdie europäische Staatsschuldenkrise unddie vergleichsweise hohen Zinsen die bra-silianische Konjunktur zeitweilig einwenig verlangsamt haben, darf man für2013 ein wieder etwas stärkeres Wachstumerwarten. Wichtig für die Stärkung des Binnenmark-tes ist die Zunahme der Mittelschicht, wasnicht nur der Automobilbranche weiterenAuftrieb verleiht. Die Fußball-WM 2014und die Olympischen Spiele 2016 werdenzusätzliche Impulse bringen.

Ihre brasilianischen Gesprächspartnerwerden Sie nach der jüngsten Entwicklungin Europa, insbesondere im „Euro-Land“,fragen – können Sie aus der Sicht IhresHauses Zuversicht vermitteln?

Die wirtschaftliche Entwicklung im Euro-Raum war in den letzten Jahren von dereuropäischen Schuldenkrise geprägt, dienoch immer nicht ausgestanden ist. Füh-rende Wirtschaftsforschungsinstitute rech-nen damit, dass sich die Anspannungen imZusammenhang mit der Staatsschulden-krise im Euro-Raum allmählich verringernwerden. Zudem rechnet man damit, dassdas Tempo der weltwirtschaftlichenExpansion wieder moderat zunehmenwird. Die Sorge um ein mögliches Ausein-anderbrechen der Währungsunion ist zwarweiterhin präsent, aber es besteht mittler-weile berechtigte Hoffnung auf eineLösung der Krise.

Die Deutsch-Brasilianischen Wirtschaftstage 2013 erhalten besonderes Profildurch die Anwesenheit von Bundespräsident Joachim Gauck und Staatspräsi-dentin Dilma Rousseff und den Beginn des Deutschlandjahres in Brasilien.Maria-Elisabeth Schaeffler, Gesellschafterin der Schaeffler Gruppe, ist erst diezweite Unternehmerin, die als Deutsch-Brasilianische Persönlichkeit geehrtwird. Im Tópicos-Interview blickt sie zuversichtlich nach Brasilien.

„Brasilien ist einer der Schlüsselmärkte des 21. Jahrhunderts“

FRAGEN: DR. UWE KAESTNER

Deutsch-Brasilianische Persönlichkeit 2013, Maria-Elisabeth Schaeffler:

Maria-Elisabeth Schaeffler

Aus Ihren Kontakten mit Brasilien undden Brasilianern – was hat Sie an Landund Leuten besonders beeindruckt?

An Brasilien faszinieren und begeisternmich jedes Mal aufs Neue die Lebens-freude und die herzliche Art der Men-

schen. Es scheint, dass die Brasilianer füralle großen Herausforderungen desLebens unkonventionelle und kreativeLösungen finden können. Diese Fähig-keiten und den verbreiteten Optimismusals Lebenseinstellung bewundere ichsehr. �

Schaeffler-GruppeSchaeffler ist mit seinen Marken INA, LuKund FAG ein weltweit führender Anbietervon Wälz- und Gleitlagerlösungen, Line-ar- und Direktantriebstechnologie sowieein renommierter Zulieferer der Automo-bilindustrie für Präzisionskomponentenund Systeme in Motor, Getriebe undFahrwerk. Die global agierende Unter-nehmensgruppe erwirtschaftete im Jahr2012 einen Umsatz von rund 11,1 Mrd.Euro. Mit rund 76.000 Mitarbeitern welt-weit ist Schaeffler eines der größtendeutschen und europäischen Indu-strieunternehmen in Familienbesitz.Schaeffler verfügt mit 180 Standorten inüber 50 Ländern über ein weltweitesNetz aus Produktionsstandorten, For-schungs- und Entwicklungseinrichtun-gen, Vertriebsgesellschaften, Ingenieur-büros sowie Schulungszentren.

Tópicos: Quero parabenizá-la, também emnome da Sociedade Brasil-Alemanha, porsua distinção como Personalidade Brasil-Alemanha 2013. Qual foi sua primeirareação quando soube da escolha?

Maria-Elisabeth Schaeffler: Obrigadopor suas felicitações. Fiquei realmentemuito feliz por esse prêmio especial daAHK. Sinto-me muito honrada em poderrecebê-lo em São Paulo no círculo de altosrepresentantes da economia e da política.

O que significa essa homenagem para asenhora pessoalmente e para o GrupoSchaeffler?

Vejo na distinção também uma confirma-ção e um reconhecimento das grandesconquistas de nossa empresa no Brasil nosúltimos 55 anos. Agradeço por este prê-mio, que é um incentivo para continuar-mos nossa estratégia de inovação e cresci-mento.

Por ocasião de sua visita ao Brasil, asenhora também visitará fábricas da Scha-effler e Continental?

É notável que os funcionários de nossasempresas no exterior tenham um níveligualmente elevado de identificação coma empresa, como na Alemanha. É claroque também nesta estadia vou visitar nos-sa fábrica Schaeffler em Sorocaba e asfiliais da Continental em Várzea Paulistae Salto.

Como a senhora avalia a situação econô-mica do Brasil hoje e no futuro próximo?Onde vê problemas e onde oportunidadespara a economia alemã?

O Brasil é um dos mercados-chave doséculo 21 e oferece grandes chances para aeconomia alemã. A Schaeffler já investiuem 1958 in loco e podemos contar comuma longa experiência neste país. Empre-gamos 4.300 funcionários na nossa fábricaSorocaba com um centro de pesquisa edesenvolvimento. Encontra-se aí a nossasede regional para a América do Sul. Soro-caba é um dos pilares da nossa estratégiaglobal e uma parte essencial de nossa redeglobal de tecnologia.Basicamente, o Brasil oferece um ambien-te sólido para novos investimentos: o Bra-sil tem uma democracia estável, reduziu adívida pública, o desemprego e a inflaçãooscilam em um nível controlável. Alémdisso, o país dispõe de grande riquezanatural e fontes renováveis de energiaApesar de todas as oportunidades que sur-gem para empresas no Brasil, também exi-stem riscos. Embora cresça constantemen-te, a economia brasiliera ainda mostragrandes flutuações, o que não é incomumpara países emergentes. Depois que a criseda dívida soberana europeia e as altastaxas de juros temporariamente desacele-raram um pouco a economia brasileira,pode-se novamente esperar um crescimen-to um pouco mais forte em 2013. Impor-tante para o fortalecimento do mercadointerno é o aumento da classe média, o que

dá um novo impulso não só à indústriaautomobilística. A Copa do Mundo de2014 e as Olimpíadas de 2016 darãoimpulsos adicionais.

Seus interlocutores brasileiros vão que-stioná-la sobre os recentes acontecimentosna Europa, especialmente na "Terra doEuro" – a senhora pode, a partir da per-spectiva de sua empresa, transmitir confi-ança?

O desenvolvimento econômico na área doeuro foi marcado nos últimos anos pelacrise da dívida europeia, que ainda nãoacabou. Os principais institutos de pesqui-sa econômica prevêem que as tensõesassociadas à crise da dívida soberana naárea do euro devam diminuir gradualmen-te. Além disso, espera-se que o ritmo deexpansão da economia global volte aaumentar moderadamente. Embora persi-sta a preocupação com uma possível disso-lução da união monetária, há esperançarazoável de uma solução para a crise.

O que mais a impressionou em seus conta-tos com o Brasil e os brasileiros?

O que sempre de novo me fascina e inspi-ra no Brasil é a alegria de viver e o carin-ho das pessoas. Parece que os brasileirosconseguem encontrar soluções não con-vencionais e criativas para todos os gran-des desafios da vida. Admiro muito essashabilidades e o otimismo generalizadocomo modo de vida. �

O Encontro Econômico Brasil-Alemanha 2013 ganha um perfil especial com apresença do presidente alemão Joachim Gauck e da presidenta Dilma Rousseffe com o início da Temporada da Alemanha no Brasil. Maria-Elisabeth Schaeff-ler, coproprietária do Grupo Schaeffler, é apenas a segunda empresária a serhomenageada como Personalidade Brasil-Alemanha. Em entrevista à Tópicos, ela manifesta confiança no Brasil.

"O Brasil é um dos mercados-chave do século 21"

ENTREVISTA: DR. UWE KAESTNER

Personalidade Brasil-Alemanha 2013, Maria-Elisabeth Schaeffler:

WIRTSCHAFT | ECONOMIA WIRTSCHAFT | ECONOMIA

Grupo SchaefflerSchaeffler com suas marcas de produtoINA, LuK e FAG é um dos líderes mundia-is em provisão de soluções de rolamen-tos e buchas deslizantes, bem como detecnologia linear e acionamento direto,além de ser um renomado fornecedor daindústria automotiva com produtos dealta precisão e sistemas para aplicaçõesem motores, transmissões e chassis. Ogrupo de empresas globalmente ativogerou vendas na ordem de 11,1 bilhõesde euros em 2012. Com cerca de 76.000colaboradores no mundo todo, a Schaeff-ler é uma das maiores empresas familia-res da Alemanha e Europa. Com 180localidades em mais de 50 países, aSchaeffler possui uma rede mundial defábricas de manufatura, instalações depesquisa e desenvolvimento, empresasde venda, escritórios de engenharia ecentros de treinamento.

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Tópicos 01 | 20138 Tópicos 01 | 2013 9

WEG A WEG produz soluções globais nas áre-as de motores, automatização e energia.Fundada em 1961 em Jaraguá do Sulcomo fabricante de motores, hoje a WEGfornece, além de motores elétricos eautomatização também transformado-res, geradores, bem como os respectivossoftwares e serviços. Em 2012, a empre-sa tinha 26 mil colaboradores e registrouum faturamento de R$ 6,1 bilhões.

Tópicos: A WEG foi fundada pordescendentes alemães. De que formaisso influenciou o desenvolvimentoda empresa?

Décio da Silva: Jaraguá do Sul,região norte de Santa Catarina, teveuma forte colonização Alemã. Essafamiliaridade com a cultura germâni-ca motivou os três fundadores, quetambém dominavam o idioma, a bus-car lá na Alemanha aspectos queforam essenciais para o crescimentoda companhia: tecnologia, modelosde gestão e negócios.

Receber essa distinção como Perso-nalidade Brasil-Alemanha é semdúvidas uma honra. É o reconheci-mento de todo esse legado deixadopelos fundadores Werner RicardoVoigt, Eggon João da Silva e Geral-do Werninghaus. Estou muito lison-jeado por ter sido escolhido pararepresentar toda essa história.

O que fez com que a WEG se trans-formasse de uma empresa local emum global player em seu setor?

A WEG é uma empresa que desde asua fundação, há 51 anos, aposta notripé mercado, tecnologia e pessoas.A integração entre esses três itens égigante e foi responsável pelo cresci-mento da companhia. Iniciamos asexportações em 1970 para os paísesvizinhos da América do Sul, para osEUA e para a Europa, começandopela Alemanha.

A partir de 1980 passamos a investirde forma mais significativa na aber-

tura de distribuidores e no cresci-mento em mercados extremamenteexigentes na época.

De 1990 a 2000 a começamos a mar-car presença no mercado internacio-nal, com filiais próprias. A empresacomeçou a investir para diferenciar-se através da sua força de vendas,nos serviços pré e pós venda, e emmelhores prazos de entrega, tantopara produtos standarts como custo-mizados.

A partir de 2000 começamos a inve-stir em filiais produtivas no exterior.Hoje temos fabricas na Argentina,México, USA, Portugal, Áustria,África do Sul, China e Índia, além de25 instalações de distribuição ecomercialização espalhadas emtodos os continentes. O fato de ter-mos começado a expatriar engenhei-ros também trouxe uma cultura glo-bal para a WEG. Atualmente temos70 engenheiros brasileiros trabalhan-do nas nossas unidades fabris doexterior. Todo esse crescimento foisuportado pelo forte investimento emP&D. Investimos cerca de 2,5% da

nossa receita em pesquisa e desen-volvimento de produtos. Atraímosprofissionais de fora do país, consul-tores de grandes corporações, bemcomo instituições de pesquisas defora do Brasil.

Como que é a WEG consegue man-ter-se internacionalmente competiti-va, embora, ao contrário de outrasmultinacionais, seja fortemente ver-ticalizada?

Como a WEG estava fora dos grandeseixos industriais, a companhia teveque investir fortemente no desenvol-vimento de todos os componentes eprocessos para produzir os motoreselétricos. No começo, a verticalizaçãonão era uma estratégia, mas sim umanecessidade. Hoje, depois de alcan-çarmos todo esse crescimento, a ver-ticalização passou a ser um diferenci-al competitivo para a WEG. Temosmais controle das fases de produção,da qualidade dos produtos e dos cus-tos de produção.

Crescemos e ampliamos nosso port-fólio. Expandimos nosso mercado eatualmente não podemos dizer que omodelo verticalizado é melhor ou pior

Em entrevista à Tópicos, o presidente do Conselho de Administração da WEG,Décio da Silva, fala sobre a estratégia que levou a empresa a se tornar um glo-bal player no setor de motores elétricos e sobre os desafios à competitividadeda indústria brasileira.

“A WEG aposta no tripé mercado,tecnologia e pessoas”

ENTREVISTA: GERALDO HOFFMANN

Personalidade Brasil-Alemanha 2013, Décio da Silva:

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que o horizontal. Para cada região emque atuamos e tipo de produto quefabricamos há um modelo ideal e essedeve ser levado em consideração.

Como o senhor vê o nível de competi-tividade internacional da indústriabrasileira como um todo?

Para se inserir no mercado internacio-nal, o Brasil precisa aumentar os inve-stimentos em infraestrutura, rodovias,portos, aeroportos e ferrovias. Neces-sitamos de mobilidade urbana, princi-palmente nas áreas de maior concen-tração populacional. Precisamos decanais para o escoamento da produ-ção. A alta carga tributária tambémestá drenando a competitividadenacional, não só pelo custo admini-strativo de impostos, mas por sua ele-vada participação na estrutura de cus-tos dos nossos produtos. O governotem que dar mais atenção à educação.E a iniciativa privada precisa investirem tecnologia e na formação de mãode obra qualificada.

Quais são as estratégias que a WEGadota para recrutar e desenvolverseus recursos humanos?

O fato de a empresa ter sido fundadanuma região agrícola motivou osfundadores a buscar um modelo deescola capaz de capacitar sua própriamão de obra. Isso aconteceu logo nasprimeiras viagens para a Alemanha,em 1968. De lá veio a ideia da cria-ção do Centroweg, um Centro deTreinamento que há 45 anos ofereceà comunidade cursos de aprendiza-gem industrial. Já passaram peloCentroweg mais de 2.900 alunos. Eumesmo fiz parte da segunda turmada “Escolinha”.

Atualmente a Centroweg conta com247 aprendizes em formação. Alémdo Centroweg, a empresa mantemum departamento de treinamentocom programas de desenvolvimentoe capacitação. Ele foi desenvolvidonão só para incentivar cursos fora daempresa, mas também para treina-

mentos internos dos colaboradores.O crescimento da WEG também con-tribuiu para a criação de escolas téc-nicas e cursos de engenharia naregião. Hoje a empresa possui emseu quadro de colaboradores mais de1300 engenheiros formados, algunsdeles, inclusive, doutores em suasespecializações.

Quais as prioridades da empresa emtermos de engajamento social?

Nossa filosofia é focar investimentossociais nas regiões onde estão osnossos colaboradores e suas famíli-as. Projetos de educação, cultura,cidadania, saúde esporte e lazer sãoas prioridades da empresa. Já ajuda-mos na construção de centros históri-cos, bibliotecas públicas, centrosartísticos, hospitais, academias ao arlivre, entre outros. Mantemos tam-bém projetos culturais que englobamincentivo a leitura, dança, musica earte. Só em 2012 investimos R$ 9,5milhões. �

Im Interview mit Tópicos erklärt der Verwaltungsratsvorsitzende von WEG, Décio da Silva, den Aufstieg seines Unterneh-mens zum Global Player im Bereich der Elektromotoren und wie die brasilianische Industrie international wettbewerbs-fähig werden kann.

WEG setzt auf das Dreieck „Markt, Technologie und Mensch“

INTERVIEW: GERALDO HOFFMANN

Deutsch-Brasilianische Persönlichkeit 2013, Décio da Silva:

Tópicos: Herzlichen Glückwunsch zuIhrer Auszeichnung als Deutsch-Bra-silianische Persönlichkeit. WEGwurde von Nachfahren deutscherEinwanderer gegründet. WelchenEinfluss hatte dies auf die Entwick-lung des Unternehmens?

Décio da Silva: Jaraguá do Sul, eineRegion im Norden des BundesstaatesSanta Catarina, ist stark von derdeutschen Besiedlung geprägt. DieseVertrautheit mit der deutschen Kul-tur bewog die Unternehmensgründer,

die auch die deutsche Sprachebeherrschten, Aspekte, die für dasWachstum des Unternehmenswesentlich waren, aus Deutschlandzu importieren: Technologie,Management- und Geschäftsmodel-le.

Die Auszeichnung als Deutsch-Bra-silianische Persönlichkeit ist zweifel-los eine Ehre. Es ist die Anerken-nung des Erbes der WEG-GründerWerner Ricardo Voigt, Eggon Joãoda Silva und Geraldo Werningaus.

Ich fühle mich sehr geschmeichelt,ausgewählt worden zu sein, um dieseGeschichte zu vertreten.

Was hat WEG vom lokalen Unterneh-men zum Global Player seiner Bran-che gemacht?

WEG ist ein Unternehmen, das seitseiner Gründung vor 51 Jahren aufdas Dreieck Markt, Technologie undMenschen setzt. Die Wechselwir-kung dieser drei Elemente ist gewal-tig und war verantwortlich für das

WIRTSCHAFT | ECONOMIA WIRTSCHAFT | ECONOMIA

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Die deutsch-brasilianischen Wirtschaftsbezie-hungen entwickeln sich trotz der Turbulenzenauf den internationalen Märkten positiv. Davonprofitieren beide Seiten: Offene Märkte undenge wechselseitige Wirtschaftsbeziehungenwerden im internationalen Wettbewerb immerwichtiger. Wachstum und zukunftssichereArbeitsplätze lassen sich auf Dauer nichtdurch Protektionismus erreichen. Wer Märkteabschottet, verhindert Investitionen und Tech-nologietransfer und stiftet daher mehr Scha-den als Nutzen. Eine starke Wirtschaft brauchtein offenes Umfeld für Investitionen und Expor-te. Deshalb ist mir ein großes Anliegen, dieRahmenbedingungen für eine gute und inten-sive Zusammenarbeit weiter zu stärken.

Mit dem Deutschlandjahr 2013/2014 betonenwir die hohe Bedeutung, die wir unserer Part-nerschaft zu Brasilien beimessen. Das gilt ins-besondere auch für die deutsch-brasilianischen Wirtschaftsbeziehun-gen. Ganz bewusst fällt deshalb der Startschuss für das Deutschland-jahr anlässlich der Deutsch-Brasilianischen Wirtschaftstage in SãoPaulo. Die stark zunehmenden Investitionen deutscher Unternehmenin Brasilien zeigen das Vertrauen deutscher Unternehmen in denStandort. Die Organisation der FIFA-WM 2014 sowie der OlympischenSpiele 2016 lassen einen weiteren Investitionsschub erwarten. DieVorbereitung und Durchführung der beiden Ereignisse und die pünkt-liche Fertigstellung der damit einhergehenden Infrastrukturmaßnah-men erfordern organisatorische und technische Höchstleistungen. Ver-lässliche und kompetente Partner sind dafür unerlässlich. DeutscheUnternehmen haben viel zu bieten: Sie bringen nicht nur Erfahrung ausder erfolgreichen und reibungslosen Durchführung der FIFA-WM 2006mit, sondern zeichnen sich auch durch exzellente Qualität, kompeten-ten und zuverlässigen Service und eine breit gefächerte Produktpalet-te aus. International gehören sie in vielen Bereichen zu den Markt- undInnovationsführern.

Mit hoch innovativen, praxisnahen und effizienten Lösungen habendeutsche Unternehmen leistungsfähige Technologien und Dienstlei-stungen zu Exportschlagern „made in Germany“ gemacht. DiesesKnow-how wird auch in Brasilien sehr geschätzt. Kein Wunder also,dass die Deutsch-Brasilianischen Wirtschaftstage seit Jahren zuneh-mendes Teilnehmerinteresse von beiden Seiten verzeichnen. Sie bie-ten exzellente Möglichkeiten zu Gesprächen und zur Anbahnung neu-er Geschäftskontakte. Mit ihren drei Elementen – Persönlichkeitseh-rung, Unternehmerkonferenz und Deutsch-Brasilianische GemischteWirtschaftskommission – sind die Deutsch-Brasilianischen Wirt-schaftstage die bedeutendste Plattform für den bilateralen Aus-tausch. Ich wünsche allen Konferenzteilnehmerinnen und -teilneh-mern viele neue Erkenntnisse und Impulse und anregende, konstruk-tive Gespräche.

Ihr Dr. Philipp Rösler

Vertrauen der deutschen Unterneh-men in den Standort Brasilien

Grußwort von Dr. Philipp RöslerBundesminister für Wirtschaft und Technologieanlässlich der Deutsch-BrasilianischenWirtschaftstage 2013

Apesar das turbulências nos mercados interna-cionais, as relações econômicas entre o Brasil e aAlemanha desenvolvem-se de maneira positiva.Ambos os lados sentem os efeitos benéficos daíresultantes: no âmbito da competitividade inter-nacional, mercados abertos e estreitas relaçõeseconômicas recíprocas tornam-se cada vez maisimportantes. O protecionismo não é um meiopara atingir crescimento e garantir empregos nofuturo. O fechamento dos mercados impede osinvestimentos e a transferência de tecnologias,trazendo mais danos do que benefícios. Uma eco-nomia forte necessita de um ambiente aberto ainvestimentos e exportações. Por esta razão, umdos meus firmes propósitos consiste em revigo-rar continuadamente as condições básicas parauma boa e intensa cooperação.

Com a Temporada da Alemanha no Brasil2013/2014 sublinhamos a grande importância

que damos à nossa parceria com o Brasil. Isso vale também, especial-mente, para as relações econômicas entre o Brasil e a Alemanha. Não épor acaso, pois, que o tiro de partida para o ano Alemanha + Brasil sejadado em São Paulo, por ocasião do Encontro Econômico Brasil-Aleman-ha. Os crescentes investimentos de empresas alemãs no Brasil bemmostram a confiança destas no pólo de atração econômica que o paísrepresenta. A organização da Copa do Mundo da FIFA em 2014 assimcomo dos Jogos Olímpicos em 2016 promete uma nova onda de investi-mentos. A preparação e a realização de ambos os eventos e o acaba-mento pontual das infraestruturas necessárias exigem um desempenhomáximo a nível organizacional e tecnológico. Parceiros con fiáveis ecompetentes são imprescindíveis para tal. As empresas alemãs têm mui-to a oferecer: não apenas são capazes de contribuir com as experiênci-as resultantes duma realização sem atritos da Copa de 2006, mas tam-bém chamam a atenção devido à sua excelente qualidade, seus serviçoscompetentes e confiáveis e um amplo leque de produtos. A nível interna-cional, estão entre aqueles que lideram os mercados e as inovações emvárias áreas.

Apresentando soluções extremamente inovadoras, práticas e eficientes,as empresas alemãs transformaram tecnologias e serviços de ponta emsucessos de exportação „made in Germany“. Também o Brasil prezadeveras este know-how. Não admira, pois, que o Encontro EconômicoBrasil-Alemanha registre, há anos, um interesse crescente de participan-tes de ambos os lados. Trata-se de uma excelente oportunidade paraestabelecer contatos e entabular novos negócios. Com a suas três ver-tentes – o Prêmio Personalidade Brasil-Alemanha, a Conferência deEmpresários e a Comissão Econômica Mista Brasil-Alemanha – o Encon-tro Econômico constitui a mais importante plataforma para o diálogobilateral. Desejo a todos e a todas que tomam parte na conferência váriasideias e muitos impulsos novos bem, como encontros estimulantes econstrutivos.

Atenciosamente, Philipp Rösler

Confiança das empresas alemãs no Brasil

Mensagem do Ministro Federal da Economia e Tecnologia, Dr. Philipp Rösler,por ocasião do Encontro Econômico Brasil-Alemanha 2013

Wachstum des Unternehmens. Wirstarteten 1970 unsere Exporte in diebenachbarten Länder Südamerikas,in die USA und nach Europa, begin-nend mit Deutschland.

Ab 1980 haben wir verstärkt in dieExpansion des Vertriebs und in dasWachstum in anspruchsvollen Märk-ten investiert. Zwischen 1990 und2000 begannen wir, mit der Grün-dung eigener TochtergesellschaftenPräsenz auf dem internationalenMarkt zu zeigen. Das Unternehmeninvestierte, um sich zu profilierenbei Vertrieb, bei Kundendienstlei-stungen vor und nach dem Verkaufsowie mit besseren Lieferfristensowohl für Standard- als auch fürmaßgeschneiderte Produkte.

Ab dem Jahr 2000 haben wir begon-nen, in Produktionsniederlassungenim Ausland zu investieren. Heutehaben wir Fabriken in Argentinien,Mexiko, USA, Portugal, Österreich,Südafrika, China und Indien, zudem25 Verkaufs- und Logistikzentren aufallen Kontinenten. Die Tatsache,dass wir begannen, unsere Ingenieu-re ins Ausland zu schicken, brachteauch eine globale Unternehmenskul-tur zur WEG. Derzeit arbeiten 70brasilianische Ingenieure in unserenFabriken im Ausland. Dieses Wachs-tum wurde durch hohe Investitionenin Forschung und Produktentwick-lung unterstützt. Dafür investierenwir rund 2,5 Prozent unseres Umsat-zes. Wir ziehen Fachkräfte aus demAusland, Berater von großen Unter-nehmen und ausländische For-schungseinrichtungen an.

Wie schafft es WEG, internationalwettbewerbsfähig zu bleiben, obwohles im Gegensatz zu anderen multina-tionalen Unternehmen stark vertika-lisiert ist?

Da WEG außerhalb der großen indu-striellen Achsen lag, musste dasUnternehmen stark in die Entwick-lung aller Komponenten und Prozes-se investieren, um Elektromotoren zuproduzieren. Anfangs war die Verti-kalisierung keine Strategie, sonderneine Notwendigkeit. Mit dem zuneh-

menden Wachstum wurde die Verti-kalisierung zu einem Wettbewerbs-vorteil für WEG. Wir haben mehrKontrolle über Produktionsphasen,Produktqualität und Produktionsko-sten.

Wir wachsen und erweitern unserPortfolio. Wir haben unsere Markt-präsenz erweitert und können jetztnicht sagen, dass das vertikaleModell besser oder schlechter als dashorizontale ist. Für jede Region, inder wir tätig sind, und für jede Artder von uns hergestellten Produktegibt ein ideales Modell, und diesmuss berücksichtigt werden.

Wie sehen Sie das Niveau der inter-nationalen Wettbewerbsfähigkeit derbrasilianischen Industrie als Gan-zes?

Um auf dem internationalen Marktzu bestehen, muss Brasilien seineInvestitionen in Infrastruktur, Stra-ßen, Häfen, Flughäfen und Eisenbah-nen erhöhen. Wir brauchen urbaneMobilität, insbesondere in Bereichenmit hoher Bevölkerungsdichte. Wirmüssen den Abtransport der Produk-tion besser gestalten. Auch die hoheSteuerbelastung mindert die Wettbe-werbsfähigkeit der nationalen Indu-strie, nicht nur durch den hohen Ver-waltungsaufwand, sondern durch denhohen Steueranteil an der Kosten-struktur unserer Produkte. DieRegierung muss der Bildung mehrAufmerksamkeit schenken. Und derprivate Sektor muss in Technologieund Ausbildung von qualifiziertenArbeitskräften investieren.

Mit welcher Strategie geht WEG vor,um sein Personal zu rekrutieren undzu entwickeln?

Da unser Unternehmen in einer land-wirtschaftlich geprägten Regiongegründet wurde, entschieden dieGründer, ein Schulmodell zur Aus-bildung der eigenen Mitarbeiter zusuchen. Dies geschah gleich auf denersten Reisen nach Deutschland imJahr 1968. Von dort kam die Idee fürdas Centroweg, ein Trainingscenter,das seit 45 Jahren industrielle Aus-

bildungskurse anbietet. Über 2.900Personen wurden bereits im Centro-weg ausgebildet. Ich selbst gehörtezum zweiten Jahrgang de "Escolin-ha".

Derzeit machen 247 Lehrlinge eineAusbildung im Centroweg. Außer-dem unterhält das Unternehmen eineFortbildungsabteilung mit Schu-lungs- und Entwicklungsprogram-men inner- und außerhalb des Unter-nehmens. WEGs Wachstum hat auchzur Schaffung von Fachschulen undingenieurwissenschaftlichen Studi-engängen in der Region beigetragen.Heute beschäftigt das Unternehmenmehr als 1300 Ingenieure mit Hoch-schulabschluss, einige haben inihrem Fachbereich promoviert.

Welche Prioritäten setzt Ihr Unter-nehmen in Bezug auf soziales Enga-gement?

Unsere Philosophie ist es, sozialeInvestitionen in den Regionen zukonzentrieren, wo unsere Mitarbeiterund deren Familien leben. Projektein den Bereichen Bildung, Kultur,Bürgertum, Gesundheit, Sport undFreizeit haben Vorrang für unserUnternehmen. Wir haben unter ande-rem bereits beim Bau von histori-schen Zentren, öffentlichen Biblio-theken, Kunstzentren, Krankenhäu-sern und Sporteinrichtungen gehol-fen. Außerdem unterstützen wir Pro-jekte zur Förderung von Tanz,Musik, Kunst und Lesekultur. Allein2012 haben wir R$ 9,5 Millionen insoziale Projekte investiert. �

WEG WEG ist globaler Lösungsanbieter fürMotoren, Automatisierung und Energie.1961 als Motorenhersteller im brasiliani-schen Jaraguá do Sul gegründet, bietetWEG heute in rund 100 Ländern nebenElektromotoren und Automatisierungauch Transformatoren, Generatorensowie die dazugehörige Software undServices an. 2012 hatte das Unterneh-men 26.000 Mitarbeiter, der Umsatzbetrug 6,1 Milliarden Reais (umgerech-net 2,4 Milliarden Euro).

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Volkswagen hat gerade 60 Jahre Tätigkeit in Brasiliengefeiert, ein bemerkenswertes Ereignis. Fast gleich-zeitig beginnt jetzt im Mai das Deutschlandjahr in Bra-silien mit einer Reihe kultureller Großveranstaltungenin verschiedenen brasilianischen Städten. Die beidenEreignisse sind mehr als reiner Zufall. Sie verstärkendie bilateralen wirtschaftlichen, politischen und kultu-rellen Beziehungen und bilden den perfekten Rahmenfür die Durchführung der Deutsch-BrasilianischenWirtschaftstage (DBWT) vom 12. bis 14. Mai in SaoPaulo.

Es sind die 31. DBWT, die gemeinsam vom Brasiliani-schen Industrieverband (Confederação Nacional daIndústria – CNI) und seinem deutschen Gegenüber,dem Bundesverband der Deutschen Industrie (BDI)und anderen gewichtigen Partnern veranstaltet wer-den. Die internationale Wirtschaftskrise hat den Han-del zwischen den beiden Ländern verringert – die bra-silianischen Exporte fielen im vergangenen Jahr um19,5 Prozent und die deutschen Ausfuhren nach Bra-silien um 6,6 Prozent. Das Defizit in der bilateralen Handelsbilanz bleibt fürdie brasilianische Seite hoch, es betrug 2012 fast 7 Milliarden US-Dollar.Nimmt man die zaghafte Entwicklung der Wirtschaft beider Länder mitnahezu stagnierendem Bruttoinlandprodukt hinzu – Wachstum 2012 von nur0,9 Prozent in Brasilien und 0,7 Prozent in Deutschland – dann haben wir einbesorgniserregendes Szenario.

Solche Konjunkturdaten lassen allerdings nicht die Qualität der Beziehungenzwischen den beiden Ländern in den Hintergrund treten, und vor allem nichtdas riesige Potenzial für den Ausbau des Austauschs und der Zusammenar-beit. Dieses Potenzial besteht auf den unterschiedlichsten Gebieten, von derInnovation über die seltenen Erden und die Infrastruktur bis hin zur Energie-erzeugung. Brasilien ist der größte Handelspartner Deutschlands in Latein-amerika. Über 1.200 deutsche Unternehmen sind auf den unterschiedlich-sten Gebieten in Brasilien tätig und bilden den größten deutschen Industrie-park außerhalb Deutschlands. Warum solche Bedingungen nicht nutzen? Eswäre eine unverzeihliche Chancenvergeudung, vor allem angesichts derSchrumpfung der Weltmärkte durch die Wirtschaftskrise.

Daher könnte das zentrale Thema der 31. DBWT nicht angemessener sein:Zusammenarbeit für Wettbewerbsfähigkeit. Wettbewerbsfähigkeit ist zujeder Zeit grundsätzlich wichtig für Unternehmen, in Krisenzeiten wie dergegenwärtigen ist sie absolut entscheidend. Trotz seiner modernen unddiversifizierten Industrie braucht Brasilien die hohe deutsche Kompetenz inInnovation und Technologie. Die Möglichkeiten für diese Zusammenarbeitsind unbegrenzt, wie die Diskussionen auf den 31. DBWT zeigen werden. Zuerwähnen sind unter anderem das Programm „Inovar Auto“ zur Innovations-förderung in der Automobilindustrie und der kürzlich aufgelegte „Plano Ino-va Empresa“, der für Innovation ein Investitionsvolumen von 32,9 MilliardenReais bis 2014 vorsieht. Deutsche Forschungseinrichtungen und Unterneh-men können sich selbstverständlich daran beteiligen.

Weitere Felder der Zusammenarbeit, die Unternehmer und Behörden beiderLänder auf der Tagung diskutieren werden, sind die Bauten für die Fußball-WM 2014 und die Olympischen Spiele 2016. Darüber hinaus gibt es nochneue Modelle zur Beteiligung der Privatwirtschaft an Häfen, Flughäfen,Eisenbahnen und Autobahnen – Bereiche, in denen Deutschland technolo-gisch und unternehmerisch eine Spitzenposition einnimmt – sowie das üppi-ge Potenzial für Öl- und Gasförderung in Brasilien (Stichwort „Pré-Sal“).

Es besteht kein Zweifel, dass es Wege aus der Krise gibt. Es ist höchste Zeit,dass Deutsche und Brasilianer sie gemeinsam erkunden.

Wege aus der Krise

Grußwort des Präsidenten des BrasilianischenIndustrieverbandes CNI, Robson Braga de Andrade

A Volkswagen acaba de comemorar 60 anosde atuação no Brasil, um feito notável. Quaseao mesmo tempo, começa, agora em maio, oTemporada da Alemanha no Brasil, com arealização de grandes eventos culturais emvárias cidades brasileiras. Os dois fatos sãobem mais que coincidências. Reforçam aintensidade das relações bilaterais, tanto eco-nômicas como políticas e culturais, e emoldu-ram, com perfeição, a realização, entre 12 e14 de maio, de mais um Encontro Empresari-al Brasil-Alemanha, o EEBA, em São Paulo.

Será o 31º EEBA, promovido em conjunto pelaConfederação Nacional da Indústria, a CNI,sua congênere alemã, a BDI, Bundesverbandder Deutschen Industrie, e outros parceiros depeso. A crise econômica internacional reduziuo comércio entre os dois países, com quedade 19,5% nas exportações brasileiras e de6,6% nas vendas alemãs ao Brasil, no ano

passado. O déficit na balança bilateral continua elevado para o lado bra-sileiro, com quase US$ 7 bilhões em 2012. Acrescente-se a esse quadro ocomportamento tímido das economias dos dois países, com seus PIBspraticamente estagnados, crescendo apenas 0,9% no Brasil e 0,7% naAlemanha em 2012, e teremos um cenário preocupante.

Tais números, de caráter conjuntural, não eliminam, contudo, a qualidadedas relações entre os dois países e, sobretudo, o enorme potencial deampliação do intercâmbio e da cooperação. Esse potencial existe nas maisdiversas áreas, da inovação às chamadas terras raras, da infraestrutura àprodução de energia. O Brasil é o mais importante parceiro comercial daAlemanha na América Latina. Cerca de 1.200 empresas alemãs operamno país, nos mais variados segmentos, constituindo-se no maior parqueindustrial alemão fora da própria Alemanha. Como não aproveitar tais cir-cunstâncias? Seria um desperdício imperdoável, ainda mais grave diantedo encolhimento dos mercados mundiais provocado pela crise econômica.

Por isso, o tema central do 31° EEBA não poderia ser mais apropriado:Cooperação para a Competitividade. Se a competitividade já é fundamentalpara as empresas a qualquer tempo, é absolutamente crucial em temposde crise, como os atuais. Apesar da indústria moderna e diversificada quepossui, o Brasil necessita da alta competência alemã em inovação e tecno-logia. As oportunidades para essa cooperação são infinitas, como discutiráo 31º EEBA. Basta mencionar o Inovar Auto, destinado à inovação na indús-tria automobilística, e o recente Plano Inova Empresa, que fixou investi-mentos de R$ 32,9 bilhões em inovação até 2014. As instituições de pes-quisa e as empresas alemãs não podem ficar de fora, obviamente.

Outros campos de cooperação que empresários e autoridades dos dois paí-ses discutirão no encontro são as obras para a Copa do Mundo de 2014 eas Olimpíadas de 2016. Acrescentem-se ainda os novos modelos de atua-ção da iniciativa privada em portos, aeroportos, ferrovias e rodovias, nosquais há vasto domínio tecnológico e empresarial da Alemanha, e o exu-berante potencial de petróleo e gás no Brasil, com a camada do pré-sal.

Não há dúvida de que há saídas para a crise. Chegou a hora de explorá-las,brasileiros e alemães juntos.

Saídas para a crise

Mensagem do presidente da Confederação Nacio-nal da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade

Zum 31. Mal treffen sich auf den Deutsch-Bra-silianischen Wirtschaftstagen Unternehmeraus beiden Staaten. In São Paulo werden hun-derte von Wirtschaftsvertretern erwartet. Mitden Staatspräsidenten Dilma Rousseff undJoachim Gauck ist auch die Politik hochrangigpräsent. Das Motto der Wirtschaftstage lautet:„Deutsch-Brasilianische Zusammenarbeit zurStärkung der Wettbewerbsfähigkeit“.

Brasilien ist mittlerweile in die Spitzenriegeder größten Volkswirtschaften aufgestiegen.Es ist das einzige Land in Lateinamerika, mitdem die Bundesregierung bislang eine strate-gische Partnerschaft abgeschlossen hat. Daserwartete Wirtschaftswachstum des Landesliegt in diesem Jahr bei 3,4 Prozent. Der Wett-bewerb in der globalen Wirtschaft verschärftsich jedoch zunehmend. Unternehmen undVolkswirtschaften sind ständig gefordert, ihreRahmenbedingungen und Produktivität zu verbessern. Brasilien willseine Verkehrs- und Energieinfrastruktur weiter ausbauen und dieWertschöpfung in der Industrie erhöhen. Die deutsche Industrie kanndazu mit neuester Technologie, Know-how und innovativen Problem-lösungen beitragen.

Der Anteil der in Brasilien tätigen deutschen Unternehmen an der indu-striellen Wertschöpfung des Landes liegt bei rund 16 Prozent, deutlichhöher als in jedem anderen lateinamerikanischen Land. Der GroßraumSão Paulo ist mit ca. 1.000 deutschen Unternehmen der größte deut-sche Industriestandort außerhalb Deutschlands. Mit einem Handelsvo-lumen von über 24 Milliarden US-Dollar gehört Deutschland zu denführenden Handelspartnern Brasiliens. Umgekehrt ist Brasilien derwichtigste Handelspartner und Investitionsstandort der deutschenWirtschaft in Lateinamerika. Die wirtschaftliche Zusammenarbeit kannnoch enger werden: Im Rahmen der Konferenz werden wir uns mitwichtigen Themen wie Infrastruktur, Energie und Gesundheitswirt-schaft sowie mit der engeren Zusammenarbeit von mittelständischenFirmen und der Innovationskooperation befassen.

Die Wirtschaftstage haben sich als zentrales Forum für den Austauschüber wirtschaftliche Entwicklungen und Geschäftschancen beiderLänder etabliert. Sie finden in diesem Jahr in Verbindung mit der Eröff-nung des Deutschland-Jahrs in Brasilien statt. Unter dem Motto „WoIdeen sich verbinden“ präsentiert sich Deutschland als innovativerPartner.

Ich freue mich, Sie in São Paulo zu begrüßen, wünsche Ihnen interes-sante Gespräche, und uns allen eine erfolgreiche Konferenz!

Brasilien in der Spitzenliga der Volkswirtschaften

Grußwort des Präsidenten des Bundesverbands der deutschen Industrie, Ulrich Grillo

Pela 31ª vez, empresários dos dois países sereúnem no Encontro Econômico Brasil-Ale-manha. Centenas de representantes do setoreconômico são esperadas em São Paulo. Comos presidentes Dilma Rousseff e JoachimGauck, também a política marca presença dealto nível. O lema do Encontro Econômico é:"Cooperação Brasil-Alemanha para fortalecera competitividade".

O Brasil ascendeu aos altos escalões dasmaiores economias do mundo. É o único paísda América Latina com o qual o governo fede-ral alemão fechou até agora uma parceriaestratégica. O crescimento econômico do paísprevisto para este ano é de 3,4%. A competi-ção na economia global, no entanto, se inten-sifica cada vez mais. As empresas e as econo-mias são constantemente desafiadas a melho-rar seu ambiente e sua produtividade. O Brasil

quer expandir sua infraestrutura de transporte e energia e aumentar aagregação de valor na indústria. A indústria alemã pode contribuir comas mais novas tecnologias, know-how e soluções inovadoras.

A participação de empresas alemãs que operam no Brasil na agrega-ção de valor industrial do país é de aproximadamente 16%, muitomaior do que em qualquer outro país latino-americano. Com cerca demil empresas alemãs, a Grande São Paulo é o maior centro industrialalemão fora da Alemanha. Com um volume de negócios de mais de 24bilhões de dólares, a Alemanha é um dos principais parceiros comer-ciais do Brasil. Em contrapartida, o Brasil é o principal parceiro comer-cial e destino de investimentos da economia alemã na América Lati-na. A cooperação econômica pode se tornar ainda mais estreita: naconferência, vamos tratar de questões importantes como infraestrutu-ra, energia, setor de saúde, bem como do estreitamento da coopera-ção em inovação e entre pequenas e médias empresas.

O Encontro Econômico estabeleceu-se como um fórum central deintercâmbio sobre desenvolvimento econômico e oportunidades denegócios em ambos os países. Neste ano, ele ocorre juntamente coma abertura Temporada da Alemanha no Brasil. Sob o lema "Quandoideias se encontram", a Alemanha se apresenta como parceiro inova-dor.

Alegro-me em recebê-los em São Paulo, desejo-lhes interessantesdiscussões, e a todos nós uma conferência de sucesso!

O Brasil na linha de frente da economia global

Mensagem do presidente da Confederação Indústria Alemã, Ulrich Grillo

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Getúlio Vargas-Stiftung sowie derFapesp eine überragende Rolle. Zudemist São Paulo Sitz der wichtigsten Indu-strieverbände des Landes.

Außerhalb der Stadtgrenzen liegendie traditionellen IndustriestandorteABC (Santo André, São Bernardo doCampo und São Caetano do Sul), Dia-dema, Osasco und Guarulhos, mitdenen São Paulo schon früh zusam-menwuchs. Dortige Branchenschwer-punkte sind die Metallverarbeitung, derMaschinenbau sowie die Kfz- undChemieindustrie. Die Metropolregionbesitzt in Guarulhos den wichtigstenFlughafen des Landes. Neue Wohnge-biete entstehen in der Form von Satelli-tenstädten an den Ausfallstraßen, wiezum Beispiel Alphaville.

Campinas positionierte sich frühzei-tig als Vorzeigestandort für technolo-gieintensive Branchen und Dienstlei-stungen, aufbauend auf den hervorra-genden Hochschulen Unicamp undPUC Campinas. Wichtigste Industrie-standorte im Großraum sind America-

Eine der Magistrahlen diesesZusammenwachsens ist dieAutobahn Anhanguera zwi-

schen São Paulo und Campinas, die derStadtplaner Nestor Goulart Reis vonder Universität von São Paulo bereitsals innerstädtische Avenida der neuenMakrometropole sieht. Zwischen bei-den Ballungsräumen existieren heutenicht mehr als 14 km2 unbesiedelte Flä-che. Über 300.000 Fahrzeuge pendelntäglich hin und her. Der für 2020geplante HochgeschwindigkeitszugTrem Bala wird die Strecke Campinas-São Paulo in 24 Minuten zurücklegen.

Mit dem Hafen Santos ist São Pauloschon immer untrennbar verbunden.Der wichtigste Warenweg des Landesführt neben der SerpentinenstraßeAnchieta und der Pkw-SchnellstreckeImigrantes auch über Schienen, diezwischen 1860 und 1867 von engli-schen Ingenieuren für den Kaffeexportverlegt wurden. Nach Osten fungierendie Autobahnen Dutra und Ayrton Sen-na/Carvalho Pinto als Bindeglied zurRegion um São José dos Campos, die

dank ihrer Lage auf dem Weg nach Riode Janeiro einen erheblichen ökonomi-schen Aufschwung erlebte und vieleUnternehmen anzog. Nach Westen ver-binden die Autobahnen Raposo Tavaresund Castelo Branco São Paulo mit denIndustrieclustern in Sorocaba.

Im Verbund der Makrometropoleentwickelt jede Region ihre spezielleFunktion. Die Stadt São Paulo beher-bergt die Entscheidungszentren dergroßen Industrie- und Handelskonzer-ne, ist zudem finanzielles, politischesund kulturelles Herz und als Business-,Messe- und Kongresshauptstadt Brasi-liens gesetzt. Pro Jahr finden in derMetropole rund 90.000 Events statt.Auch immer mehr internationaleInvestmentfonds zieht es nach São Pau-lo. Spezialisierte Dienstleister aus IT,Telekommunikation, Werbung, Marke-ting, Consulting und Versicherungenresidieren in der Regel ebenfalls dort.Beim Thema Forschung und Entwick-lung sowie in der Hochschul- und Insti-tutslandschaft spielt São Paulo mit derUniversität von São Paulo (USP), der

Brasiliens Business-Hauptstadt São Paulo stärkt ihren Status als wichtigstes Wirtschaftszentrum Lateinameri-kas, indem sie mit den umliegenden Regionen zu einem vernetzten und funktionalen Wirtschaftsraum zusam-menwächst. Diese "Makrometropole Paulista", der unter anderem Campinas, São José dos Campos und Soro-caba angehören, erwirtschaftet auf nur 0,5% der Fläche Brasiliens fast 30% der nationalen Wirtschaftsleistung– mehr als 1 Billionen R$. Mit rund 30 Mio. Einwohnern bildet sie den größten Konsumentenmarkt Lateinameri-kas, besitzt den dichtesten Industriepark und die am besten ausgebildeten Arbeitskräften. Darüber hinaus bie-tet sie die modernsten Autobahnen, den größten Hafen und die Top 2 der Cargoflughäfen.

TEXTO: OLIVER DÖHNE, GERMANY TRADE & INVEST

Eckdaten der Makrometropole Paulista

Indikator Wert

Enthaltene regionale Einheiten Metropolregionen:São Paulo, Campinas und Baixada Santista

Urbane Agglomerationsräume:Jundiaí, Piracicaba, Sorocaba,São José dos Campos

Mikroregionen:Bragantina, São Roque

BIP 1) 1.020 Mrd. R$

Anteil an bras. BIP 1) 28,8%

Einwohner 2) 30,6 Mio.

Anteil urbane Bevölkerung 2) 97,7%

Anzahl deutsche Firmen 850

Fahrzeuge 2) 16 Mio.

1) 2010, 2) 2012 / Quellen: Seade, AHK, GTAI

Müll an, und viele Gemeinden leitenihre Abwässer ungeklärt in die FlüsseTietê und Pinheiros. Das Mobilfunk-netz ist ständig am Limit, und jederheftigere Sturm sorgt für stundenlangeStromausfälle. Zudem zeigt die Krimi-nalitätsstatistik in letzter Zeit wiedersteigende Tendenz, und São Paulo hatlaut Experten ein enormes Drogenpro-blem.

Trotz neuer Schienenstrecken undBuskorridore bleibt der Verkehr kom-pliziert. Sieben Unterbezirke São Pau-los konzentrieren 17% der Stadtbevöl-kerung jedoch 64% der Arbeitstätigenauf sich, mit den entsprechenden tägli-chen Massenbewegungen. Die kürz-lich eröffnete Integrations-U-Bahnli-nie 4 ächzt pro Tag unter dem Ansturmvon 700.000 Menschen. In GroßraumSão Paulo zirkulieren über 10 Mio.Fahrzeuge.

Bürgermeister Fernando Haddadplant im Rahmen des Projekts “Arcodo Futuro”, Firmen über Anreize indicht bevölkerte Gebiete wie die Ost-zone zu locken und so Arbeitswege zuverkürzen. Neue Wohngebiete werdennicht mehr als Hochsicherheitstrakte,sondern als offene zugängliche Struk-turen gebaut, hoffentlich ein gutesOmen für die soziale Entwicklung derMakrometropole, die in der Zukunftnoch einen weiteren spektakulärenZusammenschluss vor sich habenkönnte: die Bildung einer Megalopolismit dem 400 km entfernten Rio deJaneiro. �

na, Santa Barbara D`Oeste und NovaOdessa, wo sich besonders Textil- undChemieindustrie ansiedelten, versorgtvon der Raffinerie in Paulínia. InSumaré und Hortolândia haben sichKfz-,Transport- und Pharmaindustrieangesiedelt. Der Südwesten von Cam-pinas wird mit dem stark wachsendenFlughafen Viracopos in Zukunft popu-lär werden, besonders auf der Achsemit der beliebten Wohnregion Indaia-tuba.

Jundiaí hat sich vom Verladebahn-hof für den Kaffeeexport zur moder-nen Logistikdrehscheibe und zumgefragten Industriestandort gewandelt.Nicht umsonst unterhält Siemens dorteinen seiner wichtigsten Standorte.São José dos Campos hat sich, rundum Brasiliens Vorzeige-Hightech-Unternehmen Embraer, zum Kompe-tenzzentrum für Luft- und Raumfahrtentwickelt. Die Aeronautik-Hoch-schule ITA ist internationale Bench-mark. Auch VW und GM wählten dieRegion für Produktionen.

Neue Industriecluster entstehen inSorocaba und Piracicaba, wo jüngstToyota und Hyundai große neue Werkeerstellten. Ein Asset sind die verfügba-ren Flächen mit guter Verkehrsanbin-dung und niedrigen Kosten. Sorocabasteigerte seine Industrieproduktion seit2000 um 150% und wandelte sich vomTextilstandort zu einem wichtigenMetallverarbeitungszentrum, speziellin der Kfz-Zulieferindustrie. VieleKfz-Zulieferer sind in der Regionaktiv, darunter die deutschen GlobalPlayer ZF und Schaeffler. Piracicaba

entwickelt sich laut Beobachtern zur-zeit so dynamisch wie die ABC-Regi-on in den 60er Jahren.

Die Baixada Santista besitzt – nebendem Hafen Santos – in Cubatão aucheinen wichtigen Petrochemie-Clusterund sorgt mit ihren Stränden für dennötigen Ausgleich der großstadtge-plagten Paulistas.

Beim Zusammenwachsen derMakrometropole gilt es nun, Prozessezu verhindern, die der Stadt São Paulonoch heute Probleme bereiten, zumBeispiel die wilde Besiedelung. Alleinin der Metropolregion São Paulo gibtes noch fast 600.000 irreguläre Woh-nungen, rund 3 Millionen Menschenleben in prekären Umständen. Pro Tagfallen in São Paulo 16.000 Tonnen

Avenida Paulista, die Schlagader der Metropole São Paulo

© C

hristian Knepper/E

mbraturSão Paulo

Die erste Makrometropoleder südlichen Hemisphäre

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ntônio Milena/A

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WIRTSCHAFT | ECONOMIA

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Milliardenschwere Investitionspro-gramme sollen Brasiliens Perso-nen- und Güterbahnnetz engerknüpfen. Dabei ist die Beteiligungvon Auslandskapital erwünscht.

TEXT: LORENZ WINTER

Ende Februar und Anfang Maidieses Jahres reisten bzw. rei-sen Finanzminister Guido

Mantega und eine Delegation hoch-rangiger Beamter verschiedener Kabi-nettsressorts nach New York und Lon-don, um dort Auslandsinvestoren zurBeteiligung an den Infrastruktur-Pro-jekten der Regierung im Wert vonetwa 110 Mrd. Euro zu gewinnen.Allein für den Ausbau des brasiliani-schen Bahnnetzes sind dabei minde-stens 45 Mrd. Euro vorgesehen – eineSumme, die ohne Auslandskapital inder Tat kaum aufzubringen wäre.

Ein Kernstück der Bauvorhaben bil-det die 510 Kilometer lange Schnell-fahrstrecke von Rio über São Paulonach Campinas. Sie war schon in denVorjahren mehrfach ausgeschriebenworden, doch musste die Versteige-rung der Bau- und Betriebskonzessionjedesmal in letzter Minute wieder ver-tagt werden. Nunmehr soll die Auktionvoraussichtlich Ende September 2013stattfinden und die Bauarbeiten wür-den (mit Glück) im Jahr darauf begin-nen. Werden alle geplanten Termineeingehalten, rollt der „Trem Bala“(Hochgeschwindigkeitszug) ab 2019und nicht schon, wie einst angekün-digt, zur „Copa“ von 2014 bzw. zurOlympiade von 2016. Die verzögertenAusschreibungen störten ihn abernicht, erklärte Bernardo Figueiredo,Leiter der zuständigen Planungsbe-hörde EPL, schon Anfang vorigenJahres. Denn man könne den Erfolg

eines milliardenschweren Bahnpro-jekts schliesslich nicht wegen eineseventuellen Zeitgewinns technischund finanziell aufs Spiel setzen.

Nach seinen Angaben meldetensich zu der Versteigerung im Herbstneben einheimischen Baukonzernenmittlerweile auch fünf Interessentenaus Deutschland (Siemens), Frank-reich (Alstom), Spanien (Talgo),Japan und Südkorea an. Die EPLerwartet bei der Auktion ein Mindest-gebot von zehn Mrd. Euro, wovon sie45 (statt zuvor 30) Prozent jedoch sel-ber tragen würde. Ausserdem kannder Gewinner der Versteigerung beider staatlichen EntwicklungsbankBrasiliens (BNDES) eine zinsvergün-stigte Finanzierung von 70 Prozentder ersten Tranche im Wert von 2,85Mrd. Euro beantragen, und die Bankwürde wohl auch einen Teil des Wech-selkursrisikos schultern.

Als Voraussetzung für die Teilnah-me an der Auktion gelten jetzt fünfJahre problemloser Betrieb einerSchnellfahrstrecke in anderen Län-dern. Die Konzession wird auf 40 Jah-re erteilt und umfasst neben demBetrieb die Erstellung des Oberbaus

der Strecke, ihre Elektrifizierung, dieSicherungstechnik sowie die Beschaf-fung des rollenden Materials. Derkünftige Betreiber muss sich zudemverpflichten, in der Stosszeit (von 6bis 9 und von 17 bis 20 Uhr) minde-stens drei Züge stündlich verkehren zulassen, in der übrigen Zeit einen Zugpro Stunde. 60 Prozent der 458 Plätzeeines Zuges müssen zu einem vorabfestgelegten Economy-Tarif angebo-ten werden.

Im Vergleich zu früheren Anläufenmit dem „Trem Bala“ wirken die Aus-schreibungsbedingungen für das Pro-jekt jetzt transparenter und seine Teil-finanzierung durch die öffentlicheHand aus dem Blickwinkel potenziel-ler Investoren attraktiver. Freilich kannvon einem „Hochgeschwindigkeits-zug“ keine Rede mehr sein. Denn auf510 Kilometern Strecke sind zehnfeste und ein Bedarfshaltepunkt vorge-sehen, so dass der „Trem Bala“ nie dieSpitzengeschwindigkeit europäischerICE/TGV bzw. asiatischer „BulletTrains“ erreichen wird. Und obwohlkein Zweifel daran besteht, dass aufder stark frequentierten VerbindungRio/São Paulo Bedarf an einer preis-werten Alternative zur „Luftbrücke“

Hochgeschwin-digkeitszugund Lastesel

Santos Dumont/Congonhas herrscht,fragen viele brasilianische und auslän-dische Bahnfachleute, ob die kalku-lierte Passagierzahl von 32 Millionenjährlich nicht allzu hoch gegriffen ist.Die Rentabilität des „Trem Bala“ mussalso noch bewiesen werden.

Vor allem aber: Mit dem vor Jahrenstillgelegten „Trem de Prata“ (Silber-zug) verfügten die beiden Millionen-städte im Südosten des Landes jaschon einmal über eine durchausakzeptable Bahnverbindung. DerenGleise existieren noch. Da würde esvermutlich billiger kommen, die Tras-se wieder instand zu setzen und zuelektrifizieren sowie moderne Zugein-heiten zu kaufen statt für den „TremBala“ weitere Grundstücke zu enteig-nen und kostspielige neue Brückenund Tunnels zu bauen. Vielleichtkönnte für das gesparte Geld sogareine weitere Schnellfahrstrecke nachBelo Horizonte oder Curitiba einge-richtet werden.

Aber der „Trem Bala“ ist für Brasi-lien zu einem Prestigeprojekt gewor-den, von dem die Verantwortlichenkaum abrücken werden. Im Gegensatzdazu haben beim Ausbau des Güter-bahnnetzes logistische Aspekte undwirtschaftliche Kriterien deutlich mehrVorrang. 37,5 Mrd. Euro will die EPLdabei in 12 Infrastrukturvor-habeninvestieren. Die meisten davon sollenin Form von private public partner-ships (PPP) unter Beteiligung vonAuslandskapital verwirklicht werden.Die ersten Konzessionen für Bau undBetrieb verschiedener Trassen zwi-schen Amazonas und Rio Grande doSul sollten schon kurz nach Ende derzweiten Reise Mantegas versteigertwerden, wobei Projekt Nr. 12 vonAçailândia zum Hafen von Vila doConde Vorrang hat. Die Konzessionenlaufen über 35 Jahre, und die Anschub-finanzierung übernimmt zu 80 Prozentder BNDES. Er gewährt den Interes-senten fünf Jahre Karenzzeit sowie dieBedienung der Kredite zum jeweilsgültigen langfristigen Zinssatz plus einProzent.

Brasiliens Wirtschaft transportiertheute erst 20 Prozent ihres gesamtenFrachtaufkommens auf der Schiene –vor allem Eisenerz und Kohle. Durchden Ausbau des Netzes soll die Quo-te auf 30 Prozent steigen, würdedamit aber immer noch unter den 45Prozent der Flächenstaaten USA undKanada bzw. 50 Prozent von Russ-land und China liegen. Die Netzlängewürde durch 10 000 KilometerZuwachs auf 39 000 Kilometer klet-tern – sie lag freilich in den 1960erJahren schon einmal bei 38 000 Kilo-metern seither wurden viele Trassenstillgelegt. Etwa 2 000 neue Diesel-loks und 40 000 mehr Güterwagenwerden in den nächsten 20 Jahrenbenötigt.

Nach der Fertigstellung übergebendie Bauherren die betreffendenStrecken an das staatliche Bahntech-nik-Unternehmen Valec, das die Tras-sen in einer zweiten öffentlichenAusschreibung an ihre künftigenBetreiber vermarktet. Dabei könnensich sowohl jetzt schon konzessio-nierte Bahngesellschaften als auch

neue Güter- und Werksbahnen um die12 Trassen bewerben. Durch denAusbau des Güterbahnnetzes will dieRegierung Rousseff nicht nur wichti-ge Erzeuger- und Verbrauchs- bzw.Exportzentren miteinander verknüp-fen, sondern auch die Tarife senken.Zu diesem Zweck plant Verkehrsmi-nister Paulo Sérgio Passos, nach demBeispiel Europas und AustraliensStreckeneigentum und Frachtbetriebvoneinander zu trennen. Auf dieseWeise können Züge konkurrierenderTransportfirmen auf der gleichenGleisstrecke fahren. Passos zeigtesich nach einem Besuch der Bundes-republik besonders beeindruckt vom„deutschen Modell“, dank dessenheute 250 private Güterbahnbetreiberdie Gleisnetze fünf verschiedenerEU-Länder benutzen. In Brasilienstossen solche Ideen vorerst zwarnoch auf den Widerstand bisherigerKonzessionsnehmer wie Vale, ALLund MRV, die „ihre“ Gleise nurungern von Drittfirmen befahren las-sen. Aber vielleicht macht das deut-sche Beispiel auf Sicht doch auch imSüden Schule. �

Siemens hat laut EPL Interesse am Bau der „Trem Bala“-Trasse Rio-São Paulo bekundet. Ob dort auch deutsche ICEs zum Einsatz kommen?

© Siem

ens-Pressebild

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Anziehungskraft. Sie folgt somit derTendenz der historischen und wirt-schaftlichen Entwicklung in Brasi-lien. Dabei spielt die Präsenz vonbedeutenden Universitäten und For-schungsinstituten in der Region einewichtige Rolle, weil hier – genausowie in Deutschland – die Biotech-Unternehmen von einer engen Part-nerschaft für die Entwicklung inno-vativer Produkte und Technologienprofitieren. Die technischen Schwer-punkte dieser Regionen liegen über-wiegend in den Bereichen Gesund-heitswesen für Mensch und Tiersowie der Agrikultur. Der NordostenBrasiliens dagegen gewinnt durchseine Lage und die großflächige Pro-duktion von Biomasse zunehmend anBedeutung für die Bioenergie. Insbe-sondere die Staaten Pernambuco undSergipe werden hier immer wichtiger.Kooperationen zwischen der Indu-strie und verschiedenen Institutionenin der Region dominieren die For-schung für erneuerbare (regenerative)Energien.

Wenn man über Biotechnolo-gie spricht, fragen sich vie-le, was das ist und was

dahinter steckt. Was viele nicht wis-sen, Biotechnologie ist in unseremtäglichen Leben zu finden: inLebensmitteln wie Bier, Wein, Käse,aber auch hinter Waschmitteln, Medi-kamenten und Impfstoffen stecktBiotechnologie. Dahinter verbirgtsich eine Wissenschaft, die sich mitder Nutzung von lebenden Organis-men, Zellen oder Molekülen zur Her-stellung biotechnologischer Produktein technischen Verfahren beschäftigt.Dabei lassen sich drei große Anwen-dungsgebiete ausmachen: die roteoder pharmazeutische Biotechnolo-gie (Medizin), weiße oder industriel-le Biotechnologie (Mikrobiologie)und die grüne Biotechnologie (Land-wirtschaft). Zur roten Biotechnologiezählen die Entwicklung neuer thera-peutischer und diagnostischer Ver-fahren und die Herstellung von Medi-kamenten und Impfstoffen, währendsich die weiße Biotechnologie zumBeispiel mit der Herstellung vonEnzymen für Waschmittel sowieZusätzen für Lebensmittel und Kos-metika befasst. Ein weiterer großerBereich der weißen Biotechnologieist zudem die Bioenergie, d.h. dieProduktion von Biokraftstoffen wieBiodiesel, Biogas und Bioethanol,die zunehmend an Bedeutunggewinnt. Die grüne Biotechnologiebeschäftigt sich mit gentechnischveränderten Pflanzen, insbesondereals Futter- und Nahrungsmittel, aberauch für die Herstellung von Medika-menten und Naturstoffen.

Fokus der Brasilianischen und Deutschen Regierungen

Der Biotechnologie wurde in Bra-silien vom Ministerium für Wissen-schaft, Technologie und Innovation(MCTI) eine strategische Bedeutungfür die sozioökonomische Weiterent-wicklung des Landes zugewiesen.

Als eine Konsequenz hat die Biotech-Branche Brasiliens in den letztenJahren zunehmend Unterstützungdurch staatliche Förderprogrammeerfahren und damit mehr und mehr anBedeutung gewonnen. So ist dasgesamte Fördervolumen des Ministe-riums für Forschung und Entwick-lung, einschließlich der BereicheBiotechnologie, Nanotechnologie,Agrar und erneuerbare Energien, in2013 um 15% auf über 3,3 MilliardenDollar gestiegen. Diese Fokussierungder brasilianischen Regierung hatdazu geführt, dass in den letzten Jah-ren vermehrt Biotechnologiefirmengegründet wurden, meist als Aus-gründungen von Forschungsinstitu-tionen. Die kleinen und mittlerenUnternehmen (KMUs), die imBereich der biotechnologischen For-schung und Entwicklung (F&E)arbeiten, werden überwiegend staat-lich finanziert und nur in geringemUmfang durch Venture Capital oderprivate Investoren.

Biotechnologie-ClusterWie in Deutschland werden die

Biotech-Firmen in Brasilien oft inTechnologieparks oder sog. Inkubato-ren gegründet. In Deutschland hat dievom Bundesministerium für Bildungund Forschung (BMBF) angestoßeneBioRegio-Initiative der neunzigerJahre den größten Impuls für zahlrei-che Firmengründungen gegeben.Dadurch entstanden in Deutschlandverschiedene Biotech-Cluster, z.B. inBayern, Baden-Württemberg, Nord-rhein-Westfalen und Berlin-Branden-burg.

In Brasilien befindet sich die größ-te Ansammlung von Biotech-Unter-nehmen und biotechnologischen For-schungsinstitutionen in den Bundes-ländern São Paulo, Minas Gerais undRio de Janeiro mit den HauptstädtenSão Paulo, Belo Horizonte und Riode Janeiro als Orte mit der größten

Neue Möglichkeiten für Deutschland

TEXT: DR. ELISETE PEDROLLO

menarbeit in den Bereichen Produk-tion und Handel entwickelt. Wichti-ge Themen sind hier die Integrationund die Bildung von Partnerschaften.

Brasilien hat in der biotechnologi-schen Forschung in den letzten 15Jahren einen hohen Stand erreicht.Die höhere Qualität der Veröffentli-chungen, die moderner und besserausgestatteten Forschungslabore unddie enge Zusammenarbeit mit Indu-strieländern wie USA, Deutschland,Frankreich und Großbritannienmachen das Land immer attraktiver.Brasilien ist an dreizehnter Stelle iminternationalen Ranking der wissen-schaftlichen Produktivität. Somitgibt es eine Vielzahl von Chancenfür den Wissens- und Technologie-transfer zwischen beiden Ländern.Viele Institutionen sowohl inDeutschland als auch in Brasilienhaben verschiedene Möglichkeitender Zusammenarbeit wie zum Bei-spiel Projektplanung, Projektdurch-führung und Auftragsarbeit geschaf-fen. Ein Verständnis für die wirt-schaftlichen Gepflogenheiten undRegelungen sowie für die Kultur bei-der Länder ist eine Notwendigkeitfür eine erfolgreiche bilateraleGeschäftsentwicklung. Der Einsatzvon Spezialisten, die diese Interkul-turellen Unterschiede überbrückensowie Unterstützung und Beratungbei der Suche der richtigenGeschäftspartner leisten, ist unab-dingbar für diese junge und expan-dierende Branche. �

Die Biotechnologie-Branche in Deutschland und Brasilien

In Deutschland gibt es 552 Unter-nehmen, die sich hauptsächlich mitBiotechnologie beschäftigen. DieseZahl basiert auf der Definition derOrganisation für wirtschaftlicheZusammenarbeit und Entwicklung(OECD), wonach ein dediziertes bio-technologisch aktives Unternehmenals wesentliche(s) Unternehmens-ziel(e) die Anwendung biotechnolo-gischer Verfahren zur Herstellungvon Produkten, die Bereitstellungvon Dienstleistungen oder die Durch-führung biotechnologischer For-schung und Entwicklung hat. Dazukommen 126 Unternehmen, beidenen die Biotechnologie ein Teil desGeschäftsfeldes ist (Stand 2012;BMBF). Der gleichen Klassifizie-rung folgend gibt es in Brasilien 143dedizierte Biotechnologie Unterneh-men im engeren Sinne und 271 insge-samt die sich mit Biotechnologiebeschäftigen (Stand 2011; FundaçãoBiominas/PwC). In ihrer Mehrheithaben die Unternehmen in beidenLändern durchschnittlich zwischen 5und 50 Mitarbeiter. In Deutschlandund Brasilien liegt der Schwerpunktbei der roten Biotechnologie, d.h. derMedikamentenentwicklung, undfolgt damit dem weltweiten Trend.Dies ist nicht verwunderlich, wennman bedenkt, dass durch biomedizi-nische Produkte jährlich ca. 100 Mil-liarden Dollar Umsatz weltweiterzielt werden.

Finanzierung und UnterstützungDie Brasilianische Regierung hat

erkannt, dass die Forschung einwichtiger Eckpfeiler der Biotechno-logie ist und hat 2012 das Programm„Wissenschaft ohne Grenze“ („Ciên-cias sem Fronteiras“) ins Lebengerufen. Auch Deutschland gehörtzu den Ländern, mit denen der wis-senschaftliche Austausch erfolgensoll. Die Naturwissenschaften, diesich in Brasilien insbesondere mitLandwirtschaft, Tierzucht, Gesund-heit und zunehmend mit demBereich Umwelt und Energie befas-sen, sind dabei einer der Schwer-punkte für die Bewerber. Getragenwird diese Forschungsförderung vonInstitutionen des Bundes (CNPq,CAPES, FINEP) und Förderorgani-sationen der Bundesstaaten (ver-schiedene FAP – Fundações deAmparo à Pesquisa). Weitere Pro-gramme zielen darauf ab, die Zusam-menarbeit zwischen Forschung undIndustrie im Bereich der Biotechno-logie zu stärken und regionale Ver-bünde zu schaffen, z.B. das „Progra-ma Rede Nordeste de Biotecnologia“- RENORBIO mit dem Ziel, den Auf-bau biotechnologischer Innovation-scluster in den nordöstlichen Bun-desstaaten Brasiliens zu unterstütz-ten.

Chancen für die beiden LänderDie Deutsch-Brasilianischen Wirt-

schaftstage haben sich als wichtigesForum zur Förderung der Zusam-

Biotechnologie in Brasilien

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Dr. Elisete Pedrollo:Consultora de negócios internacionais

Dr. Pedrollo Consulting: Connecting Life Science in Germany and Brazilwww.drpedrolloconsulting.com

Leistungen: O nosso enfoque está emoferecer apoio às empresas brasileiras ealemãs incluindo estratégias para entradae expansão no mercado de Life Science,pesquisa de mercado, busca de parceriaslocais e assistência em processos regula-tórios e sanitários.

Brasil destaca-se na bioenergia devidoà sua privilegiada localização e grandeprodução de biomassa. Principalmenteos estados de Pernambuco e Sergipemostram liderança. Cooperações entrea indústria e as instituições de pesquisana região Nordeste estão concentradasna pesquisa de energias renováveis.

O Setor de Biotecnologia na Alemanha e no Brasil

Na Alemanha existem 552 compa-nhias, que se ocupam exclusivamentecom a biotecnologia. Este número ébaseado na definição da Organizaçãopara a Cooperação e DesenvolvimentoEconômico (OCDE), onde umaempresa dedicada à biotecnologia temcomo meta principal a produção deprodutos e serviços. Além dessas, exis-tem outras 126 companhias que utili-zam a biotecnologia como parte deseus negócios (Fonte: BMBF, 2012).Seguindo a mesma classificação, exis-tem no Brasil 143 empresas dedicadasà biotecnologia e um total de 271empresas onde a biotecnologia é partede seu portfólio (Fonte: Fundação Bio-minas/PwC, 2011). Em sua maioria,estas empresas empregam entre 5 e 50funcionários. Tanto no Brasil, como naAlemanha elas têm seu enfoque princi-pal na biotecnologia vermelha, ou seja,o desenvolvimento e produção demedicamentos seguindo a tendênciaglobal. Isto não é uma surpresa, já queas vendas de produtos biomédicosatingem cerca de 100 bilhões de dóla-res anualmente no mundo todo.

Financiamento e fomentoO governo brasileiro reconhece que

a pesquisa e a inovação são importan-tes pilares para o progresso da biotec-nologia e lançou, em 2012, o programaCiências sem Fronteiras. A Alemanhafaz parte do grupo de países onde estu-dantes brasileiros realizam intercâm-bio tecnológico. Biologia, CiênciasBiomédicas e da Saúde, Fármacos,Produção Agrícola Sustentável, Ener-gias Renováveis, Biotecnologia, Nano-

Quando se fala de biotecnologia,muitos perguntam o que é e oque se esconde atrás deste ter-

mo. O que muitos não sabem é que abiotecnologia nos acompanha diaria-mente em alimentos como cerveja,vinhos, queijos e também em deter-gentes de roupas, medicamentos evacinas. A biotecnologia é uma tecno-logia que utiliza organismos vivos,células ou moléculas para a criação deprodutos ou processos de utilidade. Elase divide em três grandes ramos deacordo com suas áreas de utilização: abiotecnologia vermelha ou farmacêuti-ca (medicina), a biotecnologia brancaou industrial (microbiologia) e a bio-tecnologia verde (agricultura). Os pro-cessos da biotecnologia vermelhaincluem o desenvolvimento de novosprocessos terapêuticos e diagnósticos ea produção de medicamentos e vaci-nas, enquanto que a biotecnologiabranca é utilizada para a produção deenzimas em detergentes bem comosubstâncias para gêneros alimentíciose cosméticos. Outra grande área dabiotecnologia branca é a bioenergia, ouseja, a produção de biocombustíveis -como biodiesel, biogás e bioetanol –cuja expansão na economia mundial éde extrema relevância. Por fim, a bio-tecnologia verde se ocupa, entreoutros, de plantas geneticamentemodificadas que possam trazer benefí-cios para a saúde.

Foco dos governos brasileiro e alemão

No Brasil, o Ministério da Ciência,Tecnologia e Inovação (MCTI) tematribuído uma importância estratégicaà biotecnologia, indispensável para odesenvolvimento sócio-econômico dopaís. Como consequência a área debiotecnologia vem recebendo crescen-te apoio e financiamento atráves deprogramas de fomento federais. Nestesentido o orçamento do MCTI(incluíndo as áreas de biotecnologia,nanotecnologia, agricultura e energiasrenováveis) obteve um aumento de

15% para 2013, totalizando mais de3,3 bilhões de dólares. Este direciona-mento no foco do governo brasileiropossibilitou o estabelecimento denovas pequenas empresas de biotecno-logia na última decada, em sua maioriacomo spin-offs de instituições de pes-quisa. Desta forma, as micro e peque-nas empresas que trabalham na área depesquisa e desenvolvimento, recebemfundos, basicamente, do governo, poiso volume de investidores privados ecapital de risco ainda não se mostrasignificativo.

Clusters de BiotecnologiaAssim como na Alemanha, as

empresas de biotecnologia no Brasilsão fundadas por meio de incubadorasde empresas e pólos tecnológicos. Nadécada de noventa o Ministério da Cul-tura e Pesquisa (BMBF) da Alemanhacriou a Initiativa Bio-Regio, a qual deugrande impulso para o estabelecimen-to da indústria de biotecnologia nestepaís. Através deste programa surgiramvários clusters de biotecnologia como,por exemplo, na Bavária, em Baden-Württemberg, em Renânia do Norte-Vestfália e em Berlin-Brandenburg.No Brasil o grande conglomerado deempresas e instituições de pesquisa naárea de biotecnologia se encontra nosestados de São Paulo, Minas Gerais eRio de Janeiro com as capitais SãoPaulo, Belo Horizonte e Rio de Janeirocomo principais pontos de atração.Esta tendência segue o desenvolvi-mento histórico e econômico do Bra-sil. Aqui há que se levar em considera-ção o fato de que a presença de reno-madas Universidades e Institutos dePesquisa assumem um papel importan-te para as pequenas empresas de bio-tecnologia, pois estas últimas depen-dem de uma intensa cooperação entreaquelas instituições consolidadas paraa criação de produtos e tecnologiasinovadoras. O foco tecnológico destasregiões encontra-se principalmentenos campos da saúde humana, saúdeanimal e agricultura. O Nordeste do

Novas oportunidades para a Alemanha

TEXT: DR. ELISETE PEDROLLO

tecnologia e Novos Materiais, Biodi-versidade e Bioprospecção estão entreas áreas de especialização para os bol-sistas brasileiros.

Os órgãos financiadores são CNPq,CAPES, FINEP e agências regionaiscomo as Fundações de Amparo à Pes-quisa. Existem inúmeros outros pro-gramas nacionais que incentivam acooperação entre a pesquisa e a indús-tria. Para citar um exemplo, entre tan-tos, o „Programa Rede Nordeste deBiotecnologia - RENORBIO“ tem ameta de estabelecer clusters de inova-ção em biotecnologia na regiãoNordeste do Brasil.

Oportunidades para os dois países

Os Encontros Econômicos Brasil-Alemanha se transformaram em umaplataforma de grande importância paraa promoção de cooperações nas áreasde produção e comércio. Temas impor-tantes aqui são sempre a integração eformação de cooperações. Nos últimosquinze anos o Brasil alcançou um alto

nível. A alta qualidade de suas publica-ções científicas, os laborátorios depesquisa com modernos equipamentose as estreitas colaborações com paísesindustriais como Estados Unidos, Ale-manha, França e Grã-Bretanha aumen-tam a atração de investores para estepaís. O Brasil é o 13º colocado nosrankings internacionais de produtivi-dade científica. Sendo assim, existeminúmeras chances para a transferênciade conhecimento e tecnologia entreambos os países. Várias instituições noBrasil e na Alemanha encontram pos-sibilidades de cooperações como, porexemplo, planejamento e execução deprojetos em conjunto e oferecimentomútuo de serviços.

Um melhor entendimento dos aspec-tos e regras da economia, bem comoda cultura de ambos os países é maisque necessário para uma efetiva e exi-tosa expansão bilateral. O auxílio deespecialistas que entendam as diferen-ças interculturais e apoiem na busca doparceiro de negócios ideal é essencialpara este jovem setor em expansão. �

Biotecnologia no Brasil

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Außenminister Antonio Patriotaließ verlauten, die Entwick-lungen mit äußerster Auf-

merksamkeit zu verfolgen. Es werdealles getan, damit das Land sich nichtunvorteilhaft positioniere. BesondereBedenken löst dabei nicht nur die Auf-lösung der Tarife aus. Vielmehrbefürchten die Brasilianer, durch dieAbschaffung nicht-tarifärer Hemm-nisse ins Hintertreffen zu geraten.Gemeinsame Standards, die innerhalbdes neuen Abkommens zwischen denUSA und der EU gesetzt werden sol-len, werden durch die schiere Größedes neuen Wirtschaftsraums für ande-re Akteure kaum umgehbar. Wer beiden Verhandlungen nicht mit am Tischsitzt, kann letztlich nichts mehr tun,als sich im Nachhinein anzupassen, sozitiert die Wirtschaftszeitung ValorEconômico eine nicht genannte Quel-le aus den Kreisen europäischerUnterhändler. Laut der TageszeitungO Globo fürchtet man des Weiteren,an Stimmgewicht in Handelsfragen zuverlieren, da sich die beiden transat-lantischen Partner bei einem erfolgrei-chen Abschluss von Verhandlungengegenseitig priorisieren würden.

Angesichts solcher Entwicklungenfährt es manchem Brasilianer durchMark und Bein. Angst vor der Wirt-schafts-Nato geistert durch zahlreicheMedien. Die negative Assoziationliegt auf der Hand, wird doch die Natoals Ausdruck des imperialistischenAlter Ego des Westens gesehen. Tat-sächlich geht es wohl um die histori-sche Sorge, sich von der Weltbühne

ausgeschlossen und deklassiert vorzu-finden.

In der frühen Geschichte Brasiliens,zu Zeiten des Kaiserreichs und derAlten Republik, verstanden die brasi-lianischen Staatsmänner ihre Nationselbstverständlich als Teil des kultu-rell-politischen Westens, jedoch auchals wirtschaftlich zurückgeblieben.Eine neue Generation von Politikern,die mit der Revolution von 1930 andie Macht kam, sah das Land, redu-ziert auf eine Rolle als Rohstoffliefe-rant und Importeur von Industriepro-dukten, im Nachteil. Die damaligeArchitektur des Welthandels, welchesie als die klassische Lehre des Libe-ralismus verstanden, sollte ersetztwerden durch den Staat als Agentender Entwicklung unter Abschottungder Märkte nach außen. Die neueWirtschaftsideologie, der so genann-ten Strukturalismus, blieb vorerstnicht ohne Erfolg. Die Industriewuchs stetig über die folgenden Jahr-zehnte. Dabei blieb der Weltmarkt alsAlternative zu einem nur langsamwachsenden brasilianischen Binnen-markt, jedoch einerseits als Export-markt, andererseits als Kapitalquellestets eine Voraussetzung für anhalten-

des Wachstum. Die Befürchtung istnun, dass ein Freihandelsabkommender EU mit den USA diesen Balance-akt aus dem Gleichgewicht bringenund Brasilien durch eine Isolierungsowohl Exportmärkte als auch Kapi-talquellen kosten könnte.

So regen sich inzwischen auchStimmen gegen die eigene Regierung.Diese hätte viel zu exklusiv auf denBinnenmarkt gesetzt. So verwundertes nicht, dass Brasilien sich auf demIndex zu wirtschaftlicher Freiheit derHeritage Stiftung und des Wall StreetJournals auf Platz 100 befindend, weitabgeschlagen von anderen führendenWirtschaftsnationen wie Deutschland,Japan oder den USA.

Weiterhin wird kritisiert, dass dieeigene Freihandelszone in Südameri-ka, der Mercosur, festgefahren sei undnur noch wenig Innovatives hergebe,ja sogar Brasiliens Position in der Weltbehindere. José Augusto de Castro,Präsident der Vereinigung des Brasi-lianischen Außenhandels, beklagt,dass der Mercosur immer weniger aufdie eigentliche Rolle des Handels aus-gerichtet sei, und sich stattdessenzunehmend mit rein ideologischen

Die Perspektive eines Freihandelsabkommens zwischen der Europäischen Union und den USAlöst in Brasilien mehr als nur leichte Nervosität aus. Nach Jahren ohne den Abschluss neuerHandelsabkommen könnte die Perspektive auf einebilaterale Liberalisierung der größten Han-delspartner Brasiliens jedoch zu neuerDynamik führen.

Brasilien fürchtet sich vor der Isolation

TEXT: KATHRIN ZELLER UND GREGORY RYAN*

Die „Wirtschafts-Nato“ Fragen auseinandersetze. Als Mitglieddes Handelsblocks kann Brasilien uni-lateral keine eigenen Abkommenunterschreiben, und die bestehendenFreihandelsabkommen beschränkensich bisher auf Israel, Ägypten und diePalästinensischen Gebiete. Angesichts

dieser Entwicklungen sprichtsich der ehe-malige Bot-schafter undMinister fürIndustrie, Han-del und Touris-mus, José Bota-fogo Gonçal-ves, sogar fürdie Abkehr vomMercosur aus.Das Abkommenzwischen der EU

und den USA sei von dermaßen gro-ßer Bedeutung, dass Brasilien sich eseinfach nicht leisten könne, isoliert zuwerden. Die unmittelbarsten Sorgenkommen jedoch von den Wirtschafts-verbänden, wie z.B. dem brasiliani-schen Verband der Landwirtschaftund Viehzucht (CNA). Dieserbefürchtet, dass Brasilien wichtigeMarktanteile verlieren wird, unddrängt die Regierung umgehend zuhandeln.

Letztlich bietet sich Brasilien mitdem Abkommen anhand solcherAppelle jedoch auch eine gewaltigeChance. Frederik Erixon, Direktordes Europäischen Zentrums für Inter-nationale Wirtschaftspolitik (Ecipe),weist darauf hin, dass die größteErrungenschaft des Abkommen eben

gerade auch die Liberalisierung inanderen Teilen der Welt wäre.

Brasilien steht innerhalb dieser neu-en Dynamik nun vor einer entschei-denden Wahl: Entweder es bleibt wei-ter nach innen gerichtet, auf einenMarkt mit bereits schwächelndemBinnenkonsum und einem hauptsäch-lich auf Rohstoffe beschränktenExport. Oder das Land ergreift nundie Initiative und versucht, einerseitstraditionelle Exportmärkte zu wahrenund andererseits neue Möglichkeitenfür die Entwicklung der Industrie unddes Dienstleistungssektors als Alter-native zum bloßen Rohstoffexport zufinden. Eine Annäherung an den Ver-handlungstisch der Partner EU-USAwürde so letztlich allen zugute kom-men. �

* Kathrin Zeller und Gregory Ryan, Projektkoordinatoren des Länderbüros der Konrad-Adenauer-Stiftung in Brasilien

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Vorgeschichte des brasilianischenBeitritts zum Wiener Kaufrechts-übereinkommens

Brasilien hat über dreißig Jahrebenötigt, um dem Wiener Überein-kommen beizutreten. Dies hing zumeinen mit den volkswirtschaftlichenSchwierigkeiten Brasiliens in denachtziger und frühen neunziger Jah-ren zusammen. Zum anderen wurdeaber auch die Vereinbarkeit der unter-schiedlichen Lösungen des nationalenbrasilianischen Rechtes und desWKRÜ besonders lange und ausführ-lich diskutiert, letztendlich aber vomKongress aufgrund umfangreicherGutachten bejaht.

Überblick über den Inhalt des Kaufrechtsübereinkommens

Das Übereinkommen regelt Kern-bereiche des Kaufrechts, nicht aber

Die vollständige Bezeichnungdes völkerrechtlichen Vertra-ges lautet: Übereinkommen

der Vereinten Nationen über Verträgeüber den internationalen Warenkaufvom 11.4.1980. Es wird auch als Wie-ner Kaufrechtsübereinkommen,WKRÜ bezeichnet, bzw. auf portugie-sisch als Convenção das Nações Uni-das sobre Contratos de Compra e Ven-da Internacional de Mercadorias esta-belecida em Viena, em 11 de abril de1980 oder englisch als United NationsConvention on Contracts for the Inter-national Sale of Goods, CISG.

Brasiliens Entscheidung für den Bei-tritt zu dem Übereinkommen erfolgtohne Erklärung eines Vorbehaltes.Brasiliens Beitritt bewirkt künftig auchfür deutsche Unternehmen im Rechts-verkehr mit Brasilien erhebliche Ver-änderungen.

Zwar ist bis zum Redaktionsschlussdieses Artikels am 4.3.2013 die gemäßArtikel 91 Absatz 4 des Übereinkom-mens erforderliche Hinterlegung nochnicht erfolgt. Es ist jedoch damit zurechnen, dass dies in naher Zukunfterfolgen wird. Nach Art. 99 Abs. 2WKRÜ wird das Übereinkommen fürBrasilien zwölf Monate nach der Hin-terlegung, damit also voraussichtlich2014 in Kraft treten.

Geschichte des Wiener Kaufrechtsüberkommens

Zur Vorgeschichte des Übereinkom-mens ist zu erwähnen, dass die Bestre-bungen zur Rechtsvereinheitlichungdes internationalen Kaufrechts viel-fach auf Ernst Rabel, den damaligenLeiter des Berliner Kaiser-Wilhelm-Instituts (des heutigen Max-Planck-Instituts) in den zwanziger Jahren

zurückgeführt werden; 1930 wurde dieAnregung Rabels aus den zwanzigerJahren durch die Einberufung einesAusschusses europäischer Juristen mitdem Ziel der Schaffung eines Welt-kaufrechtes aufgegriffen. Die Vorar-beiten dieses Ausschusses sowie eineReihe weiterer Vorentwürfe führten1964 zum Haager Einheitlichen Kauf-recht (HEK), welches in der Praxisjedoch aus verschiedenen Gründen nurgeringe Bedeutung erlangte.

Schon 1966 wurde durch einenBeschluss der Vollversammlung derVereinten Nationen ein ständiger Aus-schuss zum Internationalen Handels-recht (UNCITRAL) eingesetzt. Einerder Unterausschüsse, die Arbeitsgrup-pe zum internationalen Warenkauf,wurde beauftragt, auf der Grundlageder HEK ein neues Übereinkommendes internationalen Warenhandels zuerarbeiten, dessen Text schließlich aufeiner Konferenz in Wien im April 1980von der Mehrheit der 62 teilnehmen-den Staaten beschlossen wurde.

Ziel des Wiener Kaufrechtsüberein-kommens ist es, durch die Anwendungeines einheitlichen, international aner-kannten Kaufrechtes Probleme, die beider Konfrontation unterschiedlicherRechtsordnungen häufig auftreten, zuvermeiden und dadurch den Handel zuerleichtern.

Zu Beginn des Jahres 2013 war dasÜbereinkommen von 78 Staaten ratifi-ziert und in Kraft. Von den großenVolkswirtschaften der Weltwirtschaftfehlen allein Indien und das VereinigteKönigreich. Die Staaten, für die dasÜbereinkommen in Kraft getreten ist,zeichnen für mehr als 90 % des welt-weiten Handelsvolumens verantwort-lich.

Der brasilianische Nationalkongress hat am 18.10.2012 den Beitritt Brasiliens zum Kaufrechtsübereinkommen der Ver-einten Nationen beschlossen (Diário Oficial da União vom 19. Oktober 2012, Sektion 1, S. 4).

Annahme des Übereinkommens durch den Nationalkongress

Brasilien vor Beitritt zum Wiener Kaufrechtsübereinkommen der Vereinten Nationen brasilianischen Regeln des CódigoCivil Brasileiro verdrängt.

Die kaufrechtlichen Bereiche Vertre-tungsmacht, Irrtums- oder Täuschungs-anfechtung, Produkthaftung, Verjäh-rung, besondere Nichtigkeitsgründe,Eigentumsübergang, Abtretung ver-traglicher Ansprüche, Vertragsstrafenund Prozessrecht, für die das WKRÜkeine Regelungen enthält, werdengemäß dem subsidiären, jeweilsanwendbaren nationalen Recht beur-teilt.

Die künftig bei deutsch-brasiliani-schen Kaufverträgen in den meistenFällen anzuwendenden Bestimmungendes WKRÜ sind explizit für den inter-nationalen Handelskauf konzipiert. Sieberücksichtigen in besonderem Maßedie Erfordernisse der kaufmännischenTätigkeit und sind den internationalagierenden kaufmännischen Vertrags-parteien in der Regel vertraut. Früherhäufig intensiv geführte Verhandlun-gen zur Rechtswahl oder Auseinander-setzungen der Vertragspartner über dasanzuwendende Recht entfallen damit,soweit das WKRÜ als „neutralesRecht“ Anwendung findet. HoheKosten verbunden mit langwierigengerichtlichen oder schiedsgerichtlichenAuseinandersetzungen darüber, welcheder unterschiedlichen kaufrechtlichenLösungen Deutschlands oder Brasi-liens zur Anwendung kommt, sowieVerluste bei einer Fehleinschätzungdieser Frage gehören damit, soweit dasWKRÜ abschließende Regelungentrifft, der Vergangenheit an.

Es ist zu erwarten, dass das Inkraft-treten des Kaufrechtübereinkommensdie Transaktionskosten senken undzudem zur Schaffung einer größerenRechtssicherheit bei der Vertragsab-wicklung führen wird. �

alle nach deutschem Verständnis zumKaufrecht gehörenden Materien.

Das einhundert Artikel umfassendeÜbereinkommen enthält in seinem TeilI (Art. 1 - 13) neben den Regelungenzum Anwendungsbereich allgemeineBestimmungen. So finden sich hierBestimmungen zur Auslegung undFüllung der Lücken der dem Überein-kommen unterfallenden Kaufverträge,zur Festlegung des Anknüpfungspunk-tes der Niederlassung bzw. desgewöhnlichen Aufenthaltes sowie –neben einer Definition der Schriftform– die Anordnung der grundsätzlichenFormfreiheit von Erklärungen, soferndie Parteien nicht ausdrücklich dieSchriftform vereinbart haben.

Teil II des Übereinkommens regeltin seinen Artikeln 14 - 24 Fragen desAbschlusses von Verträgen. So ist derBegriff des Vertragsangebots be-stimmt. Zudem werden Zugang,Rücknahme und Widerruf des Ange-botes, sein Erlöschen sowie die Annah-me und der Zeitpunkt des Vertrags-schlusses geregelt.

In seinem Hauptteil, dem Teil III(Art. 25 - 88) regelt das Kaufrechts-übereinkommen den Warenkauf. Hierfinden sich die Legaldefinition derwesentlichen Vertragsverletzung undweitere allgemeine Bestimmungen,sowie Regelungen, die sich mit denHauptpflichten des Verkäufers, derWarenlieferung und Dokumentenüber-gabe befassen, wie auch Artikel, diedie Vertragsmäßigkeit der Ware sowiedie Nacherfüllung, die Warenuntersu-chung, Rügen oder Rechte Dritterbetreffen. Es sind die Rechtsbehelfedes Käufers wegen Vertragsverletzungdurch den Verkäufer geregelt. Zudemwerden die Hauptpflichten des Käu-fers, nämlich die Kaufpreiszahlung

sowie die Warenabnahme behandelt.Weiter werden die Rechtsbehelfe desVerkäufers wegen Vertragsverletzungdurch den Käufer, der Gefahrenüber-gang und vorweggenommene Ver-tragsverletzungen geregelt. Es findensich Normen, die den Umfang und dieBerechnung des Schadensersatzessowie die Schadensminderungspflichtbetreffen. Auch die Verzinsung istgrundsätzlich bestimmt. Neben denBefreiungen und der Aufhebung desVertrages widmet sich Teil III schließ-lich auch der Erhaltung der Ware.

Nicht vom Übereinkommen geregeltsind etwa die Bereiche Vertretungs-macht, Anfechtung wegen Irrtum oderTäuschung, Produkthaftung, Verjäh-rung, besondere Nichtigkeitsgründe,der Eigentumsübergang, die Abtretungder vertraglichen Ansprüche sowieVertragsstrafen oder das Prozessrecht.

Bedeutung des Inkrafttretens desKaufrechtübereinkommens in Bra-silien für deutsche Unternehmen

Das Inkrafttreten des Kaufrechts-übereinkommens für Brasilienbewirkt, dass grundsätzlich auf allezwischen in Brasilien und Deutschlandansässigen Parteien abgeschlossenenKaufverträge über Waren automatischdas Übereinkommen Anwendung fin-det, solange seine Anwendung nichtnach Artikel 2 WKRÜ von der Anwen-dung ausgenommen ist oder von denParteien ausdrücklich vertraglich aus-geschlossen bzw. im Rahmen desgemäß Artikels 12 Zulässigen modifi-ziert wird (Art. 1 Abs. 1 lit a), Art. 2,Art. 6, Art. 12 WKRÜ).

Damit werden die sonstigen nationa-len Regeln, wie die deutschen Regelndes Bürgerlichen Gesetzbuches unddes Handelsgesetzbuches wie auch die

TEXT: DR. HARTMUT EMANUEL KAYSER

Dr. Hartmut Emanuel Kayser, Rechtsan-walt in Berlin und Mitglied des Präsidiumsder Deutsch-Brasilianischen Gesellschafte.V., berät seit 1995 auf dem Gebiet desbrasilianischen Witschaftsrechts.Nähere Informationen finden sich unter:www.dr-kayser.com

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Wenig Unterschiede bei der Einlagepflicht

Die Unterschiede sind jedoch nichtauf den ersten Blick ersichtlich. Wiein Deutschland auch sind die Gesell-schafter zur Leistung der versproche-nen Einlagen, d.h. ihres Anteils amcapital social (Stammkapital), ver-pflichtet. Außerdem haften sie – sogargesamtschuldnerisch und nicht nuranteilig – für fehlende Beträge und fürzu niedrig bewertete Sacheinlagen.

Insofern steht das brasilianischeRecht noch ganz in der Tradition deskontinentaleuropäischen Kapital-schutzsystems, wonach das von denGesellschaftern übernommenegezeichnete Kapital einen Garantie-stock für Gesellschaftsgläubiger dar-stellt und gleichsam als „Preis“ für dieHaftungsabschirmung der Gesell-schafter gegenüber Gesellschaftsver-bindlichkeiten anzusehen ist.

Jedoch ist dieser Kapitalschutz nichtSchwerpunkt der juristischen Betrach-tung in Brasilien, und das im Wesent-lichen aus zwei Gründen: Erstens exi-stiert kein Mindeststammkapital beider Sociedade Limitada (anders nurbei der möglichen Sonderform derEinpersonengesellschaft EIRELI), sodass sich bei entsprechend niedrigangesetztem capital social dessenSchutz- bzw. Garantiefunktion fürGläubiger in engen Grenzen hält. Undzweitens verwirklicht das brasiliani-sche Recht einen für richtig gehalte-nen Schutz der Gläubiger einer Socie-dade Limitada nicht so sehr mit Mit-teln des Kapitalschutzes, sondern vorallem mit dem Instrument der Durch-griffshaftung.

Der Durchgriff der Gesellschafts-gläubiger auf die Gesellschafter

Diese Durchgriffshaftung hat esdurchaus „in sich“. So wird bei Nicht-erfüllung von Ansprüchen aus einemmit der Sociedade Limitada bestehen-den Arbeitsverhältnis rigoros nicht nurauf die Geschäftsführer, sondernzumindest subsidiär auch auf dieGesellschafter selbst bzw. sogar aufdie Repräsentanten ausländischerGesellschafter (das können bspw.deren Anwälte in Brasilien sein)zurückgegriffen.

Auch zum Zwecke des Verbraucher-schutzes ist die durch die Gesellschafteigentlich vermittelte Haftungsab-schirmung privaten Gesellschafterver-mögens faktisch abgeschafft. So sol-len Verbraucher ihre Ansprüche gegendie Gesellschaft auch gegenüber denGesellschaftern bereits dann durchset-zen können, wenn die Gesellschaft ausirgendeinem Grund, sei es also z. B.aufgrund ihrer Insolvenz oder auf-grund eines anderen Hindernisses,Ansprüche auf Wiedergutmachungerlittener Schäden nicht erfüllt odererfüllen kann.

Ähnlich sieht die Situation für dieWiedergutmachung von Umweltschä-den aus. Ist die Sociedade Limitadahierzu nicht in der Lage, ist das Ver-mögen der Gesellschafter nicht voreinem Zugriff sicher, unabhängig vomVorliegen eines persönlichen Fehlver-haltens.

Sofern Gesellschafter einer Socie-dade Limitada gleichzeitig eine Lei-tungsfunktion in der Gesellschaft aus-üben, droht ggf. auch eine Haftung für

Steuerschulden der Gesellschaft sowiefür Verbindlichkeiten gegenüber demInstituto Nacional da SeguridadeSocial. Inwieweit auch „Nur“-Gesell-schafter haften, ist nicht rechtssicherzu beurteilen.

Allgemeine Durchgriffshaftung aufgrund Rechtsmissbrauchs

Auch abgesehen von den angespro-chenen Sondersituationen besteht einHaftungsrisiko der Gesellschafter,sofern sie die Existenz der SociedadeLimitada rechtsmissbräuchlich zurHaftungsabschirmung genutzt habensollten. Dieser Gedanke ist jedochauch dem deutschen Recht nichtfremd, so dass es – ohne hier in dieDetails zu gehen – wenig wahrschein-lich scheint, dass sich ein nach deut-schen Maßstäben rechtstreuer Gesell-schafter in Brasilien in dieser Hinsichteinem höheren Risiko aussetzt.

FazitDas im Vergleich zum deutschen

Recht erhöhte Haftungsrisiko vonGesellschaftern einer Sociedade Limi-tada entspringt letztlich vor allemeiner rechtsmissbrauchsunabhängigenHaftung in bestimmten Bereichen(Schutz von Arbeitnehmern, Verbrau-chern etc.). Zugunsten von am Endegesellschaftspolitisch gewünschtenZielen werden berechtigte rechtsdog-matische Bedenken beiseite gewischt.Unangenehm für die betroffenenGesellschafter (und Geschäftsführer)ist zudem die Gefahr, Vollstreckungs-maßnahmen, also etwa Kontenpfän-dungen, ohne vorheriges rechtlichesGehör erdulden zu müssen. Manchbrasilianischer Jurist sieht in diesenBesonderheiten bereits einen Stand-ortnachteil. Ob die Gesetzgebung inBrasilien diesen Bedenken Rechnungtragen wird, bleibt abzuwarten. �

Brasilien und Deutschland unterhalten enge wirtschaftliche Beziehungen, nach Angaben des BDI sind über 1200 deut-sche Unternehmen in Brasilien tätig, häufig im Rechtsgewand der Sociedade Limitada. Mit dieser Rechtsform – demGegenstück zur deutschen GmbH – verbinden ihre Gesellschafter im Grundsatz die Erwartung eines Ausschlusses derpersönlichen Haftung für Verbindlichkeiten der Gesellschaft. Diese Erwartung ist jedoch nur mit Einschränkungen berech-tigt. Im Vergleich zur GmbH bestehen deutlich höhere Haftungsrisiken.

Die Haftung der Gesellschafter einer brasilianischenSociedade Limitada

TEXT: DR. JUR. KERSTIN SCHWEIZER, LL.M.*

WIRTSCHAFT | ECONOMIA

Tópicos 01 | 201326

WIRTSCHAFT | ECONOMIA

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Nach dem erfolgreichen Auftritt als Partnerland bei der CeBIT 2012 war Brasilien auch in diesem Jahr wiederauf der CeBIT in Hannover präsent. Im Mittelpunkt stand der Messestand „Brasil IT“ in Halle 6. Dieser wurdeauch in diesem Jahr vom brasilianischen Branchenverband SOFTEX organisiert und von Apex Brasil (AgênciaBrasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), dem Ministerium für Wissenschaft, Technologie undInnovation (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, MCTI) und MiniComBrasil (Ministério das Comunicaçõ-es) unterstützt.

TEXT + FOTO: TORSTEN LESNIAK

Im Fokus der Ausstellung stand dieWeiterentwicklung der brasiliani-schen Software-Industrie und

damit verbundener Innovationen,sowie Programme für Qualität undQualifizierung.

Der Verband zur Förderung der bra-silianischen Software-Industrie hatsich zum Ziel gesetzt, den Ausbau derSoftware- und IT-Services-Industrieim eigenen Land weiter zu beschleuni-gen. Das Ministerium für Wissen-schaft, Technologie und Innovation(MCTI) hat im August 2012 das Pro-gramm „TI Maior“ aufgelegt, an des-sen Ausarbeitung Softex maßgeblichbeteiligt war. Um die Attraktivität desStandorts Brasilien weiter zu steigernund seine Potenziale zu heben, legt„TI Maior“ einen Schwerpunkt auf dieFörderung von Unternehmertum undEntrepreneur-Geist. Ziel ist es, einoptimales Umfeld für die Entwicklungvon innovativen, weltweit wettbe-werbsfähigen Technologien, Leistun-gen und Produkten im Sektor Soft-ware & Services zu schaffen. Dazudient insbesondere die Initiative„Start-up-Brasil“, die die Gründungvon nationalen und internationalenStart-ups in Brasilien beschleunigensoll. Hierfür stellt das MCTI ein Bud-get von 20 Millionen US-Dollar zurVerfügung. Begleitet wird „Start-upBrasil” von einem Netzwerk aus Busi-ness Angels und Investoren, die zumeinen die Finanzierung von For-schung, Entwicklung und Innovationunterstützen. Zum anderen bieten sieBeratung zu Technologien, Märkten,Marktzugang, öffentlichen Ausschrei-bungen und ähnlichen Themen. Dar-über hinaus helfen Partnerschaften mitInstituten, Universitäten und Inkuba-toren den Start-ups, Schnittstellen zu

internationalen Firmen und Märktenherzustellen. Ziel von Start-up Brasilist es, bis 2014 die Gründung von 150Start-up-Unternehmen aus der Soft-ware- & IT-Services-Branche in Brasi-lien zu fördern. 25 Prozent dieserUnternehmen sollen internationaleFirmen mit ausländischen Gründernund Mitarbeitern sein.

Unter dem Motto „Meet Brasil ICT“fanden am 06. und 07.03.2013 imConvention Center zwei Veranstaltun-gen statt, in denen diverse brasiliani-sche IT Unternehmen einen Einblickin den brasilianischen IKT-Marktgegeben haben. Von den ausstellendenUnternehmen und von den Ministe-rien für F&E und für Kommunikationsowie dem IT-Verband wurden Erfah-rungen über den IKT-Markt und Wegefür den Markteinstieg sowie Koopera-tionsmöglichkeiten und Partnerschaf-ten präsentiert.

Neben den Veranstaltungen vonBrasil IT hat der Lateinamerika Vereine.V. zusammen mit der Deutschen

Messe AG und der local global GmbHeine Veranstaltung zum Thema E- undM-Commerce in Brasilien ausgerich-tet. Moderiert wurde die Veranstaltungvon Tim Fabian Besser (ManagingPartner Besser International GmbH),der mit Vertretern von deutschenUnternehmen, die mit ihremGeschäftsmodell bereits in Brasilienerfolgreich sind, über Chancen undRisiken des brasilianischen Marktesdiskutierte und gleichzeitig Unterneh-mern Geschäftsmöglichkeiten aufdem brasilianischen E- und M-Com-merce-Markt aufzeigte. Zu den Teil-nehmern am Panel zählten PhilippBock (CEO Europe, Allpago), Bene-dikt Franke (CEO Latin AmericaMedia Group) und Thiago Appella(Country Manager Brazil, WoogaGmbH). �

Weitere Informationen, Pressemate-rialen und die Unternehmenspräsen-tationen können beim Autor angefragtwerden.

Brasilien auf der CeBIT 2013

Messestand Brasil IT+ auf der CeBIT 2013

* Dr. Kerstin Schweizer ist Professorin für Unternehmensrecht an der Hochschule Pforzheim. Dieser Text ist eine knappeZusammenfassung einiger Aspekte ihres Beitrages „Die brasilianische Sociedade Limitada: Struktur und Haftungsrisiken fürGesellschafter“, erschienen in der Fachzeitschrift „Recht der Internationalen Wirtschaft“ (RIW 2012, S. 737 ff.).

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Außerdem haben wir uns an Friedensmissionen in Afrika,Haiti und dem Libanon beteiligt. Wir glauben, das multi-laterale System zu kennen. Zusammen mit Japan ist Bra-silien das Land, das die meisten Jahre als Nicht-StändigesMitglied im Sicherheitsrat verbracht hat. Wir sind über-zeugt, einen produktiven Beitrag zur Stärkung der Diplo-matie im internationalen Rahmen leisten zu können.

Derzeit wird über die Frage diskutiert, ob und in welchemMaße die westlichen Staaten im globalen Rahmen an Ein-fluss verlieren. Angenommen, die These trifft zu – wiekönnen die aufsteigenden Mächte an Einfluss gewinnen?

Ich glaube, dass die westlichen Mächte in der absehbarenZukunft weiterhin Einfluss haben werden. Die USA wer-den auch künftig eine ökonomische und militärische Machtersten Ranges bleiben - und Europa wird ebenfalls eine sol-che Macht bleiben. Derzeit scheint sich aber die Einsichtdurchzusetzen, dass die USA und Europa nicht mehr alleinin der Lage sind, Konflikte zu lösen, die internationaleZusammenarbeit erfordern. Das gilt für wirtschaftliche undfinanzielle Konflikte ebenso wie für solche im Bereich desUmweltschutzes oder der internationalen Friedens- undSicherheitsfragen. Darum ist es wichtig, dass auch andereStimmen gehört werden.

Auf der Münchener Sicherheitskonferenz fiel mir zumBeispiel auf, dass es dort keine Debatte über das israelisch-palästinensische Verhältnis gab. Das scheint mir nicht

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Além disso, temos participado de operações de paz da ONUna África, agora mais recentemente no Haiti e também noLíbano e consideramos que conhecemos o sistema multila-teral. Junto com o Japão, o Brasil é o país que esteve senta-do no Conselho de Segurança como membro não perma-nente no maior número de anos, praticamente 1/3 da exi-stência do Conselho de Segurança. Acreditamos que temosuma contribuição boa a dar para que prevaleça a diplomaciano respeito ao direito internacional.

O senhor acredita que as potências ocidentais estão per-dendo a sua influência global? Nesse sentindo, como aspotências emergentes podem ganhar influência?

Eu não creio que as chamadas potências ocidentais vão dei-xar de ter influência no futuro previsível. Os Estados Uni-dos continuarão sendo uma força econômica e militar deprimeira grandeza, e a Europa também.Mas, ao mesmo tempo, creio que existe um reconhecimen-to saudável de que Estados Unidos e Europa sozinhos nãosão capazes de determinar resultados em situações que exi-gem coordenação internacional, sejam elas na esfera econô-mica e financeira, sejam elas na esfera da mudança do cli-ma ou meio ambiente, ou também, sejam na esfera da paz esegurança internacionais.

Nesse sentido, é importante que outras vozes sejam ouvi-das. Eu pude comentar aqui em Munique que me chamou aatenção o fato de não haver nenhum debate sobre a situação

Der brasilianische AußenministerAntonio Patriota nahm am 2. März ander Münchner Sicherheitskonferenzteil. Dort sprach die Deutsche Wellemit dem Minister über die Veränderungder Kräfteverhältnisse in der Welt, diegegenwärtige Haltung Brasiliens undVeränderungen im Sicherheitsrat derVereinten Nationen.

Deutsche Welle: Herr Minister, Brasi-lien strebt die Ständige Mitgliedschaftim Sicherheitsrat der Vereinten Natio-nen an. Was verspricht sich das Landdavon?

Antonio Patriota: Derzeit durchläuftdie gesamte Welt einen rasantenTransformationsprozess. Dies führt zueiner Umverteilung der ökonomischen Macht wie auchdes politischen Einflusses. Darum ist es notwendig, dieentsprechenden Regierungsmechanismen anzupassen.Das passiert derzeit bereits – auf ökonomischer und wirt-schaftlicher Ebene etwa durch die vollzogene Erweite-rung der G 20-Agenda. Auch im Hinblick auf Umwelt-schutz und nachhaltige Entwicklung diskutieren wir der-zeit Möglichkeiten, die politische Handlungsfähigkeit zuerweitern. Darum scheint aus unserer Sicht die Zeit reifzu sein, um auch die Frage des Sicherheitsrats anzugehen.Denn geschieht das nicht, könnte das kollektive Sicher-heitssystem der Vereinten Nationen irgendwann versagen.

Was ist der spezifische Beitrag, den Brasilien in dieserHinsicht leisten könnte? Wodurch empfiehlt sich das Landals Ständiges Mitglied des UN-Sicherheitsrats?

Hinter uns liegt eine Zeit, die man als unipolare Ordnungbezeichnen könnte - als etwa die USA militärische Aktio-nen wie die Intervention im Irak im Jahr 2003 durchge-führt haben. Nun aber scheint sich der Gedanke durchzu-setzen, dass es für viele internationale Probleme keinemilitärische Lösung gibt. Man muss stärker auf Dialog,Verhandlungen und Diplomatie setzen. Brasilien bringt indieser Hinsicht einige erprobte Fähigkeiten mit. Auf die-se Weise kann es zu einem größeren gegenseitigen Ver-trauen zwischen Parteien beitragen, die am Rande einesKonflikts stehen.

"Stärker auf Dialog setzen"

DAS INTERVIEW FÜHRTE: KERSTEN KNIPP

O ministro brasileiro das RelaçõesExteriores, Antonio Patriota, partici-pou, no domingo (02/03), da Confe-rência sobre Segurança em Munique.Durante o encontro, a Deutsche Welleconversou com Patriota sobre amudança das relações de poder nomundo, a posição atual do Brasil emudanças no Conselho de Segurançadas Nações Unidas.

Deutsche Welle: Por que o governobrasileiro deseja obter uma cadeiracomo membro permanente no Consel-ho de Segurança das Nações Unidas?Qual é a sua posição sobre esse assun-to?

Antonio Patriota: O Brasil consideraque, em virtude das aceleradas transformações pelas quaispassa o mundo atualmente e que se refletem numa redis-tribuição de poder econômico e influência global, é neces-sário atualizar os mecanismos de governança, e isso já estáacontecendo, por exemplo, no plano das finanças e da eco-nomia, com o surgimento do G20. Na área ambiental e dodesenvolvimento sustentável também estamos discutindomaneiras de fortalecer a governança. Parece-nos que échegado o momento de abordarmos com coragem a que-stão do Conselho de Segurança, porque, caso contrário,existe um risco de falência do sistema das Nações Unidasna segurança coletiva.

Quais são as contribuições específicas do Brasil que fari-am do país um candidato a membro permanente no Con-selho de Segurança?

Depois de um período, que até veio a ser chamado demomento unipolar, no qual os Estados Unidos desenvol-veram certas ações militares, como a intervenção no Ira-que em 2003, eu creio que, hoje em dia – e essa conferên-cia de Munique reflete esse estado de espírito –, se estáchegando à conclusão de que para muitas questões inter-nacionais não há solução militar. É necessário dar maiorênfase ao diálogo, à negociação e à diplomacia. E o Bra-sil, nesse contexto, traz uma tradição de capacidade decontribuir para que haja maior confiança entre interlocu-tores que estão à beira de um conflito.

"Para muitas questões não há solução militar"

ENTREVISTA: KERSTEN KNIPP

Em entrevista à Deutsche Welle, o ministro brasileiro dasRelações Exteriores defende a reforma no Conselho deSegurança das Nações Unidas para garantir que paísesemergentes tenham voz na mediação de conflitos.

Außenminister Patriota

© A

ntônio Cruz/A

Br

POLITIK | POLÍTICA

Tópicos 01 | 201328

POLITIK | POLÍTICA

Tópicos 01 | 2013 29

Der brasilianische Außenminister Antonio Patriota forderteine Reform des UN-Sicherheitsrats. Im DW-Interviewerklärt er, wieso sein Land dem Rat helfen könnte, globa-le Konflikte zu lösen.

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Antonio Patriota ist Außenminister Brasiliens. Zuvor war er Bot-schafter seines Landes in Washington, anschließend Generalse-kretär für auswärtige Angelegenheiten in der Regierung Lula daSilva. Patriota gehört keiner politischen Partei an.

angemessen, denn dieses Verhältnis steht im Zentrum vie-ler Probleme, mit denen die Internationale Gemeinschaftheute befasst ist. Derzeit beobachten wir das Versagen derinternationalen Vermittlungsmächte, so etwa des Nahost-Quartetts. Und der UN-Sicherheitsrat nimmt sich diesesThemas nicht einmal an.

Es wäre darum sehr gut, wenn Staaten wie Brasilien,Indien, Südafrika - die gute Beziehungen sowohl zu Israelals auch zur arabischen Welt und Palästina haben - an koor-dinierten diplomatischen Bemühungen teilnehmen könn-ten.

Brasilien hat sich in den vergangenen Jahren sehr verän-dert. Vor allem in der Armutsbekämpfung hat das Land gro-ße Erfolge erzielt. Tragen diese Fortschritte dazu bei, dasBild des Landes international zu verändern?

In den vergangenen zehn Jahren ist Brasilien stark gewach-sen. Bemerkenswert ist vor allem die Qualität des Wachs-tums, denn das Einkommen wurde neu verteilt. 40 Millio-nen Brasilianer stiegen aus der extremen Armut in die Mit-telschicht auf. Das verleiht uns eine hohe Legitimität, ummit anderen Schwellenländern zusammenzuarbeiten.

Brasilien ist seit Jahrhunderten eine multikulturelle Gesell-schaft. Was bedeutet das für das Land?

Die Multikulturalität Brasiliens gründet auf der Zusam-menkunft dreier Gruppen: der Europäer, der indigenenVölker Südamerikas und der Afrikaner, die durch die Skla-verei nach Brasilien kamen. Innerhalb dieses Rahmensherrschen in Brasilien relative Toleranz und ein harmoni-sches Miteinander. Ich sage nicht, dass es sich um einevollkommene Gesellschaft handelt. So stehen etwa dieBrasilianer afrikanischer Herkunft im Hinblick auf Ein-kommen und politischen und ökonomischen Einfluss weni-ger gut da. Ich glaube aber, dass wir im Hinblick auf Fra-gen des Zusammenlebens unterschiedlicher Ethnien undReligionen eine gewisse Erfahrung haben, die wir weiter-geben können.

Spiegeln sich solche Erfahrungen auch in der brasiliani-schen Außenpolitik?

Ja, in einigen diplomatischen Initiativen. Im vergangenenJahr habe ich etwa ein Seminar organisiert, das Vertreterder jüdischen und arabischen Diaspora vereinte. Es gingdarum, das gegenseitige Verständnis zu fördern - letztlichmit der Option, mit der palästinensischen und israelischenJugend zusammenzuarbeiten. Es ist ein bescheidender Bei-trag. Aber mir scheint, er spiegelt ganz gut den brasiliani-schen Hang zum Dialog und zur Harmonie zwischen ver-schiedenen menschlichen Gruppen. �

Israel-Palestina. Isso me parece um equívoco, porque asituação do Oriente Médio entre palestinos e israelensesestá no centro de muitos dos problemas com os quais acomunidade internacional têm que se debater hoje em dia.E o que nós vemos é a falência dos esforços de mediaçãoatuais, sejam eles levados a cabo no chamado quarteto quereúne Estados Unidos, Secretário Geral da ONU, UniãoEuropeia e Federação Russa, ou seja no fato de que o assun-to não é sequer tratado pelo Conselho de Segurança.

Assim, creio que seria bom, positivo e saudável se outrospaíses como o Brasil, a Índia, a África do Sul, países quetêm boas relações tanto com Israel quanto com o mundoárabe e a Palestina, pudessem participar de um esforçodiplomático coordenado.

O Brasil mudou muito nos últimos anos. Como essas mud-anças internas contribuem para mudar a imagem do paísem um contexto global?

Nesses últimos dez anos, o Brasil cresceu a taxas elevadas,e a qualidade do crescimento foi interessante, porque houvedistribuição de renda e mais de quarenta milhões de brasi-leiros puderam migrar da extrema pobreza para a classemédia. Isso nos dá muita autoridade para interagirmos,sobretudo, com outros países em desenvolvimento que ten-ham interesse no tipo de política que nós desenvolvemos deapoio social, de desenvolvimento rural e também de buscade maior justiça social.

A sociedade brasileira é considerada multicultural. Qual aimportância dessa questão para o Brasil e também para asua diplomacia?

Você tem razão em sublinhar o aspecto multicultural dasociedade brasileira. Ela foi constituída por três gruposhumanos: europeus, indígenas da América do Sul e africa-nos que vieram para o Brasil, sobretudo, através do fenôme-no da escravidão, que deixou uma marca, uma cicatriz nasociedade brasileira que precisa ser superada através depolíticas especiais. Nesse ambiente, que é um ambiente decomparativa tolerância e convivência harmoniosa – nãoquero dizer que seja uma sociedade perfeita, porque nósidentificamos que as pessoas de origem africana, por exem-plo, ainda estão menos bem posicionadas em termos desalário e de capacidade de influência política e econômica –, creio que temos alguma contribuição a dar na questão doconvívio entre etnias, religiões. Também é uma sociedademuito tolerante e que está, digamos, na vanguarda de outrasquestões como a do homossexualismo.

E isso se reflete também em algumas iniciativas diplomáti-cas. No ano passado, por exemplo, eu organizei um seminá-rio que reuniu representantes da diáspora judaica e da diá-spora de origem árabe e palestina num exercício de busca deconvergência e de aproximação, para promover maior com-preensão mútua, com vistas, eventualmente, até mesmopara interagirmos com a juventude palestina e israelense noOriente Médio. É uma contribuição modesta, mas eu achoque reflete bem essa vocação brasileira para o diálogo e paraa harmonia entre os diferentes grupos. �

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Tópicos 01 | 201330

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Tópicos 01 | 2013 31

Nachdruck mit freundlicher Genehmigung der Deutschen Welle: www.dw-world.de

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Tópicos 01 | 201332 Tópicos 01 | 2013 33

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Brasilien konnte in den vergan-genen Jahren nicht nur wirt-schaftlich, sondern auch bei

der Bekämpfung der Armut eine Füllevon Erfolgen verzeichnen. Trotzandauernder Fortschritte in vielerleiHinsichten steht das Land dennochweiterhin vor großen Herausforderun-gen. Dazu zählt auch der Umgang mitder Ressource Süßwasser. Mit demBesitz von ca. 12% des Oberflächen-wassers der Erde nimmt Brasilien imglobalen Vergleich eine Sonderstel-lung ein. Erhebungen aus dem Jahr2010 durch das brasilianischeStatistikamt zeigen jedoch, dass rund3,3 Mio. aller Haushalte keinen per-manenten Zugang zu fließendem Was-ser haben. Der Grund für diese Unzu-länglichkeit liegt einerseits in einergeographischen Fehlverteilung zwi-schen bewohntem Gebiet und demWasservorkommen. Allein 74% desFlusswassers befinden sich in demwenig bewohnten und schwer zugäng-lichen Amazonasgebiet, lediglich einDrittel davon ist als Trinkwasser ver-fügbar. Während der Großteil derBevölkerung in den Städten entlangder Atlantikküste lebt, befindet sichdas höchste Vorkommen an Oberflä-chenwasser im Inland. Die nötigeInfrastruktur für eine Überbrückungist andererseits nur mäßig ausgebaut,und die Ungleichheit spiegelt sichletztlich auch in regionalen Einkom-mensunterschieden wieder. Im südli-chen Teil Brasiliens haben fast 90%der Bevölkerung Zugang zu sauberemWasser, im ärmeren Norden undNordosten lediglich 45%. Dieschlechte Qualität des verfügbaren

Oberflächenwassers verursacht zudemKrankheiten, welche der UNO zufolgejährlich zu 4000 Todesfällen von Kin-dern unter fünf Jahren führen. Berech-nungen der Welternährungsorganisati-on der Vereinten Nationen zufolgewerden zudem gut 70% des Süßwas-servorkommens für die Landwirt-schaft genutzt, nur ca. 10% werden inHaushalten verwendet.

Bemühungen zu einer Verbesserungdieser Situation gibt es bereits. ImJahr 2006 wurde etwa der NationalePlan zur Verwaltung von Wasserres-sourcen (port.: Plano Nacional deRecursos Hídricos) durch den Natio-nalrat für Wasserressourcen geneh-migt. Die Implementierung diesesPlans ist Aufgabe der nationalen Was-serbehörde ANA (Agência Nacionalde Águas). Zu dessen Umsetzunggehört nicht nur die Sicherung desdemokratischen Umgangs mit Wasser,sondern auch die dezentrale Vertei-

lung der Ressource. Schwierigkeitenergeben sich jedoch aus unklarenZuständigkeiten. Einerseits bergenSüßwassergebiete, deren Areal sichüber mehrere Bundesstaaten erstrek-ken, Konfliktpotential zwischen denLandesregierungen. Und auch zwi-schen privaten Akteuren und Regie-rung entstehen Interessenskonflikte,wenn sich Wasservorkommen auf pri-vat verwaltetem Besitz, wie etwa dengewaltigen Landgütern der Viehzüch-ter, befinden.

Um nicht nur die Verteilung derRessource, sondern vor allem auchderen Beschaffenheit zu garantieren,wurden bereits landesweit Programmeinitiiert. Ein Beispiel ist Campo Gran-de, die Hauptstadt des BundesstaatesMato Grosso do Sul im Zentrum Bra-siliens. Aufgrund von extremer Land-flucht wuchs die Bevölkerung in denvergangenen Jahrzehnten enorm aufaktuell 796.252 Einwohner, und mit

Wenn es um Wasserwirtschaft im globalen Kontext geht, kann man Brasilien als das Land mit dem größten prozentua-len Süßwasservorkommen wohl kaum unerwähnt lassen. Trotz des Ressourcenreichtums hat das Land jedoch Mühe, dergerechten und nachhaltigen Verteilung des Wassers nachzukommen. Einige Akteure treten dem jedoch bereits entgegen.Dazu gehört auch die Stadt Campo Grande, die ein Netzwerk zur Untersuchung der lokalen Wasserqualität als Grundla-ge für nachhaltigere politische Entscheidungen initiiert hat.

Wasser im Überfluss?

TEXT: KATHRIN ZELLER UND FRIEDERIKE SCHOLZ*

Brasilien übt den Umgang mit einer doch nicht so unendlichen Ressource ihr der Bedarf an Trinkwasser. Fehlen-des Bewusstsein und Kenntnisse derBevölkerung über den nachhaltigenUmgang verknappen zunehmend dasWasservorkommen. Und auch diemarode Infrastruktur der Wassersyste-me erschwert das Wassermanagementzusätzlich.

Campo Grande ist jedoch von derNatur begünstigt und will dieseErkenntnis für erhebliche Verbesse-rungen nutzen. Zum einen liegt dieStadt, bedingt durch die Vielzahl anFlüssen, die die Region durchziehen,im Bundesstaat mit dem größten Vor-kommen an Grundwasser in ganz Bra-silien. Zum anderen befindet sichCampo Grande in einer subtropischenZone, in der das Niederschlagsniveauim Laufe des Jahres relativ konstantist. Dies und die Tatsache, dass sichdie Stadt am Scheitelpunkt zweierWasserreservoires der Flüsse Paranáund Paraguai befindet, sind gute Vor-aussetzungen für die Gewinnung undRegulierung der Wasserreserven.

Ein Projekt, welches sich seit 2009mit der Untersuchung von 33 Flüssenund Bächen in und um Campo Grandeherum beschäftigt, legt den Grund-stein für zukünftige Verbesserungen.Das Projekt „córrego limpo, cidadeviva“ (dt.: saubere Bäche, saubereStadt“), welches in Zusammenarbeitdes städtischen Umweltamtes, demlokalen Unternehmen Àguas Guariro-ba und der Katholischen UniversitätDom Bosco initiiert wurde, entnimmtregelmäßig Proben an unterschiedli-

chen Uferstellen der städtischenBäche und erhebt anschließend Daten,die der Einstufung der Wasserqualitätmittels bestimmter Parameter dienen.Die einzelnen Untersuchungsstatio-nen wurden zunächst nach ihrer Rele-vanz beurteilt und strategisch ausge-wählt. So befinden diese sich meist anOrten, an denen Haushalte oderUnternehmen besonders viel Ver-schmutzung verursachen. Um dieQualität vergleichen zu können, wur-den verschiedene Parameter ermittelt,die es durch die Zusammenfassung zueinem Wasserqualitätsindex möglichmachen, die ausgewerteten Proben ineinem Register zu verankern. DerWert gibt das Niveau der jeweiligenProben, in fünf verschiedenen Quali-tätsstufen an: hervorragend bis ausge-sprochen schlecht. Letztlich soll durchden Index eine Datenbasis geschaffenwerden, auf deren Grundlage dieUrsachen der Verschmutzung ausge-macht werden können. VerbesserteKenntnisse über negative und positiveWirkungsfaktoren geben anschließendden lokalen Entscheidern eine Basiszur Ausrichtung ihrer Politik, und

Maßnahmen zur Verbesserung derWasserqualität können durchgeführtwerden.

Um auch die Bevölkerung für dasThema „Wasser“ zu sensibilisieren,wurden im Rahmen des Projektes anallen Untersuchungspunkten Pfeileraufgestellt, die den Stadtbewohnernaktuelle Informationen über die Quali-tät des Wassers und dessen Entwick-lung zur Verfügung stellen. Zusätz-lich veröffentlicht die StadtverwaltungCampo Grandes die Resultate aufihrer Internetseite und trägt so zu einerverbesserten Zugänglichkeit und mehrTransparenz bei.

Als Ergebnis konnte die Stadt seitBeginn des Programms deutliche Ver-besserungen erreichen. An 72% deruntersuchten Bachabschnitte ist dieWasserqualität durch Mithilfe derBevölkerung und Unternehmenbereits gestiegen. Die Zusammenar-beit von Regierung und Gesellschaftkann somit zukünftig auf einer gutenBasis aufbauen, um die Qualität desWassers weiterhin zu verbessern. �

* Den Originalartikel zum Projekt in Campo Grande finden sie auf der Homepage des Büros der Konrad-Adenauer-Stiftung in Brasilien (Englisch und Portugiesisch):http://www.kas.de/brasilien/de/publications/31346/

2013: Wasserjahr der Vereinten NationenDas Jahr 2013 ist Internationales Jahr der Zusammenarbeit zum Wasser der Vereinten Natio-nen. Die Initiative, die von der UNESCO umgesetzt wird, soll die Aufmerksamkeit rund um dieThemen Wassernachfrage, -versorgung und -zugang sowie Dienstleistungen durch Wassererhöhen. Die Arbeit zum Thema soll zudem als Grundlage für bereichsübergreifende Zusam-menarbeit genutzt werden und Anstoß zu einer integrativeren Gesellschaftsgestaltunggeben. Am 22. März wurde in diesem Sinne der Weltwassertag begangen, der sich in zahl-reiche weitere Veranstaltungen über das Jahr einreiht. Erst im Jahr 2010 wurde das Rechtauf ständig verfügbares sauberes Wasser in einer Versammlung der Vereinten Nationen alsMenschenrecht anerkannt.

Ein Tuiuiú “prüft” das Wasser am Flughafen von Campo Grande

© Jerônim

o Freitas R

odrigues de Carvalho/C

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Deutsch-Brasilianische und Deutsch-PortugiesischeRechtsbeziehungen, Handels- und Gesellschafts-recht, Existenzgründungsberatung, Europäisches Pri-vatrecht, Arbeitsrecht, Wirtschaftsrecht, Immobilien-recht, Familien- und Erbrecht, Lebensmittelrecht

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Bahlmann stammt aus Visbek imMünsterland und ist studierterAgraringenieur. 1983 zog er

nach Brasilien und trat der Ordensge-meinschaft der Franziskaner bei. 1997wurde er in Münster zum Priestergeweiht und 2001 wurde er Leiter derFranziskanerprovinz São Paulo. Nebenseiner Tätigkeit als Gemeindepriesterkoordinierte er dort die Sozialwerke,unter anderem die Arbeit für dieObdachlosen und die Hilfsstationender Franziskaner unter den Autobahn-brücken im Zentrum der Stadt. Seit2009 ist Dom Bernardo JohannesBahlmann Bischof von Óbidos in Pará.

Er berichtete über die Stadt, die amnördlichen Ufer des Amazonas gegen-über von Santarém liegt. Das Bistumerstreckt sich fast 1000 Kilometernach Norden bis an die Grenze zuSurinam. Von den 270.000 Einwoh-nern sind 210.000 Katholiken. EinPriester hat ca. 10.000 Katholiken zubetreuen, die vielfach weit verstreut inkleinen Siedlungen am Ufer des Ama-zonas und seiner Nebenflüssen leben.Die Arbeit des Bischofs und der Prie-ster betrifft nicht nur das religiöse,sondern im großen Maß auch dassoziale Leben der Einwohner. DieMenschen sind zwar in vielen Fragendes täglichen Lebens auf sich selbstgestellt, durch Fernsehen und Internetbekommen sie jedoch einen Eindruckvom Leben im entwickelten Brasilien,das viele dazu verlockt, ihr Glück inden Metropolen zu suchen. So kommtes, dass gerade die besser Ausgebilde-ten, die zum Studium in eine der Uni-versitätsstädte gehen, nicht wiederzurück kommen, weil sie dort bessereChancen sehen. Andererseits ziehenviele schlecht oder gar nicht Ausgebil-dete in die Metropolen und kommendort oft unter die Räder.

Dom Bernardo erzählte, wie erzusammen mit Priestern und katholi-schen Laien versucht, vorhandeneSchulen zu unterstützen und neueSchulen zu gründen, um den Ausbil-dungsstand der Jugend und damit ihreChancen im Leben zu verbessern. Alsgroßes Ziel möchte er, dass einesTages Óbidos auch eine Universitätoder zumindest eine universitäre Aus-bildung anbieten kann. Daneben ist erim ständigen Einsatz, um die allge-meinen Lebensbedingungen, insbe-sondere auch die Wohnverhältnisseund die sanitären Verhältnisse zu ver-bessern. Hierzu gehört ein Programmzum Bau einfacher Häuser, wobei sichNachbarn gegenseitig unterstützen.Überhaupt sieht Dom Bernardo eingroßes Ziel darin, den Menschen wie-der Vertrauen untereinander zuermöglichen. Er sieht eine großeBereitschaft gerade auch bei den Ärm-sten, anderen, die in Not geraten sind,Hilfe zu leisten. Dazu nannte er berüh-rende Beispiele aus seiner langenErfahrung in der Sozialarbeit in SãoPaulo.

Zur kirchlichen Situation in seinemBistum berichtete er von den vielfälti-gen Aktionen und Arbeiten der Laien,

die dort viele Aufgaben übernehmenmüssen, die in Deutschland von Prie-stern erledigt werden. So errege es beiseinen Amtsbrüdern Erstaunen, dasssein Sekretär ein Laie sei, aber bei denwenigen Priestern im Bistum könne ernicht einen von diesen als seinenSekretär aus der Gemeindearbeitabziehen. Vielfach müssten statt Mes-sen Wortgottesdienste stattfinden, danicht immer ein Priester bei allenGemeinden sein könne. So sei dieWerbung für das Priesteramt eine ganzwichtige Aufgabe. Gerade im NordenBrasiliens kämen viele Priester undauch Bischöfe, wie er, ursprünglichaus dem Ausland.

Als Bischof und auch als stellvertre-tender Vorsitzender der katholischenBischofskonferenz Brasilien Nord IIarbeitet er darüber hinaus für diesoziale Sicherung der Menschen, dieErhaltung der Natur und damit derLebensgrundlagen im Amazonasbek-ken. Den großen Projekten der Regie-rung wie dem Belo Monte Staudammsteht er dabei eher kritisch gegenüber,weil diese nur sehr wenig für das Fort-kommen der Menschen in der Regionbringen. Im Anschluss an den Vortragfand eine lebhafte Diskussion statt. �

Dom Bernardo Johannes Bahlmann, Bischof von Óbidos im Bundesstaat Pará in Nordbrasilien, hielt auf Einladung derDBG am 18. Februar einen Vortrag in der Brasilianischen Botschaft in Berlin zum Thema "Menschen begegnen sich inSolidarität – Erfahrungen eines Bischofs in Amazonien“.

Erfahrungen eines Bischofs in Amazonien

TEXT: PROT VON KUNOW

Dom Bernardo aus Óbidos (Pará):

Die illegale Abholzung des Amazonas-Regenwaldes hat nach Angaben des Instituto Nacionalde Pesquisas Espaciais (INPE) in den letzten Monaten wieder zugenommen

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Die Eroberung der Märkte unddie Sicherung von Rohstoff-quellen auf dem afrikanischen

Kontinent führte zu breiten Diskussio-nen in der europäischen Politik undÖffentlichkeit. Kritisiert wurde, dassdie Chinesen ohne Ansehen der jewei-ligen Regime ein enges Netz von poli-tischen und Handels-Verträgen sowieEntwicklungshilfeabkommen ge-schlossen haben. Das Vordringen aufden lateinamerikanischen Kontinentwurde indes in der europäischenÖffentlichkeit kaum registriert. DerErfolg der Chinesen ist umso erstaun-licher, als es kaum historische Wur-zeln der Beziehungen gab und derWarenaustausch von sehr niedrigemNiveau ausging.

Gesamtbild der Beziehungen Lateinamerika – China

Erst Ende der neunziger Jahre trittChina als Hauptakteur in den latein-amerikanischen Ländern stärker inErscheinung. Das Zentralkomitee derkommunistischen Partei Chinas hatteein Strategiepapier für Lateinamerikaund die Karibik entwickelt. As Priori-täten für die Intensivierung der politi-schen Beziehungen auf staatlicherEbene werden genannt: - Besucheraustausch auf höchster

Ebene- Begegnungen mit lateinamerikani-

schen Parlamenten (national undkontinental)

- Besuche von Partei-Delegationen - Zusammenarbeit im Rahmen inter-

nationaler Institutionen: Chinaunterstützt größere Rolle derLateinamerikaner, die durchReform der Vereinten Nationengefördert werden soll.

Dieses Konzept wurde durch eineVielzahl von Reisen der höchstenFührer konsequent umgesetzt, so HuJintao (2004) und zuletzt der inzwi-schen neugewählte Partei- und Staats-chef Xi Jinping (2011). Wie bei unswerden die Staatschefs von einer gro-ßen Zahl an Wirtschafts- und Ent-wicklungshilfeexperten begleitet. Ei-ne Fülle von Kooperationsabkommenim Handels- und Wirtschaftsbereichund Bildungssektor werden unter-zeichnet. Zusagen für Finanzhilfeergänzen diese groß angelegte Initiati-ve zum Vormarsch Chinas in Latein-amerika.

Das Ergebnis war ein dramatischerZuwachs im Handelsaustausch zwi-schen China und Lateinamerika. ImZeitraum 2006 bis 2010 betrug dieser160% während der Handelsaustauschmit den USA und Europa um 26%bzw. 29% zurückging. Diese Entwick-lung ist nicht ausgewogen; sie konzen-triert sich auf wenige Länder und nureinige Sektoren: Kupfer (30%) undSojabohnen (12%). China wurde zumdrittgrößten Investor (nach USA undNiederlande) in Lateinamerika miteinem Volumen von 22,7 Mrd. US-

Dollar. Dies sind aber nur 3% dergesamten globalen Auslandsinvesti-tionen Chinas (dagegen erhält der afri-kanische Kontinent 25%)

Bis Anfang der neunziger Jahre desvergangenen Jahrhunderts war Japandominierende Kraft im Asien-Pazifik-Handel (1990: 14,4% Anteil amGesamtvolumen) und größter Kredit-geber. Dann setzte ein rascher Nieder-gang ein: 2005 nur noch 6,5%. Aufder Basis neuer Präferenzabkommenweiteten andere ostasiatische Länderwie China und Südkorea ihren Waren-austausch auf 22,5% (2010) aus.

Die Charmeoffensive Chinas setzteAnfang des 21. Jahrhunderts bei denlateinamerikanischen Staaten neuePrioritäten. Im Investitionssektor rich-ten sich die Interessen der staatlichenchinesischen Unternehmen auf dieSicherung von Rohstoffquellen: z.B.Kupfer in Chile, wo das Abkommenvon 2005 eine fünfzehnjährige Preis-garantie gewährt. Rohöl aus Venezue-la und Brasilien; Weizen, Sojabohnen,Erdgas und Eisenerz aus Argentinien.Der steile Wachstumstrend der Roh-stoffexporte nach China setzt sich in

Während der vergangen zwei Jahrzehnte hat China mit historisch nie dagewesenem Tempo seine Außenwirtschafts-beziehungen auf alle Kontinente ausgedehnt. Das „Reich der Mitte“, in seiner tausendjährigen Geschichte überwiegendauf sich selbst beschränkt und nur mit Eurasien – kurzfristig mit Afrika – in politischem, wirtschaftlichem und kulturel-lem Kontakt, durchbricht damit eine Barriere. Es hat sich zu einer Weltwirtschaftsnation mit globalem Machtansprucherhoben.

China: Neuer Partner in Lateinamerika

TEXT: KURT LEONBERGER, BOTSCHAFTER A.D.

Brasiliens Staatspräsidentin Dilma Rousseff und der ehemalige chinesische Ministerpräsident Wen Jiabao bei einem Treffen 2012 in Rio de Janeiro

© Fabio R

odrigues Pozzebom/A

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c) Chinesische Investitionen in Brasilien

Der Zufluss ist relativ unbedeutend.Ein geplantes Joint Venture von BaoSteel kam nicht zustande. Ein Großteilder chinesischen Investitionen entfälltauf Firmenbeteiligungen. Im Gegen-zug haben nur wenige brasilianischeUnternehmen in China investiert. ZweiFaktoren bestimmen die Entwicklungder bilateralen Wirtschaftsbeziehun-gen. Einerseits geringere brasiliani-sche Ausfuhren durch chinesischeExporte in die USA und die EU zwi-schen 3 und 6% (1996-2009), anderer-seits hohe Gewinne bei Terms of tradedurch chinesische Nachfrage nachRohstoffen.

Chile / China:Wirtschaft und Geopolitik

Chile hat langfristig sehr solideBeziehungen zur neuen asiatischenGroßmacht aufgebaut. Es nahm alserstes lateinamerikanisches Landunter Präsident Allende im Jahr 1970diplomatische Beziehungen auf. Auchnach dessen Sturz wurden die Bezie-hungen fortgeführt. Die nächste Etap-pe im Ausbau des bilateralen Verhält-nisses, wiederum als Vorreiter, bildeteder Abschluss eines Freihandelsab-kommens (gleichzeitig mit Peru undCosta Rica). Auf dieser Grundlageweitete Chile die Diversifizierung sei-ner Exporte aus. Die Pazifikregionwird zur Priorität der Außenhandels-politik erklärt (1990). Chile unter-stützt Chinas Beitritt zur Welthandels-organisation und erkennt es als „freieMarktwirtschaft“ an.

Chinas Hauptinteressen liegen imchilenischen Bergbausektor: Kupferund Molybden. Als kleiner Markt mit17 Mio. Konsumenten ist Chile für denAbsatz chinesischer Gebrauchsgüterunbedeutend. Das Freihandelsabkom-men führte zu einer beträchtlichen Aus-weitung des Handelsvolumens. Chinawird ab 2007 wichtigster Handelspart-ner vor den USA. Hauptexportproduk-te sind: Kupfer und Holz. WichtigsteImportwaren sind gewerbliche Produk-te. Chilenische Auslandsinvestitionenspielen so gut wie keine Rolle – auchvon chinesischer Seite aus sind diesenur ein Bruchteil der chinesischenInvestitionen in Brasilien.

China verfolgt globalwirtschaftlicheund geopolitische Interessen in Chile.Beim Besuch von Vizepräsident XiJingping, dem neuen Führer Chinas,wurden als besondere Bereiche derZusammenarbeit genannt: globalstra-tegische Fragen, Bio- und Informati-onstechnologie, Energie. Im Verteidi-gungsbereich haben sich Kontakte aufMinisterebene entwickelt. Der politi-sche Aspekt scheint beim Ausbau derBeziehungen Chiles mit China eineebenso wichtige Bedeutung wie derHandel zu besitzen.

Schlussbetrachtung

Gemäß den Prinzipien der Interna-tionalen Handelspolitik ist das inLateinamerika eingetretene Wachstumdes Aussenwirtschaftssektors durchdie Partnerschaft mit China dann posi-tiv zu bewerten, wenn mehr Komple-mentarität, Wettbewerb entstanden istoder sich in Zukunft entwickeln wird.

Vor allem im Fall Brasilien scheinendiese Faktoren wirksam zu sein. Demstehen allerdings negative Effekte aufdie Binnenwirtschaft gegenüber.Experten befürchten langfristige De-Industrialisierung und zu forciertesWachstum der Eisenerzeugung unddes Sojaanbaus. Die Eroberung vonkonkurrierenden Marktanteilen durchdie Chinesen in Nordamerika undEuropa könnte traditionelle Absatz-märkte Brasiliens gefährden.

Im Fall Chiles ist zwar Wachstumentstanden, gleichzeitig stagniertenaber die Exporte von gewerblichenProdukten. Dort – wie auch in Peru –wird die Entwicklung (Rohstoffexpor-te gegen Importe von Konsumgütern)langfristig zu einer einseitigen Abhän-gigkeit und Blockierung eigenständi-ger Entwicklungen führen. Dies könn-te die Verarmung breiter Bevölke-rungsschichten zur Folge haben.

Internationale Experten und Welt-bankvertreter ziehen eine eher enttäu-schende Bilanz. Die erhofften positi-ven Effekte, wie Produktivitätsge-winn, Verbreitung moderner Techno-logie und „learning spillovers“ in derRegion seien kaum eingetreten. �

vielen Ländern Lateinamerikas fort.Es stellt sich die Frage, ob dieseStrukturen den Wirtschaftsinteressendieser Länder entsprechen. Hieraufwird im Zusammenhang der nachfol-genden Fallstudien eingegangen.

Außenpolitische / strategische Aspekte

China wird von einer Reihe latein-amerikanischer Länder bereits alswirtschaftliche und diplomatischeAlternative zum großen Nachbarn imNorden betrachtet. Zu dieser Feststel-lung kommen einige Politologen unddiplomatische Beobachter. Sie teilenChinas außenpolitisches Beziehungs-geflecht in drei „Cluster“ ein: - Strategische Partner: Brasilien,

Argentinien, Mexiko und Venezuela(Chavez’ Besuch in Peking eröffne-te eine neue Etappe der Wirtschafts-beziehungen: Ölexporte gegen enor-me chinesische Kredite, 32 Mrd.US-Dollar)

- Kooperative Partner: Chile, Peruund Kuba

- „Friendly-cooperative Partners“:Zentralamerika und der karibischeRaum

Trotz des kräftigen Ausbaus derBeziehungen in allen Feldern – Diplo-matie, ähnliche Positionen in interna-tionalen Foren, Handel, Investitionen,etc – glauben Beobachter feststellenzu können, dass China: - stillschweigend die Monroe-Doktrin

respektiert- und sich jeglicher Anti-Amerikani-

scher Rhetorik enthält.

Die Versuchung eines Ansatzes zurSchaukelpolitik dürfte jedoch fortbe-stehen. David Shambough, Professorfür Politikwissenschaft an der Univer-sität Harvard, unterstreicht, dass dielateinamerikanischen Staaten Chinaals Teil einer neuen „multi-directional-diplomacy“ – so der Fachjargon – ein-beziehen. Für die Zukunft sehen siedie Entstehung eines transpazifischenNetzwerks, das Handel, Investitionen,politische und möglicherweise auchsicherheitspolitische Beziehungen –sowohl in bilateralem als auch in mul-tilateinamerikanischem Rahmen –umfasst. Bisher sind die Ansätze zurInstitutionalisierung (Forum for East

Asia-Latin American Cooperation)allerdings nicht weit vorangekommen.US-Präsident Obama versucht, dieAlliierten und Freunde Amerikas zurTeilnahme an einer TranspazifischenHandelszone zu bewegen. Dies wäreeine Ergänzung oder Konkurrenz zurAsian-Pacific Economic Cooperation(APEC).

Brasilien / China:strategische Partnerschaft

a) Historische EntwicklungTrotz früher Aufnahme der diplo-

matischen Beziehungen blieb dasbilaterale Verhältnis bis in die neunzi-ger Jahre relativ beschränkt. 1993erklärte China gegenüber Brasilienden Status einer strategischen Part-nerschaft. Vor dem sehr dynamischenAufschwung des Warenaustauscheswurden bereits Ende der neunzigerJahre Abkommen zur Zusammenar-beit im technischen und wissenschaft-lichen Bereich geschlossen. Der Take-off des Warenaustausches seit derJahrhundertwende wurde von innen-politischen Kontroversen begleitet.Aber Präsident Lula und seine Nach-folgerin setzen weiterhin auf die chi-

nesische Karte. 2010 war China Bra-siliens größter Handelspartner – 15%der Exporte Brasiliens und 14% sei-ner Importe. Innerhalb einer Dekadewaren die brasilianischen Ausfuhrenum das Dreißigfache angewachsen.

Der Bergbausektor fordert stärkereSubventionen, die einheimischenIndustriesektoren hingegen, die durchden chinesischen Wettbewerb unterDruck geraten, fordern Schutzzölle.Eine komplexe und widersprüchlicheSituation.

b) Bilateraler Handel (siehe Tabelle)

Spektakuläres Wachstum zeigt dieTabelle über das Gesamtvolumen1996 bis 2009.

Erwartungsgemäß ist die Strukturder Ausfuhren völlig unterschiedlichvon den Einfuhren aus China. Zwei-drittel der Exporte: Eisenerz undSojabohnen, neuerdings Erdöl, Holzund Leder. Import: nur 5% Rohstoffe,der Anteil der Kapitalgüter (mittlereund höhere Technologie) ist starkgestiegen, Konsumgüter relativ kon-stant.

Composition of Brazilian Exports to China (in%)

Exports to China Rest of 1996 2001 2006 2009 the World

Primary commodities 26,2 36,6 42,9 42,8 31,6Resource-based manufactures 44,5 35,7 39,7 45,3 28,6Low Technology 14,1 8,9 8,1 1,7 7,5Medium technology 13,8 12,1 7,2 7,8 20,8High Technology 1,5 6,7 1,9 2,4 7,6

Note: Exports classified according to the categories used in Lall 2000.Source: Author’s own elaboration based in UN COMTRADE data.

Tabelle

Während der Amtszeit von Präsidente Lula haben sich die Beziehungenzwischen Brasilien und China intensiviert

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icardo Stuckert/PR

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auch des gesamten Staates entschei-dend geprägt haben. Der erste Verein,das „katholische Zentrum“, war derVersuch einer politischen Parteigrün-dung nach dem Muster des deutschenZentrums. Diese Vereinsgründung warjedoch die am wenigsten erfolgreiche.Als zweite Vereinsgründung nach demZentrum müssen die katholischenPfarreienvereine erwähnt werden. InBrasilien hatten die Pfarreien unterdem bis 1889 geltendem Staatskir-chenpatronat praktisch aufgehört zuexistieren, nun mussten erst einmalganz von vorne neue Strukturen gelegtwerden, auf denen die dann entstehen-den Pfarreien aufbauen konnten. Zudiesem Zweck wurden die Pfarreien-vereine gegründet. Aus den Pfarreien-vereinen entstanden seit 1898 diedeutschen Katholikentage, die bis1940 alle zwei Jahre der Mittelpunktdes kirchlich-kulturellen Lebens inden deutschen Kolonien waren. DieJesuiten gehörten zu den Hauptförde-rern und Rednern auf den Katholiken-tagen Brasiliens. Ergebnisse der

Vor 100 Jahren wurde in LinhaImperial, heute Orsteil vonNova Petrópolis in Rio Gran-

de do Sul, die erste Ausgabe desSankt Paulusblattes gedruckt, der älte-sten noch heute in deutscher Spracheerscheinenden Zeitschrift Brasiliens.Das St. Paulusblatt war das Organ deskurz zuvor von deutschen Jesuitengegründeten Volksvereins für diekatholischen Deutschen in Brasilien.Namenspate war der „PAULINUS“,die Kirchenzeitung des Bistums Trier,die 1875 als „Sanct-Paulinus-Blatt“gegründet worden war. Viele derMacher des St. Paulusblattes, daszunächst in Venâncio Ayres herausge-geben wurde, hatten ihre Wurzeln imBistum Trier, aus dem ein Großteil derdeutschen Auswanderer nach Südbra-silien seit 1824 stammte. WichtigsteFigur im katholischen Leben Südbra-siliens war der aus Winterbach/Saarstammende Bischof Johannes/JoãoBecker (1870-1946), der seit 1912Erzbischof von Porto Alegre war. Eineführende Rolle im Volksverein und imSt. Paulusblatt spielte ein Bruder desErzbischofs, Jacob Becker (1866-1933), der lange Zeit Munizippräsi-dent, was in etwa der Funktion einesdeutschen Landrates entspricht, desKreises Venâncio Ayres war.

Jesuiten als Väter der KolonistenSeit 1848 hatten sich deutschstäm-

mige Jesuiten als erste Geistliche umdie seelsorgliche Betreuung der deut-schen Siedler gekümmert. Nachdemseit 1872 durch die Jesuitengesetzeder Orden in Bismarck-Deutschlandverboten wurde, verließen viele Jesui-ten ihre Heimat und auch die Schweiz,wo es ähnliche Gesetze gab, gingennach Brasilien, wo sie noch lange vonihren europäischen Provinzen abhän-

gig blieben. Insgesamt sind mehr als300 Jesuiten aus deutschsprachigenLändern nach Brasilien gegangen. DieJesuiten waren bestrebt, die deutsch-stämmige Bevölkerung nicht nur inGlaubensfragen, sondern auch insozialen, wirtschaftlichen und kultu-rellen Fragen zu beraten und zubetreuen. Dazu haben sich die deut-schen Jesuiten vor allem um dieHebung des Schulwesens, der Heran-bildung eines einheimischen Klerus,der Gründung einer eigenständigenPresse, der Organisation von Pfarrei-en, der Förderung des Genossen-schaftswesens und der Förderung desVereinswesens bemüht. Die Jesuitenwollten dem Katholizismus in Südbra-silien eine neue Orientierung geben,welche sich am deutschen Katholizis-mus orientierte und sich wesentlichvon der portugiesisch-brasilianischenReligiosität unterscheiden sollte. Zwi-schen 1890-1912 haben die Jesuiten inRio Grande do Sul insgesamt sechsVereine gegründet, die die Entwick-lung der deutschen Kolonien aber

Die brasilianische Staatspräsidentin Dilma Roussef hat den 28. Dezember zum „Nationaltag des genossenschaftlichenKreditwesens“ erklärt. Am 28. Dezember 1902 gründeten deutschstämmige Einwanderer unter Leitung des SchweizerJesuiten Theodor Amstad die erste Raiffeisenkasse Brasiliens. 10 Jahre später entstanden der katholische deutscheVolksverein und die heute älteste deutsche Zeitschrift Brasiliens, das „Sankt Paulusblatt“

Genossenschaftswesen, ein nachhaltiger Beitrag zur Entwicklung Brasiliens

TEXT: BODO BOST

von Bischof Zeno Hastenteufel vonNovo Hamburgo zelebriert wurde. ImJahre ihres 100. Jubiläums könnendie Verantwortlichen des Volksverei-nes und des St. Paulusblattes aufeinen ganz besonderen Erfolg ver-weisen. Die brasilianische Staatsprä-sidenten Dilma Roussef hatte imSommer durch ein Gesetz den 28.Dezember zum „Dia Nacional doCooperativismo de Crédito”, demNationaltag des genossenschaftlichenKreditwesens erklärt. Am 28.Dezember 1902 war durch den Jesui-ten Theodor Amstad die erste Land-wirtschaftsgenossenschaft mit einerihr angeschlossenen Raiffeisenbankin Linha Imperial bei Nova Petrópolisgegründet worden. Aus der Raiffei-senbank ist heute die Bank SicrediPioneira RS geworden, die immernoch, wie die Redaktion des St. Pau-lusblattes, ihre Zentrale in NovaPetrópolis hat.

Der Süden Brasiliens ist heute inSüdamerika führend auf dem Gebietdes genossenschaftlichen Wirtschaf-tens, das für den Erfolg des Landwirt-schaftens auf kleinem Besitz überle-benswichtig war. Landwirtschaftenauf eigenem Grund und Boden warim Gegensatz zu dem sonst in Brasi-lien üblichen landwirtschaftlichenGroßgrundbesitz das Erfolgsmodellfür eine subsidiäre Entwicklung derBevölkerung und der Region. Sogesehen war es auch kein Zufall, dassdie Stadt Porto Alegre bereits mehr-mals Austragungsort des Weltsozial-forums war. In Europa ist das Jubilä-um des Bestehens der Selbsthilfe-gruppen der deutschsprachigenkatholischen Einwanderer kaumbeachtet worden, in Süden Brasilienshatten sie jedoch 2012 einen großenImpact im öffentlichen Leben derdeutschstämmigen Bevölkerung. Am29. August 2012 erhielt die Ministerinfür Landwirtschaft, Ernährung undVerbraucherschutz der Bundesrepu-blik Deutschland, Ilse Aigner, stell-vertretend für das Land, das sie reprä-sentiert, bei einem Besuch derExpointer in Porto Alegre, der größ-ten Messe für Landwirtschaft in Süd-amerika, aus den Händen von Chefre-dakteur Clovis Weber ein Exemplarder Jubiläumsausgabe des Sankt Pau-lusblattes. �

Katholikentage waren auch die Grün-dung des katholischen Lehrervereinsund des Bauernvereins. Aus dem Bau-ernverein, der zunächst eine Gemein-schaftsinitiative mit den evangeli-schen Deutschen war, entstand 1902die Genossenschaftsbewegung mit derGründung der Raiffeisenkasse durchden Schweizer Jesuiten TheodorAmstad (1851-1938), der eine führen-de Rolle für die Bevölkerung ein-nahm. Als letzten Verein gründetendie Jesuiten 1912 den katholischenVolksverein, sozusagen als Dachver-band der bereits existierenden Vereine.Der Volksverein setzte in der paulini-schen Tradition „omnia omnibus“ dieAufgaben des Bauernvereins fort, dersich 1910 nach konfessionellen Gren-zen aufgelöst hatte. Die Jesuiten, allenvoran die Patres João EvangelistaRick, Max von Lassberg, TeodoroTreis und Theodor Amstad, waren imwahrsten Sinne die „patres colono-rum“, Väter der Kolonisten, die einenganz entscheidenden Beitrag zum gei-stigen und materiellem Wohlstand derdeutschen Kolonisten in Brasiliensgeleistet haben.

100 Jahre St. PaulusblattDas St Paulusblatt, das bis heute

monatlich erscheint, hatte vonAnfang an die Rolle eines Kommuni-kationsmittels unter den deutschenSiedlern, deshalb fanden sich in denersten Jahrzehnten viele landwirt-schaftlich nützliche Themen im St.Paulusblatt. Auch die Kooperativenund die Raiffeisenbank hatten ihreständigen Informationsseiten im St.Paulusblatt. Wie alle deutschsprachi-gen Zeitungen Brasiliens wurde auchdas St. Paulusblatt 1942 auf Druckder Behörden eingestellt, allerdingsals erste und lange Zeit einzige deut-sche Zeitung Brasiliens, konnte dasSt. Paulusblatt bereits 1949 wiedererscheinen, das zeigt bereits wiewichtig dieses Medium für die deut-schen Kolonisten war. Während undnach dem Kriege geriet das Genos-senschaftswesen in eine arge Krise.Nach dem Kriege wurden die land-wirtschaftlichen Berichte wenigerund die genealogischen Berichtewurden mehr. Auch die vielen brasi-lianischen Bischöfe und Kardinälemit Vorfahren aus dem Bistum Trierkonnten im St. Paulusblatt Informa-

tionen über ihre Verwandtschaft undHerkunftsorte im Bistum Trier erfah-ren. Über das St. Paulusblatt werdenheute mehr und mehr auch die sehrbeliebten Sippschafts- und Familien-treffen organisiert. Mit der Abnahmeder (hoch)deutschen Sprachkenntnis-se in Brasilien ging zwar die Auflagezurück und einige portugiesischeArtikel schlichen sich auch in das St.Paulusblatt ein, die Zeitschrift gerietin den 1980zier Jahren in eine großeExistenzkrise. Mit dem Umzug nachNova Petrópolis 1989, wo die Wur-zeln des Kooperationswesens in Bra-silien lagen, erreichte die Zeitschriftwieder einen neuen Aufschwung, derauch damit zusammenhing, dass dieGenossenschaftsbank Sincredi derZeitschrift materiell unter die Armegriff. Die Zeitungsmacher in NovaPetrópolis sehen auch heute noch inder Bewahrung der deutschen Spra-che eine der großen Missionen derZeitschrift, auch wenn sich in denletzten Jahren regelmäßig auch Arti-kel in dem Hunsrücker Dialekt im St.Paulusblatt wiederfinden, der immermehr die Rolle des Hochdeutschenauch unter den deutschstämmigenBrasilianern übernommen hat. EinAnliegen hält die Zeitschrift auch im100. Jahr ihres Bestehens zusammen,die Verehrung ihres großen GründersTheodor Amstad SJ. und die geistigeNähe zu den Jesuiten und ihren Lei-stungen für die deutschen Einwande-rer in Rio Grande do Sul. Im Jahre1990 wurden auch die sterblichenÜberreste von Pater Amstad von SãoLeopoldo nach Linha Imperial über-führt, wo ihm zu Ehren bereits 1942ein Denkmal errichtet worden war.Der Volksverein wurde umbenannt in„Associação Theodor Amstad“. Zuden großen Autoren des St. Paulus-blattes gehörte, um nur einen zuerwähnen, der aus Straßburg stam-mende große Pädagoge Kurt Walzer(1915-1993), der 1936 nach einemUmweg über Zweibrücken undSpeyer nach Brasilien ausgewandertwar.

Genossenschaftswesen, ein nachhaltiger Beitrag zur Entwicklung Brasiliens

Ihren 100. Geburtstag feierte dasSt. Paulusblatt im Februar mit einemGottesdienst in Linha Imperial, der

Grab Theodor Amstad in Linha Imperial

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se in Brasilien, Klaus Schönitzer holtnun Spix aus dem Schatten von Mar-tius hervor, rückt seine wissenschaft-lich einmalige Leistung ins rechteLicht.

Aus Spix’ und Martius’ Klassikerder wissenschaftlichen Reiseliteraturlässt Schönitzer viele ausführlicheZitate in seinem Buch Ein Leben fürdie Zoologie einfließen: Schnell stelltsich da noch heute jener Zauber einerfesselnden Abenteuerreise ein, derschon die Leser im frühen 19. Jahr-hundert in seinen Bann gezogen habenmag. Ein Übriges dazu trägt bei, dassKlaus Schönitzer selbst prägnant for-muliert und die Aura des exotischenThemas nicht mit krudem Wissen-schaftsdeutsch kaputt macht. �

In der wissenschaftlichen Nomen-klatur ist der Name Spix nur allzugeläufig – und doch ist der Wis-

senschaftler nahezu vergessen. Viel-leicht war daran sein früher Todschuld, so dass er seine Brasilienreisenicht mehr selbst gebührend wissen-schaftlich darstellen konnte. Das tatsein Reise-Kompagnon Martius –Spix verschwand zunehmend inRandbemerkungen.

Jetzt wurde in Buchform eine (dieerste überhaupt) wunderbar konzen-trierte Würdigung des Forschers her-ausgegeben – Autor ist Klaus Schö-nitzer, Hauptkonservator an der Zoo-logischen Staatssammlung in Mün-chen, der das 200-jährige Jubiläumder Institution nutzte, um an derenHauptinitiator zu erinnern.

Denn nicht nur als Entdecker bisdahin unbekannter Tiere und Pflan-zen hat sich der Franke einen Namengemacht – er hat vor allem die zoolo-gische Systematik auf eine neueGrundlage gestellt: Nicht mehr mor-phologische Aspekte sollten die Klas-sifizierungen bestimmen, also dieBetrachtung der Gestalt, sondernanatomische. Geschichte und Beur-theilung aller Systeme in der Zoolo-gie nach ihrer Entwicklungsfolge vonAristoteles bis in die gegenwärtigeZeit hieß sein über 700 Seiten dickesWerk, das – seit 1811 – bis heute dieletzte Geschichte der zoologischenSystematik blieb (zumindest imdeutschsprachigen Raum).

Erkundung Brasiliens

Spätestens seit Alexander vonHumboldts Reisen nach Südamerika(1799 bis 1804) waren reisende For-

scher in der „Alten Welt“ geradezuhofierte Helden. Es entspann sich einregelrechter Wettlauf, die Geheimnis-se der „Terra incognita“ zu lüften.Auch die bayerische Akademie derWissenschaften beschloss, unter-stützt vom König, Forscher nach Bra-silien zu schicken – die Wahl fielschnell auf Spix, der seit 1813ordentliches Mitglied im „Olymp derWissenschaftler“ war und Ordnung indas Naturalienkabinett der Akademiebringen sollte. Der Erlanger Martius(1794 bis 1868), zu dieser Zeit Gehil-fe bei der Leitung des neu gegründe-ten Botanischen Gartens, sollte ihnbegleiten.

Die beiden Franken schlossen sicheiner österreichischen Expeditionnach Brasilien an, gingen dort aberschon bald ihre eigenen Wege – weithinein ins Landesinnere. Die „Aus-beute“ dieser Expedition warimmens: 350 Vögel, 130 Amphibien,116 Fische, 2700 Insekten, 6500Pflanzenarten. Vieles davon ist nochheute in den staatlichen Sammlungenzu finden.

Darüber hinaus hatten die beidenForscher Auge und Ohr nicht nur fürdie exotische Fauna und Flora: IhreNotizen sind ein Fundus für Informa-tionen zur Geologie, zum Klima, zulandwirtschaftlichen und ökonomi-schen Bedingungen, zu Religion, Sit-ten und Gebräuchen, zu Sprachen…

Die Reise war strapaziös – für Spixging es schließlich nur noch umsÜberleben. Er kam krank zurück undsollte sich gesundheitlich nie mehrerholen. Im Mai 1826 starb er. Ererlebte nur noch die Veröffentlichungdes ersten Teils der dreibändigen Rei-

Spixschlüpfer, Spix’ Nachtaffe, Spix-Ara: Das sind nur drei Tiere, die auch in der deutschen Übersetzung den Namendes Forschers tragen – und die zu den zahlreichen „Mitbringseln“ zählen, die der Zoologe Johann Baptist Ritter vonSpix (1781 bis 1826) und der Botaniker und Arzt Carl Friedrich Philipp von Martius von ihrer legendären Brasilienreise(1817 bis 1820) nach Hause, nach München brachten.

Der bayerische Humboldt

TEXT: KARIN DÜTSCH

Ein Buch über die Reise des Johann Baptist Ritter von Spix zu Beginn des 19. Jahrhunderts©

Repro: schoenitzer.de

Ursprünglich erschienen in der Bayerischen Staatszeitung

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Der Berimbau, ein traditionelles afrobrasilianischesSaiteninstrument aus Bahia, ist aus einem Baum-ast, einem Stahldraht und einer ausgehöhlten, halb-

offenen Kalebasse mit Stimmschlinge gefertigt. Dieserecht einfache Konstruktion ermöglicht, das Solo- undEnsembleinstrument mittels komplexer Spieltechnik mitStein, Caxixi (Korbrassel) und Stöckchen zum Klingen zubringen. Ausübenden des afrobrasilianischen KampftanzesCapoeira und Fans der Música Popular Brasileira ist derBerimbau längst ein Begriff. Sein exotisches Aussehen läßtihn als baianisches Souvenir in das Reisegepäck vieler Bra-silientouristen wandern.

Der Perkussionist Naná Vasconcelos aus Recife hat denBerimbau in den 1970/80er Jahren in die europäischenMetropolen gebracht. Seine Auftritte bei namhaften Jazzfe-stivals sowie seine Schallplatteneinspielungen sind legen-där. In Europa wenig bekannt ist, daß Pfeil und Bogen ähn-liche Saiteninstrumente bis heute vor allem in Afrikagespielt werden. Mündlich überlieferte Musikbogentradi-tionen afrikanischer Ethnien sind in Feldforschungen undPublikationen wissenschaftlich dokumentiert. Als afrobra-silianischer Musikbogen ist der Berimbau ein brasiliani-sches Volksmusikinstrument mit afrikanischen Wurzeln.Seine spezielle monoton geräuschhafte Tonsprache versetztZuhörer in den Amazonas-Urwald. Ich erlebte den einsaiti-gen Musikbogen bei einer Capoeiravorführung im Pelou-

TEXT: ULLA LEVENS

Erstes deutschsprachiges Buch über den afrobrasilianischen Musikbogen erschienenzugeschaut und habe einen der mitreißenden Auftritte derKongo-Pop Gruppe Berimbrown aus Minas Gerais miter-lebt. Der aus Berimbau und James Brown zusammenge-setzte Bandname ist Leitstern ihrer Musik mit sozio-politi-schem Inhalt. Übrigens hat Naná Vasconcelos seinenBerimbau auch in Oldenburg gespielt, das war 1978 beimersten Oldenburger Kultursommer. 2009 hatte ich in Stutt-gart das Glück, den legendären Meister des Berimbaus inseinem einzigen Konzert in Europa endlich life zu erlebenund ihn anschließend sogar persönlich zu treffen. For-schungsreisen brachten mich mit den beiden führendeneuropäischen Musikbogenforschern zusammen und führ-ten mich mehrfach nach Brasilien, vor allem nach Salvadorda Bahia. Der Besuch der Ausstellungen „Musikbögen derInstrumentensammlung der Musikethnologin Emilia Bian-cardi“ und „Klangskulpturen des Cellisten und Komponi-sten Walter Smetak“ waren für mich faszinierende High-lights.

Durch meine Berimbauforschung lernte ich auch seinenEinsatzbereich in Europa kennen und nutzen. Neu warenmir seine wichtige Funktion in der von dem österreichi-schen Musiker Reinhard Flatischler entwickelten TaKeTi-Na Rhythmuspädagogik und seine hervorragende Eignungals experimentelles Improvisationsinstrument. Auch zeit-genössische notierte Musik internationaler Komponisten

für Berimbau war für mich eine Entdeckung. Inzwischengibt es viele Stücke für den afrobrasilianischen Musikbo-gen oft in Verbindung mit abendländischen Musikinstru-menten.

Mein Buch über den Berimbau setzt sich aus drei Teilenzusammen, die ähnlich einem Mosaik ein Ganzes ergeben.Der erste Teil informiert über die Kulturgeschichte desafrobrasilianischen Musikbogens. Im zweiten Teil berich-ten Gastautoren aus dem Raum Österreich, Schweiz undDeutschland über ihre eigenen Anwendungen des Berim-baus in einer Bandbreite von Capoeira, Weltmusik, Popmu-sik, Körpermusik, Musiktherapie und der Herstellung vonBerimbaus. Der dritte Teil beinhaltet eine praktische Anlei-tung zum Spielen für Laien, d.h. ohne Noten und in Formvon Übungen, Fotos, Diagrammen und Audio-Einspielun-gen. Da der Musikbogen ein Körperinstrument ist, bezieheich Füße, Hände und Stimme in die Übungen mit ein. Dashilft und gibt dem Lernenden Sicherheit beim rhythmi-schen Spiel und macht ihn unabhängig von Noten, Metro-nom u.ä. Hilfsmitteln. Bei den Übungen kann man sichführen lassen von den Audio-Einspielungen, die alsDownload im Internet Leserinnen und Lesern zur Verfü-gung stehen. Glossar, Werkliste und Noten selbstkompo-nierter Stücke runden das erste deutschsprachige Sachbuchüber den afrobrasilianischen Musikbogen ab. �

Saiteninstrumente haben in der Musik des Abendlandes eine Jahrhunderte alte Tradition. Ihre bedeutenden Vertreter,Geige und Gitarre, sind in einer Vielfalt von Volksmusik, Popmusik, improvisierter und komponierter Musik über dieGrenzen Europas hinaus verbreitet. Der afrobrasilianische Musikbogen Berimbau ist einer der Vorfahren abendländi-scher Saiteninstrumente. Dieser Einsaiter ist in Europa meist nur Insidern bekannt. Das in diesem Jahr erschieneneBuch über den Berimbau informiert umfassend über seine Kulturgeschichte, Anwendungen und Spielweise. Diese breitangelegte Informationsquelle ist für Laien und Musiker, Lehrer und Forscher gleichermassen interessant. Im folgendenTextbeitrag berichtet die Autorin über ihre mehrjährige Berimbau-Forschung und stellt das Konzept ihres Buches vor.

rinho von Salvador da Bahia im Jahre 2000. Sein Klang hatmich spontan in den Bann gezogen, eine Faszination, diebis heute andauert. Damals besuchte ich meine langjährigeafrobrasilianische Freundin und kaufte meinen erstenBerimbau im baianischen Kunsthandwerksmarkt MercadoModelo. Dieser historisch bedeutende Platz an der Aller-heiligen Bucht war zur Zeit der portugiesischen Koloniali-sation Brasiliens Hauptumschlagstelle des Landes für afri-kanische Sklaven. Das gegenüberliegende Forte São Mar-celo diente in dieser Zeit als provisorisches Auffanglager.Heute ist die Festung ein öffentlich zugängliches Museummit Exponaten historischer Waffen, u.a. einem Jagdbogenmit Pfeilen und einer Armbrust, und der Mercado Modeloeine gute Adresse für den Kauf von Berimbaus und Zube-hör.

Ich wollte mehr über den Berimbau wissen und mußtefeststellen, daß es im deutschen Sprachraum ein Buch überden afrobrasilianischen Musikbogen mit umfassenderInformation inklusiv einer grundlegenden Spielanleitungbis dato nicht gab. So machte ich mich auf den Weg, um esselbst zu schreiben.

Meine Berimbau-Forschung begann an meinem Wohnortin Oldenburg (Oldb.). Dort habe ich meine afrobrasiliani-sche Freundin kennengelernt, habe einer Batizado (Kordel-prüfung) der Gruppe Cordão de Ouro von Mestre Amapá

Dem Berimbau auf der Spur

Auszug aus bisher erschienen Rezensionen:

„Eine gelungene Gesamtdarstellung eines noch immer (viel zu)wenig bekannten Instruments." Susi Hudak-Laziç am 01.09.2012 inOya – anders denken. anders leben.

"Nicht nur ethnographisch und kulturgeschichtlich von Interesse,sondern auch didaktisch hervorragend aufgebaut, übersichtlich undinformativ." Gerhard Strejcek am 01.08.2012 in Concerto Magazin4/2012.

Die Autorin steht für Vorträge, Konzerte und Workshops zur Verfü-gung.

Ulla Levens: Berimbau. Der afro-brasilianische Musikbogen – Geschichte, Klangwelt und Spielweise. Drachen Verlag Klein Jasedow 2012mit Spielanleitung ohne Noten und 60 Min. Übungen und Hörbeispielen als Download. 270 Seiten, 170 Farbfotos, Softcover,ISBN: 978-3927369-63-4 / Titelbild: Naná Vasconcelos. Foto: © Nicolas Fuxius

Blick auf den Hafen von Salvador da Bahia mit Elevador, Mercado Modelo und Forte São Marcelo

Berimbaukauf im Mercado Modelo Capoeira Infantil – Ginga Mundo 2008 Die Gruppe Berimbrown im Konzert in Salvador da Bahia

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Buchcover Die Autorin mit ihrem Berimbau

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GUEST OF HONOUR AT THE FRANKFURT BOOK FAIR 2013

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LITERATUR | LITERATURA

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LITERATUR | LITERATURA

Die zeitgenössische brasiliani-sche Literatur ist äußerstheterogen. Sie reflektiert die

politischen und sozialen Umbrücheim Land, übt sich in neuen künstleri-schen Ausdrucksweisen, inkludiertdie Stimmen vormals vernachlässig-ter sozialer Schichten, von Immigran-ten, Afro-Brasilianern und Frauen.Nicht zuletzt ist auch eine starke„Internationalisierung“ spürbar, dennviele Autoren siedeln ihre Texte – wieja auch Paulo Coelho – in entferntenWeltgegenden an.

Dieser Heterogenität widmete sichAnfang März ein zweitägiges Litera-turkolloquium im Ibero- Amerikani-schen Institut, organisiert vom Latein-amerika-Institut der Freien Universi-tät. 14 internationale Literaturwissen-schaftler debattierten in Berlin überAspekte des literarischen Schaffens inBrasilien. Den ersten Teil der Veran-staltung hatte zuvor die UniversitéParis-Sorbonne ausgerichtet.

So widmete sich Maria Isabel EdomPires von der Universidade de Brasília(UnB) in ihrem Vortrag „Os livroscomo herança“ der „Bibliothek derEinwanderung“ in Brasilien. Unteranderem referierte sie über den libane-sisch-brasilianischen Autor SalimMiguel. Regina Dalcastagnè hinge-gen, ebenfalls von der UnB, lotete denPlatz des „pobre“ in der Literatur aus,zitierte hierbei Luiz Ruffatos aktuel-len Bestseller „Es waren viel Pferde“.Und Marcel Vejmelka von der Univer-sität Mainz machte auf die Präsenzjapanischer Thematik in der zeitge-nössischen brasilianischen Literaturaufmerksam. Dazu gehört etwa Ber-nardo Carvalhos Roman „In São Pau-

Brasilien ist Gastland der FrankfurterBuchmesse im Oktober 2013.Flankierende Veranstaltungen laufenbereits jetzt: In Berlin fand ein internationales Kolloquium zur „Literatura brasileira contemporânea“ statt.

Espaços, traduções e intermediações culturais

TEXT: SASKIA VOGEL

Lesetipps:

Ruffato, Luiz:Es waren viele Pferde.In 69 Shortcuts entwirft der erste Roman desbrasilianischen Ausnahmeautors Luiz Ruffatoein kaleidoskopisches Abbild der Megacity SãoPaulo mit ihrem Glamour, ihrem Elend, ihrerVerlogenheit und ihrem Schmerz.Assoziation A. 2012. 160 Seiten. 18 Euro.

Cuenca, João Paulo:Das einzig glückliche Ende einer Liebesgeschichte ist ein UnfallJoão Paulo Cuencas dritter Roman ist einemoderne Liebesgeschichte, in der er mit wech-selnden Erzählern meisterhafte futuristischeSzenerien entstehen lässt: lebendige Figuren imzersplitterten Leben einer Megalopolis, in derallgegenwärtiger Voyeurismus und menschlichePerversion zu Gegenspielern jeglichen Gefühlswerden. A1 Verlag. 2012. 144 Seiten. 16,90 Euro.

Cavalcanti, Klester:Der Pistoleiro. Die wahre Geschichte eines AuftragsmördersJúlio Santana, der als Sohn einer armen Familieim Nordosten Brasiliens keine Chance auf einenanständig bezahlten Beruf hat, gerät mit 17 Jah-ren auf die von ihm anfangs nur widerwillig ein-geschlagene Laufbahn eines Auftragsmörders.Klester Cavalcanti hat diese Biographie aufge-schrieben.Transit Verlag 2012. 200 Seiten. 19,80 Euro.

lo geht die Sonne unter“ oder „Daseinzig glückliche Ende einer Liebes-geschichte ist ein Unfall“ von JoãoPaulo Cuenca. Weitere Vorträge the-matisierten den Stellenwert histori-scher Erinnerungen sowie die weibli-che Repräsentanz in der neueren bra-silianischen Literatur.

Spannend bleibt, welche literarischeVielfalt die Frankfurter Buchmesse imHerbst zu bieten haben wird. �

Es sind absurde, warme, hinrei-ßend schöne und schillerndeAlltags-Erlebnisse, die so nur

in Brasilien passieren - und in RiosHalbwelt. Auf zwei Lesungen inFrankfurt und München stellte Andre-as Wunn im Januar seine persönlichenRio-Abenteuer vor. Zuvor hattenschon Spiegel-Korrespondent Matthi-as Matussek („Hitzeschübe aus Rio deJaneiro“, 2004) und die Berliner Jour-nalistin Frauke Niemeyer („Ein Jahr inRio de Janeiro – Reise in den Alltag“,2011) ihr Leben am Zuckerhut mitden deutschen Lesern geteilt.

Der aktuelle Südamerika-Korre-spondent des ZDf erstaunt nun Nicht-Eingeweihte mit der abstrus strengenStrand-Etikette der Brasilianer: nie-mals mit einem Handtuch an denStrand! Er beschreibt den Übermutder Stadt und die ansteckende Dau-men-hoch-Mentalität der Cariocas.Wer Rio kennt, bestätigt die Apartheidbei der Trennung von Lasten- undoffiziellem Aufzug zur Wohnung,schüttelt den Kopf über halbseideneTricks. Wunn: „In Brasilien gibt esviel Bürokratie, aber auch viel Ver-ständnis.“

Bei „In Brasilien geht’s ohne Texti-lien“ ist nur der Buch-Titel zumFremdschämen. Der Autor schreibtangenehm und pointiert. Seine priva-ten Szenen helfen, die Mentalität derBrasilianer zu verstehen. Das Kapitel„Einkaufen“ ist hochkomisch: ImSupermarkt in Strandnähe stehenMänner in noch feuchter Badehose ander Wursttheke. Wer bar zahlt, tut dasnicht selten mit durchweichten Schei-nen. Andere kommen frisch aus demMeer und hinterlassen sichtbare Spu-

ren. Nach einem Jahr wagt der Journa-list einen schüchternen Selbstversuch:in trockenen Badeshorts und Havaia-nas, das T-Shirt ausgezogen über dieSchulter geworfen. Halb nackt fühlt ersich so seltsam, dass er versucht ist,alle Männer mit freier Brust kompli-zenhaft zu grüßen, so wie Motorrad-fahrer es tun.

Schon bald stellt der „Gringo“ fest,dass die Brasilianer jeden Anspruchauf eine Orientierung an der Uhr auf-gegeben haben. Für einen Fernseh-journalisten ist das die Hölle. Tatsäch-lich zeigen Studien des US-Zeitfor-schers Levine: Brasilianer finden esvöllig in Ordnung, wenn jemand biszu 62 Minuten verspätet zu einer Mit-tagessensverabredung kommt oder129 Minuten zu spät zu einem Kinder-geburtstag. Unpünktliche Menschengelten sogar als erfolgreich undbesonders relaxed.

Zum Ausgleich dafür sind die Brasi-lianer süchtig nach Smalltalk. Jederspricht gerne in die Kamera - für einenFernsehjournalisten das Paradies. Undwenn der Journalist ein Ziel hat, gehtviel. In Deutschland kann man nachdem dritten „Nein“ einpacken. AmZuckerhut ist die Verhandlung an die-sem Punkt noch lange nicht am Ende.

Er hat einen Traumjob in einer Traumstadt: Andreas Wunn (38) leitet das ZDF-Studio in Rio de Janeiro. Als Auslandskorrespondent ist er für ganz Südameri-ka zuständig. Die kleinen, aber witzigen Geschichten aus seinem Leben in Rio,die er im Programm des ZDF nicht unterkriegt, erzählt der Fernsehjournalistleicht und unprätentiös in seinem aktuellen Buch.

Jetzt kommt der brasilianische „Jeitin-ho“ ins Spiel, der kleine Ausweg.„Ohne Jeitinho würde das Land trägevor sich hindümpeln. Erst der Jeitinhofordert den kreativen Geist des Brasi-lianers heraus und stachelt ihn an, dieeleganteste Problemlösung zusuchen“, schreibt Andreas Wunn.

„Es ist sehr schwer, in Rio nichtglücklich zu werden“, sagt einer, derin Trier aufgewachsen ist, in BerlinPolitik studiert hat und dessen Karrie-re beim ZDF-Morgenmagazinbegann: „Rio ist für mich immer nochdie schönste Stadt der Welt“. Mitleicht geneigtem Kopf schaut derChristo vom Corcovado auf das Häu-sermeer, die irren Felsen und den Oze-an. Als der Neu-Carioca hört, derspektakuläre Beton-Jesus sei innenhohl, lässt er nicht locker, bis er insInnere der Statue darf. Über eineEisentreppe klettert Andreas Wunnhoch, am steinernen Herz des Christovorbei. Aus einer Öffnung im Kopfschaut er heraus. Darf es sehen mitChristo-Blick: Rio de Janeiro im Mor-genlicht. �

Schwer verliebt in Rio

TEXT: EVA VON STEINBURG

ZDF-Korrespondent Andreas Wunn:

Der Autor Andreas Wunn auf der Jesus-Statue

© A

ndreas Wunn

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Tópicos: „Manche Städte liebt manfür das, was sie in einem hervorbrin-gen“, heißt es in „Mal Aria“. Ist Riode Janeiro so eine Stadt für Sie?

Carmen Stephan: Ich war 2002zum ersten Mal in Rio de Janeiro.Seitdem hat diese Stadt mich immerwieder aufs Neue berührt und inspi-riert. Mir kommt dort immer alles„vergrößerter“ vor. Die Blätter sindgrößer, die Ameisen sind größer, dieHitze ist größer, die Gedanken sindgrößer, die Gefühle sind größer –und letztere werden ungeschützterausgelebt.

Sie waren Kultur-Journalistin beiSpiegel Online und Redakteurin

beim Münchner SZ-Magazin. Siekündigten ihre Redakteursstelle, umim Büro von Oscar Niemeyer einunbezahltes Praktikum zu machen…

Ja, ich habe mich neben dem Schrei-ben immer auch für Architekturinteressiert, und ich liebe Oscar Nie-meyers Bauten. Aus der Begegnungmit ihm ist später mein Erzählband„Brasília Stories“ erschienen. Darinwerden die ersten Bewohner Brasíli-as porträtiert. Ich bin der Frage nach-gegangen, ob in einer neuen Stadtauch ein neuer Mensch entsteht. Lei-der ist das Buch inzwischen vergrif-fen und sucht einen neuen Verlag.

In der Süddeutschen Zeitung werdenSie zitiert: „In Brasilien gibt esweniger Konventionen, alles isterlaubt im Denken und im Handeln“.Darin läge eine Tiefe, die nichts mitdem Klischee vom Samba tanzendenFeiervolk zu tun habe…

Für mich denken die Brasilianer ten-denziell weniger in Rastern, sondernschauen sich alles offener an. Es istein Ausweiten des Geistes. Die Auf-nahmefläche wird größer. Es gibtweniger Tabus. In dieser Hinsicht istBrasilien Vorbild. Bei uns wird dasWissen über das Fühlen und Erlebengestellt. In Brasilien ist es erlaubt,etwas auch im Erleben zu begreifen.Wissen und Gefühl dürfen gleichstark sein, in einer Reihe stehen.

Sie sagen, in Brasilien sei die Vielfaltder Möglichkeiten größer. „Die Leu-te leben weniger mit angezogenerHandbremse “.

Die Autorin Carmen Stephan (38) lebt in München und verbringt einen Großteildes Winters in Rio de Janeiro. Für „Mal Aria“, ihr Romandebüt, erhielt sie Ende2012 den renommierten Literaturpreis der Jürgen-Ponto-Stiftung. Schauplät-ze des Buches sind das Amazonasgebiet, die Ilha de Marajó und ein Kranken-haus in Rio, in dem eine junge Deutsche an einer mit Dengue-Fieber verwech-selten Malaria dem Leben entgleitet. Delikat beobachtet und erzählt von demtodbringenden Moskito - eine Parabel über die Unkontrollierbarkeit desLebens.

Wir Mitteleuropäer neigen dazu, unsin einem abgespeckten Rahmen zubewegen. Vor lauter Angst, Sicher-heitsdenken und Rationalität habenwir das Bewusstsein für die vielenMöglichkeiten in unserem Lebenverloren. Im Prinzip hat die jeder,aber wir leben sie oft nicht. Sie wer-den gar nicht erspürt, weil man demSpüren nicht so viel Bedeutung bei-misst.

Was ist das Tiefe an der brasiliani-schen Mentalität?

Das ist nur schwer zu vermitteln.Wenn man sagt, die Brasilianer sindso voller Lebensfreude, ist das zuoberflächlich. Es ist etwas vielErnsthafteres und Tieferes, was diebrasilianische Lebensart ausmacht.Wie hier Rationalität, Sinnlichkeitund Spiritualität in einem aus Indios,Europäern und Afrikanern ethnischvermischten Volk unauflöslichzusammenfließen. Diese Tendenz,sich eher mit den anderen Menschenzu verbinden als sich zu trennen. ImAlltag in Rio spüre ich einen Huma-nismus, der sich in kleinen Gestenzeigt, dass man den Anderen wirk-lich wahrnimmt und sehr demAugenblick verhaftet ist.

Humane, kleine Gesten

DAS INTERVIEW FÜHRTE: EVA VON STEINBURG

Sie meinen, Brasilien kann der Welteine Lektion in Humanismus erteilen?

Ja, auch Stefan Zweig und der PragerPhilosoph Vilém Flusser fanden inBrasilien einen Humanismus, den esso bei uns nicht gibt. Sie beschriebeneinen neuen Menschen. In Rio über-raschen mich ständig kleine Gesten,die mich berühren. Es gibt viele Bei-spiele dafür, wie das Leben vom„calor humano“, von menschlicherWärme, geprägt ist: Die Kranken-schwester, die in „Mal Aria“ derdeutschen Patientin ein Küsschen aufdie Wange drückt. Die Busfahrerin,die an der tosenden „Avenida NossaSenhora de Copacabana“, mit offe-ner Bustüre fährt, damit meine klei-ne Tochter sehen kann, dass sie ihrzurückwinkt. Zwei wildfremde Paarean einem Restauranttisch, die nachkurzer Zeit, ohne jede Absicht, ohne

jedes Ziel, ein intensives Gesprächfinden – und bald isst einer vom Tel-ler des anderen (lacht).

Wie erleben Sie die immer noch kras-sen Gegensätze Arm-Reich?

Sie existieren natürlich, aber wieschaut man auf sie? Von meinem Blick-winkel aus ist hier das „und” wichtigerals das „oder”. Nicht Schwarz oderWeiß, Arm oder Reich, sondernSchwarz und Weiß, Arm und Reich. InRio gibt es sehr viel Armut, etwas ver-bindet die Cariocas trotzdem. Es gibteine Balance im täglichen Miteinander,die gelebt wird. Der Strand ist das besteBeispiel. In Shorts und Schlappen sindalle erstmal gleich. Selbst wenn derStrand leer ist, neigen alle dazu, inGrüppchen zusammenzustehen, alssuche man geradezu die Nähe deranderen. Keiner würde hier sein Hand-

tuch von dem Fremden neben ihm, werimmer das auch ist, wegrücken.

Sind Brasilianer Lebenskünstler?

Wie die Cariocas leben, das isteigentlich leben: Reinspringen undlos! Das Zutrauen: es wird schonklappen, ist stark. Auch ich verlassemich darauf, immer wieder.

Arbeiten Sie an einem neuenRoman?

Der erste Funke ist da. Mein näch-stes Buch hat wieder mit Brasilien zutun. �

Mal AriaS. Fischer Verlag, 18,99 Euro

ISBN: 978-3-10-075141-6

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Die Autorin Carmen Stephan lebt in München und in Rio de Janeiro

© Jonas U

nger

"Mal Aria" ist eine Geschichte über Lebenund Tod. Erzählt von einem Moskito.

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KULTUR | CULTURA

Tópicos 01 | 2013

KULTUR | CULTURA

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Erfreulicherweise stößt dieInitiative zu dem Festjahr aufbreite Unterstützung aus der

Wirtschaft. Viele der in Brasilienansässigen deutschen Konzerne undUnternehmen beteiligen sich mit gro-ßem Engagement – die Wichtigkeitdes partnerschaftlichen Austauschesin Anbetracht der Herausforderungendes 21. Jahrhunderts wurde erkannt.In den vergangenen Jahrzehntendominierte Asien die Agenda vonWirtschaft und Politik, was sich auchin den Medien niederschlug. Unge-achtet dessen entwickelte sich derwichtige lateinamerikanische Marktstabil – ohne allerdings im Mittel-punkt zu stehen. Die strategische Part-nerschaft zwischen Deutschland undBrasilien soll neue Impulse erhaltenund in Wirtschaft, Wissenschaft undForschung ebenso wie auf kulturellerEbene ausgebaut und vertieft werden.

EröffnungswocheDer feierliche Start des Deutsch-

landjahres in Brasilien ist die Eröff-nungswoche in São Paulo. Am 13.Mai wird im Teatro Municipal der

deutsche Bundespräsident JoachimGauck zusammen mit der PräsidentinDilma Rousseff das Jahr mit einemFestakt eröffnen. Für die musikalischeUntermalung sorgt das Young EuroClassic-Ensemble. Dazu treffen sichim Vorfeld der Eröffnung junge, hoch-karätige Musiker aus Deutschland undBrasilien. Zusammen mit einem deut-schen Dirigenten proben sie ca. eineWoche intensiv und erarbeiten sichdabei gemeinsam ein Repertoire. AmTag der Eröffnung wird das exklusiveEnsemble im Teatro Municipal auftre-ten. Im Anschluss wird es noch weite-re Auftritte geben. Dieses musikali-sche Projekt zeigt eindrücklich, wiegute Beziehungen und eine guteZusammenarbeit funktionieren:Durch direkte Begegnung und harteArbeit, um gemeinsam ein Ziel zuerreichen.

WirtschaftZur gleichen Zeit werden die

„Deutsch-Brasilianischen Wirt-schaftstage“ in São Paulo eröffnet.Die Konferenz steht unter dem Motto„Deutsch-Brasilianische Zusammen-

arbeit zur Stärkung der Wettbewerbs-fähigkeit“. In zahlreichen Panels undWorkshops werden aktuelle Themenund Potentiale der Zusammenarbeitaufgezeigt z.B. in den BereichenInfrastruktur, Innovationen, Rohstoffeund Energie sowie bei den Herausfor-derungen für Megacities und in derGesundheitswirtschaft. Es werden ca.1.000 Vertreter aus Wirtschaft undPolitik beider Länder erwartet.

KulturEbenfalls in der Eröffnungswoche

startet die KulturTour des Goethe-Instituts. Dabei handelt es sich um einmobiles Kulturinstitut, das ein Jahrlang von Stadt zu Stadt ziehen wirdund ein Programm vom Open-Air-Kino und Musikveranstaltungen überMitmachtheater und Performances bishin zu kleinen Festivals veranstaltenwird. Das KulturTour-Fahrzeug wirddazu auf bekannten öffentlichen Plät-zen Station machen. Mit Schulen undBibliotheken vor Ort, werden schonim Vorfeld gemeinsame Projekte ent-wickelt und während des Besuchs derKulturTour bei diesen Partnern umge-

Die Eröffnungswoche des Deutschlandjahresnähert sich mit großen Schritten: Am 13. Maiwird das Festjahr offiziell in São Paulo eröffnet.Der hohe Anspruch der Organisatoren ist es,„Deutschland 360 Grad“ in seinen vielen Facet-ten erfahrbar zu machen. Die Bandbreite reichtvon hochkarätigen Ausstellungen und Konzertenbis hin zu Wirtschaftsmessen und Kongressen.

TEXT: JULIAN HERMANN

* Dieser Beitrag ist ein Update zum Artikel „Wo Ideen sich verbinden“ (Tópicos 03/2012). Gleichzeitig ergänzt er die früher angekündigten Projektvorhaben.

setzt. An seinen Haltestationen solldas Interesse der Bevölkerunggeweckt und ein inspirierendes undinnovatives Bild der deutschen Kulturund Sprache vermittelt werden. Part-ner sind eingeladen, mit eigenen Akti-vitäten zu den Veranstaltungen beizu-tragen. Die KulturTour wendet sich anKinder und Jugendliche, Schüler undStudierende , aber auch Kulturschaf-fende, Lehrer, Bibliothekare undnatürlich Passanten und Anwohner ausder Umgebung. Angefahren werden17 Städte .

Die medienübergreifende Ausstel-lung „Bauhaus. Film und Foto“ ist einweiteres Highlight der Eröffnungswo-che. Seltene Originalfilme machendas Schaffen des historischen Bauhau-ses lebendig und zeigen Meister wieWalter Gropius, László Moholy-Nagy,Wassily Kandinsky und andere bei derArbeit. Ausgehend von dem von Gro-pius entworfenen Lehrkonzept einer„Wissenschaft des Sehens“ spielte fil-mische Praxis am Bauhaus eine großeRolle. Experimentelle Werke unddokumentierender Film vermittelneinen anschaulichen Eindruck von derIdee „Bauhaus“.

Gemeinsam konzipiert von der Stif-tung Bauhaus Dessau und dem Bau-haus-Archiv Berlin, wurde eine Schaumit 200 Fotografien zusammenge-stellt. In den fünf Themenbereichen„Living the Bauhaus“, Portrait, Foto-klasse Peterhans, Produkt- und Archi-tekturfotografie wird die künstlerischeVielseitigkeit der gelernten und auto-didaktischen Fotografen des Bauhau-ses zugänglich gemacht. ZahlreicheMeister und Schüler des Bauhauseskamen aus dem Ausland und trugenentscheidend dazu bei, dass sich inden Werken Elemente des Surrealis-mus, Dadaismus, Neuer Sachlichkeit

und Futurismus finden – Individuali-tät statt eines einheitlichen Bauhaus-Stils.

Wissenschaft Die Aktivitäten der Eröffnungswo-

che sind nicht auf São Paulobeschränkt, auch in Rio de Janeirogibt es zum Auftakt des vom DWIHSão Paulo koordinierten Wissen-schaftsprogramms ein Highlight. ImGouverneurspalast des Bundesstaates,dem „Palacio Guanabara“ wird Bun-despräsident Joachim Gauck am 15.Mai von dem brasilianischen Ministerfür Wissenschaft und Technologie,Prof. Dr. Marco A. Raupp, und demGouverneur von Rio de Janeiro, Ser-gio Cabral, empfangen und vor zahl-reichen Gäste aus Wissenschaft undHochschulwesen die Wissenschafts-säule eröffnen. Auch eine Diskussi-onsrunde mit brasilianischen Studen-ten, vor allem ehemaligen Stipendia-ten des Programms „Wissenschaftohne Grenzen“ ist mit dem hochrangi-gen Besucher geplant. Aus Anlass des

40. Jahrestages der Gründung derDAAD-Außenstelle Rio de Janeirowird am gleichen Tag auch ein hoch-rangiges Alumni-Seminar des DAADstattfinden: Bekannte Wissenschaftlerund Persönlichkeiten werden in Panel-diskussionen über verschiedene hoch-aktuelle Themen wie die Europakrise,Rechtsordnungen und Globalisierungsowie Hochschulkooperation zwi-schen Deutschland und Brasilien dis-kutieren.

Beteiligung der WirtschaftClaudio Struck ist der Projektleiter

des Deutschlandjahres. Er bringt dieProjekte aus Wirtschaft, Wissenschaftund Kultur unter ein organisatorischesDach und steht in engem Kontakt zuden Sponsoren. „Wir sind sehr erfreutüber die rege Teilnahme der Wirt-schaft am Deutschlandjahr. Wir habenschon viele wichtige Unterstützergewinnen können und sind optimi-stisch, dass es noch mehr werden.Schließlich dauert das Deutschland-jahr bis Mitte 2014.“ �

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Vorgeschmack auf das Deutschlandjahr:

Anlässlich des Tags der Deutschen Einheit 2012

erstrahlte Rios Christus-Statue in den Farben Schwarz, Rot, Gold

© G

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Die Sambaschule „Unidos da Tijuca“ präsentierte beim Karneval in Rio einen Umzug zumThema „Verzaubertes Deutschland“ . Die Idee dazu stammte von Alfons Hug, Leiter des

Goethe-Instituts in Rio de Janeiro

© G

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Das Deutschlandjahr in Brasilien 2013+2014*Das Deutschlandjahr in Brasilien 2013+2014*

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Als einer der bedeutendstendeutschen Übersetzer brasilia-nischer Literatur gilt er seit

1994, als nach langjähriger und mühe-voller Arbeit seine Fassung von Eucli-des da Cunhas Monumentalwerk Ossertões erschien. Mit diesem Buch lagnun nicht nur einer der großen Klassi-ker der brasilianischen Literatur end-lich auf Deutsch vor, auch BertholdZillys übersetzerische Leistung – phi-lologische Gründlichkeit, sprachlicheKreativität und kultureller Transfer –in Krieg im Sertão (Suhrkamp) setzteneue Maßstäbe. 1995 wurde dieseÜbersetzung mit dem Christoph-Mar-tin-Wieland-Übersetzerpreis ausge-zeichnet.

In der Folge übersetzte BertholdZilly weitere klassische Werke derbrasilianischen Literatur. 2001erschien bei Amman Das traurigeEnde des Policarpo Quaresma (O tri-ste fim de Policarpo Quaresma) vonLima Barreto, 2004 folgte Das Brotdes Patriarchen (Lavoura arcaica)von Raduan Nassar bei Suhrkamp,2009 schließlich in der FriedenauerPresse das Spätwerk von Machado deAssis Tagebuch des Abschieds (Omemorial de Aires). Mit großer Span-nung wird seine für 2015 angekündig-te Neuübersetzung des kolossalenRomans Grande Sertão: Veredas vonJoão Guimarães Rosa (bei Hanser)erwartet.

Am Lateinamerika-Institut der Frei-en Universität Berlin lehrte BertholdZilly von 1974 an als AkademischerRat und Lektor für brasilianischesPortugiesisch und lateinamerikanischeLiteratur. 1976 promovierte er an derFU über Molières L’Avare: Zur Kritik

der bürgerlichen Gesellschaft im 17.Jahrhundert, doch seine Schwerpunk-te in Lehre und Forschung liegen imBereich der brasilianischen und latein-amerikanischen Literatur. Besondersintensiv beschäftigt er sich mit der„Poetik zivilisationsferner Räume(Sertão und Pampa)“, mit der klassi-schen Dialektik von „Zivilisation undBarbarei“ sowie mit Fragen der natio-nalen Identität und Geschichte inLateinamerika.

1978-80 war er als DAAD-Lektorund Leiter des Deutschen Kulturinsti-tuts an der Universidade Federal doCeará in Fortaleza tätig, ab den 1990erJahren als Gastdozent an verschiede-nen brasilianischen Universitäten, wieder Universidade de São Paulo (1997),Universidade Federal Rural do Rio deJaneiro (1998-99) und der Universida-de Federal do Rio Grande do Sul(2002).

2010 setzte er sich nach lange Lehr-tätigkeit an der Freien Universität zurRuhe. Er ist aktuell Gastprofessor derUniversidade Federal de Santa Catari-na in Florianópolis. 2001 erhielt er fürseine Verdienste um die Vermittlungder brasilianischen Kultur und Litera-tur in Deutschland den wichtigstenbrasilianischen Orden „Ordem Nacio-nal do Cruzeiro do Sul“ und 2004wurde er von der Universität Bremenzum Honorarprofessor für Romani-sche Literaturwissenschaft berufen.

Berthold Zilly verkörpert wie nurwenige die fruchtbare Verbindung ausLiteraturübersetzer und Literaturwis-senschaftler, in der sich die beidenBereiche auf vielfältige Weise gegen-seitig ergänzen. Unvergessen bleibt

mir persönlich seine Übersetzerwerk-statt am Lateinamerika-Institut, in derTexte zur Translationstheorie, veröf-fentlichte Übersetzungen und vorallem auch Arbeitsproben von Bert-hold Zilly selbst oder anderen Teilneh-mern vorgestellt und intensiv bespro-chen wurden. Ein solcher Raum fürdie Entfaltung und Vertiefung, fürExperimente und Gegenproben bildetim Grunde das Ideal des Übersetzensals gründlichste und umfassendsteForm der Lektüre und Interpretationeines Textes, verbunden mit dem krea-tiven Prozess seiner Neuschreibung ineiner anderen Sprache. Und diesesVerständnis von der Natur des Über-setzens ist eine der wertvollsten Lek-tionen, die Berthold Zilly seinen Stu-dierenden und den jungen Übersetzernebenso wie den deutschen Lesern bra-silianischer Literatur zu vermittelnweiß. �

Übersetzung als Kritik

Im Oktober vergangenen Jahres wurde Prof. Berthold Zilly für seine herausragenden Verdienste „als Vermittler zwischender brasilianischen und deutschen Literatur durch seine langjährige Arbeit als Hochschullehrer, Übersetzer und Litera-turkritiker“ – so der Wortlaut der Begründung – mit dem Martius-Staden-Preis 2012 ausgezeichnet.

Berthold Zilly:

TEXT: DR. MARCEL VEJMELKA

© M

artius-Staden-Institut

Die dritte Ausgabe des Kultur-frühlings Ulm richtet seinenBlick nach Brasilien – ein

Land, das durch seine ethnische Viel-falt über ein sehr viel breiteres Aus-drucksspektrum verfügt als irgendeineuropäisches Land. Architektur,Musik und Tanz, Bildende Kunst,Literatur und Filmkunst bilden diekulturellen Schwerpunkte der Veran-staltungen im Rahmen des gemeinsa-men Festivals. Mit Vorträgen, inGesprächsrunden und Radiosendun-gen werden politische, soziale undökologische Aspekte angestoßen undhintergründig beleuchtet.

Festivaleröffnung am 23. März im Stadthaus

Am 23. März wurde das Festivalvon Johannes Kärcher, dem Sprecherder Deutsch-Brasilianischen Gesell-schaft, Distrikt Baden-Württemberg,mit einem Einführungsvortrag imUlmer Stadthaus eröffnet. Musika-lisch stimmten ENCANTO-Brasilia-nischer Chor, die Band Al Jovo mitihrem bewegenden Mix aus Brazil,Jazz, Fusion und Soul sowie DJRéMark mit Brasilectro-Klängen aufdas Thema ein. Die Ausstellung »Bra-silia« war an diesem Abend bis 21 Uhrzu sehen.

Ausstellungen, Filme, Musik,Vorträge und Aktionen in Hülle und Fülle

Der Kulturfrühling hat zahlreicheAusstellungen im Programm, darunterunter anderem großformatige »Brasi-

lia«-Fotografien, »Abra o olho –Augen auf!«, zeitgenössische brasi-lianische Kunst, oder »Julia da Silva-Bruhns«, die fotografische Darstel-lung dreier Lebensetappen der brasi-lianischen Mutter von Thomas Mann.Spannende Einblicke in die lateiname-rikanische Seele dreier Generationenbietet die Fotoausstellung »Frauen inBrasilien« von Joyce Mussi.

Ins Herz, in die Seele und in dieBeine geht der bunte musikalischeMix: Latinjazz mit dem Javier HerreraTrio, hinreißender Brasil-Pop derenergiegeladenen Flavia Coelho, YaraLinss mit einem facettenreichen Mixaus Bossa Nova und Jazz oder moder-ner Latino-Hip-Hop mit TimbasonX.

Das brasilianische Filmfest »Cine-Brasil« lädt zu einer Reise in dieunterschiedlichsten LebensweisenBrasiliens ein. Die Auswahl mehrfachpreisgekrönter Filme zeigt die Beson-

derheiten und die Vielfalt verschiede-ner Regionen in Brasilien. Einumfangreiches Vortragsprogrammbegleitet die Kulturveranstaltungenund beleuchtet politische, soziale,gesellschaftliche und ökologischeThemen und Aspekte. Workshops,Kurse und Mitmachaktionen rundendas kunterbunte Kulturerlebnis ab undladen dazu ein, eine spannende, neueWelt zu entdecken. Und nicht zuletztbegleitet Radio Free FM quasi alsFestivalsender mit vielen Sondersen-dungen den brasilianischen Kultur-frühling. Das komplette Programm istabrufbar unter www.kulturfruehling-ulm.de �

In Zusammenarbeit mit der Deutsch-Brasilianischen Gesellschaft e.V.,

Distrikt Baden-WürttembergGeschäftsstelle und Koordination:

vh ulm, Dr. Dagmar Engels,Kornhausplatz 5, 89073 Ulm,

Tel. 0731-1530-17, [email protected]

Ein bunter brasilianischer Mix mit spannenden Einblicken

Ulm als Stadt mit großen kulturellen Ambitionen hat eine leben-dige und lebhafte Kulturszene, in der alle kulturellen Genresund Spielarten vertreten sind. Beim gemeinsamen Frühlingsfe-stival, dem Kulturfühling, spiegelt die Ulmer Kulturszene dieverschiedenen kulturellen Facetten eines Themas über einenZeitraum von mehreren Monaten wider.

Kulturfrühling Ulm: Brasilien

TEXT: CARMEN MARK

Auswahl Veranstaltungen:23. März Festivaleröffnung im Stadthausbis 6. April Julia da Silva-Bruhns (Stadtbücherei Neu-Ulm)bis 7. April Brasilia (Stadthaus)13. April Javier Herrera Trio (Einsteinhaus)17. April bis 10. Juli Klassiker des brasilianischen Kinos

(mittwochs, Einsteinhaus)bis 26. April Frauen in Brasilien (Einsteinhaus)24. April Flavia Coelho (Roxy)3. Mai Yara Linss (Café Brazil)10. Mai Brasilien – der Rhythmus eines Landes (Einsteinhaus)bis 26. Mai Abra o Olho – Augen auf! (Kunstverein)28. Juni TimbasonX (Seebühne Erbach)

Yara Linss – Konzert am 3. Mai im Café Brazil

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KULTUR | CULTURA

Tópicos 01 | 201354

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Kulturvergleichend studierenDa das Brasilien-Zentrum für die

brasilianischen Studierenden an derUniversität Tübingen weniger Lehr-als Betreuungsfunktion hat, standendie großen Forschungsergebnisse imHintergrund. Wichtiger war es, denBesuchern und Kommilitonen in gro-ben Zügen zu beschreiben, was derInhalt des eigenen Auslandsaufent-haltes ist. Kulturelle Vergleiche blie-ben nicht aus zwischen den Ausfüh-rungen über Erfahrungen bei Klinik-Praktika, über paläontologische Phä-nomene, zu cluster-basiertem Net-work on Chips, zu neuen Techniken inder Phytochemie oder ganz einfachzum Stand des Spracherwerbs. Dieserließ sich relativ einfach messen, denneine der Vorgaben des Brasilien-Zen-trums war, den Vortrag in deutscherSprache zu halten – und trotz derunterschiedlichen sprachlichen Vor-aussetzungen konnte man alle Vortra-genden sehr gut verstehen.

Bei der Sprache und bei der Kom-munikation setzten auch einige an,wenn es um die Beschreibung kultu-reller Unterschiede geht. Es sei mei-stens leichter und gehe schneller, mitausländischen Kommilitonen insGespräch zu kommen als mit deut-schen, andererseits seien die Deut-schen verlässliche Freunde – hat mansie erst mal als solche gewonnen. Die-se Verlässlichkeit konnten auch dieje-nigen erfahren, die im Rahmen ihres

Studiums ein Praktikum absolvierten:dort sei die Kollegialität groß undman könne immer mit Unterstützungder Kollegen und Mitstudierendenrechnen. Neu sei für die Stipendiatenzu erleben, wie ein Teil der Professo-renschaft Distanz zu den Studieren-den wahre; das sei in Brasilien völliganders, wo die Professoren in derRegel „sogar“ die Namen der Studie-renden wüssten.

Beeindruckend sei die stets großePünktlichkeit der Deutschen: ein Zei-chen der Höflichkeit gegenüber demanderen und für Brasilianer eine inter-essante Erfahrung. Sie genießen dieöffentliche Sicherheit, die es ermög-licht, z.B. nicht nur in Parks, sondernauch auf der Straße Rad zu fahren,nach Einbruch der Dunkelheit auf derStraße spazieren zu gehen oder ein-fach draußen zu sein.

Kulinarisch sei man gerade bei denSchwaben doch ganz gut dran. Esbrauche nicht lange, bis man sich anMaultaschen oder Linsen mit Saiten-würschtle gewöhnt habe. Insgesamtjedoch sei es erstaunlich, welcheMengen an Kartoffeln man inDeutschland esse und welche Variati-onsmöglichkeiten diese Knolle dochbiete.

Die jungen Menschen erzählten voneiner Vielfalt von Erlebnissen, die siehier in Deutschland machten. Bei

allem, von der Immatrikulation überdie Zimmersuche bis hin zu individu-ellen Schwierigkeiten, hilft ihnen dasBrasilien-Zentrum. Man muss nichtzwingend Stipendiat des Brasilien-Zentrums sein, wenn man dort Unter-stützung sucht. Derzeit sind es dieStipendiaten aus dem Programm„Ciência sem Fronteiras“, die dengrößten Teil der Studierenden ausBrasilien darstellen. „Ciência semFronteiras“ ist ein umfassendes Sti-pendien-Programm, das die brasilia-nische Regierung vor 2 Jahren lan-ciert hat, mit dem Ziel, in rund vierJahren mehr als 100.000 Stipendienweltweit bereitzustellen, um den wis-senschaftlichen Nachwuchs aus Bra-silien international zu fördern. DiesesStipendium wird in der Regel für einJahr vergeben und ist für das Studiumeines naturwissenschaftlichen Fachesim Ausland gedacht.

Im Prinzip kann aber jeder Studie-rende aus Brasilien das Brasilien-Zentrum aufsuchen, es ist sogar aus-drücklich gewünscht. Denn wohl nir-gendwo an der Uni Tübingen wirdman so kompetent und zielgerichtetportugiesischsprachige und auf brasi-lianische Studierende ausgerichteteUnterstützung finden wie dort. �

Weitere Informationen über das Brasilien-Zentrum in Tübingen:

www.uni-tuebingen.de/brasilien-zentrum

Ciência sem Fronteiras beflügelt akademische Nachwuchsförderung

Ende Januar kamen im Baden-Württembergi-schen Brasilien-Zentrum der Universität Tübin-gen 12 junge Studierende aus Brasilien zumjährlichen Stipendiaten-Seminar zusammen. Inkurzen Vorträgen präsentierte jeder Teilnehmereine Zusammenfassung seines Studiums inTübingen – oder seine frisch gesteckten Ziele,denn manche waren erst wenige Wochen zuvornach Deutschland gekommen.

Stipendiaten-Seminar am Brasilien-Zentrum in Tübingen

TEXT: MARTINA MERKLINGER

© B

rasilien-Zentrum

.

Zum ersten Mal mit dabei waren150 Teilnehmer des brasiliani-schen Regierungsstipendien-

programms „Ciência sem Fronteiras”,die der DAAD während ihrer Zeit inDeutschland betreut. „Wir möchtenallen das Gefühl vermitteln, Teil derweltweiten DAAD-Familie zu sein”,betont DAAD-Präsidentin Prof. Dr.Margret Wintermantel.

Der DAAD lädt fünfmal im Jahr zuStipendiatentreffen ein, um insge-samt rund 3.500 Neuankömmlinge zubegrüßen und miteinander in Kontaktzu bringen. Alle Veranstaltungen2013 stehen unter dem Motto desDAAD-Jahresthemas „Nachhaltig-keit international gestalten“, das auchden Leitfaden der Vorträge bei derzweitägigen Veranstaltung in Chem-nitz bildete. Neben den Referentenkamen die Stipendiaten zu Wort undpräsentierten Aspekte aus ihrer wis-

senschaftlichen Arbeit. So bieten die-se Treffen die Chance, Teilnehmermit ähnlichen Interessen und For-schungsfragen früh zusammenzu-bringen.

Diese Möglichkeit zur Vernetzungsollten auch Stipendiaten der brasilia-nischen Förderinitiative „Ciência semFronteiras” erhalten. Die Gruppezeichnete sich in verschiedener Hin-sicht aus: Mehrheitlich handelt es sichum Studierende aus Bachelor- undMasterstudiengängen der Ingenieur-und Naturwissenschaften sowie derLife-Sciences. Für die meisten vonihnen ist dies der erste Auslandsauf-enthalt. Die Förderung ermöglichtihnen einen zwölfmonatigen, in Ein-zelfällen auch achtzehnmonatigenAufenthalt. Während dieser Zeithaben sie neben dem Studium dieGelegenheit, ein Praktikum in derdeutschen Industrie zu absolvieren.

In seinem Vortrag erörterte Johan-nes Kärcher, Vorsitzender des Verwal-tungsrats des FamilienunternehmensAlfred Kärcher GmbH & Co. KG undMitglied des Kuratoriums des Brasi-lien-Zentrums Baden-Württembergan der Universität Tübingen dieBedeutung interkultureller Kommuni-kationsfähigkeit in internationalenUnternehmen.

Die brasilianischen Stipendiatenäußerten sich durchweg positiv,sowohl über das Stipendiatentreffenals auch auch über die Studienbedin-gungen in Deutschland: „Es ist sehrinteressant, hier in den Vorträgenetwas über die Forschungsprojekteder anderen DAAD-Stipendiaten zuerfahren. Vielleicht komme ich späterauch nach Deutschland zurück, umhier zu promovieren.“ �

(Quelle: DAAD)

DAAD lud brasilianische Regierungsstipendiaten zu Stipendiatentreffen ein

Vom 22. bis 24. März besuchten rund 850 Gäste aus aller Welt die Technische Universität Chemnitz. Zu diesem erstenStipendiatentreffen in diesem Jahr wurden die 604 Stipendiaten des Deutschen Akademischen Austauschdienstes(DAAD) und ihre Familien vom Vizepräsidenten des Deutschen Akademischen Austauschdienstes, Prof. Dr. JoybratoMukherjee, und dem Rektor der TU Chemnitz, Prof. Dr. Arnold van Zyl, begrüßt. Die Stipendiaten kommen aus 91 Län-dern und studieren oder promovieren mindestens ein Jahr an einer von 60 Hochschulen oder Forschungseinrichtungenin Deutschland. Vier weitere Stipendiatentreffen werden in diesem Frühjahr in Darmstadt, Augsburg, Berlin und Wup-pertal stattfinden.

Die weltweite Familie des DAAD

Auf dem Podium v.l.n.r.: Frau Maria de Fátima Battaglin, CAPES;Herr Johannes Kärcher; Frau Martina Schulze, Leiterin der GruppeAfrika-Subsahara, Lateinamerika im DAAD; Herr Christian Müller,

Leiter der DAAD-Außenstelle in Rio de Janeiro.

Stipendiaten des Programms Ciência sem Fronteiras

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KULTUR | CULTURA

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„Paulista“ spielt weitgehend auf dertitelgebenden Avenida Paulista. Aus-gangspunkt ist ein großes Apparte-menthaus auf dieser berühmten Stra-ße São Paulos, in dem ein Teil derProtagonisten lebt und von dem ausweite Blicke in die Stadt gewährt wer-den. Die mehrfach ausgezeichneteMaria Clara Spinelli spielt eineerfolgreiche Scheidungsanwältin, Sil-via Lourenço eine junge Schauspiele-rin, die bei ihr zur Untermiete wohnt,Fábio Herford einen Schriftsteller, dersich zu einer Prostituierten hingezo-gen fühlt.

Ihre Begehrlichkeiten mutenzunächst ganz gewöhnlich an, dochnach und nach treten die Besonder-heiten in den Wünschen und mensch-lichen Beziehungen zutage. Es gehtum die Suche nach dem Liebesglückin der Großstadt São Paulo, wo esleichter zu sein scheint als in einerKleinstadt oder auf dem Land, außer-halb der Regeln gesellschaftlicherKonventionen zu leben oder seineVergangenheit als Geheimnis zu

hüten, um genau diese Konventionenleben zu dürfen. Gleichzeitig ist esaber – und das genau zeigt „Paulista“– auch in einer Megacity wie SãoPaulo schwer, diese Träume zu erfül-len.

Roberto Moreira drehte mit „Pauli-sta“ – trotz einiger Sets in verrauch-ten Music Clubs – einen ruhigen undunaufgeregten Film, der ohne vielPathos, aber oft humorvoll und dochauch gefühlsbetont die verschiedenenLebensentwürfe der dargestellten Per-sonen beschreibt.

Es gehen nicht alle Wünsche inErfüllung, aber für manche geht eswenigstens tröstlich weiter.

Moreira schafft es, einen universa-len Film zu drehen, „mas com umaforte cor paulista“, wie er selbst sagt.

TÓPICOS eröffnet er: „São Paulo hateines der besten Nachtleben der Welt,und das ist praktisch ein globalisiertesUniversum. Aber dieses Gebäude [indem der Film spielt, Anm. der Red.]… das ist sehr typisch für São Paulo.“

Roberto Moreiras Film ist in Brasi-lien unter dem Originaltitel „Quantodura o Amor“ bekannt und wird inDeutschland im Original mit deut-schen Untertiteln gezeigt. Auf dieFrage von TÓPICOS, welche Erwar-tungen er mit der Ausstrahlung desFilmes in Deutschland verbindet, ant-wortet er, dass er auf ein offenes, vor-urteilsfreies Publikum hoffe, das Ver-ständnis für die Schwierigkeitenzeigt, die mit der Suche nach demLiebesglück zusammenhängen.

PAULISTA: seit März 2013 in dendeutschen Kinos! �

PAULISTA – Geschichten aus São Paulo

Sehnsüchte und Verlangen bestimmen den Film „Paulista“, der in São Paulo gedreht wurde und nun im deutschen Kino läuft.

Brasilianischer Film jetzt in deutschen Kinos

TEXT: MARTINA MERKLINGER

GISELA PUSCHMANN ANWALTSKANZLEI ADVOCACIA Lurgiallee 6-8 · D-60439 Frankfurt am Main · Tel.: 0049-69-957359-0 · Fax.: 0049-69-957359-10

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Tätigkeitsfelder:brasilianisch-deutsche Rechtsbeziehungen; Existenzgründungsberatung;Arbeitsrecht; Erbrecht und Unternehmensnachfolge; Familienrecht; Handels- und Gesellschaftsrecht; IT-Recht

Áreas de Actividade:Relações jurídicas teuto-brasileiras; Assessoria na constituição de empresas;Direito de Trabalho; Direito das Sucessões e Direito de Sucessão de empresas;Direito de Familia; Direito Económico, Comercial e das Sociedades; Direito de TI

Seit 1985 bestehen intensive Geschäftsbeziehungen mit Brasilien.

Desde 1985 existem actividades profissionais intensas com o Brasil.

Zum ersten Mal in der über 100-jährigen Geschichte des Colé-gio Visconde de Porto Seguro

waren Schüler zu einem Praktikum inDeutschland. Am Standort Panambygibt es das Angebot, sich in der Ober-stufe in einem dreijährigen Curricu-lum auf eine berufliche Zukunft alsAußenhandelskaufmann (ComêrcioExterior) vorzubereiten.

Seit einigen Jahren existiertebereits die Idee der brasilianischenAbteilung, diesen Schülern desComêrcio Exterior eine internationa-le Praktikumsmöglichkeit anzubie-ten. Die neue Fachleitung für denBereich Deutsch als Fremdsprache ander Einheit Panamby nahm im ver-gangenen Schuljahr diesen Impulsauf. Es gelang, durch das großeEngagement des Vereins zur Förde-rung von Schulpartnerschaften zwi-schen Brasilien und Baden-Württem-berg sowie der Deutsch-Brasiliani-schen Gesellschaft, Distrikt Baden-Württemberg, Firmen für dieses Pro-jekt zu gewinnen.

21 Oberstufenschüler (16/17 J.),ausnahmslos brasilianische Jugendli-che, die Deutsch als Fremdsprachelernen, traten im Januar 2013 ihreReise nach Stuttgart an. Nach einemeinwöchigen Kurs („Wirtschafts-deutsch“ und Business-Knigge) inTübingen ging es für zwei Wochennach Heidenheim, Esslingen, Back-nang, Winnenden, Gaggenau undStuttgart, den Praktikumsorten.

Untergebracht in deutschen Gastfa-milien, arbeiteten sie täglich in denUnternehmen Voith, Index, Kärcher,Protektor, Mahle und bei der BW-Bank mit, lernten eigene Fähigkeitenweiterzuentwickeln, gewannen Klar-heit über Stärken und Schwächen undpräzisierten ihre Vorstellungen überden späteren Arbeitsplatz. Nichtzuletzt erhielten sie Einblicke in aus-ländische Märkte und sind jetzt in derLage, Vergleiche zwischen Arbeits-prozessen in Brasilien und inDeutschland anzustellen. Zwei Schü-ler erhielten sogar das Angebot, nachdem Schulabschluss in der Prakti-kumsfirma ein Studium im dualenSystem zu beginnen. Die Prakti-kumsberichte fielen rundum positivaus – sowohl die der Praktikanten alsauch die der Verantwortlichen an derPorto Seguro, deren Resümee dieRückmeldungen der Betriebe und derGastfamilien miteinbezogen.

Es scheint, dass mit einem Prakti-kum im Ausland eine Antwort aufdie immer drängendere Frage gefun-den ist, wie angesichts von Globali-sierungstendenzen im Bereich derArbeitswelt der Einstieg ins Berufsle-ben verbessert werden kann. Auf-grund demographischer Trends undder absehbaren Entwicklungen andeutschen Universitäten und auf demFachkräftemarkt ist es ein Anliegender Bundesregierung, dass DeutscheAuslandsschulen fruchtbare Bezie-hungen zu Wirtschaftsunternehmenam Schulstandort oder in Deutsch-land aufbauen.

Die Porto Seguro Schule hat einenrichtungsweisenden Weg eingeschla-gen. Die Rückmeldungen aus denUnternehmen machen Mut, diesesPilotprojekt weiterzuführen. Interna-tional erfahrene Mitarbeiterinnen undMitarbeiter sind zunehmend gefragt.Wer ein Praktikum in einem anderenLand macht, kann mit Auslandserfah-rungen, Fremdsprachenkenntnissenund Wissen über Land und Leute auf-warten. �

Industriepraktika in baden-württembergischen Unternehmen

„Es war noch besser, als ich gedacht habe. Ich weiß nicht, ob es etwas gab, was besser hätte sein können. Alles wargut!“. Das ist das Resümee eines brasilianischen Schülers, der mit zwanzig Kolleginnen und Kollegen ein Praktikum ineiner baden-württembergischen Firma absolvierte.

Colégio Visconde de Porto Seguro schickt Schüler nach Deutschland:

TEXT: WERNER BARKOWSKI

Unternehmen in Baden-Württemberg gesucht!Für Januar 2014 werden noch Plätze in allen Bereichen der Verwaltung und Fertigung be-nötigt! Interessierte Unternehmen wenden sich bitte an [email protected]

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MUSIK | MÚSICA MUSIK | MÚSICA

Tópicos 01 | 2013 59Tópicos 01 | 201358

Das zweite Album der Trilogiewar „Zii e Zie“ („Transsam-ba“, wie er meinte), und jetzt

ist das dritte Album erschienen, daswieder auf eine sonderbare Art zwi-schen den Stilen pendelt. Stücke wie„A Bossa Nova é foda“ zitieren Bos-sa, doch stets will Veloso das Altemit Neuem brechen. Mal zitiert erRap und Funk, dann wieder sind esganz einfache, schöne Melodien, wiedas Titelstück „Abracaço“, dieschnell in Bann ziehen.

„Abraçaço” ist ein unentschiede-nes Album. Es sind auch hier dieWidersprüche, welche die Musik vonCaetano Veloso auszeichnen. Malklingt die Musik honigsüß, dannwieder furios, revolutionär – Velosowill auch noch heute ein Erneuerersein. Immer noch ist er ein Wandererzwischen Tradition und Moderne,zwischen Populär- und Hochkultur,

ein „Klischee-Zerstörer“, der seitden frühen 1960er Jahren die brasi-lianische Musikszene bereichert.

Aufgenommen ist auch das letzteAlbum der Trilogie mit seiner „Ban-da Cê“, einer jungen Gruppe, derenLust groß ist, immer wieder neuesmusikalisches Terrain zu betreten.Doch vielleicht mutet Veloso seinenHörern diesmal etwas zu viel zu.Denn was er aus dem Bossa Nova aufdiesem Album macht, das hat es insich. „Ich möchte nicht das Klischeebedienen, dass die Bossa Nova etwasSüßes, Weiches und Sanftes ist”, sagtCaetano Veloso – und diesen Vor-wurf wird ihm auch keiner machen.

Mit dem Stück „Funk Melódico”liefert Veloso einen interessantenKommentar auf das immer nochaktuelle Phänomen des Funk Cario-ca, ganz anders dagegen „Um comu-

nista”, ein episches Werk, dass denBogen spannt zu den frühen Aufnah-men Velosos – zurück in die Jahre,als er mit Musikern wie Gilberto Gil,Gal Costa, Chico Buarque oder TomZé den Tropicalismo erfunden hat.

Wie kaum ein anderer hat Velosodie „Música Popular Brasileira“geprägt, durch seine Kompositionen,sein sparsames Gitarren-Spiel, abervor allem auch durch seine Stimme.Diese hat sich wenig verändert. Allesandere ist bei Veloso stets in ständi-ger Veränderung. Seine „Umarmun-gen“ sind oft nicht gerade leichteKost. Sperrig ist vieles. Doch auchdas ist eine Art, mit Traditionenumzugehen. Darüber lesen kann manübrigens wunderbar in Velosos Buch„Tropical Truth: A Story of Musicand Revolution in Brazil“. �

Caetano Veloso:Abracaço (Universal Music)

Ein neues Album von Caetano Veloso

TEXT: MARC PESCHKE

Ständige Umarmung

„Abracaço“ heißt das neue Album von

Caetano Veloso, ein Titel, der viel über

das musikalische Vorgehen jenes

Mannes erzählt, der in Brasilien eine

Legende ist. „Abracaço“, das bedeu-

tet „Umarmung“. Und umarmt, zitiert,

umgearbeitet, wird hier manches.

Das Album ist Teil einer Trilogie, die

mit „Cê“ im Jahr 2006 begann.

Damals hatte sich Veloso neu erfun-

den: mit einem rauen, schmutzigen

Sound, den er „Transrock“ nannte.

Mit diesem ungewöhnlichenInstrument spielte er –nach seiner Zusammenar-

beit mit Stan Getz in Los Angeles –als Nachfolger von Chet Baker imQuartett von Gerry Mulligan, mitdem Brookmeyer an einigen legen-dären Alben der Jazzgeschichtebeteiligt war. Der New Yorker, derseit den achtziger Jahren immer wie-der auch in Europa lebte, hat sichgelegentlich auch der brasilianischenMusik gewidmet, wie das Album„Posaune à la Brasil“ zeigt, das jetzterschienen ist.

Er war einer der ersten amerikani-schen Jazzer, die sich mit BossaNova beschäftigten. Schon 1962nahm er sein Album „Trombone JazzSamba“ auf, das jetzt im Rahmen der

„Jazzplus“-Reihe gemeinsam mitdem Album „Samba Para Dos” aufeiner CD wiederveröffentlicht wor-den ist. Auf beiden Werken zeigt sichder freigeistige Jazzmusiker alsgrandioser Klassiker des Bossa.Neben Stücken von Luiz Bonfá undTom Jobim sind auch Eigenkomposi-tionen zu hören – und eine hinrei-ßende Bossa-Fassung der Marsch-musik aus „Die Brücke am Kwai”.

Gary McFarland, einer der Mitmu-siker Brookmeyers, hat die Aufnah-me-Session so beschrieben: „BossaNova ist so melodisch. Sie trieftgeradezu vor purer Melodik ... Es isteine Art von Musik, die dazu gedachtist, dass man sie einfach entspanntspielt und liebt. Musik, die manschlicht fließen lassen soll.”

Auf „Samba Para Dos”, 1963 auf-genommen, wurde Brookmeyer vondem argentinischen Pianisten LaloSchifrin begleitet. Hier sind es Jazz-standards von Größen wie Cole Porteroder George und Ira Gershwin, dieBrookmeyer neu arrangiert – mitdeutlicher Verortung in der lateiname-rikanischen Musik.

Beide seltenen und sehr gesuchtenAlben kann man jetzt – neu gemastert– hören. Die originalen LP-Artworksfinden wir in den Booklets wieder.Eine CD für Jazzfreunde und Bossa-Liebhaber, die wunderbar zwischenden Welten wechselt. �

Bob Brookmeyer:Posaune à la Brasil (Trombone

Jazz Samba und Samba Para Dos),Jazzplus/Verve/Universal

Bob Brookmeyers Bossa-Jazz

TEXT: MARC PESCHKE

Lass' es fließen!

Er machte einen „merkwürdigen Mischling zum respektierten Instrument“, sowar es im Nachruf auf den Posaunisten Bob Brookmeyer in der F.A.Z. zu lesen.Auf jenen 2011 verstorbenen Jazzmusiker, dessen Soloinstrument die Ventil-posaune war: eine Art Zwitter aus Posaune und Trompete.

Bonde Do Rolês verrückter Baile Funk

Musik aus dem digitalen UntergrundImmer mehr solche musikalische Zwitter gibt es, solche Pop-Bastarde wie Bonde Do Rolê, die-se brasilianische Funk Carioca Band aus Curitiba. Zwei DJs und eine Sängerin braucht es fürdiesen Sound, den man sich wilder kaum denken kann: Electro, Clubmusik trifft hier auf bra-silianische Musiktraditionen. Gewürzt wird alles mit einer Prise Hardrock.

TEXT: MARC PESCHKE

Pedro D'Eyrot, Rodrigo Gorky und die Sängerin Marina Ribatski– die sich Marina Gasolina nennt – sind die Protagonisten vonBonde Do Rolê. Ausgehend vom Baile Funk aus Rio machen

sie ihre Musik. Der rumpelige Beat ist das Grundgerüst, auf dem sieihr Punk-Rock-Indie-Electro-Gebräu mischen. Dabei singen sie überPartys, Sex und andere Amüsements – ihr erstes Album schlug vorallem in ihrer Heimat ein wie eine Bombe.

Lange war dann nichts mehr von der Band zu hören, doch jetztsind sie mit der neuen Sängerin Laura Taylor wieder da. Ihr neuesWerk „Tropical/Bacanal“, das vor wenigen Monaten erschienen ist,zeigt die Band in neuem Gewand. Viel stärker sind jetzt die Bezüge

zur traditionellen brasilianischen Musik, zu Samba, Forró und Bos-sa. Als Gastsänger konnten sie – neben jungen MCs wie Cecile,Rizzle Kicks und The Death Set – unter anderem auch Caetano Velo-so gewinnen.

Exotisch schimmert dieses Album, am Puls der Zeit. Musik ausdem digitalen Untergrund. Aber auch: Musik, die sich ihrer Traditio-nen doch bewusst ist. Derzeit ist das neue Album in Deutschlandnoch nicht erhältlich, anders als das Werk „Bonde do Rolê WithLasers“ aus dem Jahr 2010, das bei „Domino Records“ erschienenist. Wer Bands wie M.I.A., Diplo und CSS mag, wird sich auch in die-sen verrückten Sound verlieben. �

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SPORT | ESPORTE

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SPORT | ESPORTE

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Estamos falando sobre a violên-cia no futebol, e não do fute-bol. Não há dúvida de que exi-

ste também a violência do futebol,própria dessa modalidade esportiva.Afinal, trata se de um esporte coletivo,de alta competitividade, de contatofísico, o mais apaixonante e massivode todos, e jogado com os pés, bemmais instintivos e “brutais” do que asmãos.

Misture tudo isso e verá que o resul-tado pode ser violência, ainda mais seas condições e pessoas ligadas ao fute-bol, como dirigentes, treinadores eárbitros, não se prepararem para evi-tar, controlar e punir práticas de agres-são entre os jogadores.

Mas as práticas de violência sérias eque agridem a nossa consciência sãode caráter mais geral, são as que ocor-rem entre torcidas organizadas, dentrode estádios e mais ainda fora deles —estas é que são alvo do livro.

A violência que se manifesta nofutebol tem sua origem em questõesmais profundas, de ordem social,como o desemprego, o subemprego, afalta de consciência social, de educa-ção e cidadania, o tráfico de drogas eo crime organizado, o descaso dasautoridades, a desagregação dos valo-res familiares e escolares, a falta depoliciamento ostensivo e preventivo, aimpunidade, a corrupção. São as cha-madas macroviolências, que aparecemno microcosmo do futebol, assimcomo em outros, por exemplo, notrânsito, na escola, na família. Nesteúltimo âmbito, chama atenção a cres-cente violência contra mulheres, cri-anças, idosos e deficientes físicos ementais, cujo número de ocorrências éassustador.

No caso do Brasil, devemos desta-car dois fatores macrossociais, quesão a corrupção e a impunidade. Sãoproblemas estruturais e históricos,uma vez que acontecem em todas asconjunturas, isto é, em todas as épo-cas, em todos os momentos de nossaformação cultural.

O filósofo existencialista francêsJean Paul Sartre (1905 1980), um dosnomes mais respeitados na história dopensamento, comentou em relação àvida individual: “O mais importantenão é aquilo que fazem com você, maso que você faz daquilo que fazem comvocê”.

Acredito que a sabedoria desse pen-samento possa ser aplicada também àvida coletiva. Seria algo como: o maisimportante é como a sociedade e suasinstituições reagem aos crimes, àstransgressões, à violência, já que estessempre poderão ocorrer, pelo menosem certos níveis e proporção, tanto nofutebol quanto em qualquer outra rea-lidade social.

Porém, espera se que tais níveis eproporções sejam aceitáveis e queestejam sob o controle das instituiçõ-es. E não o contrário, como se vê hojeem muitos países; um exemplo é oBrasil, em que as instituições estão àderiva, acuadas, em face do cresci-mento das transgressões e da violên-cia.

A corrupção e a impunidade aneste-siam as reações ética, jurídica, políti-ca, cultural e policial de uma socieda-de. E, como são essas reações quedefinem uma sociedade e a própriacivilização, se não forem acionadasnormalmente pelas instituições, oefeito, mesmo que indireto, é incenti-

vo a novas práticas delituosas. Esabem por quê? Porque a violênciafica banalizada e, pior, naturalizada.Em resumo: a ideia que pode ficar é ade que não há conserto. Trata se deuma verdade que vale para o futebol, eé aplicável a quase tudo. Portanto,para entender a violência no futebol,aquela que chamamos de violência dopúblico, é preciso começar a com-preender a violência que a precede —a violência pública. E esta, como jávimos, tem raízes culturais, sociais,históricas, humanas.

Para entender a violência no futebolde determinado país, é preciso con-textualizá la nas violências macrosso-ciais no e do país em questão. E, paratanto, é necessário estudar um poucosua cultura, sociedade e história. Nocaso do livro, o que está em jogo é aviolência no futebol brasileiro. Porisso, temos de procurar entender oscontextos gerais e setoriais das práti-cas de violência no e do Brasil, fazen-do o de maneira integrada, articulada,para se perceber as relações de reci-procidade e interfaces entre a violên-

Para Entender a Violência no Futebol

A violência no futebol é um assunto complexo e de suma importância para a sociedade brasileira. O principal objetivodo livro Para Entender a Violência no Futebol, Editora Saraiva, 2012, é ser um texto simples e direto, de fácil leitura,mas baseado em muita pesquisa e observação. Um texto que atinja grande número de leitores, para que estes possamnão só entender, mas também refletir e encontrar maneiras de reduzir a violência no futebol brasileiro.

TEXTO: MAURICIO MURAD*

* Mauricio Murad, o autor, é sociólogo, professor e pesquisador aposentado da Uerj, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, e titular do programa de mestrado da Universo,Universidade Salgado de Oliveira, Niterói, RJ, Brasil.

cia como um todo e suas manifestaçõ-es no âmbito do futebol brasileiro.

Em outras palavras, combinar estu-dos, análises e interpretações macro emicrossociológicas, antropológicas,históricas, jurídicas, no esforço de evi-denciar diferenças e semelhanças,generalidades e particularidades, bemcomo interações existentes entre aviolência de modo geral e a de umaparte específica da sociedade. O gerale o específico devem caminhar juntos.

É preciso buscar a definição de polí-ticas públicas de segurança em diver-sos ambientes. Assim, teremos trêsníveis, que formam os conjuntos demedidas de um plano de segurançaconsistente e que devem estar interli-gados: repressão, no curto prazo; pre-venção, no médio prazo; e reeduca-ção, no longo prazo.

O livro analisa as relações entre vio-lência e futebol partindo do princípio

de que esse esporte não é violento porsi só, nem necessariamente violento,ao contrário do que muitas vezes apa-rece no imaginário popular e na espe-tacularização, no sensacionalismo damídia.

É bom lembrar que a espetaculariza-ção não é exclusiva do futebol, e simum fenômeno da vida contemporânea,seu modelo quase dominante. Trata sede um processo sensacionalista, quetransforma tudo em espetáculo, emshow. Em outras palavras, é o showr-nalismo adotado pelos telejornais.

O futebol pode ser, e tem sido, mui-tas vezes uma instituição cultural vol-tada à não violência, numa tentativaconcreta de inclusão social e cidada-nia, por ser uma modalidade coletiva edemocrática de esporte e por causa desua intensa e extensa popularidade.

O futebol pode ser, ainda, um pro-cesso lúdico, que ajuda a reeducar, em

particular crianças e jovens. Tempotencial para isso, já que sua lógica efuncionamento estão fundamentados,pelo menos em tese, na igualdade deoportunidades, no respeito às diferen-ças e na assimilação de regras e nor-mas de convivência com o outro. Nãoé panaceia, isto é, remédio para todosos males, mas que ajuda, ajuda.

Nosso maior desafio é fazer essaforça latente que existe no futebolvirar realidade manifesta, para que,num futuro, agressividades, exclusõese violência — manifestações de hoje— sejam, se não superadas, pelomenos controladas.

Trabalhos como este livro, são ini-ciativas que auxiliam nesse processo,porque ajudam a entender um dosmais graves problemas do futebol naatualidade: a violência entre grupostorcedores. �

Die Stiftung hat schon viel erreicht: Zwei Schulen und einKinderhort wurden errichtet, Baumaterial konnte zur Ver-fügung gestellt werden, um in den Favelas aus Bretterbu-

den gemauerte Unterkünfte entstehen zu lassen. Aber noch vielmehr muss getan werden. Die nächsten Schritte sind die Sanie-rung einer baufälligen Sporthalle für 20 – 30 000 Euro und für 3000 Euro die Renovierung eines Schulraums, in welchem ehren-amtlich tätige Zahnärzte Kinder kostenlos behandeln. Nach derBrandkatastrophe in einer Diskothek im Süden Brasiliens müs-sen nun auch schärfere brandschutzrechtliche Auflagen erfülltwerden, die 5 000 Euro erfordern. So kommen außergewöhnli-che und hohe Ausgaben auf den Verein zu, der für jeglicheUnterstützung dankbar ist.

Jedes Jahr organisiert der Verein zur Förderung brasilianischerStraßenkinder e. V. eine Brasilienreise für Mitglieder und Sympa-thisanten, Interessierte und Unterstützer. Dieses Jahr findet sievom 17. August bis 2. September statt, führt nach Londrina zuGiovane Elber und zu den Kinderhilfsprojekten, von dort zur bra-silianische Seite der Iguaçu-Wasserfälle mit dem benachbartenVogelpark, dann nach Salvador da Bahia und in die Chapada Dia-mantina. Den Abschluss bilden Rio de Janeiro und São Paulo.

Der Verein gewinnt über die Reise neue Brasilienfreunde, diesich anschließend für das Hilfsprojekt engagieren. Eventuelle

Brasilienreise mit Besuch von Giovane Elber und seinem HilfsprojektDer Verein zur Förderung brasilianischer Straßenkinder e. V. mit Sitz in Winterbach bei Stuttgart engagiert sich schon seit 1994 für die Ärm-sten der Armen im brasilianischen Londrina (Paraná). Vorsitzender ist der bekannte und beliebte Ex-Fußballstar Giovane Elber. Er ist auchVorsitzender der nach ihm benannten Giovane-Elber-Stiftung, einer Stiftung des bürgerlichen Rechts mit der Absicht, die Ziele des Vereinsnachhaltig verwirklichen zu können.

Überschüsse der Reise fließen in diese Projekte ein und kom-men den Kindern zugute. Die angepeilte Gruppengröße liegt bei20 – 25 Personen. Wer sich engagieren möchte, aber nicht mit-reisen kann, trägt durch einen finanziellen Beitrag zum Beste-hen der Projekte und zur Entwicklung der Kinder bei. NähereInformationen zum Verein, seinen Aktivitäten, der Stiftung, denKindern und Patenschaften gibt es im Internet unter:www.giovane-elber-stiftung.de.

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DBG NEWS | NOTÍCIAS DA DBG

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Frau Eichhorn wurde gleich vonzweien ihrer Schüler begrüßt,dem Brasilianischen Botschaf-

ter in Deutschland Herrn EvertonVieira Vargas, der bei ihr Deutschlernt, und dem ehemaligen deutschenBotschafter in Brasilien, Prot vonKunow, der bei ihr seine ersten Portu-giesischstunden genossen hat. Beidelobten die Begeisterung von SabineEichhorn für die Vermittlung zwi-schen dem deutschen und dem portu-giesischen Sprachraum, der nicht nuraus Sprachunterricht, Übersetzen undDolmetschen besteht, sondern in derVermittlung von Gefühlen und Gedan-ken, die sich eigentlich nur in derMuttersprache ausdrücken lassen.

Botschafter Vargas führte dazu aus:„De Gaulle hat einmal über HermannKusterer, den berühmten Dolmetschervon Konrad Adenauer, gesagt: „Sieverstehen den Kern meiner Gedanken,und wenn Sie sie übersetzen, bringenSie sie manchmal noch besser zumAusdruck“. Ich habe keine Zweifel,dass man rückblickend dasselbe überdie Arbeit von Frau Eichhorn sagenkann dank ihrer tiefen Kenntnisse derportugiesischen Sprache und - im FallBrasiliens - unseres Landes und unse-rer Gesellschaft.“

Über Unterricht und Sprachmittlungim Auswärtigen Amt hinaus hat FrauEichhorn sich von 1975 bis 1998 alsVizepräsidentin, von 1998 bis 2004als Präsidentin und seitdem als Präsi-diumsmitglied in die Deutsch-Brasi-lianischen Gesellschaft eingebrachtund in der Amtszeit als Präsidentinwichtige und für die Gesellschaft rich-tungsweisende Entscheidungen umge-setzt, wie die Verlegung des Sitzes derDBG nach Berlin und die Eröffnungdes Berliner Büros. Unsere heutigegut funktionierende Struktur geht des-halb auf ihre Initiative zurück. Auf siegeht auch die Neustrukturierung des

Kuratoriums zurück, die zum Teil inKontakt mit Bundeskanzler a. D. Dr.Helmut Kohl umgesetzt werden konn-te.

Nach dem Studium an der Universi-tät Heidelberg fand Frau Eichhornihre erste Anstellung als Dolmetsche-rin und Übersetzerin bei der Brasilia-nischen Botschaft in Bonn. 1973 tratsie in den Sprachendienst des Auswär-tigen Amtes ein, der auch der Spra-chendienst der Bundespräsidenten undBundeskanzler ist. In ihrer Funktionals Portugiesisch-Dolmetscherin hatsie von 1973-2012 fast alle aus- undeingehenden Besuche im Rahmen derBeziehungen zu den Ländern portu-giesischer Sprache gedolmetscht – inden letzten Jahren mit SchwerpunktBrasilien.

Frau Eichhorn berichtete von ihremAnfang im Sprachendienst, wobei sie1973 vorrangig für Englisch und nurin zweiter Linie für Portugiesisch ein-gestellt wurde. Damals waren dieKontakte zu Brasilien und auch Portu-gal eher gering, die lusophonen afrika-nischen Staaten hatten als portugiesi-sche Kolonien noch keine eigenenAußenkontakte. Diese Situationänderte sich schon 1974 mit der portu-giesischen Nelkenrevolution und derUnabhängigkeit der ehemaligen por-tugiesischen Kolonien. Portugal standplötzlich in höchstem Interesse deut-scher Politik, ein reger Besuchstaus-tausch kam in Gang, Deutschland ver-suchte auf vielen Wegen, ein Abglei-ten in eine kommunistische Diktaturzu verhindern. Frau Eichhorn brachtehierzu als signifikantes Beispiel denBesuch des portugiesischen Soziali-stenführers Mario Soares bei WillyBrandt im Mai 1974 drei Tage vorBrandts Rücktritt. Darüber hinaus warFrau Eichhorn bei den vielfältigenBemühungen der deutschen Politiker,vor allem von Bundeskanzler Schmidt

und Bundesaußenminister Genscherdabei, zwischen den eher zur Linkenneigenden portugiesischen Politikernund den Amerikanern, hier besondersHenry Kissinger, zu vermitteln.Anschließend liefen die Beziehungenintensiv, aber in ruhigerem Fahrwasserweiter, mit dem EU-Beitritt Portugals1986 und den aufeinanderfolgendenEU-Präsidentschaften von Deutsch-land und Portugal 2000 und 2007. Dieportugiesische Staatsschuldenkrise ab2009 hat zu wieder intensiveren Tref-fen und Kontakten Anlass gegeben.

Frau Eichhorn konnte mit dem Endedes portugiesischen Kolonialreichsund der Gründung der neuen Staatenüberwiegend in Afrika bei der Auf-nahme diplomatischer Beziehungenund der Entwicklungshilfe mitwirken.Sie war bei diesen Gelegenheitendabei und lernte auch diesen Teil derlusophonen Welt kennen.

Auch die Beziehungen zu Brasiliennahmen 1975 einen ungeahnten Auf-schwung mit dem Abschluss desAbkommens über die friedliche Nut-zung der Kernenergie. Dieses Abkom-men kam gegen massiven amerikani-schen Druck zu Stande und war fürBrasilien ein Akt der Emanzipation.Für Frau Eichhorn als Dolmetscherinwar es das erste Eintauchen in die Ter-minologie der Kernenergie mit Trenn-düsenverfahren, Druckwasserreakto-ren, Brennstäben und Nachzerfallwär-me. Sie hat noch heute die Karteikar-ten zu all diesen Ausdrücken, die einKernkraftwerk und seinen Betriebbeschreiben. Es folgte der Besuch vonPräsident Ernesto Geisel in Bonn. Diefolgenden Jahre des Übergangs zurDemokratie brachten einen regenBesuchsaustausch, den ersten absolu-ten Höhepunkt bildete der Besuch vonBundeskanzler Helmut Schmidt inBrasilien 1979, der bis heute fort-wirkt, weil Schmidt damals darauf

40 Jahre deutsch-brasilianische Beziehungen

Am 21. Januar 2013 kamen über 50 Mitglieder der Deutsch-Brasilianischen Gesellschaft in den schönen und gastfreundli-chen Räumen des Internationalen Clubs im Auswärtigen Amt zusammen, um dort den Vortrag von Frau Vortragende Lega-tionsrätin a.D. Sabine Eichhorn zu dem Thema „40 Jahre Portugiesisch Dolmetscherin im Auswärtigen Amt“ zu hören.

Sabine Eichhorn

bestand, den GewerkschaftsführerLuiz Inácio da Silva, genannt Lula, zutreffen. Als Lula dann gegen Ende sei-ner zweiten Amtszeit 2009 zu einemStaatsbesuch in Deutschland war undgegenüber dem damaligen Bundesprä-sidenten Horst Köhler seine damaligeerste Begegnung mit einem deutschenRegierungschef erwähnte und dabeisagte, dass er sich gar nicht mehr erin-nerte, wer damals Dolmetscher gewe-sen sei, konnte Frau Eichhorn, die sichsonst nie persönlich in gedolmetschteGespräche einbringt, nicht umhin zusagen „Senhor presidente, fui eu“.

Nicht nur für Präsident Lula, son-dern auch für viele andere, wie fürBundeskanzlerin Angela Merkel, ist eswichtig, den jeweiligen Dolmetscherüber Jahre zu kennen und Vertrauen zuihm und seiner Arbeit zu fassen. Lulahat das später in seiner Rede in Ham-burg ausdrücklich erwähnt. Er sagte,dass „das Vertrauen in den Dolmet-scher für den Kunden eine herausra-genden Rolle spielt. Wenn man einvertrautes Dolmetschergesicht sieht,fühlt man sich sprachlich gut aufgeho-ben – eine optimale Vorraussetzungfür gegenseitiges Verstehen... Nochbesser, wenn man den Dolmetscher als

Weggefährten betrachten kann“.Andererseits fällt der gute Dolmet-scher auch kaum auf, weil er sich per-sönlich immer völlig zurücknimmt.So hat Frau Eichhorn den Bundesprä-sident Horst Köhler in Brasilien 2007bei einem anstrengenden viertägigenStaatsbesuch an fünf Orten begleitetund gedolmetscht. Später sagte er ihr:„Sagen Sie, bei meinem Besuch inBrasilien waren Sie aber nicht dabei?“Antwort von Frau Eichhorn: „Doch,aber das ist das größte Kompliment,was man einem Dolmetscher machenkann, dass man das Gefühl hat, manhabe alles sofort verstanden, es sei garnicht gedolmetscht worden.“

Frau Eichhorn beendete den Vortragmit folgenden Worten: „Abschließendmöchte ich aus dem Buch „Arte daPolítica“ von Fernando Henrique Car-doso zitieren (S. 617, a utilidade dosconselhos de Helmut Kohl), dorterwähnte er im Zusammenhang miteinem Besuch bei Helmut Kohl 1995„Kohl só fala alemão, mas a conversaflui muito bem porque a intérprete doChanceler era extremamente desen-volta em português“; danach folgt dieWiedergabe des Gesprächs – einer derseltenen Fälle, in denen ich nachlesen

konnte, wie die Verdolmetschungbeim Gesprächspartner – in diesemFall ein besonders illustrer undanspruchsvoller – angekommen ist.Ich war erstaunt, wie präzise dieGesprächsatmosphäre, Wortwahl undInhalt wiedergegeben wurden – fürmich so etwas wie ein Ritterschlag:Wenn meine Verdolmetschung in denmeisten Fällen so gelungen ist, wasich natürlich hoffe, dann kann ichsagen „missão cumprida“.

An der folgenden lebhaften Diskus-sion beteiligten sich auch die zahlrei-chen eingeladenen Angehörigen desSprachendienstes des AuswärtigenAmtes. Der Vortrag von Frau Eich-horn würdigte die ungeheuer wichtigeArbeit des Sprachendienstes des Aus-wärtigen Amtes bei den Beziehungenzwischen Völkern und Menschen, diebei der politischen Zusammenarbeitzu leicht unterschätzt wird. Nach demEnde der offiziellen Diskussion folgteeine angeregte Unterhaltung über 40Jahre deutsch-brasilianische Bezie-hungen, die dieser Vortrag lebendigvor Augen geführt hat. �

Prot von Kunow / Sabine Eichhorn

Die diesjährige Mitgliederversammlung der

Deutsch-Brasilianischen Gesellschaft wird am Samstag, dem 12. Oktober 2013,

14.30 Uhr, in Bonn, Museum König,stattfinden.

Die formelle Einladung und ein Entwurf der Tagesordnung folgen.

Bitte schon notieren

Im Internationalen Club des Auswärtigen Amtes Blumen für Sabine Eichhorn überreicht Port von Kunow

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LAZ NEWS | NOTÍCIAS DO LAZ

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Lateinamerika-Zentrum e .V.Das Lateinamerika-Zentrum e.V. (LAZ) wurde1961 von Professor Dr. Hermann M. Görgengegründet. Seitdem leistet das LAZ Hilfe zurSelbsthilfe für die bedürftigen Menschen inLateinamerika, damit diese den Kreislauf derArmut durchbrechen.

Die schwächsten Glieder der Gesellschaft: Kinder,Jugendliche und Frauen, die am Rande der Gesell-schaft leben, sind die zentrale Zielgruppe desLateinamerika-Zentrums. Denn vor allem diese stel-len ein großes Potenzial für die zukünftige Entwick-lung Lateinamerikas dar.

Zur Überwindung der Armut erachten das Latein-amerika-Zentrum und seine lateinamerikanischenPartner Bildung als den wichtigsten Ansatzpunkt.Deswegen liegt der Schwerpunkt der Förderungauf Projekten der Aus- und Weiterbildung.

Kontakt:Lateinamerika-Zentrum e.V. · Dr. Werner-Schuster-Haus · Kaiserstr. 201 · 53113 BonnTel.: 0228-210788 · Fax: 0228-241658 · [email protected] · www.lateinamerikazentrum.de

Spendenkonto:Deutsche Bank Bonn · Kontonummer 038802500BLZ: 380 700 59

Ein Blick in die Zeitung oder die Nachrichten in TVund Internet zeigen, dass der Klimawandel undStrategien zur Anpassung daran ein wiederkehren-

des Thema in den aktuellen Nachhaltigkeitsdebatten ist.Doch was bedeutet dieser Begriff konkret für unseren All-tag? Sowohl Erwachsene als auch Jugendliche vermutenzunächst einmal einen Temperaturanstieg in den nächstenJahren und sehen dies nicht als unmittelbare Bedrohungin ihrem Leben. Wenn die klimatischen Veränderungenals negatives Szenario erkannt werden, so existieren trotz-dem viele Handlungsbarrieren und Wissenslücken, dieeinen aktiven Schutz für das globale Klima verhindern.

In Südamerika spürt man jedoch bereits jetzt die nega-tiven Folgen der weltweiten klimatischen Veränderungen.In den vergangenen Jahren haben sich Wetterextreme wieungewöhnlich lange Trockenzeiten und starke Über-schwemmungen gehäuft. In vielen Regionen verstärkt derKlimawandel die Armut. Der natürliche Wasserhaushaltgerät unter anderem durch den anthropogenen Treibhaus-effekt durcheinander, denn immer mehr CO2-Emissionender zunehmenden Weltbevölkerung werden in der Atmo-sphäre gespeichert und bedingen die globale Erwärmung.

Ein aktuelles entwicklungspolitisches Bildungsprojektdes LAZ trägt den Titel „Die sozialen Folgen des Klima-wandels in Lateinamerika und die Frage: Was können wirtun?“ und beleuchtet mit SchülerInnen der weiterführen-den Schulen in NRW die Auswirkungen des Klimawan-

Südamerikanischen Klima-Alltag hautnah erlebenHalbzeit des aktuellen Schulprojektes des LAZ

dels auf die Menschen in Lateinamerika. Eine Doppel-stunde lang dreht sich alles rund um die Fragen: Was istKlimawandel eigentlich? Und welche Folgen hat der Kli-mawandel in Ländern wie Bolivien, Brasilien oder Chile?Was können wir denn in unserem Alltag für einen besse-ren Klimaschutz tun? Spannende Filmausschnitte unsererPartnerorganisationen vermitteln zunächst einmal dieLebenswelt in diesen fernen Ländern, zeigen die dortigenProbleme von klimatischen Veränderungen und sensibili-sieren gleichzeitig für die Schwierigkeiten, denen dieBewohnerInnen in ihrem Alltag begegnen.

Im ersten Schulhalbjahr 2012/2013 haben sich über 200SchülerInnen mit diesen Auswirkungen des Klimawan-dels beschäftigt und überlegt, wie ein sinnvoller Klima-schutz gemeinsam gestaltet werden kann. Jeder Einzelne /jede Einzelne hat mittels eines Fragebogens die eigenenCO2-Emissionen bestimmt und im Anschluss vielfältigeEinsparungsmöglichkeiten im „ökologischen Fußab-druck“ erarbeitet. Durch die guten Anpassungsmaßnah-men unserer Partner im Ausland können die SchülerInnenaus den Problemen in Lateinamerika für die Zukunft ler-nen. �

TEXTE: YVONNE BURBACH

Spannende Kinderliteratur aus Brasilien in BonnDie Deutsch-Brasilianische Gesellschaft und das Lateinamerika-Zentrum haben am 8. November 2012 einen bunten Nachmittag mit Lesun-gen aus der brasilianischen Kinderliteratur im Haus des Verbandes Binationaler Familien und Partnerschaften in Bonn veranstaltet. ChristinaHoffmann, Mitarbeiterin des LAZ, las bekannte Geschichten und typische Legenden, die zum Teil auf der Phantasie von Kindern aus Brasilienberuhen. Diese Kinder beschrieben in Kurzgeschichten, wie sie im Amazonasgebiet leben und wie sie ihre Lebenswelt und Wirklichkeiten dortverstehen. Im Anschluss an die Lesung hatten die anwesenden kleinen Zuhörerinnen und Zuhörer die Möglichkeit, Bilder zu den Geschichtenzu malen und so ihre ganz eigene Interpretation der vorgetragenen Ereignisse zu Papier zu bringen. Es war ein unterhaltsamer Nachmittagbei heißer Schokolade und Keksen. Eltern und Betreuer waren ebenfalls in der gemütlichen Runde herzlich willkommen.

Hinweis: Der Verband Binationaler Familien und Partnerschaften ist noch auf der Suche nach gut erhaltenen Kinderbüchern in Portugiesischfür seine Bibliothek! Kontakt: Thomas-Mann-Str. 30, 53111 Bonn, Tel.: 0228 – 9090413.

Tópicos 01 | 2013

Unterzeichnung des Memorandum of Understanding seitens der Servicestelle “Kommunen in der Einen Welt”

(© LAZ).

Der Ort La Fortuna in Costa Rica war Schauplatzfür den internationalen Auftaktworkshop vonzwölf Partnerschaften zwischen Kommunen in

Lateinamerika und Deutschland, die sich gemeinsam fürden Klimaschutz stark machen möchten. Ziel ist es,innerhalb der nächsten 18 Monate zusammen ein Hand-lungskonzept für einen besseren Klimaschutz zu entwik-keln und Anpassungsstrategien an den Klimawandel auf-zuzeigen.

Die lateinamerikanischen kommunalen Klimapartner-schaften sind Bestandteil des Programms „50 kommuna-le Klimapartnerschaften bis 2015“. Auch Gemeinden undderen Verwaltungsstrukturen stehen durch den fortschrei-tenden globalen Klimawandel weltweit vor neuen Heraus-forderungen. Klimaschutz- und Klimaanpassungsstrate-gien sind wichtige Punkte in den jeweiligen Agenden.Durch die gemeinsame Betrachtung werden Problemeaufgezeigt, Kooperationsfelder festgehalten und abschlie-ßend ein Handlungsprogramm für Klimaprojekte in denKommunen des Südens und Nordens erarbeitet. Derzeitbestehen bereits 21 Partnerschaftsvereinbarungen zwi-schen Kommunen aus Afrika und Lateinamerika unddeutschen Partnern. Das Programm wird vom Bundesmi-nisterium für wirtschaftliche Zusammenarbeit und Ent-wicklung (BMZ) durch „Engagement Global” und dieServicestelle „Kommunen in der Einen Welt” unterstützt.

Neben offiziellen Amtsinhabern und Fachexperten istauch die Zivilgesellschaft dazu aufgerufen, sich theore-tisch und praktisch mit Ideen und Projekten in dieses Pro-gramm einzubringen.

Zum offiziellen Beginn der Klimapartnerschaften tra-fen sich die deutschen Kommunen mit den lateinamerika-nischen Partnern vom 26. bis zum 28. November 2012 inCosta Rica. Bei diesem ersten gemeinsamen Arbeitstref-fen haben sich TeilnehmerInnen aus Argentinien, Boli-vien, Brasilien, Costa Rica, Chile, Jamaika, Kolumbien,Nicaragua und Deutschland eingefunden und ihr Wissenausgetauscht.

Für das Lateinamerika-Zentrum e.V. reisten ChristinaBosch-Hoffmann und Yvonne Burbach zum Workshop inLa Fortuna. Das LAZ unterstützt die Kooperation zwi-schen dem Rhein-Sieg-Kreis und Santarém im brasiliani-schen Amazonasgebiet. Die Nichtregierungsorganisation„Projeto Saúde e Alegria” wiederum steht der brasiliani-schen Kommune bei der Klimapartnerschaft mit demRhein-Sieg-Kreis eng zur Seite. Sie ist bereits langjähri-

Klimapartnerschaft zwischen Santarém und dem Rhein-Sieg-Kreis: Gemeinsam mehr erreichenIntensiver Austausch unter dem Motto „50 kommunale Klimapartnerschaften bis 2015“

ger Projektpartner des LAZ und hat viele Projekte amAmazonas durchgeführt.

Es war ein schöner Anlass, die brasilianische Kommu-nalvertreterin Socorro Pena Gama aus dem dortigenUmweltamt und die Umweltforscherin Dr. RaimondaMonteiro persönlich kennenzulernen sowie Caetano Scan-navino vom „Projeto Saúde e Alegria” wiederzusehen. Vorder Reise nach Costa Rica wurde das Memorandum ofUnderstanding von der amtierenden Bürgermeisterin vonSantarém Frau Maria do Carmo Martins Lima und HerrnAlexandre Raimundo de Vasconcelos Wanghon, der zuBeginn des Jahres ihre Nachfolge angetreten hat, unter-schrieben und dem Rhein-Sieg-Kreis übergeben. Darauf-hin bestätigte der Landrat Frithjof Kühn das Interesse ander Kooperation und unterzeichnete seinerseits das Doku-ment.

Beim Workshop in Costa Rica haben die Vertreter ersteKooperationsthemen im Bereich Waldschutz, Biodiversi-tätserhalt und Stadtsanierung erörtert. In einem nächstenSchritt werden nun Informationen zwischen den Kommu-nen ausgetauscht und mögliche Kooperationspartnergesucht. In Costa Rica wurde hierzu ebenfalls eine Listemit fachlich und institutionell passenden Teilnehmernfestgehalten.

Die gemeinsamen Tage in La Fortuna waren gut gefülltmit verschiedenen Vorträgen zu Stadtentwicklung, Kli-mawandel und Klimaschutzkonzepten sowie allgemeinenInformationen zum Projekt und dem weiteren Verlauf.Bei einer Exkursion besuchten die TeilnehmerInnenzudem eine Biodieselanlage, die aus Fett- und ÖlrestenDiesel für eine angeschlossene Fabrik herstellt. CostaRica eignete sich hervorragend als Austragungsort, dennder Staat möchte 2021 das erste klimaneutrale Land derErde sein. �

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IMPRESSUM

Tópicos 01 | 201366

Autoren dieser Ausgabe:

TópicosDeutsch-Brasilianische HefteZeitschrift für Politik, Wirtschaft und KulturEine Publikation der Deutsch-Brasilianischen Gesellschaft e.V.

Cadernos Brasil-AlemanhaRevista de política, economia e culturaUma publicação da Sociedade Brasil-Alemanha edo Centro Latino-Americano

Gründungsherausgeber:Prof. Dr. Hermann M. Görgen

Herausgeber:Botschafter a.D. Dr. Uwe Kaestner Dr. Helmut Hoffmann (LAZ-Teil)

Redaktion / redação:Geraldo Hoffmann, Chefredaktion

Mitarbeit:Karolin Groos, Ingeborg Ziller,Dora Schindel, Lúcia Rabello-Mohr, Büro BonnMartina Merklinger, Büro StuttgartYvonne Burbach (LAZ-Teil)

Übersetzungen / traduções:Tópicos

Layout und Druck / impressão:SP Medienservice · www.sp-medien.deFriesdorfer Str. 12253173 Bonn - Bad Godesberg / Alemanha

Bodo BostCarmen MarkDr. Elisete PedrolloEva von SteinburgFriederike ScholzGeraldo HoffmannGregory RyanDr. Hartmut Emanuel KayserJulian HermannKarin DütschKathrin Zeller

Kersten KnippDr. Jur. Kerstin Schweizer, LL.M.Kurt LeonbergerLorenz WinterMarc PeschkeDr. Marcel VejmelkaMartina MerklingerMauricio MuradOliver DöhneDr. Philipp Rösler

Prot von KunowRobson Braga de AndradeSabine EichhornSaskia VogelTorsten LesniakUlla LevensUlrich GrilloDr. Uwe KaestnerWerner BarkowskiYvonne Burbach

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Redaktionsschluss für diese Ausgabewar am 12. April 2013

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